Nelson Tucci
E atenção: pausa para uma boa notícia. Trilhando a contramão da crise causada pela pandemia, a Jamef Encomendas Urgentes anuncia a ampliação e renovação da sua frota de transferência, dando sequência aos investimentos. Foram adquiridos novos cavalos mecânicos, trucks e carretas e, para reforçar o time de motoristas, a empresa abriu novas vagas para condutores.
“Mesmo
com os grandes desafios trazidos pela crise, a Jamef se manteve fiel ao seu
reconhecido nível de serviço. Mais do que nunca entendemos que é hora de
acreditar, e investir, levando soluções sob medida para que possam fazer frente
à nova realidade, que traz uma mudança significativa nos hábitos dos
consumidores, e consequentemente em toda a cadeia logística”, comenta Ricardo
Botelho, presidente da Jamef.
Com
o crescimento de alguns setores específicos, como o comércio eletrônico e
produtos médico-hospitalares, a Jamef Encomendas Urgentes – que tem 57 anos de
atuação e conta com 3 mil colaboradores –, aposta no mercado, com investimentos
contínuos. Agora a empresa conclui a primeira fase dessa expansão com a
aquisição de mais de 100 veículos, que já estão sendo entregues.
EM ALTA – O primeiro mês do segundo semestre apresentou números mais positivos para o setor automotivo, na comparação com os três meses anteriores. De acordo com balanço divulgado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção em julho chegou a 170,3 mil unidades, refletindo alta de 73% sobre junho, mas ainda 36,2% inferior ao mesmo mês do ano passado. Apesar da elevação, esse foi o pior julho desde 2003 para o setor.
Os
emplacamentos de autoveículos (174,5 mil) cresceram 31,4% sobre junho, mas
caíram 28,4% em relação a julho de 2019, pior volume desde 2006. Nas mesmas
comparações, as exportações subiram 49,7% no mês e recuaram 30,8% no
comparativo a igual período do ano passado. No resultado acumulado do ano, a
queda mais dramática é na produção (48,3%), a mais baixa deste século, seguida
pelas exportações (43,7%) e por licenciamento (36,6%).
"Além
de um número maior de dias úteis, julho foi um mês no qual as montadoras e
concessionárias fizeram um grande esforço para recompor o caixa prejudicado
pela longa quarentena. Mas o ritmo de vendas diário foi apenas 20% superior ao
de junho, o que demanda cautela na análise de como será a recuperação no
segundo semestre. Ainda temos uma pandemia que não deu trégua, com casos
crescentes de Covid-19 em estados importantes do país. É como se estivéssemos
numa estrada sinuosa e com forte neblina, com grande dificuldade de enxergar o
horizonte com clareza", avalia o presidente da Anfavea, Luiz Carlos
Moraes.
LANÇAMENTO – A Ford inicia a pré-venda do Territory, um SUV médio, anunciado em 2018. A montadora, que fechou a fábrica do ABC paulista (onde empregava 3 mil pessoas) no ano passado, começa a recompor sua linha.
“A
Ford tem tradição e forte presença no segmento de SUVs em todo o mundo e foi
pioneira na América do Sul com o EcoSport”, diz Lyle Watters, presidente da
Ford América do Sul e Grupo de Mercados Internacionais: “O Territory chega para
ampliar a nossa linha num segmento de SUVs maiores, em que os consumidores
buscam mais espaço e refinamento, trazendo também recursos inovadores de
conectividade e tecnologia”.
O
lançamento já entra como modelo 2021 em duas versões, SEL e Titanium, ambas com
motor 1.5 Turbo EcoBoost GTDI a gasolina, de 150 cv, e transmissão automática
CVT com trocas manuais de oito marchas simuladas, especialmente calibrados para
as preferências e condições do mercado brasileiro.
REINTEGRAÇÃO – Em ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), a Justiça do Trabalho da 9ª Região determinou a reintegração dos 747 trabalhadores da fábrica de São José dos Pinhais/PR demitidos pela Renault em 21 de julho. Esta é uma vitória dos trabalhadores no braço de ferro com a montadora francesa. A planta paranaense está paralisada pela greve há praticamente três semanas.
A
juíza Sandra Mara de Oliveira Dias determinou a anulação imediata das
demissões, sob pena de aplicar multa diária de R$ 100 mil caso a montadora
descumpra a ordem judicial. Na decisão, a juíza entendeu que a Renault
descumpriu um Termo de Compromisso que havia firmado com o Ministério Público
do Trabalho, em que se comprometia a negociar com o sindicato da categoria
qualquer programa de dispensa.
