segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Stellantis garante fábricas

Divulgação    Plantas no Brasil e na Argentina têm projetos de investimentos

Nelson Tucci

Consolidada a criação da Stellantis, empresa nascida da fusão da FCA e PSA, o CEO global Carlos Tavares garantiu que irá administrar a capacidade ociosa de algumas das fábricas da corporação no Brasil e na Argentina sem fechar plantas na região. Ao menos por enquanto é esta a diretriz. O país ainda sofre o trauma do anúncio da Ford, que partiu rumo aos pampas argentinos e largou pelo menos 5.000 desempregados no Brasil.

Completando 20 anos no país, as francesas Peugeot e Citroen têm capacidade ociosa acima de 50% na planta de Porto Real, no Rio.  Todas as plantas da Stellantis no Brasil e na Argentina, mesmo as ociosas, têm projetos de investimentos herdados das marcas antigas para fabricar novos modelos. O pragmático português adiantou que por ora os aportes estarão mantidos. No entanto, alertou: “Mas nunca se sabe o que vai acontecer no futuro, pois toda companhia tem seus limites para enfrentar adversidades”.

De acordo com Tavares, “a pergunta deve ser feita aos governos da região, se realmente querem ou não ter uma indústria automotiva forte”. Em entrevista coletiva, o executivo assinalou ainda que a Stellantis dará nova importância para a região. Antonio Filosa, que até semana passada foi o presidente da FCA Latam, já foi nomeado chefe de operações (COO) da Stellantis na América Latina – e com isso seguirá respondendo a Mike Manley, agora ex-CEO da FCA e atual líder da Stellantis nas Américas. Patrice Lucas, que serviu como presidente da PSA América Latina, foi deslocado para o cargo de vice-diretor global de engenharia, dedicado ao desenvolvimento de projetos e linhas de produção múltiplas.


VOLTA – Atenta aos clientes da Ford que estão migrando para a marca Chevrolet, a General Motors anunciou na quinta-feira 21 o retorno da versão LTZ ao portfólio do Cruze (tanto na configuração sedã, quanto na hatch) na linha 2021. A montadora optou por criar um design diferenciado para o Cruze LTZ (sedã), cuja dianteira traz grade e para-choque similares aos que já eram usados na versão hatch e, assim, dando um ar mais moderno ao modelo. Os preços da linha Cruze 2021 não foram revelados ainda, mas é certo que a (nova) versão LTZ vai ocupar espaço intermediário entre o LT e o Premier, topo de linha.

Além do visual, o Chevrolet Cruze LTZ destaca-se por trazer rodas de liga leve de 17 polegadas, lanternas de LED, câmera de ré de alta definição, e central multimídia MyLink com wi-fi incorporado. O conjunto motriz segue sendo formado pelo motor 1.4 turboflex com injeção direta, com 153 cavalos e 24,5 kgfm (com etanol), acoplado ao câmbio automático de seis marchas.

“Decidimos juntar as tecnologias mais valorizadas pelos clientes do sedã com o visual mais dinâmico, até então exclusivo do modelo Sport6”, declarou Rodrigo Fioco, diretor de marketing da GM América do Sul, adiantando que a marca está de olho no segmento premium do mercado.


TROCA – Os modelos Chevrolet, marca da General Motors, são a preferência da maioria dos clientes Ford que trocaram de carro em 2020. O levantamento é da Performance Veículos Usados (PVU) sobre o comportamento do mercado de usados realizado pela Megadealer, com base nos dados da AutoAvaliar, apontando que 24% dos consumidores Ford que trocaram de carro no ano passado optaram por um Chevrolet.

Esses dados consideram apenas os consumidores que realizaram a troca por outra marca e exclui os 40% dos clientes Ford que compraram veículos usados, mas que continuaram com a marca. Nesse caso, Ka e EcoSport representaram 70% das aquisições.

A Hyundai ficou como segunda opção dos antigos clientes Ford, com 15%, seguida pela Fiat (14%) e Volkswagen (13%).


Divulgação                     Grandes companhias já adotam o elétrico

URBANO – Apresentado oficialmente ao mercado brasileiro em setembro de 2020, o caminhão urbano 100% elétrico da JAC Motors, batizado de iEV1200T e com peso bruto total de 7,5 toneladas, começa a ganhar as ruas. Dentre os principais clientes que efetuaram suas encomendas nos últimos meses, duas companhias receberam suas unidades na última semana: a PepsiCo, do setor alimentício, e a DHL, de logística. 

As primeiras 10 unidades do JAC iEV1200T foram entregues na semana passada à PepsiCo para iniciar numa missão diferenciada: eles servirão de laboratório para as entregas urbanas da companhia na cidade de São Paulo. Preocupada com a redução de emissão de CO2 em suas operações, a PepsiCo não descarta a substituição gradativa de toda a sua frota urbana de caminhões leves, enfatizando o modelo 100% elétrico da JAC como “melhor alternativa encontrada para essa limpeza” em sua logística de entregas.

“Numa conta rápida, um caminhão movido a diesel emite 500 gr de CO2 por km rodado, o que se transforma em 20 toneladas de CO2 ao ano por percorrer 40.000 km. Ou 100 t de CO2 em 5 anos. O JAC iEV1200T? Zero. Ao longo de 30 anos, que é a vida útil média dos caminhões no Brasil, cada caminhão tradicional vendido no mercado brasileiro emitirá 600 t de CO2. O JAC iEV1200T? Zero”, explica Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors Brasil.


MOTO – A Moto Honda nomeou seus melhores fornecedores para a fábrica de motocicletas em Manaus/AM por meio da premiação Moto Honda Best Suppliers Award. O prêmio reconhece os parceiros por seu desempenho ao longo de 2019 – a premiação, que deveria ter sido realizada em 2020, foi adiada por causa da pandemia. Pelo mesmo motivo, a premiação ocorreu de forma totalmente online.

O prêmio levou em conta a performance dos fornecedores a partir de indicadores como qualidade e atendimento, preservação do meio ambiente, resultados com inovação, proatividade e competitividade.

A empresa, no entanto, voltou a parar esta unidade manauara em razão do recrudescimento da pandemia e falta de insumos.


Divulgação                             Componente é projetado para ser mais leve

EIXO – A Meritor Brasil anuncia o novo MS-160 EVO, eixo traseiro de simples redução para aplicações de até 45 t. Derivado do MS-160, eixo de grande representatividade da empresa no mercado global, o novo modelo recebeu diversas melhorias e está mais leve, mais robusto e com novo design, atendendo às necessidades do segmento de pesados na América do Sul.

Em fase de validação junto aos OEMs e da modernização do processo de industrialização na unidade fabril da empresa, localizada em Osasco/SP, seu início de produção está previsto para o segundo trimestre deste ano.

