segunda-feira, 29 de março de 2021

Parada em cadeia

Divulgação        Puxada pela Volkswagen, decisão ganha outros adeptos

Nelson Tucci

A situação calamitosa da pandemia levou as montadoras de automóveis a promover paralisação das atividades. Além dos riscos de contaminação de seus empregados e colaboradores, o segmento enfrenta o desabastecimento de componentes (leia reportagem especial na edição de março do jornal Perspectiva, em www.jornalperspectiva.com.br). Enfim, tudo convergiu para esta tomada de decisão, puxada pela Volkswagen e que ganha outros adeptos, sendo a Honda a mais recente.

A japonesa Honda anunciou na última sexta-feira a parada de suas linhas de produção nas unidades de Sumaré e Itirapina, no interior de São Paulo, até 11 de abril. A retomada está prevista para 12, quando termina a fase de prorrogação das atividades não essenciais, decretada pelo governo do estado.

Juntamente com esta, a Toyota e a Renault também anunciaram, na semana que passou, a parada de suas linhas a partir desta semana. Consequentemente, algumas fábricas de autopeças deverão segui-las. A Volkswagen Caminhões e Ônibus também vai parar a unidade de Resende/RJ, entre 29 de março e 4 de abril. Nissan também já tinha anunciado a suspensão temporária, até 12 de abril, assim como a Mercedes-Benz – em suas fábricas de São Bernardo do Campo/SP e Juiz de Fora/MG. Anteriormente o anúncio já fora feito por Volkswagen e Scania e a Volvo disse que reduziria em 70% o ritmo de produção. 

DESCIDA – A secretaria de estado de Logística e Transportes prorrogou a suspensão da Operação Descida no Sistema Anchieta-Imigrantes, quando mais faixas das rodovias ficam disponíveis ao tráfego de veículos em direção à Baixada Santista. Tal medida visa desestimular o fluxo de veículos rumo às praias durante a fase emergencial e o feriado prolongado decretado na capital paulista.

Esta iniciativa atende ao pedido dos prefeitos das cidades do litoral para conter o excesso de visitantes e foi adotada após avaliações técnicas e de segurança viária para os usuários do sistema. Não custa lembrar que o feriadão tem por objetivo salvar vidas e não promover turismo em meio a um altíssimo nível de contaminação registrado nos últimos dias/semanas.


Divulgação                   Pandemia manteve os fretamentos contínuos

FRETAMENTO – Se de um lado o segmento de rodoviários registra queda no volume de vendas, por conta da pandemia do novo coronavírus, o setor de fretamento segue aquecido neste ano. A Marcopolo, líder no setor de carrocerias de ônibus, com 52,7% de participação de mercado, já mostra aquecimento nas vendas de veículos destinados para este fim. Até abril, a companhia informa que entregará mais de 200 unidades destinadas ao transporte de trabalhadores em áreas urbanas e nos setores de mineração e agronegócios, em diversos estados.

"A necessidade das empresas se adequarem às determinações de distanciamento impostas pela pandemia gerou a demanda por mais veículos disponíveis. O que representou uma parte importante dos resultados da Marcopolo em 2020, sobretudo nos setores agro e mineração, pois estes segmentos seguiram aquecidas mesmo durante a pandemia”, comentou Leandro Sodré, gerente nacional de Vendas da Marcopolo.

Jaime Silva, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e Fretamento (Anttur), comenta que o fretamento eventual, feito para eventos ou atividades turísticas, foi fortemente afetado pela pandemia no ano passado: "Em contrapartida, o fretamento contínuo, como os serviços de transporte de funcionários, saiu fortalecido. Em 2021, já houve recuperação nesses primeiros dois meses e a expectativa para o ano é de retomada".


Divulgação                                  Híbrido acima de R$ 400 mil

Lançamento – Anunciando como foco a eletrificação de sua frota, a BMW do Brasil lança mais uma novidade na linha de modelos plug-in híbridos. É o BMW 530e M Sport que chega ao mercado brasileiro na versão Dark Edition, com preço sugerido de R$ R$ 425.950. A nova proposta do sedã executivo esportivo vem com o design das rodas, acabamento externo, grades frontais, faróis e lanternas em preto, dando um apelo ainda mais ousado e esportivo ao modelo, combinado com faróis e lanternas que já possuíam acabamento escurecido. O novo modelo chegará ao país no início de junho.

"Ampliar a frota de veículos híbridos e elétricos com mais opções de design para o cliente que busca diferenciação, é um dos nossos objetivos para os próximos anos. Por isso, investimos em novas versões de modelos, que já são bastante desejadas pelo nosso público, como forma de manter firme nossa atuação no mercado no âmbito da mobilidade sustentável", conta Rodrigo Andrade, gerente de Vendas da BMW do Brasil.


Tatiana Lafraia/Divulgação  Ishihara: democratizar o acesso ao mercado náutico

BARCOS – A segunda edição do Virtual Bombarco Show está confirmada para o período de 16 a 19 de abril. Maior feira virtual de barcos do Brasil tem expectativa de gerar mais de R$ 60 milhões em negócios. Durante os quatro dias de eventos, os visitantes poderão conhecer mais de 150 embarcações, de estaleiros nacionais e internacionais.

“Nosso objetivo é democratizar o acesso ao mercado náutico com opções para os mais variados gostos e classes sociais. Por isso, oferecemos uma feira que pode ser visitada de qualquer lugar do mundo – inclusive do sofá de casa – com preços para todos os bolsos. Trata-se de um formato inovador para o mercado náutico, acostumado com feiras em formato presencial que têm alto custo para o expositor tanto em termos de transporte da embarcação, como com a locação do espaço e estruturação do estande. A feira virtual contribui para popularizar esse universo, uma vez que os fabricantes de embarcações conseguem expor seus modelos a baixo custo, o que reflete em negociações com mais margem”, explica o idealizador da feira Marcio Ishihara.

Entre as novidades deste ano está o ingresso gratuito para a visitação de barcos. Já está confirmada a participação de estaleiros de diferentes estados brasileiros, promovendo visitas guiadas por consultores através dos estandes virtuais, com apresentação de lançamentos, promoções exclusivas ao evento e condições de pagamento diferenciadas. Destaque para as mais de 40 apresentações ao vivo, com os fabricantes e convidados do mundo náutico. Cada uma terá um tema específico voltado para negócios e estilo de vida, incluindo dicas para quem quer comprar um barco e benefícios de ter uma embarcação.


