Nelson Tucci
Que
tal alugar um carro e pagar somente pelo período utilizado? A ideia,
disruptiva, vai ganhando mais e mais adeptos. Especialmente depois da
desistência de 25% dos motoristas de aplicativos com o serviço de mobilidade,
impactados pelos sucessivos aumentos dos combustíveis (cerca de 30% neste ano,
com o litro da gasolina já superando a casa dos R$ 6. Dados são da Associação
de Motoristas de Aplicativos de São Paulo.
No
modelo de aluguel de carro por hora, a pessoa paga apenas pelo tempo de uso e
realiza todo o processo digitalmente pelo aplicativo, sem a necessidade de
contato humano, dinâmica ideal para corridas curtas, como ida ao supermercado,
farmácia ou levar o pet ao veterinário, por exemplo. “Temos visto aumentar o
interesse das pessoas por esse modelo de negócio não apenas por conta da
crescente escassez de carros por aplicativo, mas também pelo conjunto de
experiência: processo totalmente digital, custo unificado, incluindo
combustível, e liberdade de uso”, frisa Diego Lira, CEO da Turbi, empresa de
aluguel de carro que aponta crescimento de 25% neste ano pela procura dos
serviços.
Surfando
esta nova onda está a Toyota, que traz para o Brasil a sua empresa (global) de
soluções para mobilidade, a Kinto. Voltada a pessoas físicas e jurídicas,
disponibiliza os modelos Corolla (sedã e cross), Yaris, Hilux e SW4 em três
opções de serviços: Kinto Share, serviço de compartilhamento; Kinto One Fleet,
para gestão de frotas corporativas; e agora o Kinto One Personal, de assinatura
de veículos para pessoas físicas. Com isto, a montadora japonesa acreditar
possuir “o portfólio de serviços de mobilidade mais completo do país”. A
contratação desses serviços pode ser via concessionária da marca.
DOBRA – A partir
deste segunda-feira, 27, a General Motors inicia a retomada do segundo turno de
trabalho em São Caetano do Sul/SP e no dia 4 próximo em Gravataí/RS.
"Nos
preparamos para este momento e faremos de tudo o que está ao nosso alcance para
atender à demanda dos clientes Chevrolet ao mesmo tempo em que mantemos nosso
foco na sustentabilidade do negócio na região", afirma Santiago Chamorro,
o novo presidente da GM América do Sul. "Este é um momento muito
importante para funcionários, sindicatos, fornecedores, concessionários e
consumidores", acrescenta, destacando que os novos Onix, Onix Plus e
Tracker estão liderando uma verdadeira transformação em seus segmentos, isto
porque antecipam tendências nos quesitos mais valorizados pelo consumidor:
design, segurança, conforto, conectividade e desempenho.
Com
o aumento da produção nessas duas plantas, todas as fábricas da GM passarão a
operar em dois turnos. O complexo de São José dos Campos/SP, onde é feita a
Nova S10, também trabalha em ritmo acelerado desde maio para atender à
crescente demanda pela picape, que alcançou a liderança no segmento em agosto,
impulsionada sobretudo pelo bom momento que atravessa o agronegócio.
VW 40 – A Volkswagen
Caminhões e Ônibus (VWCO), que completa 40 anos de atividades neste 2021,
comemora a primeira exportação, ocorrida em setembro de 1981. Neste ano
exportou 37 caminhões para Chile, Paraguai e México.
Foi
este o início de uma trajetória de sucesso, já que hoje a montadora chega à
marca de 160 mil caminhões e ônibus exportados, para mais de 30 países da
América Latina, África e Oriente Médio, sempre sob medida.
Em
2021, a VW Caminhões e Ônibus duplicou os embarques no primeiro semestre na
comparação com o mesmo período do ano passado, saltando de 2.535 para 5.170
unidades. É uma tendência de recuperação e retomada após o difícil período de
2020 com a chegada da pandemia em todo o mundo.
ETANOL – A Volkswagen do Brasil assinou carta de intenção com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na qual prevê o apoio a duas pesquisas relacionadas ao desenvolvimento de processos, sistemas e/ou dispositivos para a habilitação do uso do etanol em sistemas de propulsão veicular elétrica e/ou híbrida. Os estudos englobam o reformador de etanol e a célula de combustível a etanol. Pablo Di Si, presidente e CEO da Volkswagen América Latina, e Hudson Zanin, professor docente da Unicamp, assinaram o documento.
Trata-se
de mais uma iniciativa da Volkswagen, alinhada à meta global da marca de tornar
o seu negócio neutro em carbono em todo o mundo até 2050. "A proximidade
com a Unicamp fortalece e nos traz o conhecimento necessário para a nossa
estratégia de descarbonização, uma vez que irá desenvolver tecnologias com base
no etanol, um combustível com baixa emissão de CO2, para utilização no mercado
interno e exportação. Além disso, ela é fundamental para as atividades
relacionadas ao nosso Centro de Pesquisa & Desenvolvimento de
Biocombustíveis recém-anunciado no Brasil", afirma Pablo.