O MS-160 EVO é uma evolução de seu antecessor e foi desenvolvido para trazer mais confiabilidade e desempenho às aplicações mais severas nas quais são utilizadas atualmente, como caminhões rodoviários, construção, coleta de lixo e nas aplicações de ônibus urbanos e rodoviários.


Divulgação         Seaspan Osprey é um dos maiores a atracar no Brasil

PORTO – Depois de ter o calado operacional ampliado, a TCP – empresa que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá/PR, recebeu o navio Seaspan Osprey, do armador ONE. Com 330 metros de comprimento e capacidade para 11.923 TEUs, é um dos maiores a atracar na costa brasileira e chegou a Paranaguá no último dia 13. Comumente, os navios que por ali chegam têm capacidade média de 9 mil TEUs.

De origem asiática, escalou portos na China e Coréia do Sul e segue para a Argentina e Uruguai, na região do Prata, com nova escala em Paranaguá. Entre os produtos de importação, estão equipamentos eletrônicos, painéis solares, partes e peças automotivas e produtos químicos; na exportação, os principais produtos são carnes congeladas, celulose, grãos e couro.

“Esse é o momento da materialização do esforço conjunto que a empresa fez com vários atores como a autoridade portuária, praticagem e Marinha do Brasil para aumentar a capacidade de Paranaguá. A TCP trabalha para se consolidar como um operador de classe mundial e um dos principais hubs marítimos da América do Sul e esse ganho é mais um passo em direção a esse objetivo”, explica Thomas Lima, diretor comercial da empresa.


Divulgação   Operadores na Anhanguera-Bandeirantes têm acesso às câmeras

SOS – O serviço 0800 das concessionárias de rodovias, como da CCR AutoBAn – responsável pelo Sistema Anhanguera/Bandeirantes – é o principal canal de atendimento dos clientes que utilizam as vias nas suas viagens.

A partir do telefone 0800 055 55 50 – gratuito e que funciona 24 horas por dia, com chamada realizada a partir de telefones móveis e fixos – o cliente pode consultar condições de tráfego nas rodovias, solicitar atendimento em caso de pane de veículo ou acidentes, obter orientações sobre acessos a municípios, postos de serviço localizados ao longo das rodovias, informar ocorrências e fazer críticas ou elogios.

O contato também pode ser feito a partir dos telefones de emergência instalados a cada quilômetro de rodovia. O Sistema Anhanguera-Bandeirantes conta com 544 deles. A utilização é fácil e simples: basta apertar o botão e o aparelho se conecta automaticamente à central de atendimento. Os operadores do atendimento telefônico do Sistema Anhanguera-Bandeirantes têm acesso às câmeras de monitoramento e elas são utilizadas quando o cliente entra em contato com a concessionária. “Quando o cliente solicita um serviço de atendimento de guincho, por exemplo, nossos atendentes procuram localizar o solicitante pelas câmeras e, a partir das imagens, orientá-los a se posicionar em um local seguro enquanto aguarda o atendimento”, explica a concessionária. Em 2020, o serviço recebeu cerca de 142 mil ligações, sendo 30% delas originadas dos call boxes.


Divulgação                 Mais agilidade nos estacionamentos rotativos

INTELIGENTE – Desde o fim do ano passado, as vagas de estacionamento da Zona Azul na cidade de São Paulo – gerenciadas pela Estapar – utilizam a tecnologia ItsCamPro VTR-4, da Pumatronix, indústria brasileira que desenvolve soluções para ITS (Sistemas de Transporte Inteligente) de alta tecnologia na captura e processamento de imagens e leitura de placas de veículos (OCR/LPR). São 51 mil vagas ao redor da capital paulista, geridas por meio de controle digital.

Se antes os agentes de trânsito precisavam caminhar a pé, cumprindo um trajeto limitado de verificações, agora a captura de imagens é feita por quatro câmeras instaladas em veículos de fiscalização munidos de inteligência artificial. O resultado é maior controle, segurança e alternância efetiva das vagas, de um lado. E, de outro, o desemprego dos antigos agentes.

“A primeira grande vantagem é que o sistema garante a rotatividade do estacionamento, abrindo espaço para que outros possam usufruir das vagas de rua”, explica o consultor de vendas da Pumatronix, Flávio Ávila. Com isto, os motoristas precisam circular menos para buscar um local para estacionar, o que beneficia o comércio, pontos turísticos e o trânsito como um todo.


ACIDENTES – A região de Santos registrou queda de 11% nas fatalidades de trânsito durante 2020. No ano, foram 240 mortes contra 269 em 2019. Os dados são do Infosiga SP, sistema do governo de São Paulo gerenciado pelo Detran.SP e programa Respeito à Vida.

Já o estado de São Paulo, como um todo, teve o menor número de fatalidades de trânsito desde o início da série histórica, em 2015. Foram 5.023 óbitos causados por acidentes em 2020, índice 7,6% menor na comparação com 2019 (5.439) e 22,3% menor do que o registrado há cinco anos (6.466).


TIME – A Volkswagen anunciou duas promoções na diretoria de Assuntos Corporativos e Relações com a Imprensa Região América do Sul (SAM). Fabiano Severo foi promovido a gerente de Comunicação de Produto SAM (reportando-se a Priscilla Cortezze, diretora da área) e Michel Escanhola para especialista de Comunicação Digital (reportando-se a Fernando Campoi, gerente de Comunicação Corporativa e Comunicação Interna).


OPORTUNIDADE – O ano que passou, marcado pela pandemia da Covid-19, impulsionou colaboradores de diversas áreas da Cummins Brasil a buscarem alternativas de forma a contribuir e propor melhorias às ações solidárias dedicadas pela companhia ao combate à crise. “Entre os desafios, muitas descobertas, transformações, mais de 20 mil pessoas beneficiadas e até o momento o investimento de R$ 1,5 milhão”, destaca Soraia Franco, gerente de Responsabilidade Corporativa da Cummins no Brasil, acrescentando: “Nestes tempos difíceis, nossas comunidades precisam do nosso apoio mais do que nunca. E trabalhar par a suportá-los é um valor já enraizado em nossa corporação”.

A Cummins concentra seus trabalhos dedicados pelos colaboradores voluntários por meio de três prioridades globais de responsabilidade corporativa críticas para comunidades: educação, ambiente e igualdade de oportunidades. “Vamos continuar a desenvolver cada vez mais parcerias com nossa rede de distribuição e clientes para aumentar o impacto em nossas comunidades”, reforça a gerente.