SEGURO – “Cada vez mais pessoas vêm buscando a náutica como forma de lazer seguro. Sabemos que a demanda de barcos está muito aquecida e nossa intenção neste ano é justamente contribuir para que o consumidor consiga ingressar neste mercado ou trocar de modelo em 2021 ao adquirir uma embarcação na feira. Isso porque o cliente poderá programar a entrega para o segundo semestre e, dessa forma, garantir que irá usufruir do barco na próxima temporada de verão 2021/2022. Sintetizando, a hora de comprar barcos é agora”, explica Ishihara.

A pandemia aqueceu o mercado náutico brasileiro que registrou um aumento de 20% em venda de barcos no último ano, segundo a Associação Brasileira de Barcos (Acobar). Um desempenho que, afinal, acabou por afetar o prazo de entrega de fabricantes. Hoje há filas de espera que superam 120 dias para os barcos acima de 30 pés, comenta Ishihara, que também é diretor de um dos principais canais de negócios náuticos do Brasil, o Bombarco.

No ano passado a feira teve 33 mil visitantes e gerou negócios na casa dos R$ 49 milhões. Para este ano a organização espera 60 mil visitantes virtuais (www.bombarcoshow.com.br) e negócios na ordem de R$ 60 milhões.


ARTERIS – A Arteris, especializada em gestão de rodovias, anunciou ao mercado o executivo Sergio Garcia como seu novo diretor presidente. Ele substituirá Andre Dorf, que fica no cargo até o dia 12 próximo.

Garcia é formado em engenharia naval pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em Engenharia de Produção de Logística e Estratégia Empresarial. Está na Arteris desde 2018, já tendo exercido as funções de diretor presidente de concessões federais antes de ocupar a posição atual. Trabalhou no grupo Wilson Sons por 13 anos, exercendo diversas posições de liderança, o que lhe deu vasta experiência na área de logística. Também foi diretor comercial na MRS Logística por três anos e, entre 2014 e 2018, atuou como sócio e diretor executivo da Liga Logística, Oil & Gas.


CUMMINS – A Cummins, líder global em tecnologia, anunciou o engenheiro Adriano Rishi como novo presidente da Cummins Brasil e líder da Unidade de Motores Brasil, cargos que ocupará a partir de 1º de maio. Rishi substituirá a Luis Pasquotto, atual vice-presidente da Cummins Inc., presidente da Cummins Brasil e líder da Unidade de Motores América Latina, que se aposenta após 29 anos de dedicação à empresa.

Nesta nova posição, Rishi será responsável por impulsionar o crescimento da companhia e buscar novos negócios, além de trazer uma agenda de fomento à diversidade e impactos positivos na comunidade.


Divulgação             Conservação do recurso natural e reutilização

ÁGUA – Como usuária da água potável em inúmeras de suas atividades, a VLI, de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos, trabalha na conservação deste recurso natural e incentiva práticas de reutilização, bem como de uso mais adequado. Entre as ações da empresa estão campanhas de conscientização dos empregados e da população da área de influência da VLI. D e 2012 até agora, mais de 45 mil pessoas participaram de atividades e capacitações promovidas pelo Programa Atitude Ambiental.

Conforme o especialista de Educação Ambiental da companhia, Itamar Lucas Magalhães, o programa auxilia na compreensão das questões socioambientais, permitindo que as pessoas atuem para a melhoria de suas condições de vida, por meio da modificação das suas atitudes: “O objetivo é conscientizar para a importância da preservação ambiental e o desenvolvimento de atitudes sustentáveis. Para isso, firmamos parcerias com escolas, poder público, lideranças comunitárias, conselhos, organizações não governamentais e a comunidade em geral. Atualmente atuamos em 31 municípios espalhados por 12 estados”.

Em 2020, o sistema de reuso na estação de tratamento localizada em Divinópolis (MG), por exemplo, foi ampliado, gerando economia de 220 m³ por mês. Segundo a especialista em água da VLI, Belisa Mara Dias dos Santos, existem outras estações de tratamento em diversas unidades espalhadas pelo país, como em Imperatriz/MA e no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), no Sergipe. Nesses locais, os efluentes tratados são reutilizados em processos operacionais, como lavagens de vagões, pátios, peças e outros equipamentos. Todo esse processo de tratamento dos efluentes segue as diretrizes estabelecidas pela legislação e normas técnicas.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 22 de março de 2021

Posição “N” na alavanca

Divulgação       Situação semelhante ocorre com a indústria automobilística

Nelson Tucci

O antigo “ponto morto” do câmbio manual é a posição “N” (neutra) do câmbio automático. Isso acontece quando está ligado o motor, mas o carro permanece parado. É uma situação semelhante ao que ocorre com a indústria automobilística. Ficam as linhas de montagem paradas por um tempo, mas sem demitir, na expectativa de retomar a velocidade. Com a produção parada desde 1º de março, a GM de Gravataí/RS tinha anunciado a volta em abril. Não vai mais. Segundo a indústria, ainda faltam componentes – sobretudo os semicondutores.

Assim, a montadora do Onix (o modelo mais vendido do país) ficará com as barbas de molho também nos meses de abril e maio (pelo menos!). Foi o que apurou o site Mobiauto, com as informações confirmadas pela montadora. No mesmo dia (sexta-feira última) a Volkswagen anunciava a paralisação em suas quatro unidades no Brasil.

No caso da VW, que também sofre com a falta de componentes, a justificativa apresentada foi outra: o agravamento da situação da pandemia no país. A montadora alemã, que foi pró-ativa – diferentemente da norte-americana GM –, paralisará toda a operação entre a próxima quarta-feira 24 e 4 de abril. Os administrativos trabalharão remotamente, em acordo fechado com os sindicatos locais de trabalhadores.