A
Renault, por sua vez, informou que ainda não tinha sido oficialmente
notificada, até a última quinta-feira, mas assim que isto ocorrer “vai analisar
o conteúdo da decisão e irá recorrer às instâncias da Justiça que forem
adequadas”, afirmou em nota distribuída.
A
montadora voltou a afirmar que sempre tentou negociar com o sindicato, quando
propôs um plano de demissão voluntária, mas que este fora recusado pelos
trabalhadores na semana anterior às demissões, motivando os cortes sem acordo.
A Renault alega que devido à retração aguda de 47% em suas vendas no primeiro
semestre, em decorrência da crise gerada pela pandemia, e falta de perspectiva
de retomada do mercado, é necessário reduzir o quadro de funcionários na
fábrica.
“Qualquer
dispensa coletiva sem negociação prévia viola garantias constitucionais, além
de configurar ato antissindical, pois subtrai do sindicato a prerrogativa de
servir como defensor dos direitos e interesses da categoria representada,
conforme garantido pelo artigo 8º, inciso III, da CF/88 (Constituição
Federal)”, escreveu a juíza em sua decisão favorável à ação impetrada pelo SMC:
“Desse modo, tem-se por configurada a inconstitucionalidade de dispensas
coletivas sem prévia negociação coletiva”.
Divulgação Lote de HB20 seguiu para a Colômbia, via Porto de Santos
EXPORTAÇÃO – A filial brasileira da Hyundai, com fábrica em Piracicaba/SP, inicia as exportações da família HB20 Nova Geração para a Colômbia. Um primeiro lote com 303 unidades, incluindo as versões HB20 (hatch), HB20S (sedã) e HB20X (aventureiro), deixou o Porto de Santos/SP no último dia 30 de julho com destino ao país vizinho. Trata-se do primeiro embarque marítimo do HB20, que já é exportado para Uruguai e Paraguai por via terrestre.
“O
HB20 foi desenvolvido originalmente para o Brasil e, com base no sucesso de
vendas local, passou a ser desejado por outros países. Temos quase a totalidade
de nossa produção dedicada ao mercado doméstico, mas procuramos abrir novas
fronteiras estrategicamente. Esta é a primeira vez que exportamos o HB20 para a
Colômbia, que já recebe o SUV Creta desde 2018”, comenta Eduardo Jin, presidente
e CEO da Hyundai para a região das Américas Central e do Sul.
BUSÃO – A Sena Transporte, operadora de transporte de Manaus, vai incorporar à sua frota cinco veículos Volare Attack 8 Fretamento para a aplicação no transporte de passageiros da ZFM (Zona Franca de Manaus). Os veículos são os primeiros da marca comercializados com as soluções de biossegurança Marcopolo BioSafe, diz a fabricante.
“Mais
uma vez, a Volare inova e de maneira inédita é a primeira fabricante de mini e
micro-ônibus a produzir veículos com tecnologias para proporcionar segurança e
saúde aos passageiros e motoristas”, destaca João Paulo Ledur, diretor da
Volare. Segundo ele, os novos modelos possuem configuração interna diferenciada
(1x1x1), com poltronas mais distantes e dois corredores em vez de um corredor
central (da versão convencional, 2x2), proteção para o motorista e dispenser de
álcool em gel no salão de passageiros. Estes veículos possuem 23 poltronas do
modelo “Executiva 875”, sistema de ar-condicionado, cortinas, itinerário
eletrônico e preparação para sistema de áudio.
GARANTIA – A Lexus anuncia garantia de cinco anos para toda a linha de veículos zero quilômetro, sem limite de quilometragem para uso particular. Para uso comercial a garantia é de cinco anos ou 100 mil km (o que ocorrer primeiro). A condição é válida para todos os veículos produzidos e comercializados a partir de 2020. Até aqui os modelos Lexus ofereciam quatro anos de garantia.
AEA – O engenheiro Fábio Uema, de 53 anos, atual gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Toyota do Brasil, é o novo diretor de Eletromobilidade da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).
A
instituição dessa diretoria foi decida em reunião plenária do dia 4 de junho
último por entender que o setor de veículos híbridos e elétricos vem ganhando
importância no mercado brasileiro, independente do volume – 4.824 unidades
licenciadas este ano, o que significam apenas 0,5% de market share –,
mas a quantidade é considerava expressiva pelos modelos em comercialização.
Já
nomeado, Uema formalizou a Comissão Técnica de Eletromobilidade e agendou a
primeira reunião para a próxima sexta-feira, 14. A associação convidou
representantes das principais empresas e entidades de classe, envolvidas com
veículos híbridos e elétricos.