Desde o início da pandemia, a Cummins já impactou cerca de 500 alunos por meio de conteúdos virtuais. Mesmo com o distanciamento social, os EVs (Educadores Voluntários) mantiveram as aulas ministradas aos 20 alunos da 7ª turma do Formare, programa de capacitação de jovens em desvantagens socioeconômica para o mercado de trabalho, com duração de um ano.

Foram 1004 horas de aulas aplicadas aos jovens, nos três módulos previstos, básico, intermediário e avançado, que incluíram disciplinas como matemática aplicada e lógica, organização empresarial, inglês e espanhol, treinamento de diversidade, saúde, segurança, meio ambiente e qualidade, informática, comunicação oral e escrita, entre muitas outras. Os alunos ainda tiveram êxito nas atividades de prática profissional na unidade fabril da Cummins, em Guarulhos/SP, seguindo todos os protocolos de segurança.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Protesto contra o ICMS

Divulgação        Salto de 207% nas negociações de automóveis usados!

Nelson Tucci

Desde a última sexta, 15, existe aumento do ICMS no estado de São Paulo. Para os automóveis, por exemplo, houve um salto de 207% na cobrança do tributo nas negociações de usados, com majoração da alíquota de 1,8% para 5,3%, e de 12% para 13,3% no caso de modelos zero km. Em abril a tributação cairá a 3,9% para os usados e se elevará a 14,5% para novos.

Entidades que reúnem fabricantes e distribuidores de veículos se uniram para protestar e pressionar o governo paulista contra o aumento do imposto. Em entrevista online, junto à imprensa especializada, dia 13 último, dirigentes das principais associações do setor alertaram que a medida irá inviabilizar os negócios de muitos concessionários e revendedores, provocando o fechamento de lojas, demissões e elevação da informalidade para driblar a elevação da carga tributária em São Paulo.

E para não ficar apenas no protesto, os presidentes das associações de revendedores independentes e concessionárias oficiais disseram que negociam a revogação do aumento do ICMS com o governo paulista, mas não descartam a judicialização do tema caso a majoração seja mantida.


IMPACTO – Segundo as entidades, “a representatividade de São Paulo é enorme para os negócios do setor”, uma vez que o estado representa 40% das vendas de veículos usados no país e 25% dos novos. Nas concessionárias, entre 40% e 50% das compras de novos são feitas com o carro usado vinculado como entrada. A elevação do ICMS sobre ambos reduzirá a avaliação do bem e aumentará o preço do novo, reduzindo o poder de compra dos clientes. Assim, o aumento de imposto pode ter alto impacto negativo em toda a cadeia de distribuição.

A Fenabrave, associação da rede de distribuição ligada aos fabricantes, diz que as 1,7 mil concessionárias no estado já demitiram 42 mil empregados no ano passado e agora os 71 mil funcionários remanescentes voltam a ficar ameaçados pelo aumento do ICMS. Já a Fenauto, que reúne os revendedores de usados, lembra que o segmento tem 12,5 mil lojas em São Paulo que empregam 300 mil trabalhadores. “Esse aumento de 207% simplesmente inviabiliza muitas empresas do setor e é possível que de 40 mil a 50 mil pessoas sejam demitidas. Também vai impactar nas oficinas que revisam e reparam os carros para que possamos dar garantia de 90 dias”, avisa Ilídio dos Santos, presidente da entidade.

Álvaro de Faria, presidente do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado de São Paulo (Sincodiv-SP), informou que a entidade já agendou reunião com advogados para avaliar possíveis ações judiciais contra o aumento do imposto, caso o governo paulista não recue. Fenabrave e Fenauto prometem fazer o mesmo. Assumpção Jr. lembrou que o setor de distribuição e fabricantes estão todos unido em torno do tema, incluindo a Anfavea, que não participou da entrevista mas já tinha criticado duramente a elevação do tributo na semana passada.


DECEPÇÃO – Os decretos sobre ICMS publicados na sexta-feira “são uma decepção para todos os contribuintes do estado”. Pressionado pela ameaça de protestos, o governador João Doria havia se comprometido publicamente a rever a alta generalizada de impostos. Chegou a dizer que não permitiria que a "população mais vulnerável" fosse penalizada com o aumento da carga tributária.

“Infelizmente, o que o governador Doria fala, não se escreve. Os três decretos publicados são um tímido recuo diante da ruinosa tragédia fiscal que o governo Doria quer colocar em prática”, diz, em nota, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

As operações de venda de insumos agrícolas, por exemplo, tiveram suspenso o aumento de alíquotas, mas apenas para vendas dentro do estado. Nas vendas das empresas paulistas para todas as outras 26 unidades da federação, a alta de impostos segue valendo – “o que gera problemas óbvios de competitividade”, prossegue a federação, concluindo: “Para algumas operações, como venda de carne bovina e eletrônicos, o aumento do tributo permanece, mas há uma previsão de redução do aumento para o dia 1º de abril, popularmente conhecido no Brasil como o dia da mentira. Piada pronta”. A Fiesp anunciou que lutará na Justiça para reverter os aumentos de tributos de todos os setores atingidos.


PÉSSIMAS – A Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) entende que o fechamento das fábricas da Ford no Brasil – largamente anunciada na semana que passou, pela imprensa nacional e internacional – “resulta da sequência de péssimas decisões tomadas nos últimos anos, entre elas o descaso com mudanças significativas no sistema tributário”. Com graves problemas de natureza fiscal no país, o sistema tributário diminui o apetite dos investidores estrangeiros. Segundo a Fenafisco, a agenda de medidas adotada neste governo para a retoma do crescimento se mostra ineficaz.

Com o fechamento das fábricas no Brasil, a Ford vai concentrar seus investimentos no México e na Argentina. “Outras companhias podem seguir o mesmo caminho e abandonar o país caso não haja uma reforma tributária efetiva, indo além da simples unificação de tributos e focando na redução de desigualdades e na implementação da capacidade contributiva no recolhimento de impostos. Em breve, diversos estados podem ter que arcar com quedas na arrecadação de impostos causados pelo desinvestimento de indústrias e empresas”, acentua a entidade, em nota.


MP – Para acompanhar os impactos socioeconômicos e concorrenciais do fechamento de fábricas de automóveis no país, a Câmara de Consumidor e Ordem Econômica do Ministério Público Federal (3CCR/MPF) instaurou procedimento administrativo. A medida foi tomada após a Ford anunciar o fechamento de fábricas no Brasil, encerrando a produção de veículos.

O subprocurador-geral da República Luiz Augusto Santos acredita que o fim das atividades de fabricação de veículos no país “pode gerar prejuízos ao setor industrial, com impactos capazes de provocar a redução dos níveis de renda e emprego nacionais, afetando negativamente a economia”. O procedimento administrativo tem objetivo de coletar, sistematizar e tratar os dados ou informações técnico-jurídicas voltadas a subsidiar eventuais medidas no âmbito do MPF.