Divulgação   Concessionárias pagam R$ 61 MM de imposto direto a Prefeituras

ARRECADAÇÂO – Durante todo o ano de 2020 foram repassados R$ 61 milhões pelas concessionárias CCR ViaOeste e a CCR RodoAnel para 18 municípios da região Oeste do estado de São Paulo, através do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), que incide sobre o pedágio. O recurso é revertido diretamente para as cidades empregarem em melhorias para a população, como saúde, segurança e educação.

Na região abrangida pelo Sistema Castello-Raposo, 16 cidades são beneficiadas e os recursos gerados foram de R$ 48,2 milhões. No trecho do Rodoanel Oeste, sete municípios recebem repasses, totalizando R$ 12,9 milhões em 2020. Os valores recolhidos para cada localidade são proporcionais à extensão das rodovias que atravessam cada município. No total, a CCR ViaOeste já repassou R$ 1 bilhão e a CCR RodoAnel destinou R$ 164 milhões desde o início das concessões. Os números apresentados foram fornecidos pela assessoria da empresa.

“A receita de pedágio é fundamental para garantir a melhoria contínua da infraestrutura rodoviária, incluindo todos os recursos e atendimento prestado aos motoristas 24 horas por dia”, enfatiza o presidente das duas concessionárias, José Salim: “Além disso, sabemos que estes recursos para as prefeituras são de grande importância para que os municípios equilibrem as contas públicas neste momento de crise provocada pela pandemia e também possam investir em ações primordiais, como a saúde da população”.


Divulgação                      Marca cresceu em toda a América Latina

BATERAS – A Volkswagen contabilizou crescimento em toda a América Latina, durante o ano passado, em relação ao período anterior (2019). Na média aritmética o índice foi de +0,37% no market share e que, apesar de pequeno, é expressivo se considerada a pandemia. Com isto, a participação de mercado da marca subiu para 4,37% na região.

Na semana que passou, a montadora alemã anunciou a sua estratégia global para resolver uma das mais questões mais difíceis de resolver em relação aos carros elétricos: as baterias. O componente é caro e eleva o preço dos veículos – que, consequentemente, provoca menor interesse de compra.

O plano da companhia é melhorar esta relação e, assim, acelerar a adesão ao carro elétrico ao redor do mundo. A VW anunciou uma tecnologia capaz de derrubar em 50% o custo das baterias, afirmando que irá construir uma série de fábricas ao redor do mundo para produzir o componente, e vai investir na ampliação da rede global de recarga de carros elétricos. É esperar para ver.


MARKETPLACE – Em vias de completar seu segundo aniversário, a Mobiauto, start-up posicionada como um dos três maiores marketplaces de carros novos e usados do país, está celebrando importantes conquistas em seu segmento. No primeiro bimestre de 2021, em sentido oposto à economia do país, a empresa viu seu faturamento crescer 35% frente ao mesmo período de 2020.

Para o CEO Sant Clair Castro Jr., a Mobiauto colhe os frutos por ter feito largos investimentos em tecnologia: “Uma de nossas metas sempre foi impulsionar os negócios dos lojistas. Investimos muito em novas tecnologias que atingissem esse objetivo. Produtos como Gestor de Lead e Integrador de Estoque cresceram 400% entre o início de 2020 para o início de 2021”.

Portal desvinculado de instituições financeiras, a startup já registra mais de 5 milhões de acessos mensais (o dobro da audiência registrada em janeiro e fevereiro de 2020). A empresa ampliou em 25% o universo de lojistas anunciantes. “Nenhuma estatística nos orgulha mais, porém, do que o aumento no número de colaboradores, em um ano em que todos os setores econômicos reduziram seus quadros: nossa equipe é, hoje, 28% maior do que em 2020”, orgulha-se o executivo.


ANUÁRIO – A Plataforma Nacional de Mobilidade Elétrica (PNME) lançou o primeiro Anuário Brasileiro de Mobilidade Elétrica, apresentando panorama do setor no país, com o propósito de “estimular o crescimento do mercado, fomentar a capacitação profissional e oferecer bases ao desenvolvimento de políticas públicas para o tema”, diz a PNME em nota.

No total são 180 páginas trazendo o crescimento do mercado brasileiro de mobilidade elétrica e o volume dos veículos a combustão, bem como a concentração de veículos elétricos no país, com destaque para as regiões Sul e Sudeste. A publicação está disponibilizada gratuitamente em PDF, pode ser acessada no site www.pnme.org.br/biblioteca


SOCIEDADE 5.0 – “A Sociedade 5.0” e “Os desafios da mobilidade” foram os principais temas debatidos durante o Simea 2021 – Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, em sua 28ª edição, ocorrido nos dias 17 e 18 últimos, pela primeira vez em plataforma online, com mais de 1.000 inscritos e participação efetiva de 643 profissionais e executivos da cadeia automotiva brasileira e internacional no primeiro dia e 586 no segundo dia.

Sob o macrotema “A revolução da mobilidade na sociedade 5.0”, o Simea 2021, em sua sessão solene, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Besaliel Botelho, destacou o papel da entidade, do simpósio e dos engenheiros brasileiros para o setor automobilístico nacional, cuja linha de raciocínio foi complementada pelo discurso de Carlos Zarlenga, presidente da General Motors América do Sul e presidente de honra do simpósio, para quem o Brasil precisa debater, com urgência, caminhos tecnológicos e investimentos setoriais que vão definir o futuro da indústria local.

José Gustavo Sampaio Gontijo, secretário-substituto de Empreendedorismo e Inovação, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, enfatizou a importância industrial e econômica do setor automotivo brasileiro, para quem tecnologia e inovação são primordiais no desenvolvimento setorial e destacou que o governo está atento e à disposição para dialogar com o setor privado. Uma das apresentações mais aguardadas do evento foi a da keynote speaker Yuko Harayama, diretora executiva da consultoria japonesa Riken e uma das maiores autoridades mundiais em sociedade 5.0. Ela mostrou o case nipônico, com destaque especial sobre o processo de conscientização das pessoas em relação à organização estrutural da sociedade.


Divulgação                        Modelo é premiado por jornalistas

VENCEDOR – Jornalistas da revista Motorshow elegeram o Peugeot 208 como o melhor na categoria Hatch Compacto, no país. O modelo também conquistou o European Car Of The Year 2020, um prêmio cobiçado no setor, e também o Carro Elétrico Compacto do Ano, da revista inglesa What Car?, com a versão e-GT.

