Divulgação Transporte em veículos tem
regras a serem seguidas
Nelson Tucci
Os
pets estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia. Por isso é necessário
ampliar os cuidados, inclusive quando se transporta um deles. O Detran-SP
reuniu algumas orientações para garantir uma viagem segura a todos, bem como
evitar multas por transporte irregular.
A
primeira é nunca transportar o pet solto no veículo. Cães e gatos, por exemplo,
devem estar de peitoral, guia adaptada ou caixas específicas de transporte
individuais para fixação ao veículo. Isso vai garantir que, em uma possível
freada mais brusca, o animal não seja arremessado para fora ou contra as partes
internas do veículo. Não é recomendado o uso de coleira simples.
Para
os pets maiores, há o cinto de segurança especial e a grade de segurança, que é
colocada entre os bancos traseiro e dianteiro, impedindo o animal de interagir
e distrair o motorista. Já para os animais de pequeno e médio porte,
principalmente os gatos, a caixa de transporte é a mais indicada. Há também a
cadeirinha para pet que é presa ao banco do veículo, possibilitando que o
animal viaje com mais liberdade.
INFRAÇÕES
–
O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê em três artigos (169 235 e 252,
inciso II) as regras para o transporte de animais em veículos. A/O motorista
que conduzir animal solto dentro do veículo, ou de alguma forma que possibilite
distração, comete infração leve, no valor de R$ 88,38, além de três pontos no
prontuário de habilitação. Levar os animais à esquerda da/o motorista (perto do
vidro, no colo) ou entre seus braços ou pernas é uma infração média, com quatro
pontos na CNH e multa no valor de R$ 130,16.
A
legislação determina também que o transporte de animais não pode ser feito na
parte externa do veículo. Esta é uma infração grave e a/o motorista autuado
recebe cinco pontos na habilitação e multa no valor e R$ 195,23. A infração é
caracterizada mesmo que o animal esteja parcialmente nas partes externas do
veículo.
Cabe
destacar que não é permitido o transporte de animais em motocicletas, mesmo que
estejam em caixas específicas para este fim.
AUTOMEC
–
A Arteb, uma das principais fabricantes de sistema de iluminação automotiva com
mais de 89 anos de atuação, retomará a participação das feiras na Automec,
maior geradora de negócios B2B do setor de autopeças da América Latina. O
evento acontecerá de 25 a 29 de abril, no São Paulo Expo, em São Paulo/SP. “A
participação da Arteb neste evento, que é a vitrine do setor de autopeças, vem
não só para reforçar a notoriedade da marca nos mercados nacional e
internacional e confirmar a importância do aftermarket para a companhia, mas
também para consolidar a parceria com nossos distribuidores e clientes”, afirma
Gustavo Souza, gerente comercial e de marketing da empresa.
Divulgação U51: à noite,160% de luz mais
brilhante
LED
–
A Lumileds acaba de lançar uma linha de lâmpadas em LED da Philips para
veículos leves e pesados no mercado brasileiro de reposição. O objetivo da
líder global em iluminação e fabricante de produtos e acessórios automotivos
Philips há mais de 100 anos é manter o segmento atualizado quando o assunto é
inovação e tecnologia em iluminação automotiva. A nova Ultinon Pro5100 (U51)
chega para substituir a atual U50 e traz vantagens significativas sobre a linha
antecessora, como menor consumo de energia e novo sistema de resfriamento.
A
nova LED Philips U51 aumenta a visibilidade de longo alcance para a condução
noturna com até 160% de luz mais brilhante por meio da tecnologia SafeBean
em comparação com o padrão mínimo legal para lâmpadas halógenas
(convencionais). Mais luz nas vias permite com que o motorista enxergue melhor,
ampliando seu tempo de reação em uma eventual emergência e, consequentemente
eleva a segurança de todos que convivem no trânsito.
O
amplo portfólio de sistemas de iluminação e acessórios estarão no estande da
Philips, durante a Automec 2023, no São Paulo Expo, na capital paulista, dia 25
deste mês.