"Contamos
com laboratório de biotecnologia e engenharia genética, bem como pesquisadores
de elevada qualificação, capazes de desenvolver este potencial em torno do
etanol. Podemos abastecer o mercado nacional com esta tecnologia e exportar o
conhecimento correspondente. Ter a Volkswagen conosco nesta cooperação é de
suma importância para viabilizar estes objetivos", frisa o professor
Antonio José de Almeida Meirelles, reitor da Unicamp.
MOTORES – O
desenvolvimento de motores sob medida, o suporte avançado de engenharia para
integração em todos os processos de produção, incluindo a contribuição e o know-how com o ciclo da operação
impulsionaram a Cummins no mercado de ônibus em que registra crescimento de
quase 15 pontos percentuais no primeiro semestre deste ano em comparação com o
mesmo período de 2020. Atualmente a companhia detém 32,4% de market share contra 17,9% no mesmo
período do ano passado.
A
Cummins atende ao segmento com sete opções de motores eletrônicos Euro V (ISF
2.8, ISF 3.8, ISB 4.5, ISB 5.9, ISB 6.7, ISL 8.3 e ISL, de 9 litros), de
classes Premium, com a vantagem da solução integrada de motores, componentes
(turbos, filtros) e sistemas de pós-tratamento, priorizando ampliar o intervalo
de manutenção, além de redução do consumo de combustível e níveis de emissões.
EIXOS – Em contribuição com as montadoras que buscam continuamente soluções para o mercado de veículos pesados quando se trata de redução do consumo de combustível, a Meritor Brasil, fabricante de eixos e sistemas de drivetrain para veículos comerciais, desenvolveu uma nova classe de eixos denominadaSuper Fast Ratio (SFR), já disponível nos modelos MS-18X, MS-160 e o MT-168.
Com
a tendência de uma nova classe dos motores e, consequentemente, a variação da
rotação entre motor e transmissão, principalmente em veículos estradeiros, a
Meritor criou uma solução de reduções rápidas para compensar, nesta
configuração, o desempenho do equipamento e suportar a redução do consumo de
combustível proveniente da nova performance dos motores.
O
desenvolvimento desta nova tecnologia teve início em 2018 e contou com um
trabalho global de engenharia dedicado da companhia nos EUA, Brasil e Europa e
já foi adotado em caminhões que circulam pelas estradas brasileiras. Aqui a
companhia inaugurou a nova classe em 2019.
POSTOS – Sucessora da marca BR, a Vibra anunciou que manterá sua parceria com a Petrobras para o uso de marcas em seus postos de combustíveis. Mais de 8 mil pontos de venda pelo Brasil seguirão usando o nome Postos Petrobras e continuarão vendendo as marcas GRID e Podium, de propriedade da estatal.
A
Vibra mantém um contrato de licenciamento que tem validade de 10 anos, podendo
ser renovado por mais 10. "Continuaremos oferecendo nosso mix de produtos
e serviços de alta qualidade, chancelados pela marca Petrobras, que é sinônimo
de tradição, tecnologia e liderança de mercado. Além disso, estamos mudando a
imagem de toda a nossa rede de postos, incluindo as lojas BR Mania e os centros
automotivos Lubrax+. Até o momento, já reformamos mais de 500 postos e a
previsão é de fechar o ano com mais de 700 com a nova imagem. Por outro lado,
um dos planos para a nossa rede de postos é aumentar essa rede de forma
seletiva e investir na manutenção e infraestrutura já existente",
esclarece Léo Burgos, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Marketing da
Vibra.
PAPA – A BMW
anunciou a doação de um veículo BMW i3 para o papa Francisco. O modelo elétrico
representa o conceito de sustentabilidade com redução no impacto ambiental
proposto pela marca alemã. O BMW i3 tem uso de energia limpa desde a produção,
segue o mesmo critério na escolha e aplicação dos materiais desde a concepção
até a eventual reciclagem no final de seu uso.
O
pioneiro dos carros elétricos no Brasil foi entregue ao pontífice na última
semana por Nicolas Peter, membro do Conselho de Administração da BMW AG e Chefe
de Finanças do BMW Group, e por Massimiliano Di Silvestre, CEO da BMW Itália
SpA.
RECICLAGEM – A Arteris, empresa de gestão de rodovias, implantou, juntamente com seus fornecedores, uma nova destinação para os tecidos dos uniformes usados (ou desatualizados) da companhia. Nos últimos dois anos, 2,6 toneladas de tecidos foram transformadas em nécessaires, cobertores e toalhas. Destaque-se que o volume ocuparia um espaço de 19,5 m³, caso fosse enviado para aterros sanitários.