“Hoje, muitos consumidores priorizam aspectos como acabamento e design. Nestes pontos, o 208 fica acima da concorrência. A nova plataforma o deixou maior e mais espaçoso e a cabine é incrível, ainda mais com o quadro de instrumentos digital 3D”, diz Flávio Silveira, editor da publicação, que também elogiou a fartura de itens de série, a posição de dirigir e o comportamento dinâmico: “A lista de equipamentos é generosa, com teto panorâmico, faróis full-LED, leitor de placas de velocidade e muito mais. A posição de guiar única, com volante reduzido (e painel visto por cima dele) reforçam a condução refinada, com suspensões excepcionais tanto pela alta capacidade de absorção de impactos quanto pelo trabalho silencioso”.


VAREJO – A Via Varejo, controladora das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, anunciou que vai incluir na sua frota de entregas 10 veículos elétricos a partir de abril para atender a cidade de São Paulo. O plano é que nos próximos meses o número chegue a 20.

Todas as unidades são do furgão BYD eT3, que tem capacidade para transportar até 720 kg de carga, autonomia de 300 km e carregamento em até 2 horas, segundo o fabricante. A empresa pretende, na próxima etapa, incluir caminhões leves elétricos na frota. Todos os veículos receberão adesivagem informando que são movidos a eletricidade. A ação faz parte da meta da empresa de reduzir suas emissões de carbono até 2025.

"A partir desse ano, incorporamos as práticas com foco em ESG em nossa estratégia de negócio e seguimos com estudos constantes para a adoção de formatos mais sustentáveis em nossos modais logísticos, um dos principais emissores dentro da nossa operação", diz Sérgio Leme, vice-presidente de operações da Via Varejo.


Divulgação    André: “O perfeccionismo pode facilmente te sabotar”

ARTIGO

O DNA da Inovação: a importância de colocar as ideias em prática

Por André Brunetta (*)

Inovação é a exploração de novas ideias. Mas se engana quem pensa que inovar é sinônimo de acertar. Pelo menos não, necessariamente, à primeira vista. Se você, sua marca, ou empresa, estão dispostos a enfrentar possíveis erros durante a jornada de criação ou renovação, as portas para a inovação certamente estão abertas para vocês.

O jogo de tentativa e erro faz parte do DNA dos inovadores, uma vez que muitas vezes o fracasso serve como catalisador para alcançar o tão almejado sucesso. O que isso quer dizer? O perfeccionismo, por exemplo, pode facilmente te sabotar. Se você é daqueles que espera um produto ficar 100% perfeito para lançá-lo, pode ser que esteja perdendo tempo de aprendizado e demore anos para alcançar o que espera, quando na verdade poderia fazer o lançamento e trabalhá-lo com ele na prática.

Com a ajuda da tecnologia, ficou mais fácil criar, mas com tantas empresas atuando no mercado, inovar é cada vez mais difícil. A lista de startups no Brasil tem crescido de forma assustadora. De acordo com o último levantamento da Associação Brasileira de Startups, o país tem mais de 12.700 negócios neste formato.

Então como se destacar em meio a tantas oportunidades no mercado? Uma ótima opção é treinar algumas habilidades que, se bem desenvolvidas, podem te ajudar a alcançar o sucesso por meio da inovação, como: questionar, observar e experimentar.

Em primeiro lugar, questione-se de tudo, a todo momento. Uma ideia inovadora pode surgir de questionamentos simples ou até mesmo daqueles nunca antes pensados. Para isso, faça perguntas sem restrições, isso ajuda a enxergar um problema ou oportunidade em potencial.

Um inovador é também um bom observador, que consegue perceber situações em que outros mais distraídos passariam despercebidos. Por isso, esteja sempre observando e exercitando a associação, afinal, além de observar é preciso ter a capacidade de conectar problemas ou ideias, relacionadas de diferentes maneiras.

Por último, experimente. Novas ideias surgem a partir da prática de experimentos. O que adianta uma boa ideia se ela fica apenas no papel? Além disso, dedique tempo com uma rede de pessoas em quem você confia, pois indivíduos diferentes podem nos dar variadas perspectivas, e a partir de novas ideias, surgem grandes inovações.

(*) André Brunetta é co-criador e CEO do app Zul+, conhecida AutoTech da América Latina, com mais de 2 milhões de usuários em todo o Brasil. André já trabalhou como desenvolvedor e publicitário, conquistando quatro prêmios em Cannes.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 15 de março de 2021

Usado já é mais caro que novo

Divulgação          Mercado de automóveis está sacudido pela pandemia

Nelson Tucci

O que sempre pareceu improvável, em qualquer relação de consumo, aconteceu: o veículo usado custa mais caro que o novo. A Mobiauto – startup do segmento automotivo que cresceu em 2020, com 5 milhões de acessos/mês – realizou pesquisa em sua base de dados na semana passada para verificar o comportamento de preços das unidades seminovas 2021 dos modelos (e suas versões) mais vendidos do Brasil. De uma lista dos veículos 0Km mais comercializados no primeiro bimestre do ano, o departamento de estatísticas da Mobiauto apurou que alguns desses modelos e versões já estão mais caros que as respectivas versões 0Km, com destaques para Fiat Strada, VW T-Cross e VW Nivus.

De acordo com Sant Clair Castro Jr., CEO da Mobiauto, o mercado de automóveis no país está tão sacudido pelas consequências da pandemia que não se fala mais em “depreciação”, mas em “valorização” de alguns modelos: “Os cinco veículos mais bem posicionados em nossa pesquisa não tiveram desvalorização; ao contrário, todos eles estão custando mais caro que as versões 0Km, o que reflete, além da altíssima procura, fila de espera das unidades novas”.

     Versão                      2021 (R$)     0Km (R$)       (%)

Fiat Strada Freedom CD 1.3         90.880        82.978      9,52

Fiat Strada Volcano CD 1.3         94.993        91.454       3,87

VW T-Cross Highline 250 TSI         132.553      129.402      2,44

VW Nivus Comfort. 200 TSI         100.263       98.364        2,41

VW Nivus Highline 200 TSI         112.473      112.257        0,19

Baseado em um banco de dados de milhares de anúncios, os especialistas da Mobiauto traduzem, em números, uma situação atípica do mercado. Apesar de a recuperação nas vendas de modelos novos ter sido percebida, ela poderia se acentuar se alguns fabricantes tivessem previsto esse aumento significativo de demanda. “É natural. Quando falta carro 0Km para pronta-entrega, o seminovo valoriza-se rapidamente”, diz Castro Jr.