PASTILHAS
–
Seguindo a evolução do portfólio de suas linhas de produtos, a Jurid,
fabricante de componentes de freio, anuncia pastilhas de freio com alarme para
o modelo Corolla, da Toyota. O lançamento atende as versões mais recentes do
modelo fabricados a partir de 2020.
Estas
pastilhas possuem sensor mecânico que indica a hora exata para troca da peça
antes que outros componentes do sistema de frenagem sejam prejudicados, como o
disco de freio, e também garante segurança na condução do veículo, diz o
fabricante.
Divulgação Chassi de microônibus
Volksbus 9.160: 10 para Doha
MINI
BUS –
A Volkswagen Caminhões e Ônibus trabalha este ano para fortalecer a sua
presença internacional. Desta vez, a marca aporta em novo destino no Oriente
Médio. Dez unidades do chassi de microônibus Volksbus 9.160 foram vendidas para
o cliente Domasco – Doha Marketing Services, em Doha, capital do Catar. Com
carroceria Volare W9, a venda foi realizada pela encarroçadora Marcopolo para o
transporte escolar na cidade árabe.
“É
um grande marco para nossas exportações desembarcar no Catar, rumo à
globalização da marca VWCO. Em parceria com importadores e empresas como a
Marcopolo, buscaremos novas oportunidades de negócios em quatro continentes”,
comenta Leonardo Soloaga, diretor de Vendas Internacionais da montadora.
SOLIDÁRIO
–
A Concessionária SPMar deu prosseguimento a Campanha Lacre Solidário em Suzano,
com a entrega da terceira cadeira de rodas do ano. Dessa vez, o projeto
escolhido foi o MDDF (Movimento pelos Direitos dos Deficientes Físicos), uma
organização social da cidade que promove a inclusão de pessoas com deficiência.
Para
a coordenadora do MDDF, Maria Aparecida Botaro, a Tuca, a cadeira de
rodas contribuirá nas ações de apoio às pessoas com deficiência em situações de
emergência: “Às vezes a pessoa precisa da cadeira por pouco tempo, vai sair de
um hospital, teve um AVC, por exemplo, nesses casos a gente empresta por alguns
meses”.
A
campanha Lacre Solidário recolhe o anel metálico das latinhas de alumínio e os
troca por cadeira de rodas que são doadas nas cidades parceiras. Cada cadeira
de rodas é fruto de, em média, 140 garrafas de 2 litros cheias de lacres, o
equivalente a 90 quilos do material reciclável. Todos podem participar dessa
corrente levando os lacres nas praças de pedágio ou bases dos SAUs (Serviço de
Atendimento ao Usuário) no Rodoanel, em São Paulo.
ARTIGO
Brasil
é primeiro mundo em descarbonização
Besaliel
Botelho (*)
Orgulho-me
em ter sido protagonista dessa história...
O
sistema flexfuel que desenvolvemos de forma pioneira e inovadora no início dos
anos 90 comemora esse mês 20 anos de mercado.
Vem
à mente novamente aqueles anos desafiadores quando tínhamos um mercado fechado
e a indústria automobilística local começava a ser desafiada a se modernizar.
Uma ideia que surge na abertura do mercado brasileiro possibilitando a
introdução da injeção eletrônica de motores e que começava a substituir o
carburador dos veículos no Brasil...
Sim,
para a época uma grande revolução disruptiva para nossa indústria de automóveis
e de fornecedores locais. Desenhávamos com as quatro grandes montadoras as
possíveis rotas tecnológicas para introdução da Injeção eletrônica nos motores.
Injeção
monoponto, carburador eletrônico, injeção multiponto, injeção eletrônica por
vazão de ar, ou por pressão de coletor, sistema close loop, novos coletores de
admissão, novos sistemas de exaustão com catalisadores, tudo isso desafiado a
cumprir a primeira fase do PROCONVE, uma nova legislação de emissões
veiculares, com limites de CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos) e NOx
(óxidos de nitrogênio), limites esses bem maiores que os do PL7 de hoje.
Isso
tudo dentro de um cenário de combustível, no qual o Proálcool (programa do
governo que incentivava o uso do combustível álcool) dominava a produção de
motores no Brasil e o preço do petróleo internacional impactava fortemente as
divisas do país.
