Nelson Tucci
A
General Motors anunciou o aumento de seus investimentos em EV (electric vehicles, ou carros elétricos)
e AV (autonomous vehicles, ou carros
autônomos) para US$ 35 bilhões no quinquênio, que vai até 2025. O valor
representa aumento de 75% em relação ao compromisso inicial anunciado antes da
pandemia.
A
GM tem por objetivo a transformação para se tornar líder de mercado em EVs na
América do Norte; líder global em tecnologia de bateria e célula de combustível
por meio de sua plataforma de bateria Ultium e células de combustível Hydrotec;
e, por meio da Cruise, ser a primeira a comercializar com segurança a
tecnologia de direção autônoma em grande escala.
"Estamos
investindo fortemente em um plano abrangente e altamente integrado para
garantir que a GM lidere em todos os aspectos a transformação para um futuro
mais sustentável", disse a Chair e CEO da GM, Mary Barra: "A GM tem
como meta global a venda de mais de 1 milhão de veículos elétricos anualmente
até 2025, e estamos aumentando nossos investimentos para ganhar escala mais
rápido porque vemos que este é o momento propício para a eletrificação nos
Estados Unidos, junto com a demanda dos clientes por nosso portfólio de
produtos".
Ainda
segundo ela, existe “uma convicção forte e crescente entre nossos funcionários,
clientes, revendedores, fornecedores, sindicatos e investidores, além de
legisladores, de que os veículos elétricos e a tecnologia de direção autônoma
são a chave para um mundo mais limpo e seguro para todos".
REDUÇÃO – Comandando a Honda South America desde abril, Atsushi Fujimoto começou a preparar o plano de renovação da linha de carros da marca na região. Ele, que está sediado no Brasil, disse à imprensa que a Honda terá redução no número de modelos produzidos nas duas fábricas paulistas da empresa: em Sumaré e Itirapina.
Sem
revelar valores e modelos, o Head da montadora japonesa disse que serão feitos
investimentos nos lançamentos previstos. Preferiu não comentar a informação que
circula dando conta do fim do Civic no Brasil (em 2022), deixando lugar para um
City mais turbinado, e do Fit, que seria substituído pelo WR-V.
Já
em relação às motos, mercado em que a Honda detém 80% de market share, o novo
CEO é mais otimista. A fábrica de Manaus/AM, que já produziu 25 milhões de
unidades (desde 1976), recebeu R$ 500 milhões de aporte nos dois últimos anos,
com o objetivo de se modernizar.
PARADA – A partir desta segunda, 21, a Hyundai Motor Brasil vai suspender o segundo turno de produção da sua fábrica em Piracicaba/SP. Isto porque não chegam semicondutores àquela unidade, em número suficiente para acompanhar a produção. A empresa voltará no dia 1º de julho.
No
dia 11 último a Volkswagen já havia anunciado suspensão de suas atividades por
10 dias, também em razão da falta de semicondutores. Antes, a Nissan também
parou em Resende/RJ, por cinco dias.
A
Honda interrompeu a produção do Civic em Sumaré/SP, por duas vezes, e a GM idem
com duas de suas plantas. A crise derrubou o Onix da liderança, só pra se ter
ideia de como a falta de peças prejudica a montadora.
GÁS – A TransMaroni
chega a 50 caminhões movidos a gás (natural e/ou biometano) da Scania e entra
para a história do transporte nacional com a maior frota já adquirida desta
solução alternativa ao diesel. Em razão disto, a transportadora inicia um novo
posicionamento elegendo a sustentabilidade como prioridade, e conclui um ciclo
de investimento de R$ 50 milhões, em várias ações neste campo e não apenas
relativas a esta compra – informa a companhia, por meio de sua assessoria.
Já
a Scania, que busca a transição para um sistema de transporte mais sustentável,
atinge a marca de 150 caminhões com esta tecnologia desde o início das vendas
em outubro de 2019. E, coincidentemente, foi a TransMaroni que adquiriu as
primeiras 11 unidades em outubro de 2020. Com o desempenho do produto e a
visibilidade gerada por novos negócios, resolveu comprar outros lotes menores a
partir de novembro até, recentemente, nas últimas semanas de maio, e somou mais
39 unidades encomendadas. No total, chegou ao histórico volume de 50 veículos.
“No
início das vendas deste pioneiro produto da Scania, eram os embarcadores que
estavam orientando as empresas que transferem suas cargas a buscar esta solução
alternativa ao diesel. Ou seja, as grandes marcas que têm a sustentabilidade
como meta e reconhecem a importância de reduzir os impactos das atividades
logísticas, contribuindo para as próprias metas relacionadas às práticas ESG (Environmental, Social and Governance)”,
afirma Silvio Munhoz, diretor de Vendas da Scania no Brasil.
FROTAS – A Arval, empresa de gerenciamento de frotas de veículos integrante do BNP Paribas, em parceira com o Instituto Kantar, acaba de lançar a pesquisa 2020/21 Fleet Barometer, que aborda os avanços em mobilidade em todo o globo. Entre os temas tratados estão metas de sustentabilidade, que incluem redução na emissão de gases, uso de dispositivos tecnológicos, aumento e renovação das frotas em empresas de pequeno, médio e grande portes e, principalmente, o avanço da tecnologia automotiva, que inclui investimentos em veículos elétricos, novas modalidades automotivas e mudanças nos paradigmas dos usuários e frotistas.