INSUMOS – O fato é que a pandemia provocou muitas mudanças e desafios para o setor automotivo neste último ano. A falta (global) de insumos para a produção de carro 0Km em decorrência das paralisações causadas pela situação sanitária, seguidas por uma explosão dos pedidos por parte de diferentes segmentos da indústria, tem afetado diretamente este mercado.

Hoje os veículos novos competem com os fabricantes de videogames para a compra de chips e com a construção civil para a aquisição do aço. Na comparação entre fevereiro de 2021 e de 2020 houve queda de 16,7% nas vendas de carro zero. Já em relação a janeiro, a retração foi de 2,2%, segundo dados com base no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores).

Para Flávio Maia, diretor de marketing da Assovemg (Associação dos Revendedores de Veículos Seminovos de Minas Gerais), o principal ponto a considerar no balanço de mercado de fevereiro é a procura maior pelos automóveis seminovos, enquanto, para os carros novos, a tendência é de forte queda: “O carro usado subiu e o zero despencou. Está faltando produtos, as fábricas estão sendo obrigadas a darem férias coletivas”, diz ele, acrescentando: “Sem carros novos para pronta entrega, e com os preços altos, muitos consumidores migraram para o setor de usados”.


Divulgação                     Planta do Jeep recebe aporte de R$ 7,5 bi

UM MILHÃO – Em vias de completar seis anos de operação, o polo automotivo Jeep comemora a marca de 1 milhão de veículos produzidos em Pernambuco. A planta é responsável pela produção de três modelos: Jeep Renegade, Compass e a picape Fiat Toro. Agora o polo se prepara para lançar um modelo inédito da Jeep ainda esse ano.

O marco de 1 milhão de veículos produzidos foi celebrado durante a primeira visita do CEO mundial da Stellantis, Carlos Tavares, a Pernambuco, desde a fusão que deu origem ao grupo.

Também estiveram presentes o COO da Stellantis para América do Sul, Antonio Filosa, e o diretor de manufatura para a América do Sul, Pierluigi Astorino. “Temos muito orgulho do que estamos construindo no Polo Jeep. Esse marco é reflexo do trabalho de excelência em manufatura do nosso time. O desafio agora é continuar com a trilha de desenvolvimento de nossos talentos”, destaca Astorino. O polo tem capacidade para produzir até 280 mil unidades por ano e, atualmente, opera a plena capacidade, chegando à média de produção de mil carros por dia.

No atual ciclo de investimentos estão sendo aplicados R$ 7,5 bilhões nas atividades em Pernambuco até 2025. O montante é destinado principalmente à inovação e desenvolvimento de novos produtos e para atração de novos fornecedores para a cadeia automotiva.


Divulgação                Nakata amplia linha de kits de transmissão

AUTOPEÇAS – A Nakata, empresa produtora de autopeças, amplia linha de kits de transmissão – coroa, pinhão e corrente com retentor –, lançando kits para motocicletas das marcas Honda e Yamaha.

O kit com código TM10185R é indicado para a Honda CG 160 Cargo e Titan, de 2016 a 2019; o TM10190R para NXR 160 BROS e XRE 190, de 2015 a 2019; o TM10120R para a CG 150 Fan, Titan ES/KS/Mix, de 2004 a 2015; e o TM10140R para CBX 250 Twister, de 2001 a 2008. Para a Yamaha há o lançamento de kit TM10255R para a motocicleta Fazer 250, de 2005 a 2017.

Responsáveis por transmitir o movimento da saída da transmissão até a roda traseira, a coroa e o pinhão apresentam elevada resistência à corrosão. A coroa é produzida em aço 1045 e ambos recebem tratamento térmico na área dos dentes para aumentar a durabilidade. Já a corrente, que possui pinos com quatro pontos de rebitagem para maior resistência e segurança, tem funcionamento preciso, placa de espessura robusta e bucha e rolo com tratamento térmico.


GÊNERO – A Cummins anuncia que ultrapassou os US$ 20 milhões em doações a parceiros comunitários do Cummins Powers Women, programa que entra em seu quarto ano de atuação. Por meio de uma ampla gama de ações, desde mentoria e ensino para mulheres e meninas, capacitação financeira por meio do empreendedorismo, desenvolvimento de liderança e defesa em nível regional, o programa tem gerado impacto e resultados expressivos. Foram proporcionados direitos e oportunidades iguais para 98 mil mulheres e meninas em 18 países; financiados 99 subsídios de defesa, resultando em 14 mudanças na legislação e políticas de igualdade de gênero que impactaram positivamente na vida de 17,4 milhões de mulheres e meninas nas comunidades globais da empresa.

“O ano passado foi incrivelmente desafiador em muitas frentes. Mulheres e afrodescendentes estiveram entre os mais impactados. Muitas parceiras sem fins lucrativos do Cummins Powers Women mudaram seu trabalho rapidamente para atender às necessidades urgentes que surgiram com a pandemia, como o aumento da violência doméstica e a necessidade de suprimentos de higiene pessoal, ao mesmo tempo que adaptaram seus esforços de longo prazo para defender as meninas e mulheres para as novas realidades apresentadas pela pandemia global”, disse Mary Titsworth Chandler, vice-presidente de relações comunitárias e diretora executiva da Cummins Foundation.


ELÉTRICOS – A fabricante de bebidas Ambev realizará uma grande operação de retrofit que prevê converter 102 caminhões com motores a diesel em modelos movidos a energia elétrica. O processo vai ser concretizado graças a uma parceria com a Enel X (divisão da distribuidora de energia que atua no setor de soluções de energia avançada) e a Eletra, fabricante nacional de ônibus elétricos, híbridos e trólebus.