Lembro-me
bem dos desafios de nossa engenharia com o chamado E100 Etanol Hidratado...
Lutávamos
para desenvolver produtos com materiais que suportassem o contato direto com o
álcool hidratado, garantindo qualidade e durabilidade necessárias.
Nessa
época, criávamos muito conhecimento de matérias e de processos produtivos para
viabilizar o primeiro carro 100% a álcool com injeção eletrônica multiponto.
Um
grande marco da nossa engenharia... Mas ali já vivenciávamos um grande drama do
nosso consumidor da época, quando a distribuição do álcool ficava cada vez mais
instável e o consumidor perdia sua mobilidade por falta de álcool nos postos de
abastecimento.
.
Vamos fazer um sistema de injeção que trabalhe com os dois combustíveis
misturados para que o consumidor não perca sua mobilidade.
.
Vamos dar esse livre arbítrio ao consumidor.
Ideia
não tão fácil de se executar sem grandes pesquisas e desenvolvimentos
realizados com nossa engenharia brasileira.
No
banco da escola do primeiro grau aprendemos que água e óleo não se misturam.
Como
você quer misturar os dois combustíveis sendo que álcool hidratado tem 7% de
água...
Precisamos
provar que isso é possível...
Um
famoso estudo de miscibilidade feito por nossos pesquisadores em parceria com a
Petrobras e a Unicamp pode comprovar essa possibilidade e abrir caminho para o
desenvolvimento do sistema flexfuel.
Provamos
que não haveria separação de fase dos combustíveis em qualquer proporção de
mistura até o limite de -10º C, precisaríamos achar um bom compromisso de taxa
de compressão dos motores e garantir em todas as composições de mistura pressão
e temperatura que teríamos uma solução tecnicamente robusta e que atendesse às
especificações de nossos clientes.
Esse
foi apenas um dos inúmeros desafios que enfrentamos na década de 90 para
iniciar o desenvolvimento de um sistema de injeção flexfuel...
Demorou?
Sim, demorou... Foi preciso quase 10 anos, após termos apresentado ao mercado
em 1992 o primeiro veículo protótipo flexfuel, para convencer nossas clientes
montadoras, órgãos governamentais e os produtores de combustível, sobre a nossa
ideia maluca que iria revolucionar nossa indústria.
Mas
enfim conseguimos... Um teste de mercado no início de 2003 usando uma vantagem
de IPI para carros a álcool ou flex, alavancou nossa ideia e criou um novo
mercado.
O
mercado dos bicombustíveis.
Não
imaginávamos que tal ideia iria transformar tanto a nossa indústria como a fez
nesses últimos 20 anos...
Hoje,
graças a essa tecnologia, temos um Brasil de primeiro mundo em descarbonização.
O
mundo corre atrás gastando trilhões de dólares na corrida de descarbonização
para chegar um dia onde o Brasil está hoje.
Temos
a matriz energética mais limpa do mundo e um mercado que pode acolher várias
tecnologias novas de propulsão de motores sem grande disrupção e impactos
socioeconômicos.
Temos
espaço para várias rotas tecnológicas: veículos elétricos, veículos com motores
a combustão a gás metano ou natural, a etanol, versão flex, versão híbrida
plug-in, versão híbrida flex e soluções mais inovadoras como o uso de célula de
combustível com hidrogênio verde.
Tudo
isso com o desafio de fazer caber no bolso dos diferentes níveis econômicos do
nosso consumidor, numa transição que garanta manter nossa liderança em
descarbonização e equilíbrio socioeconômico.
Somos
primeiro mundo neste quesito e o mundo corre atrás com investimentos
bilionários e alto risco socioeconômico para chegar onde estamos...
Grande
oportunidade para nossa indústria de ser a solução para a grande transição
tecnológica que ocorre no mundo, exportando nossa capacidade de
descarbonização. Orgulho de fazer parte desta História.
(*)
Besaliel Botelho é membro do Conselho Consultivo da Bright Consulting.
Nelson Tucci é editor de Veículos &
Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br