DIGITAL – Implantado na primeira semana do ano pelo Detran.SP, o CRLV-e (Certificado de Registro e Licenciamento de Veículos) já foi baixado por 1.137.914 proprietários de veículos no estado de São Paulo. Os dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) são referentes ao período de 04 a 13 de janeiro deste ano.

O CRLV-e pode ser utilizado de forma eletrônica ou impresso em papel A4 comum, e reúne em um único documento dados de propriedade e do licenciamento do veículo. A novidade traz mais agilidade ao processo, não sendo mais necessário que o proprietário aguarde a impressão e a entrega do documento físico pelos Correios.

Assim, dados sobre a propriedade e sobre o licenciamento do veículo ficarão reunidos no CRLV-e. A mudança foi definida na Resolução 809/2020, do Contran. Em caso de fiscalização de trânsito, o motorista poderá apresentar o CRLV-e na versão digital, via aplicativo, ou, se preferir, poderá imprimir o documento em papel A4. Não há a obrigatoriedade do porte da versão impressa.


FUSÃO – Em comemoração ao dia do IPO (abertura de capital na Bolsa) da Stellantis – empresa formada a partir da fusão da FCA e do Groupe PSA –, John Elkann, presidente, e Carlos Tavares, CEO da Stellantis, tocarão o tradicional sino de abertura das três Bolsas de Valores onde as ações do novo grupo serão listadas.

As ações da Stellantis devem começar a ser negociadas na Euronext de Paris e na Borsa Italiana de Milão nesta segunda-feira, 18, bem como na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na terça, 19. A NYSE estará fechada na segunda-feira, 18 de janeiro, em comemoração ao feriado de Martin Luther King Jr.


Divulgação                  Oliveira: “Foi um ano extremamente difícil”

QUEDA – As 15 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), com licenciamento de 59.067 unidades – das quais 27.421 importadas e 31.646 veículos de produção nacional –, anotaram em 2020 queda de 12,7% ante igual período de 2019, quando foram comercializadas 67.686 unidades.

De forma separada, a importação das 27.421 unidades vendidas significaram redução de 20,7% ante as 34.596 unidades do acumulado de 2019; enquanto na produção nacional – com 31.646 unidades – a queda foi de apenas 4,4% ante as 33.090 unidades de 2019. Pela primeira vez, a produção nacional das associadas à Abeifa superou a totalização de veículos importados, que tiveram impacto negativo e direto da taxa cambial, cuja cotação do dólar partiu de, na média mensal, R$ 4,15 em janeiro para R$ 5,14 em dezembro de 2020, registrando alta de 23,8%.

“Foi um ano extremamente difícil para o setor automobilístico brasileiro, que vislumbrava a retomada no início de 2020. Mas, como em todas as demais atividades econômicas, o impacto da pandemia de Covid-19 a partir da segunda quinzena de março foi devastador. Aliado a essa nova realidade, o nosso setor ainda sentiu as consequências nefastas da desvalorização cambial. De todo modo, os emplacamentos de nossas associadas – queda de 12,7% – foram menos impactados do que o total do mercado interno, cuja redução foi de 26,6%”, analisa João Henrique Oliveira, presidente da Abeifa.


Divulgação                       BMW licencia mais de 13.700 veículos

ELÉTRICOS – No ano em que completou 25 anos de presença no Brasil, o BMW Group manteve a dianteira nas vendas de automóveis e motocicletas premium. Os emplacamentos de automóveis eletrificados BMW, BMWi e Mini, com propulsão híbrida ou elétrica, cresceu acima de 300% em 2020 quando comparada com o ano anterior. A liderança no segmento foi igual em motocicletas, com recorde histórico em vendas no país.

"Em um ano desafiador como 2020, continuamos líderes no mercado premium de automóveis e motocicletas por nosso protagonismo digital, por lançarmos e desenvolvermos novas tecnologias e pelo empenho de nossa equipe, rede de concessionários e confiança dos clientes", destaca Aksel Krieger, CEO e presidente do BMW Group Brasil: "Fechamos 2020 com um em cada três automóveis premium vendidos no Brasil sendo BMW e registramos recordes históricos na venda de modelos eletrificados e também na BMW Motorrad".

Nesse ano a marca licenciou 12.437 automóveis, de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). São destaque os modelos Série 3 e X1, responsáveis por aproximadamente 70% das vendas no país. A Mini registrou 1.275 emplacamentos. O BMW Group Brasil finalizou o ano de 2020 com 13.712 unidades emplacadas nacionalmente.


Divulgação          Recuo de 12,9% nas vendas de todos os segmentos

PNEUS – As vendas totais da indústria brasileira de pneus fecharam o ano de 2020 com baixa 12,9% em comparação com o ano anterior. O recuo no acumulado do ano foi observado nas vendas de todos os segmentos: pneus de passeio (-19,2%), comerciais leves (-13%), carga (-1,8%) e moto (-1,2%).

Mesmo apresentando sucessivos meses de boas vendas, incluindo um mês de dezembro 9,5% maior em 2020 do que foi em 2019, o setor não conseguiu reverter as perdas dos meses de grande baixa.

“Em um ano totalmente único, com suspensão de produção por um período determinado e de amplas medidas de prevenção em relação a Covid-19 que ainda permanecem, a indústria de pneumáticos no Brasil respondeu prontamente as necessidades de todos os mercados, inclusive com crescimento no fornecimento do equipamento original”, analisa Klaus Curt Müller, presidente executivo da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).

Fundada em 1960, a ANIP representa a indústria de pneus e câmaras de ar instalada no Brasil, que compreende 12 empresas e 20 fábricas instaladas no Brasil.


Divulgação                    Parceria com Angola rende bons negócios

EXPORTAÇÃO – A Asperbras Veículos encerrou 2020 com a conclusão de mais uma etapa do Projeto de Transporte Urbano Regular de Passageiros, realizado em parceria com o governo angolano. A empresa despachou, em dezembro último, 157 novos ônibus que integrarão as frotas nas diversas províncias de Angola.

A iniciativa completa um ano de operações e tem como objetivo oferecer transporte de qualidade às comunidades do país lusófono. Os novos ônibus saem equipados com barreiras de proteção BioSafe para motorista e cobrador, instaladas para auxiliar no combate à pandemia da Covid-19.

“O ano de 2020 foi desafiador em vários sentidos. Por isso, a entrega dos ônibus em Angola é motivo de orgulho para toda a equipe envolvida”, afirma Geraldo Kulaif, diretor da Asperbras Veículos. Além do fornecimento dos veículos, a companhia vem coordenando o mapeamento e definição das principais rotas operacionais e a seleção de paradas, garantindo acesso aos principais centros comerciais, administrativos e residenciais nas cidades. O trabalho é realizado em parceria com o governo de Angola e especialistas em tecnologia e mobilidade.