Iniciada no ano passado, a parceria projetou dois caminhões da Ambev que foram convertidos e rodaram, em fase experimental, entre os centros de distribuição da empresa na zona Sul da capital paulista. Por conta dos resultados positivos foi tomada a decisão de expandir a experiência.

O caminhão convertido, de acordo com os testes, emite apenas 0,05 kg de CO2 por viagem – o que, na prática, representa emissão zero. O consumo médio é de 1 kWh por quilômetro, o que, segundo a empresa, significa economia de custo superior a 70% na comparação com o veículo similar com motor de combustão interna. Redução da manutenção e viabilidade de entregas em determinados locais por conta da ausência de ruído dos caminhões são outras vantagens dos modelos convertidos.


KOMBI – Ícone da Volkswagen ao lado do Fusca e testemunha histórica da indústria automobilística mundial, a Kombi celebra, neste mês, 71 anos desde o início de sua produção em Wolfsburg, na Alemanha. Com seu desenho insólito, lembrando o formato de um pão de forma, e versatilidade, a Kombi conta com uma crescente legião de admiradores. E essa virtude fica mais evidente graças à audiência que o modelo possui na OLX, plataforma de compra e venda de automóveis do país.

De acordo com levantamento feito pela empresa, referente a modelos com mais de 30 anos de fabricação, a Kombi é o 5º colocado nos rankings de procura e venda por meio da plataforma em 2020, com 3,5% e 4% de participação neste segmento, respectivamente. No ranking de anúncios, ocupa a 7ª posição, com 3% de participação.


Divulgação             VWCO oferece cerca de 65 produtos a 30 países

CAMINHÕES – Há exatos 40 anos deixaram a fábrica 4 de São Bernardo do Campo/SP, rumo à recém-criada rede de concessionários autorizados Volkswagen Caminhões, os primeiros modelos da marca desenvolvidos e fabricados no Brasil. O VW 11.130 e o VW 13.130, com cabine de tecnologia vinda da Europa, foram concebidos em apenas dois anos por um time brasileiro de engenheiros e técnicos, ganhando rapidamente as ruas e estradas do país.

Os produtos traziam ao Brasil uma inovação para a época: a cabine avançada, conhecida popularmente como “cara chata”, num mercado dominado por veículos dotados de frente convencional, com o motor posicionado à frente do motorista. A estreia da Volkswagen, enfrentando marcas já consagradas no país, também representou um marco para a indústria de veículos comerciais. Na sequência, os primeiros modelos leves, de seis toneladas, foram lançados já em 1982. A Volkswagen Caminhões foi criada em fevereiro de 1981, e originou-se da filial nacional da Chrysler, adquirida em julho de 1979 pelo Grupo Volkswagen.

Hoje oferece 65 produtos, incluindo ônibus, e já produziu mais de 1 milhão deles. Conquistou mercados no Brasil e mais 30 países da América Latina, África e Oriente Médio.


TROCA – O competente Rogério Franco, há 25 anos gerenciando a comunicação corporativa da Fiat e da Citroën, é o novo gerente de Comunicação da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo).


VULNERÁVEIS – Em entrevista coletiva anual para apresentação de dados de 2020 e expectativas de mercado para 2021, a Ituran Brasil, empresa de monitoramento veicular, divulgou lista com os carros preferidos pelos ladrões no ano passado.

O líder do ranking é o Voyage, com 2,6% do total de carros do modelo na base da Ituran, seguido pelo Logan (2,5%) e pelo Siena (2,3%), completando o “pódio”. Ônix, Prisma, Uno, Ka e Fiorino vêm na sequência, todos com 2% cada. A lista do top10 se completa com Palio e HB20, com 1,9% cada.

O levantamento considerou o total de cada modelo dentro da base da empresa. E o percentual se refere ao número de ocorrências específicas. Ou seja: de cada 1 mil Voyages na base de clientes da Ituran, 26 foram roubados/furtados em 2020, por exemplo.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 8 de março de 2021

Montadoras cobram vacinas

Divulgação     Vacinação e programa de renovação de frota dos caminhões

Nelson Tucci

De olho em seu negócio e na economia do país, como um todo, as montadoras de automóveis, por meio da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), cobraram uma ação governamental para que toda a população esteja vacinada até o mês de setembro deste ano. Luiz Carlos Moraes apoia a iniciativa da empresária Luiza Trajano de mobilizar a sociedade civil para que ocorra a vacinação em massa.

“É preciso que os governos federal, estaduais e os municipais atuem de forma coordenada e não fiquem com briguinhas aqui e ali”, desabafou Moraes, na 12º entrevista online da Anfavea (devido à pandemia). Junto com a vacinação, o dirigente sugeriu um programa de renovação de frota dos caminhões, para dar um imput neste segmento e satisfazer as necessidades dos caminhoneiros, especialmente os autônomos. Hoje existem aproximadamente 230 mil caminhões com mais de 30 anos rodando. Isto equivale a 10% da frota nacional, consumindo mais combustível (e manutenção) que os novos. Para a associação, segurar somente o preço do diesel não resolve, pois há outros fatores de pressão na cadeia de custos.

No balanço de desempenho, Luiz Carlos Moraes mostrou que em fevereiro último foram produzidas 197 mil unidades de automóveis, número 3,5% menor que em igual período de 2020. Se comparado o primeiro bimestre de 2021 contra o de 2020 os números estão estáveis (396 mil automóveis), mas o emplacamento dá diferença: foram 14,2% a menos neste que no bimestre anterior. Os ônibus caíram 12,8% no mesmo período e, na outra ponta, os caminhões apresentaram boa performance, com crescimento de 21,4% (7,8 mil unidades).


Divulgação     Dados da Abeifa: queda diante da incerteza da pandemia

IMPORTADOS – Se a coisa não foi muito animadora para as montadoras aqui instaladas, para os importadores não foi diferente. As 15 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), com licenciamento de 4.258 unidades, das quais 1.844 importadas e 2.414 veículos de produção nacional, anotaram em fevereiro último queda de 13,2% ante igual período de 2020, quando foram comercializadas 4.908 unidades.

