Clóvis Ferreira/Digna Imagem Obelisco
indica o início da rodovia
Nelson Tucci
A
Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) completa 41 anos de inauguração hoje, 28.
Concebida a partir do conceito de autoestrada, a Rodovia dos Bandeirantes tem
geometria, ângulo de curvas e traçado que favorecem o tráfego de longa
distância com conforto e fluidez.
Desde
1º de maio de 1998, a rodovia é administrada pela CCR AutoBAn, dentro do 1º
lote do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado de São Paulo. Nesses 21
anos foram investidos cerca de R$ 3,2 bilhões (base: julho/2019) em obras e
melhorias, como prevê o contrato.
A
rodovia possui atualmente 159,7 quilômetros de extensão e liga a Marginal
Tietê, em São Paulo, à Via Anhanguera (SP-330), em Cordeirópolis, passando
pelas regiões de Jundiaí e Campinas. São realizadas, em média, 500 mil
viagens/dia por ali.
PRIVATIZADAS
–
Mais uma vez a pesquisa técnica sobre rodovias da Confederação Nacional de
Transporte (CNT) indicou que as 22 melhores rodovias brasileiras são aquelas
concedidas à administração privada. Divulgado no dia 22 último, o ranking com
109 ligações rodoviárias apontou avaliação superior das rodovias concedidas em
relação às que são administradas pelo poder público. O mesmo estudo, divulgado
em 2018, havia colocado as rodovias concedidas entre as 21 melhores do país.
A
pesquisa da CNT avaliou um total de 108.863 quilômetros de rodovias, dos quais
22.079 quilômetros estão concedidos. “Em mais um ano, o estudo comprova o
sucesso do modelo de concessão de rodovias”, afirma César Borges, presidente da
Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR).
A
ABCR representa o setor de concessões de rodovias e é formada por 63 empresas
privadas que operam em 12 estados do País (Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas
Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo) e o Distrito Federal. São 20
concessionárias federais, 41 estaduais e 2 municipais.
CAMINHÕES
–
A produção de caminhões foi o principal destaque da indústria automotiva em agosto.
De acordo com a Anfavea, a alta registrada é de 13,1% na produção. Alinhada a
esse crescimento, a Mitsubishi Electric, uma das maiores empresas de automação
industrial do mundo, reforça que a usinagem CNC é um processo muito importante
na fabricação desses veículos, sendo aprimorado continuamente.
“Hoje,
as máquinas com CNC estão presentes na produção de diversos componentes dos
veículos, como os eixos, bombas e sistemas de transmissão, por exemplo. Para
garantir o pleno funcionamento das máquinas, prestamos suporte em campo a fim
de que fabricantes possam sempre ter os equipamentos em pleno funcionamento,
reduzindo o tempo de máquina parada”, afirma Thiago Caetano, supervisor técnico
de Serviços e Suporte da Mitsubishi Electric.
A
indústria automotiva é uma das mais importantes para a companhia, uma vez que
grande parte das máquinas com CNC está alocada nesse segmento. Apesar da
retomada constatada no mês de agosto, o especialista reforça que há um longo
caminho a trilhar até que o setor recupere o fôlego de alguns anos atrás. “Os
bons resultados desse mês mostram que a retomada está acontecendo, ainda que de
maneira bastante lenta. Temos uma visão de longo prazo no Brasil, mas esperamos
que o ritmo aquecido na economia possa ser visto nos próximos anos”, acrescenta
Caetano.
Divulgação Nova combinação de cores
destaca-se no modelo 2020
LANÇAMENTO
–
A Troller iniciou a venda do T4 2020, trazendo nova combinação de cores
externas e internas que realça o utilitário. Externamente, o T4 passa a ter
como cor de destaque o Cinza Londres Escuro, aplicado na grade dianteira,
para-choque, teto, estribos, aerofólio, tampa do porta-malas e molduras. As
rodas de liga leve de 17” ganharam a cor Preto Ebony. A cabine ganhou um toque
mais moderno com o mesmo tema: o painel, o console central, os apoios de braço
laterais e as molduras dos alto-falantes são pintados em Cinza Londres Escuro.
O
Troller T4 é produzido com chassi reforçado, carroceria em compósito de fibra
de vidro, resistente e imune à corrosão, e estrutura metálica tubular “space
frame”. Seu motor é o Duratorq 3.2 diesel, com cinco cilindros e turbo de
geometria variável, que desenvolve potência de 200 cv e torque de 470 Nm para
um desempenho forte e econômico, junto com transmissão manual de seis
velocidades.
A
tração 4x4 com comando eletrônico no console dispõe das opções 4x2, 4x4 Low e
4x4 High – esta última podendo ser acionada a até 120 km/h. Ele é equipado
também com diferencial traseiro autoblocante com sistema Trac-Lock, que
transfere o torque para a roda com maior aderência e compensa variações do
piso. O utilitário vem de série com pneus de uso misto, protetor de cárter e
estribo laterais integrados, teto solar duplo de vidro e tomada de ar em
posição elevada.
PNEUS
–
A indústria nacional de pneumáticos registrou uma queda de 0,6% em setembro,
quando comparada com o mesmo mês de 2018. O aumento de 17,3% para as montadoras
levou à diminuição do resultado negativo comparado a agosto, que obteve uma
baixa de 4,9%.
No
acumulado do ano, as vendas totais de pneus mantiveram o recuo de 0,5%, somando
5.234.945 unidades comercializadas. Os números fazem parte do levantamento
setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
Ivan Carneiro/Fiat “Dojão”: o maior carro já feito localmente na categoria
passeio
50
ANOS – "Velocidade. Potência. Desempenho. Dodge Dart 1970. Acelere. A potência do
motor vai se manifestar logo. Facilidade em arranque. Segurança nas curvas.