Divulgação   Motocicletas em recall: substituir tensor da corrente de comando

RECALL – A Kawasaki Motores do Brasil convoca os proprietários das motocicletas Ninja 400 e Z400, modelo 2020 fabricadas em outubro de 2019, com números de chassi abaixo, a agendar uma visita a uma das concessionárias autorizadas Kawasaki para substituição do tensor da corrente de comando.

. Z400, 96PERSD1*LFS01781 até 96PERSD1*LFS01980

. Ninja 400, 96PEXSG1*LFS01721 até 96PEXSG1*LFS01800

Nas unidades afetadas, devido ao tratamento térmico do tensor da corrente de comando, pode ocorrer desgaste anormal no tensor, o que acarretará uma folga excessiva na corrente causando a falta de sincronia do motor levando o mesmo a apagar. Caso isso aconteça, existe uma remota possibilidade de acidentes com possíveis lesões corporais ou fatais.

Os agendamentos estão disponíveis desde o dia 15 e o tempo estimado para a realização do reparo gratuito é de aproximadamente 90 minutos. Para mais informações, ligue 0800.773.1210, das 9 às 17 horas.


AMÉRICA – A Dana anuncia a contratação de Marcelo Rosa para o cargo de gerente sênior de vendas ao mercado de reposição para a América do Sul. O executivo, que já tinha passagem pela empresa, retorna à Dana para dar andamento a um novo ciclo de crescimento e inovação no Aftermarket.


Divulgação   Augusto: “Mudança e o avanço tecnológico são inevitáveis”

 

ARTIGO

Cybersegurança e repaginação

Por Augusto Schmoisman (*)

O encerramento da produção da Ford no país é um alerta para muitas empresas quanto à necessidade da adaptação e investimento nas mudanças tecnológicas, assunto que não é abordado com a importância que deveria no mundo corporativo. Em seu comunicado oficial, a própria montadora afirmou que o motivo desta reestruturação é o processo de mudança que a indústria automotiva tem vivido, impulsionado por novas e emergentes tecnologias em serviços conectados, eletrificação e veículos autônomos. Ou seja, de acordo com o novo cenário, está se repaginando.

Esse movimento estratégico rumo à transformação digital tem causado agitação no setor. Esta semana, a GM anunciou que investirá R$ 10 bilhões em inovação para a fabricação de veículos no Brasil, com wi-fi e assistente virtual, além de apresentar um projeto de um carro voador com o táxi aéreo autônomo. A Hyundai elevou a cotação de suas ações em quase 20% após anunciar que está em negociação com empresas para a produção de um modelo elétrico.

Enquanto isso, empresas líderes do mundo tecnológico, como Apple, Google e Amazon, são apenas alguns exemplos de companhias de tecnologia que também estão entrando no segmento automotivo. Todas enfrentarão ainda o potencial da Tesla Motors, que tem mostrado superioridade tecnológica no segmento de carros elétricos. O tempo dirá se o avanço das montadoras será suficiente para brigar com essas gigantes da tecnologia.

É interessante destacar que ao mesmo tempo em que Ford e Mercedes estão se organizando para dar um passo atrás em algumas operações, Elon Musk com sua companhia de carros tecnológicos se posiciona como o homem mais rico do mundo, com um modelo de negócios sob uma ótica diferente.

Essa situação é apenas "a ponta de um iceberg" que deverá impactar diversos tipos de negócio e que revela o quanto o futuro das empresas está em risco, caso não busquem se estruturar para acompanhar o avanço de novas tecnologias e acreditar na autonomia. A competição pela liderança tecnológica se tornará uma ameaça não somente no setor automotivo, mas em toda cadeia empresarial. Grandes empresas, sejam elas nacionais ou internacionais, que estejam num cenário estagnado com uma falta crônica de recursos destinados ao desenvolvimento tecnológico, estão fadadas a perder lugar para a concorrência. A mudança referente à inovação contínua precisa ser levada a sério e colocada em prática, pois definirá as vencedoras.

Entendemos que os desafios são grandes, tornando necessário que líderes criem modelos de negócios diferentes e mais ágeis, além de planos estratégicos. E nessa busca por inovação e revolução tecnológica, a cybersegurança não pode ser esquecida, subestimar ataques cibernéticos é um grande erro. É importante compreender que não existe segurança 100% eficaz, sempre surgirão novos métodos e é preciso estar em alerta neste terreno tão dinâmico. E lembrar que se há diretores de empresas que não estão enxergando e dando a devida importância ao cuidado com a informação, há outros processando, analisando e estudando. E esses, provavelmente líderes de companhias digitais, podem ser grandes concorrentes de negócios nos mais diversos segmentos, inclusive no automotivo.

A mudança e o avanço tecnológico são inevitáveis, crescer é opcional.

(*) Augusto Schmoisman é especialista em defesa cibernética corporativa, militar, aeroespacial e CEO da Citadel Brasil.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Montadoras projetam recuperação de 25%

Divulgação          Pandemia interrompeu ciclo de três anos de recuperação

Nelson Tucci

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou os números do fechamento de 2020, fortemente impactados pela pandemia que interrompeu ciclo de três anos de recuperação após a crise de 2015/2016. No ranking mundial, o Brasil deverá aparecer (após a consolidação internacional) em 6º no item licenciamento e em 9º na produção, disputando pau a pau com a França. Para este ano, a associação das montadoras prevê crescimento de 25% na produção (atingindo 2,5 milhões de veículos).

O recém-encerrado mês de dezembro foi o melhor em vendas de autoveículos no ano (243.967 unidades), apresentando média diária de 11,6 mil unidades. Mas na comparação com 2019, apenas fevereiro de 2020 teve média de vendas superior, apesar da recuperação de mercado verificada no segundo semestre.

Em um ano atípico, como fora 2020, as vendas ao mercado interno fecharam com 2.058.437 unidades, representando queda de 26,2%, ou mais exatamente recuando ao patamar de 2016.

Já as exportações de 324.330 de unidades foram as piores desde 2002, um retrocesso de quase duas décadas. Em valores, a receita de US$ 7,4 bilhões foi menos da metade do que se exportou em 2017 (US$ 15,9 bilhões).

O segmento de caminhões, impulsionado pelo agronegócio e pelo crescimento do e-commerce, foi o que teve as menores perdas entre os autoveículos, com queda de 11,5% nos licenciamentos em relação a 2019. Comerciais leves caíram 16%, automóveis 28,6% e ônibus 33,4%.