O
projeto de logística reversa, que busca alcançar um ecossistema mais
sustentável, é também um incentivo para que produtos industriais, depois de
consumidos e descartados, voltem à cadeia produtiva. Do montante reciclado, 5%
retornam para a Arteris para uso em campanhas internas.
Com
isto, as concessionárias da Arteris deixaram de emitir 38 toneladas de CO2 na
atmosfera, em dois anos. “Os impactos de assegurar padrões de produção e de
consumo sustentáveis são ainda maiores que as reduções de emissões ou redução
do consumo de matéria prima e água. Acreditamos que a economia circular é uma
cultura que deve ser disseminada na sociedade para combater a mudança do clima
e seus impactos na vida das pessoas e da biodiversidade”, define Solange
Garcia, gerente de Meio Ambiente da Arteris. Em 2020, a Arteris aderiu ao Pacto
Global, reforçando a gestão da sustentabilidade alinhada aos Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável da ONU.
PRÊMIO – A Hyundai
Motor Brasil foi uma das vencedoras no 26º Prêmio Fiesp de Mérito Ambiental,
por suas iniciativas voltadas à sustentabilidade nos processos produtivos. A
entrega da placa de premiação foi realizada dia 21, na planta da montadora, em
Piracicaba/SP, com a presença de representantes da Hyundai e da Fiesp. O prêmio
destacou as ações da montadora nas áreas de logística, estamparia, pintura e
iluminação.
“Receber
o reconhecimento de uma instituição tão tradicional quanto a Fiesp reforça o
caminho que temos trilhado em busca de processos mais sustentáveis. Ser a única
fabricante de veículos premiada representa um orgulho ainda maior. Estamos
certos de que podemos promover um impacto positivo em toda a cadeia produtiva,
desde o alto nível de exigência na relação com fornecedores, passando por todas
as nossas atividades fabris, até a entrega do produto final ao consumidor. O
planeta que queremos necessariamente passa por este tipo de mentalidade”,
afirma Ricardo Martins, vice-presidente administrativo da Hyundai.
Ainda
sobre a Hyundai Motor Brasil cabe destacar que foi certificada, pelo terceiro
ano consecutivo, com o grau máximo do Programa Brasileiro GHG Protocol,
ferramenta originalmente desenvolvida nos Estados Unidos, em 1998, para
quantificar emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE). O “Selo Ouro” é concedido
após uma empresa demonstrar o atendimento de todos os critérios de
transparência na publicação de seus dados de emissões.
EXPORTAÇÂO – A Dana manteve sua tradição de forte presença internacional e conquista pela décima-terceira vez o Prêmio Exportação RS. A empresa venceu a categoria Destaque Setorial – Veículos/Autopeças, entre as companhias gaúchas e brasileiras no fornecimento dos produtos fabricados no país para o mercado externo com destaque para países da América do Norte e do Sul, Europa e Ásia, entre outros.
“A
cada dia, precisamos nos reinventar para superar, ainda mais rápido e melhor,
os novos desafios que surgem, tanto no mercado brasileiro quanto no
internacional. Celebrar mais uma conquista do Prêmio Exportação RS é motivo de
orgulho e de reconhecimento a todos que tornam possível essa conquista e nos
permitem fornecer produtos de qualidade e excelência para o mercado”, comemora
Raul Germany, presidente da Dana para o Brasil.
Com
operações em Gravataí/RS, Campinas, Jundiaí, Limeira e Sorocaba, no estado de
São Paulo, a Dana exporta para mais de 20 países, nos cinco continentes. As
mais relevantes são no sistema intercompany, ou seja, entre unidades da Dana no
mundo, um formato que incentiva a competitividade e permite a melhor utilização
das capacidades produtivas e dos ativos globais da empresa.
BARCO – O setor
náutico cresceu mesmo durante a pandemia em 2020, conforme aponta a Associação
Brasileira de Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar). Muitas das
vendas foram para pessoas que nunca tiveram barco e que encontraram no lazer
náutico uma opção segura para se divertir com a família.
Um
dos modelos de alta procura por quem busca embarcações de pequeno porte para
lazer ou para a prática de esportes aquáticos é o modelo esportivo de 25 pés da
marca Triton Yachts, e que no ano passado vendeu 20% a mais do que em 2019.
Antes equipado apenas com motor centro-rabeta, agora o modelo esportivo ganhou
a opção de motor de popa de 200hp e 300 hp.
“Apesar
de o motor centro-rabeta ser uma preferência no Brasil, no momento atual a
procura por motores de popa vem aumentando por ampliar a área de convivência.
Para atender essa demanda, lançamos um modelo esportivo compatível com uma motorização
de popa e temos a intenção de em breve lançar outras opções”, resume Allan
Cechelero, diretor de marketing da Triton Yachts.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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