segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Fábrica rumo à sustentabilidade

Divulgação        Nova diretoria da VW do Brasil afina discurso sustentável

Nelson Tucci

Entender o conceito de sustentabilidade pode demorar mais tempo do que se supõe. Internalizá-lo e colocar em prática é ainda mais complexo – a Volkswagen que o diga, com o “dieselgate” de 2015. Mas existe sempre a expectativa de uma “segunda chance” para todos. E esta foi dada à companhia que, agora, faz um feliz anúncio no Brasil.

A partir de 1º de setembro a VW do Brasil terá uma diretoria de Sustentabilidade para trabalhar de forma integrada à diretoria de Assuntos Corporativos e Relações com a Imprensa. A executiva Priscilla Cortezze vai liderá-la, reportando-se diretamente ao big boss Pablo de Si, CEO da VW América Latina.

Divulgação                        Priscilla: abordagem empreendedora e criativa

"Vamos olhar não apenas os riscos, mas principalmente as oportunidades que temos no futuro, considerando múltiplos stakeholders e uma agenda mais ampla de toda a sociedade. Queremos estabelecer uma abordagem empreendedora e criativa para desenvolver ideias e processos inovadores em parceria com toda as áreas da empresa. Temos um grande desafio com as metas do Programa Way to Zero. Em 2050, queremos nos tornar totalmente neutros em CO2 tanto como empresa quanto como fabricante de automóveis", disse Priscilla Cortezze, diretora de Assuntos Corporativos, Relações com a Imprensa e Sustentabilidade da Volkswagen e membro do Comitê Executivo na América Latina.


TRANSIÇÃO – Outra empresa do setor que trouxe surpresa, na semana recém-encerrada, foi a General Motors. É que seu presidente da América do Sul, Carlos Zarlenga, decidiu deixar a gigante de automóveis por “novos desafios”. Roberto Martins, diretor financeiro, assume interinamente o cargo.

Steve Kiefer, presidente da GM Internacional, fez agradecimento de público a Zarlenga, destacando a sua relevante contribuição para a General Motors, “construindo uma base sólida para o sucesso sustentável da Chevrolet na América do Sul”. Carlos Zarlenga é economista formado pela Universidade de Belgrano, na Argentina, e responsável pela reformulação interna da companhia que originou o lançamento de nova linha de produtos, entre os quais o Onix.


Divulgação                Creta Comfort é um dos modelos da nova linha

LANÇAMENTO – A Hyundai apresentou o Creta Nova Geração 2022. Durante coletiva de imprensa, online, viu-se que a montadora caprichou em redesenhar o modelo, passando a ideia de modernidade e robustez, com um grau de sofisticação que até então o mini SUV dispensava.

Produzido em Piracicaba/SP, o Novo Creta estará disponível nas versões Comfort, Limited e Platinum, com motor 1.0l Turbo GDI de 120 cv, e Ultimate, com motor Smartstream 2.0l de 167 cv. Os preços variam entre R$ 107 mil e R$ 147 mil e a pré-venda já foi aberta.


Divulgação                       Primeiro elétrico intermunicipal circula no Paraná

BUS – O primeiro ônibus elétrico intermunicipal do país teve seu primeiro trajeto com passageiros realizado na semana anterior. O percurso ocorreu entre o Jardim Botânico até a Cidade Industrial de Curitiba (CIC), no Paraná, marcando o lançamento do projeto em apresentação a jornalistas. A novidade foi idealizada e executada pela Expresso Princesa dos Campos (EPC), Embarca (plataforma que conecta clientes, operadores e motoristas), Marcopolo e BYD.

Os testes operativos vão durar 60 dias e o trajeto oficial será entre as cidades de Ponta Grossa e Curitiba, com 117 quilômetros de distância. O veículo possui autonomia de 250 quilômetros e capacidade para 44 passageiros sentados.

De acordo com os estudos divulgados pela BYD, a introdução do equipamento no setor pode representar até 70% de economia no custo operacional, diminuindo aproximadamente 118,7 toneladas de emissão de dióxido de carbono no meio ambiente por equipamento, equivalente ao plantio de 847 árvores, ou até mesmo a 72 mil quilômetros percorridos por ano pelos ônibus tradicionais. O número também corresponde a uma viagem por dia de Ponta Grossa a Curitiba contando ida e volta.


FROTA – A Viação Garcia-Brasil Sul, dona de uma das frotas de ônibus mais novas em operação, anuncia investimentos de R$ 30 milhões na compra de 31 veículos 0 km da Geração 8 da Marcopolo, recém-lançada no mercado. De acordo com a empresa, esses modelos “trazem ganhos expressivos em segurança, tecnologia, conforto e sustentabilidade ambiental”.

Para as linhas interestaduais, a aquisição engloba 10 modelos Paradiso G8 1800 Double Decker de 56 lugares, sendo 48 poltronas semi leito em couro ecológico com sete estágios de reclinação, apoio mais largo para as pernas com suporte regulável na estatura do passageiro e cortinas de separação entre poltronas, e oito cabines-cama com poltronas que reclinam 180 graus, telas individuais e kit conforto composto de travesseiro e manta.

Já as linhas intermunicipais contarão com 12 modelos Paradiso G8 1200 de 42 lugares com poltronas semi leito em couro ecológico e espaço mais amplo para as pernas com suporte regulável. Para fretamento são nove modelos Viaggio 800 com câmbio automático e suspensão de ar. Os veículos, com chassi Mercedes-Benz, vão operar nas linhas da empresa em sete estados (São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso Sul e Minas Gerais) a partir do final de setembro, sendo que até o final de novembro todos estarão em circulação.

Divulgação            Unidade elétrica de combate a incêndio é novidade

INCÊNDIO – A fábrica da BMW em Araquari/SC passou a utilizar um veículo elétrico compacto de combate a incêndio, como mais um passo na direção global da empresa em garantir o futuro da mobilidade sustentável. A Unidade de Combate Incêndio Elétrica (UCI Elétrica) foi desenvolvida especialmente para a planta catarinense da marca bávara e é o primeiro modelo com essa configuração fabricado no Brasil.

A inspiração para o projeto veio da fábrica do BMW Group em Leipzig, na Alemanha, que possui um modelo similar. A UCI Elétrica serve para o atendimento a eventuais ocorrências dentro dos prédios produtivos de carroceria, pintura, montagem e logística e se destaca por ser compacto e acessível às áreas internas da planta de Araquari, o que lhe confere maior rapidez e eficiência de uso.