Dos veículos importados, as 1.844 unidades vendidas significaram redução de 8,3% sobre as 2.010 unidades de janeiro último, enquanto na produção nacional – com 2.414 unidades – a queda de vendas foi de 16,7% ante as 2.898 unidades de 2020. Segundo João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa, “a aceleração dos riscos da pandemia, a curto prazo, nos mostra um cenário de incertezas ao mercado interno de autoveículos, cuja consequência pode afetar ainda mais a já bastante pressionada rede autorizada de concessionárias das marcas associadas à nossa entidade”.


FRETES – Segundo o Índice de Frete e Pedágio Repom (IFPR), a demanda por fretes rodoviários no Brasil apresentou recuo de 2,7% em janeiro, em relação ao mesmo período de 2020. Na série histórica, que teve início em 2017, é a primeira vez que a análise aponta queda nessa comparação. O volume de viagens em janeiro também esteve abaixo de fevereiro de 2020, o mês com menos fretes no ano passado.

“Os dois primeiros meses do ano, tradicionalmente, apresentam volumes mais baixos no levantamento”, destaca Thomas Gautier, head de Mercado Rodoviário da Edenred Brasil. A Repom, empresa de soluções de gestão e pagamento de despesas para frotas próprias e terceirizadas da Edenred Brasil, traz mensalmente os dados e as análises do período. No agronegócio, a redução da demanda é de 39,1%, se comparados os volumes de fretes em janeiro de 2021 e no mesmo mês do ano passado. Neste início de ano, o setor também apresentou recuo de 31,5% em relação a dezembro.

Tendo em vista as atividades das principais cidades portuárias do Brasil, a demanda por fretes caiu 31,8%. Das cidades analisadas pelo IFPR, apenas Vitória, no Espírito Santo, e Ipojuca, em Pernambuco, registraram aumentos na demanda. Os maiores recuos ocorreram em Itajaí, em Santa Catarina (-57%), Itaituba, no Pará (-55%), e Santos, em São Paulo (-47%).


Divulgação              Novo Nissan Versa e Versa V-Drive: 8,4% do mercado

SAMPA – A Nissan, que tem um market share em torno de 4% (ficando por volta do 10º lugar em vendas) no país, resolveu comemorar o mês de fevereiro como “a marca que mais vendeu sedãs compactos na cidade de São Paulo, maior mercado de automóveis do país, no mês. O novo Nissan Versa e o Versa V-Drive, os dois modelos da marca que disputam esse segmento, somaram 8,4% de participação de mercado na capital paulista”, diz a japonesa, sem detalhar números.


DETRAN – Desde o último sábado, 6, as unidades do Detran.SP estão fechadas para atendimento presencial. A medida é necessária devido à reclassificação de todo o estado para a fase vermelha do Plano São Paulo, a mais restritiva do plano de flexibilização. A medida será válida por 14 dias. Continua o atendimento online. Dúvidas podem ser dirimidas no site www.detran.sp.gov.br


DRIVING – O Audi Driving Experience será adiado por conta do agravamento da pandemia em diversas regiões do Brasil. Com a confirmação da fase vermelha no estado de São Paulo, todas as atividades não essenciais serão suspensas pelas próximas duas semanas.


BIKES – Em razão da pandemia o setor de mobilidade apresentou crescimento no setor de bicicletas. Fugindo das aglomerações, muitas pessoas passaram a evitar o transporte público para se locomover nas cidades. E enquanto muitos segmentos da economia tiveram impacto negativo com o fechamento do comércio não essencial, o setor de bikes foi um dos que apresentou maior crescimento.

De acordo com dados do governo federal, em 2020 foi registrada a abertura de 4.800 empresas que desempenham atividades econômicas relacionadas ao setor de bicicletas, o que representa um crescimento de 26% em relação a 2019, quando o número foi de 3.800. Ao final de 2020 foram contabilizados mais de 36 mil empreendimentos no ramo, com a liderança de microempreendedores individuais.

Paulo Emilio Martine de Souza, sócio da Bicicletaria Tatuapé, na capital paulista, percebeu um crescimento de cerca de 60% no movimento durante a pandemia: “Tivemos grande aumento na procura de manutenção e venda de bicicletas em geral, tanto para adultos como para crianças. Como não estava acontecendo a realização de outras atividades esportivas e recreativas e os parques e academias estavam fechados, as pessoas resolveram praticar na rua e a bike foi uma forma que elas encontraram para suprir a necessidade de atividade física. Para muitos, ela também foi um meio de transporte seguro, por permitir o distanciamento social”.

Já a analista do Sebrae, Juliana Borges, destaca que o crescimento do setor durante a pandemia foi possível devido à implementação de políticas públicas, ocorridas nos anos anteriores, entre as quais a categorização do uso da bicicleta para diferentes demandas; o aumento do planejamento urbano; a mudança do Código Nacional de Trânsito, que tirou a obrigatoriedade do registro e seguro para bicicletas elétricas; o aumento dos serviços de delivery; as políticas de incentivo, como o programa Bicicleta Brasil; compras públicas; e movimentos da sociedade organizada, como o Dia Sem Carro.


DIVERSIDADE – A Cummins Brasil dá mais um passo à frente nas suas ações voltadas à diversidade e anuncia nova parceria com o Integrare - Centro de Integração de Negócios, entidade sem fins lucrativos especializada na aproximação de empresários minoritários, como afrodescendente, pessoa com deficiência ou descendente indígena a grandes corporações. O objetivo é ampliar a gama de fornecedores diversos em sua cadeia de suprimentos.

A nova afiliação integra a política da corporação “Diversidade de Fornecedores”, desenvolvida para oferecer vantagem competitiva fundamental por meio da atração e retenção de melhores talentos, além de exceder os requisitos do cliente e promover inovação e crescimento global.

“Estamos empenhados em promover o crescimento dos negócios e desenvolvimento de fornecedores com mais essa parceria, auxiliando ainda o crescimento de pequenas e diversificadas empresas para garantir que a Cummins forneça excelentes serviços e produtos aos nossos clientes todos os dias. Essas entidades são excelentes para nos conectarmos às empresas diversas na busca de novos fornecedores”, afirma Marco Bologna, diretor de Compras da Cummins para América Latina e líder do Comitê Brasil de Diversidade da empresa.