A
pesquisa aponta que as frotas brasileiras são renovadas com mais frequência do
que as de outros mercados (quatro anos contra cinco anos). Em outros países, as
maiores empresas investem mais na renovação, em relação às companhias menores.
No Brasil, a diferença aparece entre as menores empresas (menos de 10
funcionários) e todas as outras: as menores mantêm seus veículos por mais
tempo, sejam carros de passeio ou LCVs. Isso mostra que a frota de pequenas
empresas é revisitada em aproximadamente cinco anos, em comparação com quatro a
quatro anos e meio em empresas maiores.
“O
Brasil é um mercado maduro em relação às tecnologias alternativas de
combustível. Aqui, 81% das empresas brasileiras declararam que as políticas da
WLTP (World Wide Harmonized Light-Duty
Vehicles Test Procedure) terão impacto na gestão de suas frotas – muito
acima da média mundial (69%). Esse impacto projetado seria mais forte em
corporações muito pequenas e grandes, entre 100-499 funcionários. As empresas
brasileiras mudarão seu mix de energia para se adaptar ao limite de CO2, e uma
em cada três aumentará seu orçamento de TCO”, analisa Max Fernandes, diretor de
Marketing da Arval.
LUGAR – A VLI, companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos, foi certificada pela consultoria global Great Place to Work (GPTW), como “um excelente lugar para trabalhar”. O resultado é um marco e um reconhecimento das boas práticas adotadas pela empresa no campo da gestão de pessoas. O processo de certificação utiliza como base a opinião dos funcionários com relação às práticas existentes na organização. Com a obtenção do certificado, a VLI se qualifica para disputar a 25° edição do ranking de melhores empresas para trabalhar da GPTW.
MOBILIDADE – Com a missão de transformar conhecimento em valor para a mobilidade no País por meio de projetos inovadores, a SAE Brasil lança o SAE 4Mobility, Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação, que nasce com foco em projetos para a mobilidade localmente aplicáveis, com tecnologias limpas e mundialmente competitivas. O lançamento marca a comemoração dos 30 anos de atividades da associação no país.
RESÍDUOS – A NGK, tradicional produtora de velas de ignição, avança com seu programa de sustentabilidade global, o Ecovision 2030. Como parte deste, que estabelece metas de sustentabilidade para esta década, a empresa já reprocessa 90% dos resíduos de sua planta de Mogi das Cruzes/SP e realiza a reciclagem de 70% da água utilizada, por meio de uma estação de tratamento de efluentes da própria fábrica.
“A
NGK trabalha, em todo mundo, para diminuir o impacto ambiental de suas
operações. Para isso, o Ecovision 2030 estabelece 13 objetivos para os próximos
dez anos, em linha com as metas ambientais propostas pela ONU. O reprocessamento
de resíduos e o reuso da água são parte importante desse esforço, que diminui
nosso impacto ambiental na região e beneficia a produtividade”, afirma Nivaldo
Yano, chefe do Departamento de Controle Ambiental da NGK.
VENDAS – Durante a primeira quinzena de maio, a Fiat esteve liderando com folga as vendas no país. Por participação, a montadora teve 24,2% do bolo, seguida por VW (15,7%), Toyota (10,2), Hyundai (10,1%) e Jeep (7,7%). A GM, que tem duas fábricas paradas, ficou com a 6ª colocação (7,6%).
PORTO – De forma pioneira no Porto de Santos, a Brasil Terminal Portuário (BTP) acaba de completar, com sucesso a migração do seu atual TOS (Terminal Operating System) para um novo sistema operacional, o Software Opus – da sulcoreana Cyberlogitec. Com investimento total de US$ 3 milhões, o mais recente sistema chega para otimizar e modernizar as operações do terminal, preparando-o também para o crescimento futuro. No total, foram 18 meses desde o início do projeto, até a sua implementação total, que contou com o apoio de empresas como Consuldata e T2S.
O
novo sistema operacional reúne o que há de mais moderno no mundo em termos de
recursos e soluções tecnológicas para a operação de um terminal de contêineres.
O Opus permite, por meio do uso de algoritmos, um planejamento de cais e pátio
ainda mais eficientes, visto que elimina movimentos desnecessários e otimiza o
uso de equipamentos. Além disso, a nova tecnologia oferece importantes ganhos
em performance operacional, possibilitando integração entre sistemas, maior
controle das operações e adaptações e preparo de ambiente a automatizações
futuras.
“Na
BTP, somos guiados pelos mais altos padrões de excelência operacional, primando
antes de tudo pela garantia da segurança nas operações e pelo alto nível de
atendimento aos clientes. Hoje, demos um grande passo rumo a um aumento gradual
e significativo de eficiência, produtividade e segurança, alinhando nossas
operações às práticas tecnológicas mais atuais do mercado mundial”, conta o
diretor de Operações, Márcio Guiot.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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