A UCI Elétrica, um caminhão, foi desenvolvida, produzida e customizada pela fabricante de modelos elétricos de carga Hitech, de Curitiba/PR, e a Mitren, de Porto Alegre/RS, esta última especializada na fabricação de veículos de combate a incêndio. Os bombeiros do BMW Group Brasil asseguraram que todas as necessidades técnicas da planta catarinense fossem atendidas. A UCI Elétrica conta com dois cilindros de pressão com 150bar, além de extintor de incêndio com capacidade para 500 litros de água. Essa configuração possibilita uma vazão d’água de 50 litros por minuto, com alcance do jato de 13 metros. A unidade é livre de emissões sonora e de gases e está totalmente equipada e preparada para responder a vários tipos de emergência como capturas de animais, vazamentos de produtos perigosos, pré-atendimento médico e incêndios.


RECALL – O BMW Group convoca os proprietários dos veículos séries 1, 2, 3, 4, 5 e 6 (incluindo suas versões esportivas M), e os X1, X3, X4, X5 e X6, fabricados entre junho de 2004 e dezembro de 2016, a procurarem uma concessionária autorizada da marca e agendar, gratuitamente, a substituição do airbag do condutor e/ou do passageiro dianteiro. As bolsas infláveis foram produzidas pela fornecedora automotiva Takata. São 51.873 unidades envolvidas no recall, entre elas alguns modelos de importação independente. Os serviços poderão ser agendados de imediato e a substituição gratuita do airbag do condutor levará cerca de 30 minutos, enquanto a do airbag do passageiro dianteiro, cerca de três horas.

Foi constatado que o gerador de gás dessa proteção do condutor e/ou do passageiro dianteiro pode funcionar de forma inadequada, caso tenha sido exposta a condições de alta umidade do ar e a grandes variações de temperatura, por longos períodos. Na hipótese de acionamento do airbag em caso de acidentes com colisão frontal, poderá ocorrer aumento da pressão interna do gerador de gás, não se descartando a possibilidade de projeção de fragmentos metálicos que podem gerar acidentes fatais ou que resultem em danos físicos e/ou materiais aos ocupantes do veículo.

Para verificar se a sua unidade está dentro do sequenciamento de chassis, ou para mais informações, acesse www.bmw.com.br ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente BMW, exclusivo para recall 0800 019 7097.


Divulgação           Comitiva do Santos Export e diretoria da Santos Brasil

PORTO – A Santos Brasil, empresa de operações portuárias e logísticas, recebeu a comitiva do evento Santos Export para uma visita às obras de ampliação e modernização do Tecon Santos, dia 23 último.

Iniciada em 2019, essa primeira fase do projeto incluiu a ampliação do cais do terminal em 220 metros, totalizando 1.510 metros; o aprofundamento do cais e reforço de estrutura para a instalação de trilhos para novos portêineres de última geração, ao longo de 1.090 metros (dos berços 1 e 2 do Tecon Santos e do Terminal de Veículos, o TEV); e o aumento da profundidade máxima do cais para 16 metros.

Com a finalização dessas obras, o Tecon Santos será o único terminal da América do Sul com capacidade de receber simultaneamente até três navios New Panamax, de 366 m, possibilitando o atendimento de maneira eficiente da demanda prevista para o porto, com a chegada dessa nova categoria de embarcação, incrementando o nível de serviço e a experiência dos usuários do terminal. A ampliação e modernização do Tecon Santos contou até agora com investimentos de aproximadamente R$ 350 milhões e esse valor deve chegar a R$ 550 milhões até o fim de 2021.


ROTAS – Prestes a completar um ano desde a sua inauguração, o projeto inédito do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, o Rotas Rodoviárias ou LTL (Less Than Truckload) mostra-se um sucesso. Em destaque, a rota de conexão entre o aeroporto e os terminais de São Paulo, que aumenta a conectividade internacional, uma vez que permite ao importador a utilização da extensa malha aérea de Guarulhos e Viracopos e, posteriormente, receber a carga em Minas Gerais. Com isso, é possível colher os benefícios fiscais da nacionalização no estado, quando aplicáveis, bem como reduzir os custos aeroportuários por meio das tabelas especiais de armazenagem para carga em conexão aeroporto x aeroporto, e também no transporte através da consolidação de cargas características do modelo LTL.

Somente de outubro de 2020 até agosto, nesta rota com os terminais paulistas foram transportadas cerca de 380 toneladas de produtos. Ao todo, já são quase 180 clientes, com mais de R$ 190 milhões em mercadorias transportadas. “Muitos são os desafios logísticos enfrentados pelos empreendedores para a movimentação de mercadorias, sobretudo internacionais. Pensando nisso, o aeroporto lançou o projeto em outubro do ano passado com o intuito de conectar as zonas primárias do sudeste brasileiro, como portos e aeroportos, com indústrias, comércios e importadores mineiros. A partir do rotas rodoviárias, conseguimos oferecer uma redução de até 60% no custo do transporte de cargas, o que elevou a competitividade das empresas, com a melhoria contínua da cadeia logística”, avalia Caroline Reis, coordenadora de Novos Negócios da BH Airport.

O projeto rotas rodoviárias conta, atualmente, com seis rotas estratégicas, sendo três delas já em operação. Duas rotas são de atração de novos clientes e suprem o aeroporto com cargas vindas dos aeroportos de São Paulo (Viracopos e Guarulhos) para serem desembaraçadas no Terminal de Cargas do aeroporto de BH. A terceira rota tem função de escoamento, ou seja, de entrega de mercadorias para os clientes de Belo Horizonte e região metropolitana, considerando um raio de 150 quilômetros do terminal, serviço chamado de door delivery.

 

PREMIAÇÃO – A NGK, multinacional japonesa de velas de ignição, foi novamente reconhecida na premiação global da General Motors. A companhia recebeu a mais alta pontuação – total de nove estrelas – no Supplier Quality Excellence Award 2020, concedido pela montadora aos melhores fornecedores.

Em cerimônia virtual, a NGK foi premiada na categoria Reconhecimentos Especiais pelo alto desempenho de suas velas de ignição, sendo a única empresa do Brasil a receber, pela nona vez consecutiva, o prêmio da GM.


BARCOS – As vendas externas de barcos e iates fabricados no Brasil devem repetir o bom desempenho do ano passado e crescer dois dígitos em 2021. De acordo com a Associação Brasileira de Construtores de Barcos e Implementos (Acobar) as exportações do produto nacional cresceram 10% em 2020 em comparação ao período anterior. O mercado brasileiro de barcos cresceu 20% em 2020 em relação a 2019, ainda de acordo com a entidade. A expectativa é de que as vendas continuem em alta ao longo de 2021.

Eduardo Colunna, presidente da Acobar, estima que as vendas externas cresçam pelo menos mais 10% até o final deste ano. “O índice poderia ser maior, porém, o desafio é o fornecimento de motores e equipamentos para atender a demanda”, explica ele.


Divulgação        Rodrigo: há desperdício de energia elétrica no país

ARTIGO

Crise energética: é hora de falar sobre os carros elétricos?

