segunda-feira, 7 de março de 2022

IPI pode salvar automóveis

Divulgação  Fenabrave pleiteia redução inclusive para veículos em estoque

Nelson Tucci

Se antes da guerra na Ucrânia a situação já estava difícil, com o aumento dos juros internos, falta de componentes e, sobretudo, o crescente aumento nos preços dos modelos, no Brasil ficou ainda mais, digamos, sensível à projeção de negócios automotivos. A aposta para uma recuperação do setor, agora, está depositada na redução (de até 25%) do IPI anunciada pelo governo federal.

"Acreditamos que, com a diminuição do IPI, o mercado de veículos poderá ser favorecido, principalmente para as marcas cujas montadoras mantiverem os preços inalterados", declarou José Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, a federação dos distribuidores. A entidade pleiteia redução de IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) inclusive para veículos em estoque. A redução proposta pelo governo pode atingir vários segmentos da economia e no caso dos automóveis chegaria próxima dos 20% no preço.

Algo alvissareiro, se emplacar, já que fevereiro apresentou queda de 13% sobre igual período do ano passado, com licenciamento de 448 mil unidades. No momento presente poucos empresários arriscam afirmar algo sobre a guerra e seus efeitos na economia, mas é possível que devido à piora no abastecimento de componentes e aumento dos combustíveis (devido à escalada do barril do petróleo, que ultrapassa a casa dos US$ 100) as vendas poderão recuar (ainda mais). Neste caso, só a nova alíquota do IPI pode salvar.


IMPORTADOS – A Abeifa (associação dos importadores) realizará entrevista coletiva nesta segunda, 7, para a imprensa especializada, explicando a atuação de suas associadas em termos de negócios realizados.


Divulgação                       Empresas credenciadas parcelam em até 18 vezes

MULTAS – Recebeu uma multa do Detran.SP e precisa fazer o pagamento parcelado? A autarquia aponta como alternativa recorrer a empresas credenciadas que parcelam o pagamento das autuações e débitos do veículo em até 18 vezes. O proprietário do veículo pode utilizar o cartão de crédito ou débito.

Atualmente, 12 instituições financeiras já estão credenciadas para realizar o serviço, que é válido somente para multas aplicadas pelo Detran.SP e outras taxas do departamento. O parcelamento não contempla débitos relacionados a infrações aplicadas por outros órgãos de trânsito, como municipais e/ou rodoviários, inscritos na dívida ativa, parcelamentos inscritos em cobrança administrativa e de veículos licenciados em outros estados.

Conheça as taxas e infrações do Detran.SP que podem ser parceladas: IPVA; seguro Dpvat; licenciamento 2022 (R$ 98,91 para automóveis usados e R$ 131,80 para carros novos) e infrações leves (R$ 88,38). Dúvidas, consulte o site do Detran em www.detran.sp.gov.br


Divulgação    Picape é principal responsável pelo alto desempenho da Fiat

LÍDER – A Fiat (marca controlada pela Stellantis) mantém sua boa performance no mercado, reconquistada durante o ano passado. Em 2022, a marca assinalou seu segundo mês na ponta do ranking nacional de emplacamentos.

Em fevereiro, foram emplacadas 26.414 unidades da marca Fiat, configurando 21,9% de market share. Com isto, já são 14 meses consecutivos na liderança do mercado.

Após terminar 2021 como modelo mais vendido do Brasil – feito inédito na indústria para uma picape – a Nova Strada fechou fevereiro em primeiro lugar com 7.314 unidades (6,1% de participação total de mercado e a expressiva marca de 96,7% em seu segmento, recorde na categoria).


UCRÂNIA – A Stellantis, por meio de sua Fundação, destinou 1 milhão de euros em ajuda humanitária para apoiar os civis e refugiados ucranianos deslocados a países vizinhos, após a invasão e bombardeio russos. A holding (que detém as marcas Fiat e Peugeot, entre outras) contará com uma Ong local para apoiar civis e refugiados daquele país com os recursos deste fundo.

“A Stellantis condena a violência e a agressão e, neste momento de dor sem precedentes, coloca a saúde e a segurança de seus funcionários e familiares ucranianos no centro de suas prioridades”, disse o CEO, Carlos Tavares: “Uma agressão que abalou a ordem mundial já perturbada pela incerteza. A comunidade da Stellantis, composta por 170 nacionalidades, acompanha com consternação como os civis são obrigados a deixar o país. Qualquer que seja a escalada do conflito, o custo humano será irreparável”.

A Stellantis tem 71 empregados baseados na Ucrânia e acionou há uma semana suporte dedicado 24 horas por dia, 7 dias por semana, a cada um deles, com o objetivo de monitorar ativamente sua saúde e segurança desde o início da crise.


PORTOS – Está marcado para o dia 25 próximo o leilão dos Portos de Vitória e Barra do Riacho, no Espírito Santo. A previsão, segundo o Ministério da Infraestrutura, é de atração de R$ 334,8 milhões em investimentos e de mais de 15 mil empregos gerados, diretos e indiretos, ao longo do contrato de concessão (com vigência de 35 anos, podendo ser prorrogado por mais cinco).

Paralelamente, outro processo de desestatização que cria altas expectativas é o do Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina. Este leilão é previsto para o fim do ano e a perspectiva é que sejam atraídos investimentos privados superiores a R$ 18,5 bilhões, além de 60 mil novos empregos gerados ao longo do prazo de arrendamento (também de 35 anos, sendo prorrogável por mais cinco).


Divulgação             Modelo testado, BYD D9F, foi bem mais econômico

ECONOMIA – Os primeiros testes com um ônibus 100% elétrico realizados pela Expresso Princesa dos Campos, empresa paranaense de transportes de passageiros e encomendas, mostraram uma redução de custos de 54% por viagem. Durante 60 dias, a empresa realizou 66 viagens em Ponta Grossa e Curitiba, no Paraná.

A distância é de 120 quilômetros entre as duas cidades e foram percorridos 7.980 quilômetros no total. O ônibus elétrico consumiu 130,02 kWh por viagem, gerando um consumo médio de 1,088 kWh por quilômetro rodado.

Para recarregar as baterias do ônibus elétrico houve um custo médio de R$ 84,51 (R$ 0,70 por quilômetro) por viagem entre Ponta Grossa e Curitiba. Em comparação, os ônibus convencionais têm um custo médio de abastecimento com diesel de R$ 185,03 por viagem (R$ 1,55 por quilômetro).


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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