COVID – Em coletiva à imprensa especializada, Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, disse que o setor faz projeções conservadoras para este ano. Pretende crescer 15% em licenciamentos e 25% na produção sobre o ano passado (que apresentou números ruins, como se lê acima). Ainda assim, ficará com uma “ociosidade técnica” de 50% no parque fabril brasileiro.

O PIB por eles calculado deverá chegar a 3,5% positivos em 2021, o crédito deverá estar disponível ao consumidor de automóveis e os preços tendem a ser manter estáveis. Como principais desafios Moraes colocou a questão da Covid, o mercado de trabalho, a logística e a carga tributária. Ele estimou que o câmbio, que sempre mexe com este setor da economia, deverá flutuar na casa dos R$ 5.

As montadoras, que reconheceram os esforços do governo para injetar liquidez no mercado, ano passado, afirmam ainda existir “neblina à frente”.


MOTOS – O mercado de motos terminou 2020 em aceleração, com forte aumento da demanda de pessoas em busca de transporte individual ou para o trabalho de entregas, dois fatores impulsionados pela pandemia de coronavírus que surpreenderam a indústria. Na prática, as fábricas venderam tudo que produziram e tudo indica que o ano poderia ter fechado com mais de 1 milhão de motos vendidas se a produção no polo de Manaus/AM não tivesse sido interrompida por prevenção à disseminação da Covid-19 por longos períodos que variaram de um a mais de dois meses, dependendo do fabricante.

Segundo números divulgados pela Fenabrave (associação dos distribuidores autorizados) com base nos dados do Renavam, no ano passado foram emplacadas 915,5 mil motos no País, número que ficou 15% inferior do registrado em 2019.


USADOS – De outro lado, o setor de veículos usados será um dos mais afetados com a mini reforma do ICMS que está prevista para ter validade a partir do próximo dia 15, no estado de São Paulo. O percentual de ICMS a ser cobrado nessas transações passará de 1,80% para 5,53%, tipificando um aumento de 207% no valor.

Essa mudança consta em importantes ajustes feitos no ICMS paulista que implicarão no aumento para diversos setores. Serão centenas de produtos impactados diretamente, mas o setor de veículos usados é um que terá maior aumento em relação ao que era cobrado.


Divulgação                          Caminhoneiros receberam apoio na estrada

SOCIAL – Mais de 107 mil kits de higiene e alimentação, incluindo marmitas, foram entregues aos caminhoneiros durante o ano de 2020 pela CCR ViaOeste e CCR RodoAnel, como medidas de auxílio aos motoristas para enfrentar a pandemia de coronavírus. Outras iniciativas também foram promovidas, como a distribuição de máscaras de tecidos em comunidades carentes e hospitais, doação de cobertores, vacinação de caminhoneiros contra a gripe e campanha de doação de sangue. Todas as atividades foram promovidas sob orientação do Instituto CCR.

Os alimentos e produtos para higiene dos caminhoneiros, principalmente álcool gel e sabonete, foram distribuídos no Sistema Castello-Raposo e no trecho Oeste do Rodoanel em postos de serviço, bases do Sistema de Atendimento ao Usuário, Postos Gerais de Fiscalização (PGF) e na base fixa do Programa Estrada para a Saúde, localizado no km 54 da rodovia Castello Branco, em São Roque.


Divulgação                      São 53 mil atendimentos, em oito anos

Através do “Estrada para a Saúde” foram promovidas orientações sobre higiene e saúde, aplicadas mais de 800 vacinas contra gripe (H1N1) e também foi oferecida consulta médica gratuita por meio de telemedicina. No ano foram realizados mais de 1,4 mil atendimentos e desde 2002 já passaram pela unidade mais de 53 mil caminhoneiros.


Divulgação             Picapes argentinas rodam com baterias Heliar

PARCERIA – As novas Hilux e SW4, que passaram por uma reestilização pela Toyota, saem de fábrica equipadas com baterias Heliar. O componente é fabricado pela Clarios, líder global em soluções de armazenamento de energia e maior produtora de baterias do Brasil.

Os veículos são produzidos na fábrica argentina da montadora e estão presentes no mercado brasileiro. A nova picape Hilux passou por modernização, recebendo uma dianteira com desenho mais agressivo, novo conjunto de para-choque, grade e faróis, além de ganhar lanternas em LED com nova disposição de luzes. Por dentro, tem mudanças no acabamento e nova central multimídia com conexão Apple Car Play e Android Auto. Já a SW4 passa pela primeira atualização visual desde 2015. A maior parte das alterações está concentrada no balanço dianteiro, com grade maior, novos desenhos de para-choque e faróis integralmente de LED.

“A Toyota é referência mundial na excelência de produção, por isso a Clarios se orgulha de ser fornecedora exclusiva no Brasil e a confiança depositada em nosso trabalho se reflete nessa parceria, que leva a tecnologia de nossas baterias premium para os veículos produzidos pela montadora”, afirma José Rubens Galdeano, gerente comercial de Equipamentos Originais da Clarios.


PREMIUM – Para a Volvo no Brasil o ano recém-terminado é para se comemorar. A montadora sueca, controlado pela chinesa Geely, encerrou na vice-liderança isolada no segmento Premium (emplacou 7.716 veículos em 2020), com mais de 750 veículos à frente da terceira colocada no país.

Outro destaque da marca é a participação entre os veículos híbridos. A Volvo alcança mais de 63% entre todos os eletrificados plug-in vendidos no Brasil e mais de 50% entre os híbridos e elétricos do segmento premium.

“Foi um ano atípico como todos sabemos. Nossa maior prioridade foi encontrar maneiras de proteger nossos colaboradores, concessionários e consumidores, além de planejar a retomada da forma mais forte possível. Neste sentido, temos muitos motivos para comemorar. Consolidamos nossa vice-liderança no segmento Premium e a dominância absoluta dos SUVs e veículos eletrificados. Atuamos cada vez mais como agente transformador da indústria automobilística no Brasil. Esta estratégia será ainda mais reforçada em 2021”, destaca João Oliveira, diretor geral de operações e inovação da Volvo Car Brasil.


Divulgação                                    Modelo bombou na categoria SUV

HISTÓRICO – “Esse foi um ano histórico para o T-Cross e para a Volkswagen. Após seu lançamento, em abril de 2019, o modelo conquistou o consumidor brasileiro e em 2020 se tornou líder no segmento de SUVs no Brasil, com mais de 60 mil unidades comercializadas. O T-Cross é também o primeiro SUV da história a ser o carro mais vendido em um único mês no País, deixando para trás os hatches de entrada e compactos, veículos que tradicionalmente lider am a lista. Essas conquistas mostram que o design, a tecnologia e a versatilidade do T-Cross fazem dele o modelo mais desejado de sua categoria”, destacou Pablo Di Si, CEO da Volkswagen América Latina, em sua primeira declaração pública no ano.