Por Rodrigo Aguiar (*)

Falar em veículos elétricos em meio à crise energética que o Brasil enfrenta pode parecer um paradoxo. A primeira pergunta é: como podemos, em meio a tudo isso, pensar na troca de veículos a combustão por elétricos? A resposta não é simples, mas pode ser resumida em uma única palavra: planejamento. Vale dizer que o impacto dos veículos elétricos no consumo nacional é muito pequeno e os dados não me deixam mentir. De acordo com estudos realizados pela Anfavea, em 2035 teremos 62% dos veículos brasileiros elétricos, e que consumirão apenas 1,5% do volume nacional de energia.

Isso significa que os carros elétricos não são um problema para o sistema energético brasileiro. Acontece que, como especialista na área, afirmo que ao menos 15% de toda a energia elétrica consumida no país é desperdiçada (seja em equipamentos obsoletos, seja em processos produtivos equivocados). Isso representa a cada ano, dez vezes mais do que os veículos elétricos vão consumir. E o Plano Nacional de Eficiência Energética (PNEf) continua andando devagar, o que faz o Brasil andar na contramão do resto do mundo.

O cenário atual é que os países industrializados e, portanto, as montadoras globais, já definiram a data que cada uma fará esta transição e o fato é que o Brasil não pode transformar essa oportunidade em uma grande derrota, pois neste momento estas oportunidades de mercado são infinitas. O outro ponto é que se não nos alinharmos com o pensamento mundial, as montadoras irão embora do país e a grande indústria de autopeças ligada a ela, vai falir!

O problema pode começar a ser resolvido com atuação em duas frentes. Por um lado, temos que melhorar tudo o que está ligado aos biocombustíveis e, em paralelo, montar um plano consistente e estruturado para os veículos elétricos no país. Com as grandes reservas que temos de lítio, manganês, níquel e grafite, temos que realizar acordos com os grandes centros mundiais de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e assim estarmos juntos na evolução das baterias para estes veículos elétricos. Pensarmos em não exportar commodities e sim produto industrializado, com maior valor agregado.

E aqui voltamos na parte de planejamento. Todo esse trajeto não será percorrido do dia para a noite. Para fazer as coisas direito, temos que nos reunir, pensar, trabalhar e é para ontem. A produção automobilística não está nas nossas mãos, então é hora de olharmos para o mercado e entendermos como podemos entrar bem neste mercado.

Não há motivos para ter receio ao incentivar o uso de carros elétricos, pois reforço que eles representam baixíssimo consumo dentro da nossa matriz energética e com uma vantagem enorme de economia para o bolso do consumidor pelo custo do quilômetro rodado. Aliás, a grande diferença entre a crise energética atual e a ocorrida no governo Dilma, é que naquela época, apesar da enorme redução da capacidade hídrica dos reservatórios das usinas hidrelétricas, não havia outras fontes de geração de energia como agora.

O grande aumento da geração renovável (principalmente eólica e fotovoltaica), além da inserção das termelétricas, permite um "conforto" com relação a possíveis apagões. Porém, o preço a se pagar é uma tarifa absurdamente alta. Por isso, é preciso atuar na redução do consumo voluntário de energia e redução do desperdício por meio de programas fortes de curto, médio e longo prazo ou até criar imediatamente os leilões de eficiência energética.

Além disso, é fundamental montar os alicerces para a vinda dos veículos elétricos, aumentar o número de eletropostos, reduzir a carga tributária (principalmente federal) e criar um plano estruturado e duradouro. Não é loucura, a crise energética é o melhor momento para pensarmos e trazermos os holofotes para os veículos elétricos!

(*) Rodrigo Aguiar é sócio-fundador da Elev, possui mais de 25 anos na área de eficiência energética e implantou mais de 1.500 projetos no país nos setores industrial, comercial, serviços e público.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Ciclistas em risco

Divulgação      Sinistros graves aumentaram 30% nos primeiros cinco meses de 2021

Nelson Tucci

O uso da bicicleta tem crescido no Brasil, tanto para o trabalho quanto para o lazer. Veículo sustentável (sem emissão de poluentes), proporciona exercício e mobilidade ao usuário. Entretanto, os riscos também aumentam em ruas, avenidas e rodovias. De acordo com a Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), nos primeiros cinco meses de 2021 houve aumento de 30% de sinistros graves comparado ao mesmo período de 2020.

Goiás (406), São Paulo (360) e Minas Gerais (306) tiveram as maiores totalizações, considerando o período acima (jan-mai 2021 contra jan-mai 2020). Percentualmente, os locais que apresentam curva crescente são Goiás (240%), Rondônia (113%) e Sergipe (100%). Já o Amazonas (-78%) e o Amapá (-74%) apresentaram as maiores reduções, em percentuais. Cabe destacar que pequenos incidentes dificilmente são registrados; na estatística estão aqueles considerados graves, de conhecimento do Ministério da Saúde.

Divulgação      Dados do Datasus/MS mostram situação no país

Em janeiro de 2019, por exemplo, foram registrados 1.100 sinistros graves com ciclistas, contra 1.451 em janeiro de 2021, mês com o mais alto nível de sinistros compilados no período estudado. "Esses dados demonstram a importância de termos atenção e iniciativas focadas nesse público. O uso da bicicleta cresceu no Brasil e exige uma abordagem de prevenção ao sinistro", avalia o médico Antonio Meira Júnior, presidente da Abramet: "A associação está atenta a esse tema e vamos discuti-lo em nosso Congresso no mês de setembro". A entidade realizará o XIV Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego nos dias 16 a 18 de setembro, mobilizando especialistas do Brasil e do exterior para debater diversos temas, entre eles os efeitos da pandemia na mobilidade.


PERFIL – Ainda sobre o mapeamento avaliado pela Abramet, o perfil dos ciclistas envolvidos em sinistros graves é de 80% de homens e a faixa etária predominante está entre 20 e 59 anos (que corresponde a 60% dos casos). Segundo Flavio Adura, diretor científico da Abramet, a entidade aproveitará o conhecimento produzido para propor ações e procedimentos que aprimorem o atendimento de sinistros envolvendo o ciclista, assim como o reforço de políticas públicas que protejam essas vidas.

"A superioridade numérica dos acidentes envolvendo pedestres e motociclistas fez com que os ciclistas fossem negligenciados enquanto objeto de políticas de prevenção. Percorrem ruas e estradas, partilhando espaço com veículos pesados e, muitas vezes, sequer sendo percebidos. Comparada a alguém que se desloca em um automóvel, uma pessoa que circula em uma bicicleta tem uma probabilidade de óbito oito vezes maior", alertou.