Divulgação                    Venda de novas cotas: + 3,3% em janeiro

CONSÓRCIOS – No primeiro mês de 2021, marcado ainda pela pandemia, o Sistema de Consórcios seguiu demonstrando sua importância econômica junto ao mercado consumidor. Ao apontar crescimento nas adesões e nos negócios, além de estabilidade no total de participantes, em relação aos resultados de dezembro, a modalidade ratificou a procura pelos que gerem suas finanças pessoais planejando seus compromissos.

O total de consorciados ativos alcançou 7,82 milhões (jan/2021), estável em comparação aos 7,83 milhões (dez/2020). As vendas em janeiro somaram 255,66 mil novas cotas, 3,3% maior que as 247,46 mil de dezembro, acima da média de 2020 que chegou às 251,69 mil. Paralelamente, os negócios decorrentes das adesões atingiram R$ 14,64 bilhões, no mês inicial, 11,8% acima dos R$ 13,10 bilhões do último mês de 2020.

Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), “mesmo com a virada do ano, o comportamento do consumidor continuou demonstrando conhecimento da essência da educação financeira, optando pelo consórcio, fato que por si só reafirma a consciência de planejamento de aquisições, independentemente do mês e apesar da Covid-19”.


Divulgação                         Alessandra: competitividade mais acirrada

ARTIGO

Cinco passos para a modernização da logística no Brasil

Por Alessandra de Paula (*)

A globalização trouxe mudança para vários segmentos da sociedade, como também para vários setores da economia e mercado, entre os quais o setor de logística, no qual se observou maior facilidade de acesso a bens e serviços, o que exigiu aumento na escala de produção de alguns bens, para atendimento à demanda, assim como a redução de custos, pois a competitividade também se tornou mais acirrada.

Sabe-se que qualquer mudança precisa ser bem planejada e organizada, com profissionais experientes, pois desses cuidados dependem o êxito nas mudanças.

Muitas mudanças já foram implementadas, principalmente com a descentralização dos postos de distribuição, posicionando-os de maneira a facilitar o fluxo de entregas, ações que geraram maior rapidez e agilidade, que podem ser definidas pela expressão just-in-time. Tudo isso, contribui para a fidelização dos clientes.

No entanto, no Brasil, devido a uma série de fatores, a logística está passando por um período em que suas práticas estão sendo colocadas em xeque, principalmente quanto à eficiência e qualidade. Em resumo, a logística brasileira precisa modernizar-se, seja por meio da adoção de novas ferramentas tecnológicas, seja pela reivindicação de melhoria nos aspectos da infraestrutura das vias de transporte.

Podemos apontar cinco passos que, se adotados, mesmo que a médio e a longo prazo, poderiam conferir maior agilidade e eficiência ao transporte de mercadorias em território nacional e até, inclusive, no setor de exportações.

O primeiro passo seria a modernização dos modais de transporte, uma vez que o sistema ferroviário, menos poluente, com maior autonomia de fluxo e menor risco de acidentes, além de possuir maior capacidade de transporte, é subutilizado no país – existe uma boa malha ferroviária, mas grande parte necessita de revitalização e conservação para aumentar a eficiência desse modal.

Já o sistema rodoviário, embora seja o mais utilizado, apresenta-se como um modal bastante precário em relação à conservação das rodovias, aumento constante no número de veículos que trafegam por essas vias. Muitas delas passam por dentro de cidades de médio e grande porte, o que sujeita a frota a uma redução de velocidade e, nas rodovias, o elevado índice de acidentes por causas das mais diversas. Esses são fatores que acabam contribuindo para o surgimento de problemas logísticos que afetam a credibilidade das empresas.

O sistema aeroportuário, assim como os anteriores, necessita de modernização. Há, principalmente, necessidade de ampliação da capacidade de portos para que possam receber navios de grande porte, ou nos aeroportos, com a instalação de modernos terminais, além de uma revisão nos procedimentos burocráticos para ambos os modais, que demandam muito tempo de espera, o que acaba por encarecer o produto.

O segundo passo seria a implantação de sistemas totalmente automatizados, para que o controle e rastreamento de cargas, em qualquer modal e, mesmo, a partir da empresa, possa ser feito em tempo real, otimizando os processos de remessa e entrega, com maior economia de tempo, minimizando as perdas e reduzindo custos. Ter acesso rápido a esse tipo de informação pode contribuir para a minimização e até para a solução de problemas no momento em que eles surgem.

O terceiro passo seria a diminuição do tempo entre a compra e a entrega do produto, principalmente quando ambos se encontram em regiões distantes entre si. A implantação de estratégias como o same day (mesmo dia) ou o next day (dia seguinte), garantindo a entrega do produto ao cliente no mesmo dia ou, no máximo, no dia seguinte, por diminuírem o tempo de espera, consequentemente a ansiedade e o estresse pela expectativa da chegada do produto, podem garantir a satisfação do cliente.

Esse é um grande desafio a ser vencido, que se encontra atrelado aos dois anteriores – com um sistema modal integrado e eficiente e com a automatização dos sistemas de controle, a entrega pode ser processada com maior agilidade e rapidez, principalmente se houver implementação, também, do quarto passo que sugerimos.

A otimização do same day ou do after day só pode acontecer verdadeiramente se a empresa, dotada de uma boa visão estratégica, tiver ampliado sua rede de distribuição, criando locais de armazenamento em posicionamento geográfico que possibilite deslocamento rápido e eficiente pelos modais existentes em redor, ou ainda, que permita deslocamentos com veículos de duas rodas, como motocicletas, bicicletas elétricas e até mesmo as bicicletas comuns, dependendo da localização da empresa em relação ao local da entrega – esse seria o quarto passo.

E, por último, o quinto passo, que seria a instalação de lockers, armários colocados em pontos estratégicos, informados ao cliente, o qual pode buscar seu pedido neste local, a exemplo do que é feito pelos Correios, em algumas localidades, que recebem e “armazenam” produtos enviados, os quais são liberados ao cliente mediante o uso de uma senha (o código de rastreamento). Essa prática contribui para a diminuição ou eliminação da taxa de entrega para o cliente, bem como para a redução dos custos de logística para o vendedor.

(*) Alessandra de Paula é coordenadora dos cursos de Logística e de e-commerce e Sistemas Logísticos do Centro Universitário Internacional Uninter.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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