Divulgação                                                Ranger ganhou mercado

PICAPE – A Ford Ranger foi a picape média que mais ganhou participação de mercado entre as líderes do segmento em 2020, tendo crescimento de 10%, ou 1,7 ponto percentual a mais que 2019, fechando o ano com o recorde histórico de 18,5% das vendas.

O modelo consolidou a sua liderança nas séries intermediárias, onde avançou de 30,8% para 32% com as versões 2.2 XLS. E ganhou espaço também nas versões de topo, nas quais passou de 16,2% para 17,2% com os modelos XLT e Limited.


Divulgação                       O pequeno HB20 puxou as vendas

FELIZ – A Hyundai confirma o quarto lugar nas vendas de automóveis no Brasil, em 2020, consolidando no ano sua presença entre as chamadas “Big 4”. A marca comercializou 167.449 unidades no acumulado de janeiro a dezembro, alcançando participação de mercado de 8,6%. O volume representa queda de 19,4% em relação ao mesmo período de 2019, enquanto o mercado sofreu retração maior, de 26,7%, o que assegurou ganho de 0.8% de participação e levou a Hyundai do sétimo lugar em 2019 para o quarto lugar em 2020.

O bom resultado da Hyundai no país foi puxado pelas vendas da linha HB20, que teve 110.535 unidades comercializadas no ano, considerando as variantes hatch, sedã e aventureira e deixou a direção administrativa feliz.

Já o SUV compacto Creta, que atingiu recentemente a marca de 200 mil unidades produzidas no país, teve 47.759 unidades vendidas em 2020. Esses modelos fabricados pela Hyundai no Brasil representaram cerca de 95% do total comercializado pela marca.


EMPILHA – O segmento de transporte e movimentação de cargas foi o principal responsável pelo crescimento de 50% no faturamento da Marbor Frotas Corporativas em 2020. Mesmo com a crise gerada pela pandemia de coronavírus, a empresa conseguiu elevar sua receita com novos produtos e serviços, especialmente voltados a atividades logísticas, que não pararam durante o isolamento social.

“Fomos desafiados a nos reinventar em vários aspectos e de forma muito rápida. Agora vemos tudo isso como algo muito positivo para nossa empresa”, diz Renato Vaz, diretor da locadora.

Para ele, o principal desafio para o mercado de locação foi desenvolver novas soluções aos clientes. “Serviços que não faziam parte do portfólio vieram para ficar”, comenta, acrescentando: “Somos uma das poucas locadoras que atendem o mercado com os três ativos principais: automóveis, caminhões e empilhadeiras. E neste ano os setores que melhor performaram foram os caminhões e as empilhadeiras”.


INVESTIMENTOS – A indústria automotiva comercializou cerca de 1,9 milhão de automóveis e comerciais leves ao longo de 2020. A marca mais bem sucedida no período foi a Chevrolet, com uma participação de mercado de 17,4% e 338,6 mil unidades vendidas. Este é o quinto ano consecutivo de liderança da marca no Brasil, um feito inédito para a General Motors no país.

“Num ano em que a sustentabilidade do negócio foi o grande desafio, também pela forte desvalorização do real frente ao dólar que está impactando no aumento generalizado dos preços dos carros, a liderança da Chevrolet é consequência de uma estratégia vencedora. Intensificamos o foco no varejo, onde a marca ampliou sua liderança para quase 6 pp em relação ao concorrente mais próximo”, destaca Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul.

O executivo confirma também que os investimentos planejados pela GM previamente à pandemia estão sendo retomados. Os aportes somam R$ 10 bilhões no Estado de São Paulo e são estratégicos para o desenvolvimento e a produção de veículos inéditos, além da ampliação da oferta de equipamentos, entre eles os exclusivos OnStar e o Wi-Fi nativo.


FUSÃO – Acionistas da ítalo-americana FCA Chrysler e da francesa PSA aprovaram a fusão, que já vinha sendo discutida há tempos. O valor de mercado combinado das duas montadoras é de US$ 62,7 bilhões, com marcas como Citroën, Masserati, Fiat, Peugeot, Chrysler e Jeep.

A Stellantis, companhia cujo nome significa “brilhar com as estrelas”, foi criada pela fusão das companhias que juntas têm mais de 400 mil funcionários em todo o mundo. Carlos Tavares (PSA) será o CEO da nova empresa e já se espera que modelos pouco rentáveis sejam expurgados das linhas de produção.


Divulgação                                             Preços a partir de R$ 14,4 mil

LEILÃO – Um total de 106 veículos usados, ainda em condições de uso, e outras 19 unidades em situação de sucata, que também compunham a frota da Itaipu Binacional, serão leiloados no dia 22 de janeiro, às 9 horas. Será o primeiro leilão público 100% on-line promovido pelo lado brasileiro da empresa e o maior dos últimos anos.

Serão vendidas 126 unidades, sendo 125 automóveis (entre sucateados e aqueles com condições de rodagem) e um elevador elétrico automotivo para oficina. Podem participar pessoas físicas e jurídicas, conforme as regras do edital, disponível no link https://bit.ly/3p31fyl, e amparado na Norma Geral de Licitação (NGL) da Itaipu.


FOTOS – O leilão será conduzido pelo leiloeiro oficial Paulo Setsuo Nakakogue, da PSN Leilões, pelo site www.psnleiloes.com.br No endereço do leiloeiro na internet é possível verificar as fotos dos itens à venda e adiantar os lances. O endereço é www.psnleiloes.com.br/lotes/36542/

Os lances mínimos para os veículos em uso variam de R$ 14.376 a R$ 74.121,60. Entre os automóveis estão vans, camionetes, veículos de passeio e até veículos elétricos, que serviam ao uso da Itaipu e de várias montadoras, como Renault, Ford, Fiat, Toyota e Mitsubishi. As condições devem ser verificadas no site da Itaipu, por meio do Portal do Fornecedor, pelo link www.itaipu.gov.br/fornecedores/alienacoes (ALN nº 02/2020).

A visita aos lotes pode ser feita das 7h30 às 11 horas e das 14 horas às 16h30, até 20 de janeiro, no almoxarifado central da Itaipu (Avenida Presidente Tancredo Neves, 6.731), em Foz do Iguaçu. É necessário agendamento prévio por meio dos endereços alemt@itaipu.gov.br ou ick@itaipu.gov.br, ou pelos telefones (45) 3520.6579/6681. Na vistoria, é permitida apenas a avaliação visual dos lotes.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Detran antecipa licenças

Divulgação     Motorista tem a opção do calendário de licenciamento anual


Nelson Tucci

O Detran de São Paulo informa que a partir de hoje, 4, os motoristas já podem realizar o licenciamento antecipado de 2021, caso queiram fazê-lo com desconto. A providência é para todos os veículos, independentemente do final de placa, e ficará disponível até 31 de março.