Divulgação             Picape quer conquistar público padrão mais aventureiro

S10 – A GM anuncia a nova configuração aguardada da S10. É a versão Z71, de inserção global, agregando um visual mais aventureiro à picape. Inédita no país, a S10 Z71 é um dos quatro produtos que a Chevrolet irá lançar no Brasil ainda neste ano. Até então, a marca havia confirmado o Novo Bolt EV e o Novo Equinox, anunciado neste espaço.

Em se tratando de S10 são mais de 25 anos de tradição e a única picape da categoria com mais de 1 milhão de unidades produzidas no país. De lá para cá, foram inúmeras atualizações mecânicas, tecnológicas e visuais, sempre com foco na robustez e capacidade todo-terreno.

"Continuamos investindo também no fortalecimento da marca S10. Com a adição da versão High Country, trouxemos um público que busca o máximo em sofisticação, conectividade e segurança. Já a versão Z71 chegará em outubro para atrair um perfil de consumidor inédito à picape", diz Hermann Mahnke, diretor-executivo de Marketing da GM América do Sul.


CRETA – A linha de montagem da fábrica da Hyundai, em Piracicaba/SP, começa a produzir nesta semana as primeiras unidades da nova geração do SUV Creta. O modelo tem sua comercialização prevista para o fim deste ano e o volume inicialmente fabricado atenderá aos eventos de lançamento e a exibição nos showrooms da rede de concessionárias por todo o país. Para celebrar o feito, o presidente e CEO da Hyundai no Brasil e nas Américas Central e do Sul, Ken Ramirez, e o vice-presidente de Operações Industriais, Jae Min Lee, participaram de uma foto com os colaboradores da produção.

O Creta Nova Geração 2022 trará diversos itens de segurança, conforto e conectividade que merecem destaque entre os SUV de sua categoria, como a central multimídia blueNAV com a maior tela disponível, de 10,25 polegadas, e navegação embarcada, freio de estacionamento eletrônico, painel digital colorido de 7 polegadas, borboletas para troca de marcha no volante e câmera para


Divulgação               Mais Neobus vão rodar em S. José dos Pinhais/PR

BUSÃO – A Francovig Transportes Coletivos, operadora paranaense com sede em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, acaba de adquirir os seus primeiros ônibus urbanos da Neobus. São 31 unidades do modelo New Mega, que fazem parte de um dos lotes da Transporte Integrado de Araucária (Triar), e irão atender as linhas urbanas da cidade de Araucária, localizada também na Grande Curitiba. Para esta operação, a empresa irá operar com o nome fantasia de On Bus.

"Para nós, essa primeira aquisição de veículos Neobus pela Francovig demonstra a versatilidade do portfólio de produtos das marcas e reforça a nossa liderança como grupo", destaca Ricardo Portolan, diretor de Marketing da Marcopolo. A empresa é cliente tradicional Marcopolo e Volare desde 2008 e possui frota moderna para atendimento das aplicações de fretamento e turismo, além de urbana.


PARADA – Vem aí a terceira parada da unidade VW de Taubaté/SP neste ano. A montadora concederá férias coletivas aos funcionários, onde são produzidos os modelos Gol e Voyage. Dois mil trabalhadores da unidade deverão parar por mais 10 dias a partir de 30 de agosto, confirmou o sindicato dos metalúrgicos local.

A montadora informou à entidade problemas com fornecimento semicondutores para justificar a nova paralisação.


BRONZINAS – Foi despachado na última segunda-feira para um reparador de Goiânia/GO o 2.000.000º jogo de bronzinas da Takao. O componente pertence à linha de produtos da marca desde a sua fundação, em 2011, e é estratégico no cartel de produtos da marca, não só na abrangência de atendimento – hoje são mais de 1.300 motores diferentes que podem ser reparados com as bronzinas da Takao –, mas principalmente no quesito qualidade.

“Podemos assegurar que as bronzinas Takao representam, hoje, a nova referência de qualidade do aftermarket automotivo brasileiro”, comenta Luis Fernando Hartner, gerente executivo de pós-venda e qualidade da marca. Para sustentar a afirmação, o executivo lança mão de um dado usado pelo setor que aponta o número retorno de peças em garantia no universo total de peças comercializadas: “As bronzinas Takao possuem hoje um dos menores índices de retorno em garantia, girando 0,2%, o que se traduz em uma posição de destaque em qualidade no mercado de reparação”.


CAOA – Izabela Molon Luchesi de Oliveira Andrade é a nova presidente do Conselho da CAOA. Formada em direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, a advogada já tinha participação ativa junto ao Conselho e ao lado de Carlos Alberto (o fundador, morto na semana passada) contribuía com as decisões nos negócios e operações da empresa.

“Estava presente em todas as importantes decisões da CAOA ao longo dos últimos anos. Essa posição é muito importante para mim, pois tenho a missão de manter a empresa ainda mais sólida e em constante evolução. Somos fortes, gigantes e vamos dar continuidade ao legado do Carlos Alberto, investindo em todos os processos e operações que a marca vem desenvolvendo. Temos mais de seis mil colaboradores trabalhando para o crescimento da empresa e, neste momento, quero dar continuidade ao brilhante trabalho que meu marido desenvolveu ao longo de sua vida. Acredito que o fato de eu ser mulher e presidir o Conselho será um marco importante para a CAOA e para as mulheres do mercado”, declara Izabela, que terá ao seu lado, no Conselho, a família e o corpo executivo da empresa.

No comando executivo da CAOA, o CEO Mauro Correia seguirá com a responsabilidade de coordenar a gestão de negócios de toda a empresa e seus departamentos operacionais, fazendo o elo com o Conselho de Administração.


CHINESA – Como já esperava o mercado – e nós aqui noticiamos –, a Mercedes bateu martelo e vendeu sua fábrica de Iracemápolis, no interior de São Paulo, para a chinesa Great Wall Motors. A GWM chega agora ao país e anunciou a produção de SUVs.

De acordo com o comunicado divulgado à imprensa, a negociação incluiu o terreno de 1,2 milhão de metros quadrados, os prédios e os equipamentos de produção. A Mercedes iniciou sua produção nesta planta, em 2016, montando os modelos Classe C e GLA que, mercadologicamente, não vingaram. As atividades ali foram encerradas em dezembro último.


BARCOS – O portal náutico Bombarco acaba de anunciar a segunda edição do “Prêmio Bombarco Baleia de Ouro”. De acordo com o CEO Marcio Ishihara, esse rico mercado não entra em crise e já conta mais de 900 mil barcos navegando na costa brasileira. Para acessar o evento, www.bombarco.com.br


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Avião elétrico entra em testes

Divulgação                  Modelo tem parceria técnica da WEG e da EDP

Nelson Tucci

A Embraer realizou, na última sexta-feira, o primeiro voo de seu avião elétrico, na cidade paulista de Gavião Peixoto, a 240 km da capital. Na definição da empresa, é mais uma iniciativa rumo ao futuro de zero emissões de carbono. O modelo tem parceria técnica da catarinense da fabricante de motores WEG e da luso-brasileira EDP, desenvolvendo tecnologias que possibilitem a propulsão elétrica em 100%.

