Nelson Tucci
Repare,
todo ano é a mesma coisa. O governo federal lança uma campanha de
conscientização no trânsito, com pompa e circunstância, mostrando vetustos
senhores em um discurso clássico de proteção aos motoristas. Realidade: em
movimento, motoristas parecem falar mais ao celular que sem ele. Nas estradas,
bastou enroscar o fluxo, há ultrapassagens pelo acostamento e por aí segue. Com
isto morrem 33 mil pessoas por ano nessa calamidade motorizada que parece não
ter fim.
Uma (nova)
campanha foi lançada pelo Ministério dos Transportes, por meio da Secretaria
Nacional de Trânsito (Senatran, que substitui o antigo Denatran), em parceria
com o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), a Confederação Nacional
do Transporte (CNT) e o Sistema Sest/Senat, com apoio do Governo Federal, além
de envolver todos os órgãos de trânsito federais, estaduais e municipais. Lembrando
que existe proposta anterior, de 2018, de redução pela metade dessa “pandemia
motorizada” até 2028.
O
Brasil é o terceiro maior neste infeliz ranking de morte no trânsito, perdendo
apenas para a caótica Índia e a China, conforme dados do relatório “Status
Report on Road Safety”, da Organização Mundial da Saúde. Por aqui são
registradas 28 infrações por hora (somente as flagradas!) com o estado de São
Paulo respondendo por 40% das multas aplicadas. Seguem-se Minas e Goiás.
Agora
uma força-tarefa de todos órgãos de trânsito vai percorrer as cinco regiões
brasileiras para conscientização. Sorte para o Brasil. Quem viver verá.
VENDAS – A Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores
(Fenabrave), entidade que reúne 7,3 mil concessionárias no Brasil, mostra que
houve queda de 18,7% na venda de veículos em abril, em relação a março. Em sua
leitura, o recuo deve-se “à realidade do mercado atual, afetado, entre outras
razões, pelo aumento das taxas de juros para financiamentos, restrição de
crédito, queda do poder de compra dos consumidores e, consequentemente, da
demanda.
“O mês de abril (18
dias) teve cinco dias úteis a menos do que março (23), com dois feriados que
caíram em sextas-feiras, afetando, também, o sábado. Isso impactou no resultado
do setor como um todo”, diz Andreta Jr., presidente da entidade.
IMPORTADOS – Os automóveis importados também apresentaram queda. As 11 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), com licenciamento de 14.860 unidades, das quais 9.942 importadas e 4.918 veículos de produção nacional, anotaram no primeiro quadrimestre do ano queda em suas vendas de 23% ante igual período de 2022, quando foram comercializadas 19.304 unidades.
Ao considerar o desempenho de vendas do mês de abril, veículos
importados – com licenciamento de 2.316 unidades – absorveram queda de 26,5%
ante março último, mas mantiveram alta de 54,5% se comparados ao mês de abril
de 2022, quando foram anotadas 1.500 unidades licenciadas.
ANFAVEA – A Associação das montadoras (Anfavea) divulgará seus números (de abril) nesta segunda, 8, para a imprensa especializada.
BATERA – A Baterias Moura foi escolhida pela Toyota para ser a fornecedora exclusiva do novo compacto com motor híbrido-flex, que será produzido no Brasil. A Moura é a primeira empresa de baterias brasileira a equipar um automóvel da Toyota. Os carros que vão sair da fábrica de Sorocaba/SP, já estarão com os produtos da Moura.
PEÇAS – Reconhecer as competências técnicas e trazer um diferencial competitivo para o profissional que atua no comércio varejista de peças e acessórios para veículos é o objetivo da nova certificação de vendedores de autopeças do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA) lançada, no último dia 28, na Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços, em São Paulo.
Desenvolvida
com o apoio institucional do Sindicato do Comércio Varejista de Peças e
Acessórios para Veículos (Sincopeças), a certificação tem por objetivo atingir
um mercado formado por cerca de180 mil profissionais que trabalham em mais de
62 mil estabelecimentos comerciais de autopeças em todo o Brasil.
A
certificação atende instruções da norma ABNT NBR 16999:2021 que estabelece os requisitos
e a sistemática para qualificação de vendedores de peças automotivas. Para
obter o reconhecimento, o profissional precisa realizar uma prova online com 50
questões.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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