Direção suave e firme. Freios fortes, para proteger tôda essa beleza. Essa
beleza de linhas retas, de curvas harmoniosas. De côres modernas. Dodge Dart.
Um estilo nôvo de automóvel. Os muitos anos de experiência da Chrysler. O carro
de luxo brasileiro mais moderno que existe. Dodge Dart 1970".
Assim
começava o texto do catálogo do Dart, o primeiro automóvel da Dodge produzido
no Brasil – a acentuação segue a norma de então da língua. O lançamento
aconteceu há exatamente 50 anos, em outubro de 1969. O belo sedã de quatro
portas que saía da linha de montagem da Chrysler do Brasil, em São Bernardo do
Campo/SP, estava alinhado com o que era fabricado e vendido nos Estados Unidos,
algo então raro e que continuaria sendo na indústria pelas três décadas
seguintes.
Além
de ser o maior em deslocamento volumétrico, com exatos 5.212 cm³ ou 318
polegadas cúbicas, o motor V8 do Dodge Dart era o mais forte do país, gerando
potência de 198 cv a 4.400 rpm e torque de 41,5 kgfm a 2.400 rpm – números de
medições brutas, padrão na época. Batizado de Magnum, é até hoje o recordista
em cilindrada para um motor fabricado no Brasil para carro de passeio.
Inicialmente, o câmbio era manual de três marchas. A alavanca ficava na coluna
de direção, dando espaço para um banco inteiriço na frente, para três pessoas,
totalizando seis ocupantes. Apesar de ser considerado simples nos EUA, o Dart
era requintado para o nosso mercado e um veículo moderno que se destacava em
vários aspectos à parte do design atual e da mecânica poderosa, que o fazia ir
de 0 a 100 km/h em 12 segundos, melhor marca para o segmento de luxo.
Divulgação Eduardo: Qual seria a melhor
tecnologia?
ARTIGO
Rota
2030, híbridos e novos motores
Por
Eduardo Tomanik (*)
A
Toyota lança o primeiro veículo híbrido com motor flex do mundo. Mas, custando
mais de R$ 120 mil, mesmo com menor IPI, parece difícil que ele venha a vender
volume considerável. Enquanto isso, o mercado brasileiro se adequa ao programa
governamental Rota 2030. Tanto para atender suas exigências quanto para fazer
bom uso das isenções fiscais e alavancar P&D automotivo no Brasil.
Esse
cenário e a relevância do tema devem estimular a engenharia a discuti-los ante
as tendências mundiais de propulsores muitas vezes baseadas em conveniências
diferentes das nossas. Qual seria a melhor tecnologia para um país de dimensões
continentais, desigualdades estruturais e farto em variadas fontes de energia
como o nosso? Que implicações haveria a partir da definição de uma única
solução? São tão diversos quanto importantes os aspectos que podem influenciar
essa resposta. Dentro deste cenário, os principais temas serão discutidos no
Simpósio SAE Brasil de Powertrain, de 4 a 5 de novembro, em Sorocaba, São
Paulo, e que destaco aqui.
Motores
e lubrificantes de veículos híbridos. Embora o motor seja muito parecido com o
de um veículo convencional, seu uso deve ser bem diferente já que as baixas
rotações e cargas serão motorizadas pelo motor elétrico, cabendo ao de
combustão interna sair do desligado/frio a um regime de alta solicitação. Ao
lembrar que a viscosidade do óleo a 25°C é quase 10 vezes maior que a 90 °C
(habitual para o óleo num veículo convencional, dá para prever que novas
soluções serão exigidas para um bom funcionamento do motor de combustão no seu
uso em veículos híbridos. Vale lembrar a entrada de novos lubrificantes, como
os SAE 0W-16, que chegam por aqui.
Rota
2030. O extinto Inovar Auto acelerou a introdução de motores 3 cilindros,
blocos de alumínio, uso de turbocompressor etc. O atual programa Rota 2030 deve
trazer mudanças semelhantes e muito mais abrangentes, já que cobre não só as
montadoras, mas toda a cadeia de fornecedores. O que podemos esperar? Desafios,
oportunidades e inovação.
Manufatura
avançada. Pilar para o aumento da competitividade brasileira, tanto
internamente quanto para aumentar a exportação, a manufatura avançada, a
indústria 4.0 e a manufatura aditiva, não podem ficar fora desse contexto.
Estamos falando aqui também das novas competências e habilidades que a evolução
tecnológica requer para que os profissionais possam lidar com o crescimento
exponencial do volume de dados no espaço cibernético gerados por ela, que
transformam a tomada de decisões nas organizações. Falamos de grandes mudanças,
de uma cultura totalmente nova de aprendizado em relação à que conhecemos até
hoje. De uma transição que requer a formação de futuros profissionais e a
requalificação dos atuais nessa nova cultura.
Emissões
é outro tema que não pode faltar na discussão tendo-se em vista o que vem pela
frente: “Real Drive Emissions” (RDE), maior controle sobre emissões a frio do
etanol, como medir, como controlar?
Esses
e outros assuntos que desafiam a engenharia serão debatidos no 17º Simpósio SAE
Brasil de Powertrain, que reunirá profissionais em apresentações simultâneas
dedicadas a motores ciclo Otto e sistemas de transmissões.
(*)
Eduardo Tomanik é doutor em engenharia mecânica e membro da Comissão Técnica de
Motores Ciclo Otto da SAE Brasil.
Nelson Tucci é editor de Veículos &
Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
Muito bom saber desse blog, vou indicar para a minha equipe na loja de carro seminovo em SP, excelente artigo, massa demais o post, estão mesmo de parabéns
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