Nas primeiras avaliações em voo tripulado foram analisadas características primárias como potência, desempenho, controle, gerenciamento térmico e segurança de operação. O objetivo é demonstrar em condições reais os resultados obtidos em simulação computacional, ensaios em laboratório e integração da tecnologia em solo, que acontecem desde o segundo semestre de 2019 na unidade de Gavião Peixoto.

“O primeiro voo de uma aeronave é sempre um marco importante, e a decolagem do nosso primeiro avião elétrico de zero emissões simboliza também a relevante contribuição das nossas equipes e parceiros para a transição energética do setor”, disse Luis Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia, Desenvolvimento Tecnológico e Estratégia Corporativa da Embraer.


RENOVÁVEL – O projeto, de acentuada cooperação tecnológica, utilizou um sistema motopropulsor elétrico da WEG e um conjunto de baterias – financiadas pela EDP – integradas em um EMB-203 Ipanema, aeronave que faz parte da história da Embraer e se tornou em 2004 o primeiro avião do mundo certificado e produzido em série para voar com um combustível de fonte renovável, o etanol.

Os resultados do Demonstrador Elétrico permitirão que a Embraer utilize o conhecimento adquirido para a aplicação de tecnologias inovadoras de eletrificação no desenvolvimento de novos produtos alinhados com a busca contínua de um futuro sustentável. É o caso da aeronave eVTOL (aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical), também conhecido como EVA (Electric Vertical Aircraft ou simplesmente “carro voador”), desenvolvida pela Eve, empresa de Mobilidade Aérea Urbana da Embraer.

O sonho de Ícaro foi atualizado com sucesso!


HIDROGÊNIO – Em busca da tecnologia em favor do carbono zero, a Cummins Inc. iniciou testes com um motor de combustão interna movido a hidrogênio. Esse experimento de prova de conceito baseia-se na liderança em tecnologia existente da Cummins em aplicações de combustível gasoso e na liderança do trem de força para criação de novas soluções de energia que ajudem nas necessidades ambientais e de energia do futuro.

“A Cummins está entusiasmada com o potencial do motor a hidrogênio para reduzir as emissões e fornecer potência e desempenho para os clientes. Estamos utilizando todas as novas plataformas de motores equipadas com as tecnologias mais recentes para melhorar a densidade de potência, reduzir o atrito e melhorar a eficiência térmica, o que nos permite evitar as limitações de desempenho típicas e compromissos de eficiência associados à conversão de motores a diesel ou gás natural em combustível de hidrogênio. Fizemos avanços tecnológicos significativos e continuaremos avançando. Estamos otimistas em trazer esta solução para o mercado”, diz Srikanth Padmanabhan, presidente do segmento de motores da Cummins.

Os motores a hidrogênio podem usar combustível de hidrogênio verde, produzido por eletrolisadores fabricados pela Cummins, “com emissões quase nulas de CO2 pelo escape e níveis quase nulos de NOx”, destaca a empresa, acrescentando que “o investimento projetado na produção de hidrogênio renovável globalmente proporcionará uma oportunidade crescente para a implantação de frotas movidas a hidrogênio utilizando células de combustível Cummins ou motor”.


RETORNO – Depois de cinco longos e angustiantes meses de espera, o Chevrolet Onix voltará a ser vendido nas concessionárias em setembro, informou a General Motors na última quinta-feira. Isto porque a montadora retomará a produção do modelo em Gravataí/RS nesta segunda-feira, 16. A paralisação ocorreu em razão da falta de semicondutores, que atinge toda a indústria.

A empresa informou também que a linha 2022 do Onix, lançada em abril, seguirá com as mesmas opções, tanto na versão hatch quanto na sedã: 1.0 manual de seis marchas, 1.0 turbo com câmbio manual de seis marchas e 1.0 turbo com câmbio automático.

Agora a GM terá por objetivo recuperar a participação de mercado de seu modelo mais vendido do portfólio atual. “O Onix é o carro preferido do consumidor brasileiro, e o retorno da produção é importante, pois vamos começar a atender aos milhares de clientes que aguardam pelo produto nas concessionárias Chevrolet pelo país”, enfatizou Carlos Zarlenga, presidente da montadora.


Divulgação                                                 Quadro atualizado em 11/08/21

REPASSES – Durante o primeiro semestre do ano, 26 prefeituras da Região Metropolitana de São Paulo foram beneficiadas com mais de R$ 51,4 milhões em repasses provenientes do Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (Issqn), de acordo com balanço da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). Os valores arrecadados incidem sobre as tarifas de pedágio das rodovias estaduais que integram o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo. Desde o ano 2000, quando o ISS foi incorporado, foi repassado um total de R$ 1,2 bilhão às cidades da região.

O cálculo do Issqn é realizado com base na extensão de cada município na rodovia coberta pelo pedágio. A alíquota do imposto é definida por legislações federal e municipal. Desta forma, cada município também é responsável pela regulamentação da alíquota de imposto a ser recebida – que pode variar entre 2% e 5% do montante arrecadado, conforme estipulado na lei federal. A verba pode ser utilizada livremente pelas prefeituras nas áreas de saúde, segurança, educação, transporte, infraestrutura ou na área em que o município considere como prioritária.


PERFIL – Santos vive uma situação com seus motoristas que pode revelar as tendências com parte do futuro da mobilidade no país. Enquanto cai em 14,6% o interesse dos jovens em tirar habitação (CNH), cresce em 31% o número de idosos ao volante.

Especialistas apontam fatores culturais, econômicos e até mesmo de saúde como possíveis explicações para esse interesse dos mais velhos em permanecerem ativos como motoristas. Na opinião do arquiteto e professor de Planejamento Urbano da PUC-Campinas, Thiago Amim, o crescimento no uso de carros nas cidades de grande e médio porte do interior paulista em relação à capital tem relação não apenas com um sistema de transporte público menos qualificado, mas também com a forma como essas cidades se desenvolvem: “Em praticamente todos os casos, as maiores cidades do interior paulista são menos adensadas e mais espalhadas do que São Paulo, o que acaba tendo como consequência uma utilização mais frequente do automóvel nos deslocamentos”.

De acordo com José Montal, diretor da Associação Brasileira de Medicina do Trabalho (Abramet), à medida que Medicina avança na prevenção de doenças há um consequente aumento na expectativa de vida saudável da população, e, como consequência, a participação de condutores idosos no universo da população de motoristas habilitados.