VOO – As autoridades portuguesas determinaram que todos os passageiros dos voos provenientes do Brasil deverão apresentar o teste molecular RT-PCR negativo em relação a Covid-19, realizado nas 72 horas que antecedem o voo, ou será recusado o embarque do passageiro. Assim, desde o dia 1º de agosto todos os passageiros que tenham como destino final Portugal, inclusive cidadãos portugueses e passageiros residentes em Portugal, só poderão embarcar no Brasil se apresentarem o teste no momento do embarque.
A
TAP, no sentido de auxiliar seus passageiros para se adequar a essa
obrigatoriedade, fez uma parceria com os laboratórios Fleury em São Paulo e
Clinica Felippe Mattoso no Rio de Janeiro. A parceria dá uma condição especial
de 25% de desconto para os clientes TAP em colaboradores que estão
comprometidos em entregar o resultado do exame em até 72 horas antes do
embarque, como determinam as autoridades portuguesas.
Divulgação Fabio: “Projetamos o futuro e a mobilidade por meio da tecnologia”
ARTIGO
Segurança
andando pari passu com a tecnologia
Por Fabio Acorci (*)
A pandemia fez emergir um novo ciclo de mudanças no cotidiano, por exemplo, o trabalho remoto já está incorporado na vida da população. Além disso, provocou a diminuição da quilometragem percorrida por veículos: isso já é um fato! A previsão é que, no futuro, muitas pessoas mudarão para um modal que reduza risco de infecção, mas dependerá de seus hábitos.
Quem
possui veículo próprio – até por uma necessidade de caixa –, talvez transforme
este ativo em despesa – locando um veículo, e irá usá-lo com maior frequência;
no lugar do transporte público. Já os que puderem andar de bicicleta, patinete
ou mesmo a pé – recorrerão a esse recurso no atual mundo em que os
especialistas classificam de “novo normal”.
Os
impactos da Covid-19, por determinação, paralisaram Detrans, fábricas
diminuíram suas produções e feirões foram cancelados para evitar aglomerações –
e tudo isso trouxe uma nova dinâmica no mercado nacional. A comercialização de
carros novos e usados chegou, em um primeiro momento, a cair até 90%. Uma
tendência possível é que frotistas – que hoje possuem sua frota própria, até
por uma necessidade de gerar caixa, busquem a terceirização: vendam seus ativos
e os transforme em despesa corrente.
A
capacidade de projetar o futuro, nesse contexto, é um aliado imprescindível
nessa curva de aprendizado. Projetamos o futuro e a
mobilidade por meio da tecnologia, mais que isso, estamos à frente
entendendo tendências e criando soluções. O Big Data (a análise e a
interpretação de grandes volumes de dados), além de aliado, mudou o conceito do
negócio e da relação com o público.
A
tecnologia permite definir, semana após semana, a utilização real do veículo,
por meio de alertas de colisão em caso de acidente, de excesso de velocidade
entre outras funções. Essa mudança reduz os custos para os consumidores e
aumenta a segurança dos condutores, além de proporcionar auxílio em casos de
emergência: em um mundo que custos se tornaram uma variável importante. Outro
desafio das empresas do setor é a necessidade de se manter atualizado com as
modernas tecnologias de comunicação de dados – que também será um vetor de
diferencial competitivo.
Neste
novo contexto, soluções de auxílio já estão sendo pensadas no futuro: como
dispositivos que aferem a temperatura interna dos ocupantes dos veículos e
emitem sinais de alerta, em caso de variação – já são realidades discutidas nas
linhas de projetos. Ou seja, se no passado os carros disponibilizavam alguns
botões, hoje a complexidade avançou: são telas touchscreen, que recebem
mensagens escritas, comando de voz e outras informações de segurança. E elas,
cada vez mais, estarão presentes andando pari passu com a tecnologia.
O
futuro da telemetria estará voltada para a segurança. A novidade transita pelo
uso de sofisticados algoritmos de grande complexidade, responsáveis pelas
análises comportamentais, na avaliação da redução de poluentes (controle de CO₂)
e do consumo, impactando a segurança que valorizam
o desempenho dos motoristas.
Outro
ponto de convergência é a integração com soluções para a calibração de câmeras
de vídeo para veículos – por exemplo: o sistema ADAS (Advanced Driver
Assistance Systems) que, durante o percurso escaneia a rota, calcula a
distância e a velocidade dos veículos à frente com alertas de segurança para o
condutor – hoje é um grande aliado. Segurança do motorista e do equipamento são
variáveis importantes.
Em
tempo de pandemia o mundo real se vê cada vez mais conectado com o mundo
virtual e, nesse aspecto, o uso da tecnologia com criatividade revela-se
estratégica. Haverá uma mudança substancial e, todos nós, faremos parte dela:
os que projetam soluções e o que as usarão neste novo futuro como forma de
segurança e integridade.
(*)
Fabio Acorci é diretor comercial corporate da Ituran.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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