O serviço é para facilitar o pagamento do licenciamento junto com o IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor), que poderá ser quitado em cota única, com desconto, ou parcelado, conforme vencimento definido pela secretaria de estado da Fazenda e Planejamento. Quem não optar por essa modalidade, poderá aguardar o calendário de licenciamento anual, de acordo com o final da placa.

No estado de São Paulo, o licenciamento anual é realizado de forma 100% digital. Portanto, o motorista não precisa ir mais a uma unidade de atendimento do Detran.SP ou Poupatempo para emissão do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV), documento de porte obrigatório que permite a circulação do veículo.


COMO FAZER – Para licenciar o veículo é preciso informar o número do Renavam e pagar via internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico, os débitos do veículo – IPVA, possíveis multas e a taxa de licenciamento.

Neste ano não haverá cobrança de taxa do seguro DPVAT, conforme decisão do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP). O valor da taxa de licenciamento 2021 será de R$ 98,91 até o dia 14 próximo. Quem licenciar o veículo após o dia 15/01 deverá pagar o valor de R$ 131,80. Reiterando, o pagamento poderá ser feito via internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico nos bancos conveniados: Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú, Caixa Econômica Federal e nas Lotéricas.

Um dia após o recebimento, o CRLV ficará disponível para download e impressão no item Licenciamento Digital nos portais do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br) e Detran.SP (www.detran.sp.gov.br). O motorista poderá salvar o documento no próprio celular ou imprimir na sua casa, em papel sulfite comum.


Divulgação   Internet, sites e aplicativos: mais de 125 milhões de interações

ONLINE – O Detran paulista intensificou a prestação de serviços e ampliou em 67% a quantidade de procedimentos que podem ser feitos de maneira digital. Em 2019 eram 43 e agora são 72.

Com isso, de janeiro a dezembro foram realizados mais de 125 milhões de interações pela internet, sites e aplicativos do Detran e do Poupatempo. Dos principais serviços do órgão de trânsito, 90% deles já podem ser realizados online, dispensando a necessidade de ir até uma unidade física do Detran.SP ou posto do Poupatempo.

Um exemplo de praticidade no serviço digital é a renovação da CNH. Até pouco tempo atrás, era necessário que o cidadão fizesse o agendamento, fosse pessoalmente até a unidade na data marcada para agendar o médico e ali retornasse com o resultado do exame. Agora, com poucos cliques no Poupatempo Digital é possível resolver esta necessidade de forma muito mais ágil e eficiente. O cidadão sai de casa apenas para fazer o exame médico, previamente agendado pelo aplicativo.

Outro serviço de muita procura pelo usuário é o licenciamento de veículos (CRLV). Neste ano, cerca de 13,3 milhões de motoristas já fizeram este serviço. Atualmente, 90% de todos os licenciamentos emitidos no estado são feitos de forma online.


SERVIÇOS – As inovações digitais têm como objetivo melhorar a qualidade de atendimento oferecendo maior comodidade e autonomia ao cidadão permitindo que os principais serviços estejam na palma da mão de todos os paulistas. Veja 10 dos serviços mais acessados em 2020:

1.   Pesquisa de débitos e restrições de veículo (terceiros)

2.   Licenciamento de veículo (CRLV)

3. Pesquisa de débitos e restrições de veículo (proprietário)

4. Pontos na CNH

5. Confirmação da comunicação de venda

6. Certidão de prontuário da CNH

7. Alteração de endereço da CNH

8. Transferência de veículos

9. Primeiro Registro de Veículo Zero KM

10. Indicação de condutor

Demais serviços de destaque: Adição e Mudança de categoria da CNH, Situação do Licenciamento, Consulta de Peças Usadas, Autenticidade de Certidões, Consulta de Empresas Credenciadas de Vistorias (ECV), Alteração de dados de CNH, Reabilitação de CNH cassada, entre outros.


INVESTIMENTO – A Michelin acaba de anunciar novo investimento no estado do Amazonas. Serão R$ 100 milhões entre 2021 e 2024 e o aporte faz parte da segunda fase do plano de expansão da empresa na região e criará mais de 250 postos de emprego, aumentando em 26% o total de funcionários de sua unidade industrial ali.

A expansão terá como principal objetivo a produção de pneus para motos e bicicletas. De 2017 a 2020, a Michelin iniciou seu processo de expansão na região com investimento similar, criando 367 novos postos de trabalho. Hoje, a empresa busca fornecedores para aumentar a produção e compra do látex do Amazonas localmente.


BUGGY – Com a chegada da época mais quente do ano, o site Mercado Livre notou uma movimentação na intenção de compra de veículos de Verão, os famosos buggys.

O estudo, referente ao mês de setembro de 2020, aponta um aumento de 101% na intenção de compra de buggys, em relação ao mesmo período do ano anterior. Ou seja, a plataforma registrou o dobro de interessados nesses anúncios – que contemplam buggys novos e usados.


AGRO – Segundo o Índice de Frete e Pedágio Repom (IFPR), a demanda por frete rodoviário no agronegócio teve um aumento de 4,3% ao considerar o acumulado do ano – de janeiro a novembro de 2020. A movimentação no transporte de cargas apresentou, no período, crescimento em comparação a igual temporalidade do ano anterior.

Ao considerar os setores de indústria e varejo houve um aumento de 8,6% nas demandas por frete nos 11 meses do ano que acabou de encerrar, comparado ao mesmo período do ano anterior. Os números são reflexo da retomada das atividades econômicas no país. “Como previsto, o mês de novembro continuou com forte ritmo, somando 8,5% de alta”, pontua Thomas Gautier, da Edenred Brasil.


Divulgação        49% da frota nacional possui câmbio automático

FLUIDO – O mercado de fluidos de transmissão para veículos automáticos vem crescendo no Brasil, uma evolução para acompanhar o aumento da frota desses modelos. Último levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), revela que o percentual de veículos com câmbio automático saltou de 12% para 49% da frota nacional em 10 anos.

Com essa realidade, o setor de lubrificantes também tem expandido a linha de produtos para atender essa demanda em ascensão. Fabricante mundial de lubrificantes, a Valvoline conta com linha completa de fluidos para transmissão automática, oferecendo cobertura para a frota de veículos nacional e importada. Com o produto Max Life Atf – Dex/Merc, importado e sintético que oferece alto desempenho para transmissões automáticas de veículos, a fabricante garante cobertura para 80% da frota nacional de modelos com transmissão automática convencional.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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