Divulgação                                    Idosos estão muito ativos e independentes

Márcia Menezes, diretora-executiva da Federação Nacional das Cooperativas de Trabalho dos Médicos e Psicólogos Peritos de Trânsito (Fenactran), destaca que os idosos de hoje são de uma geração proativa, e mais independente se compararmos com pessoas da mesma faixa etária no passado. “Essa população cresce em uma velocidade duas vezes maior que a geral. Eles chegam aos 60 anos de forma independente, o que se reflete no trânsito”, destaca.

De acordo com as normas do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e válidas em todo o país, não há limite máximo de idade para que uma pessoa dirija. No entanto, a renovação da CNH deve ser feita a cada cinco anos para os motoristas com idade entre 50 e 69 anos e três anos para os motoristas com idade igual ou superior a 70 anos ou em período menor, de acordo com a avaliação médica.


Divulgação                                          Jovens estão desapegando dos carros

SONHO – Vai se esvaindo um antigo sonho dos jovens em tirar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tão logo completem 18 anos. De acordo com levantamento feito pelo Detrans.SP, houve uma redução de 40.427 mil pessoas habilitadas nessa faixa etária em junho de 2015 para 34.576 no mesmo período deste ano em Santos, representando queda de 14,6%, maior que a média registrada no estado (de 10,5%).

No estado de São Paulo houve uma queda de 4.872 milhões de pessoas habilitadas nessa faixa etária em 2015 para 4.356 milhões no mesmo período deste ano no estado de São Paulo, uma diminuição de 10,5.

“Fatores culturais e econômicos influenciam o perfil dos motoristas com o passar dos anos. Hoje temos uma geração que se preocupa mais com a questão ambiental e a facilidade oferecida pelos aplicativos de transporte. Os jovens hoje têm outras expectativas. Essa discussão sobre mudanças dos modais é mundial”, ressalta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran paulista.


DUAS RODAS – Em função da crescente demanda no mercado brasileiro, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) revê seus números para cima. A produção de 1.060.000 unidades inicialmente prevista, no início ano, foi alterada para 1.220.000 – representando crescimento de 26% sobre o ano passado. Se confirmados, os números serão ainda melhores que no período pré-pandemia (1.127.000 unidades, em 2019).

Assim como os demais segmentos automotivos, este também enfrenta problemas com falta de peças e insumos, conforme admite o presidente da entidade, Marcos Fermanian. Ele explica, no entanto, que a produção verticalizada das fábricas de Manaus/AM, permite que as empresas “administrem bem a escassez de componentes”, sem enfrentar problemas de paralisações nas linhas como ocorre nas montadoras de automóveis.


Divulgação                                                Tecnologia híbrida entrega 183 cv

LANÇAMENTO – A Honda inicia as vendas do novo Accord Híbrido, o primeiro modelo da marca com a inovadora tecnologia e:HEV híbrida de dois motores elétricos. O sedã de luxo é um dos três carros híbridos que a Honda planeja lançar no Brasil até 2023, dentro do seu plano de eletrificação para o mercado local.

O e:HEV estreia no Brasil no novo Accord Híbrido, o modelo flagship da Honda. Ele usa um sistema com dois motores elétricos de alta eficiência combinados com um motor de ciclo Atkinson de 2,0 l, com aceleração e respostas vivas e um índice de consumo de combustível considerado pela montadora como excepcional.

Há três modos principais de operação, dependendo da situação de condução: EV Drive (100% elétrico), Hybrid Drive e Engine Drive. O sistema alterna automaticamente entre eles de forma suave, buscando a máxima eficiência. Nos modos EV Drive e Hybrid Drive, a tração sempre ocorrerá apenas por meio do motor de tração elétrico de 184 cv e 32,1 kgfm de torque. A única diferença entre eles é se o motor a combustão, de ciclo Atkinson, com 145 cv e 17,8 kgfm de torque, funcionará em conjunto com o motor elétrico gerador, para fornecer energia, ou não. Por se tratar de um motor elétrico de alta potência, a maior parte das condições de rodagem estará coberta nestes dois modos de operação. Preço sugerido: R$ 299.900.


CHINA – Em fevereiro de 2020 a chinesa Great Wall Motors (GWM) anunciou investimentos de R$ 1 bilhão na Índia. Neste ano surgiu a informação que, desse total, R$ 300 milhões seriam realocados para o Brasil e que a antiga fábrica da Mercedes, em Iracemápolis., na região de Limeira, no interior paulista, seria adquirida pela chinesa, para fabricar SUVs e picapes.

Há nova informação de mercado dando conta que o negócio entre a GWM e a alemã Mercedes já estaria fechado e que é questão de tempo o anúncio oficial.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Motor a combustão resiste...

Divulgação  Contagem para a descontinuidade desses papa-dinossauros já começou

Nelson Tucci

Em um raciocínio simplista, os motores a combustão já poderiam estar aposentados, mas, por motivos nem sempre revelados, ainda resistem aos avanços da tecnologia e, sobretudo, à necessidade de contribuir com a descarbonização do planeta. Apesar da sobrevida, a contagem para a descontinuidade desses papa-dinossauros já começou.

Joseph Robinette Biden Jr., o Joe, atual presidente dos EUA, é nascido na Pensilvânia, não no Texas. Só isto já pode significar algo mais palpável em relação ao futuro do planeta do ponto de vista ambiental. Um dos primeiros atos que assinou foi reconduzir o seu país ao Acordo de Paris. E depois de afirmar que pretende zerar as emissões de gases do efeito estuda até 2050, assinou decreto induzindo a que pelo menos 50% dos veículos produzidos, até 2030, saiam com motor elétrico das fábricas. A decisão tem a concordância das montadoras instaladas por lá.

Já a rede CNN de televisão informou que estudos da consultoria EY apontam para o seguinte quadro em 2045: apenas 1% de todos os veículos comercializados no mundo terão motor a combustão. A virada ocorrerá em 2033, com os elétricos já sendo majoritários nas vendas. A Europa talvez alcance um pouco antes essa tendência.


RECUO – Em live com os jornalistas da imprensa especializada na sexta-feira última, o presidente da Anfavea (associação das montadoras) afirmou que pelo segundo mês consecutivo a produção de autoveículos recuou no Brasil, referindo-lhe a julho. Segundo o representante da indústria automotiva, Luiz Carlos Moraes, a queda pode ser creditada às paralisações de algumas unidades em função da falta de semicondutores.

Em julho, a produção total foi de 163,6 mil unidades, 2% a menos do que no mês de junho e 4,2% abaixo de julho de 2020. O desempenho é considerado o pior para um mês de julho desde 2003. Ainda de acordo com a Anfavea, existe maior demanda interna e externa por veículos, “mas infelizmente a falta de semicondutores e outros insumos tem impedido a indústria de produzir tudo o que vem sendo demandado, apesar dos esforços logísticos empenhados pelas empresas", acentuou Moraes, finalizando: "Os estoques de 85 mil unidades nas fábricas e nas concessionárias são os menores das últimas duas décadas, o que comprova a gravidade da situação".

Com demanda reprimida, os preços sobem, diz a “lei do mercado”. Feitas as contas, nesses últimos meses de pandemia, o preço dos veículos leves (carros e camionetas) subiu, em média, 8,3%.


Divulgação   Modelo 100% elétrico: 8ª geração zero emissão da JAC Motors

ESTREIA – Prometendo autonomia de 420 km, estreia no mercado brasileiro o JAC E-JS4. Do novo segmento médio/grande, o SUV da JAC aposta firmemente no trinômio design contemporâneo, alta tecnologia e custo/benefício. 

“Este é um produto muito moderno, com um design insinuante, traz recursos tecnológicos high-end, e é vendido por um valor extremamente agressivo. Para se ter uma ideia, o SUV 100% elétrico de seu porte mais acessível do país custa mais de R$ 420 mil, ou seja, R$ 170 mil a mais do que o E-JS4. Estamos entusiasmados com o potencial de vendas desse modelo”, define Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil.

Capaz de rodar 420 km com a carga completa, o que dá, em média, um consumo de 13 kWh por 100 km, o E-JS4 é um dos modelos elétricos mais eficientes e econômicos fabricados até aqui. Para recarregá-lo por completo, considerando o custo médio de tarifas de R$ 0,60 por kWh, o proprietário do modelo vai desembolsar R$ 7,80 a cada 100 km (equivalente a 1,3 litro de gasolina por 100 km).

“Encher o tanque” por esse valor e rodar 420 km significa, em linhas gerais, um custo por km rodado seis vezes menor do que um modelo com motor térmico”, destaca a JAC Motors.


Divulgação                 Corolla Cross Special Edition custa quase R$ 200 mil

SPECIAL – Com mais de 10 mil unidades vendidas no mercado brasileiro desde o lançamento, em março último, a Toyota do Brasil celebra o sucesso de seu mais novo SUV com edição limitada da versão Special Edition do Corolla Cross. O modelo pode ser encontrado nas concessionárias Toyota com preço sugerido de R$ 192.690.

Baseado na versão topo de linha, XRX Hybrid, o SUV da marca traz equipamentos exclusivos como carregador por indução para celular (wireless charger) e alguns acessórios, tais como estribo lateral, soleira nas portas e bandeja do porta-malas. A edição especial do SUV incorpora ainda uma lista de itens visando o conforto, conveniência e segurança do proprietário.

O modelo vem equipado com computador de bordo, carregando tela TFT de 4,2” de alta resolução, sistema de áudio central multimídia Toyota Play com tela sensível ao toque de 8”, bluetooth e conexão para smartphones e tablets compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay.


Divulgação               Luxo e tecnologia no modelo, que atinge 283 km/h

ROVER – A Range Rover, linha de maior sofisticação da Land Rover no país, adiciona ao mercado brasileiro a nova versão exclusiva SVR Carbon Edition, com unidades limitadas. Produzida na Inglaterra pela unidade Special Vehicles Operation (SVO), reúne “o que há de mais avançado em termos de luxo, tecnologia embarcada e motorização de alta performance”, destaca a montadora. A pré-venda já foi iniciada e estará disponível apenas em concessionárias da marca para vender os produtos SVO da Land Rover no país.

Seu motor é um V8 de 575 cv com potência bruta e visceral. Desenvolvido com a tecnologia de carroceria monobloco 100% de alumínio da Land Rover, foi construído sobre uma estrutura robusta, porém de arquitetura leve. O veículo alcança de 0 a 100 km/h em 4,5 segundos, tendo sua velocidade máxima em 283 km/h.


Divulgação                                       Perua ou SUV?: 4ª geração da Carnival

KIA – A Kia Motors do Brasil confirma a chegada da 4ª geração da Carnival, com lançamento oficial à imprensa e início de comercialização prevista para a última semana deste mês. Inspirada em SUVs, o modelo inaugura um novo patamar para a marca em termos de conectividade, tecnologia embarcada e sistemas de segurança, anuncia a montadora coreana. Este GUV (Grand Utility Vehicle) estará disponível no mercado brasileiro em versão única, com motor MPi V6 à gasolina de 3,5 litros, que gera até 272 cv e 332 Nm de torque, acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades, ao preço de R$ 479.990.

Os recursos de conectividade e de tecnologia embarcada destacam a 4ª geração da Carnival, com uma gama de equipamentos high-tech projetados para tornar a vida com o veículo o mais fácil e conveniente possível. O centro de conectividade do carro é o display digital duplo, acionando o novo painel de instrumentos digitais de 12,3” e o sistema de infoentretenimento com tela sensível ao toque também de 12.3” sob uma única peça de vidro.


Divulgação                            O mais vendido na categoria premium

EQUINOX – A Chevrolet prepara quatro lançamentos de setembro até o fim do ano. As novidades estão sendo anunciadas uma a uma desde a semana passada. Depois de confirmar a chegada do Novo Bolt EV, agora é a vez do Novo Equinox.

O Equinox é o modelo mais vendido da Chevrolet no mundo e, no Brasil, na faixa premium. Destaca-se na categoria pelo maior porte, além do conteúdo tecnológico e dinâmico. "O Novo Equinox será lançado no último trimestre do ano, e a expectativa tem sido grande por parte dos clientes. O SUV médio da Chevrolet chegará ainda mais equipado e com personalidade inédita, em linha com uma característica muito singular do produto: a excelente dirigibilidade", diz Rodrigo Fioco, diretor de Marketing da GM América do Sul.


Divulgação     FIAT deu a volta por cima e tem 26,8% do mercado nacional

INJEÇÃO – A marca italiana, que oscilou nos últimos anos no mercado brasileiro, ganhou uma injeção de ânimo e reage bem após a fusão de operações com a francesa Peugeot. Em julho, pelo sétimo mês consecutivo, a Fiat fechou o mês na liderança do mercado nacional de automóveis e comerciais leves com 26,8% de participação (43.684 emplacamentos), sendo este o melhor resultado desde agosto de 2007.

Os destaques do mês ficaram com o hatcback Argo, carro mais vendido do país com 10.873 unidades (6,7% de market share), o melhor desempenho comercial desde o seu lançamento. A Nova Strada vem em seguida com 9.439 unidades (5,8% de participação), e o Mobi em 3ª lugar com 8.059 unidades emplacadas (4,9% de market share), atingindo seu recorde de vendas desde o seu lançamento, em 2016. A picape Toro foi o 5° veículo em vendas nacionais com 7.031 unidades (4,3% de participação), atingindo seu melhor mês também desde o lançamento.

Com isto, a Fiat amplia sua liderança no mercado brasileiro no acumulado do ano, chega a 267.457 mil unidades vendidas desde janeiro (com participação de mercado de 22,8%) e se consolida como a marca que mais cresceu no país: 8,3 pontos comparado ao mesmo período de 2020. Destaque mais uma vez para a Nova Strada, veículo mais vendido do Brasil em 2021, com 70.505 mil emplacamentos e 6% de participação nas vendas totais do semestre.


Divulgação                          Honda tem liderança folgada em scooter também

SCOOTER – No mês de julho, o segmento de scooters registrou um recorde histórico no volume de emplacamentos: foram 10.195 unidades. No ranking de marcas, a Honda Motos lidera as vendas, com a comercialização de 6.589 unidades, melhor resultado da série histórica, com participação de mercado de 64,6%.

Com um line up diversificado de scooters, que atende aos diversos perfis de clientes, a Honda possui modelos de entrada, como a Elite 125, que conta com design arrojado, tecnologia de freios CBS, painel digital e farol em LED. Pelo segundo mês consecutivo, o modelo lidera as vendas em sua categoria, ampliando a sua vantagem em relação à concorrência, com 61,2% de participação de mercado.

Scooter líder absoluta em vendas no país, a PCX é a opção completa para a mobilidade urbana, entregando um grande pacote de praticidade e funcionalidade de equipamentos, proporcionando uma pilotagem confortável e segura.


MERITOR – A unidade de aftermarket da Meritor tem bons motivos para comemorar os 65 anos da empresa no Brasil. Suas vendas estão em alta nos últimos cinco anos, movimento mantido inclusive em 2020 apesar das dificuldades com a pandemia da Covid-19 no país e no mundo. Os negócios da empresa no mercado de reposição cresceram mais de 160% entre 2015 e 2020. No comparativo de 2020 com 2019 houve expansão de 34% e no primeiro semestre deste ano o crescimento chega a 63%, conforme revela Gerson Backrany, gerente nacional de vendas do mercado de reposição da Meritor América do Sul.

O executivo lembra que o índice de expansão no acumulado até junho reflete um volume reduzido de vendas na primeira metade de 2020, quando o setor automotivo foi fortemente afetado, principalmente nos meses de abril e maio pelas medidas de isolamento social impostas pela pandemia.

Mas as projeções são positivas para o segundo semestre e, consequentemente, para o ano como um todo. “Acreditamos que o mercado se manterá em alta e prevemos crescer entre 25% e 30%”, comenta. O mercado de reposição, segundo ele, vem sendo indiretamente favorecido pela pandemia e a consequente escassez de componentes que tem afetado o setor automotivo no Brasil e no mundo: “Como há receio de faltar peças, os distribuidores estão preferindo reforçar os estoques e, assim, garantir o abastecimento futuro do mercado”.

A Meritor tem hoje um portfólio de 3 mil itens ativos no aftermarket, incluindo componentes do diferencial automotivo, rolamentos, cruzetas e óleo para o diferencial. O gerente nacional de vendas lembra que a unidade ganhou uma nova diretoria em 2015 e a partir de então implementou uma série de ações para fortalecer os negócios na área.


Divulgação                                                    BR 116 está em reforma, no Sul

ESTRADA – A Arteris Régis Bittencourt dá sequência às obras de reconstrução do pavimento na BR-116, trechos do Paraná e São Paulo. No dia 26/07 os serviços foram iniciados em dois segmentos no município de Miracatu/SP – km 373,2 e km 372,1 – ambos em pista Norte com interdição de faixa 2 e fluxo liberado pela faixa 1. Esse lote tem previsão de conclusão dentro de 65 dias.

No dia 1º deste mês, domingo, as intervenções foram em Campina Grande do Sul/PR, no km 40,4 e no km 41,2 – com serviço na faixa 2, sentido Sul da rodovia, e tráfego pela faixa 1. Prazo para conclusão de 65 dias. As obras nesses pontos incluem remoção de todo o pavimento flexível e da base existente, uma camada de 77 cm, substituição e melhorias, com recomposição e reconstrução de toda a estrutura.

Até o mês de setembro a previsão é que novos pontos recebam obras de reconstrução do pavimento na Régis Bittencourt. O cronograma poderá sofrer alterações em caso de condições climáticas adversas. Mais informações podem ser obtidas pelo perfil no Twitter @Arteris_ARB ou pelo telefone 0800 7090116.


IMPORTADORES – As 13 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) registraram licenciamento de 7.398 unidades, das quais 2.555 importadas e 4.843 veículos de produção nacional. Isto ocorreu no mês de julho último e representa alta em suas vendas de 6,3% ante junho de 2021, quando foram comercializadas 6.960 unidades. Comparado a julho de 2020, o aumento é de 33,2%: 7.398 unidades contra 5.556 veículos.

Somadas as unidades importadas e as nacionais, com total de 41.887 veículos nos primeiros sete meses de 2021, as associadas à Abeifa registram percentual positivo de 45,2%. Em 2020, em igual período comparativo, o total de licenciamentos foi de 28.851 unidades.

“As empresas filiadas, também fabricantes locais, obtiveram resultados muito expressivos em julho. Para as importadoras, porém, as vendas foram inibidas por falta de vários modelos. O desabastecimento instável de peças e de componentes ainda tem impactado a produção de nossas matrizes. Mas entendemos que o setor consegue se recuperar nos próximos meses porque há uma demanda reprimida”, esclarece João Henrique Oliveira, presidente da associação.


Divulgação                     Fishing-420-Raptor_4 para segmento longe da crise

NÁUTICA – A Fishing Raptor, marca internacionalmente conhecida pelos barcos de alta resistência, acaba de lançar novo modelo de 42 pés: a Fishing 420 Raptor. A embarcação chega para atender uma parcela crescente do mercado que busca diversão e esportes em uma mesma embarcação, ou seja, é indicada tanto para navegação de lazer como para a pesca oceânica, mergulho e outros esportes náuticos. É ideal para navegações de longas distâncias e possui espaço para receber a família e os amigos.

“As embarcações da Fishing são seguras até para navegar em condições desfavoráveis porque possuem potência e hidrodinâmica que permitem cortar ondas em mar aberto com mais facilidade”, explica o diretor da empresa Fernando Assinato. Segundo ele, a Fishing projeta fechar 2021 com crescimento de 40% em relação ao ano anterior.


PORTOS – Os portos brasileiros, públicos e privados, movimentaram 280 milhões de toneladas nos três primeiros meses do ano, representando crescimento de 11,1% em relação a igual período do ano passado. Os públicos apresentaram crescimento de 9,71% enquanto os portos privados registraram + 11,75%.

Os dados são do Boletim Informativo Aquaviário, editado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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