segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Conexão com semáforos

Reprodução    Modelos A4 e Q7 exibem “Informação de Luzes de Tráfego”

Nelson Tucci

Saber de antemão quando um semáforo mudará de vermelho para verde possibilita que a condução se torne mais eficiente. A Audi é a primeira marca automotiva a conectar o carro com a infraestrutura da cidade, o que é um passo importante para a condução autônoma. A partir de agora, em Las Vegas, nos Estados Unidos, os modelos A4 e Q7 podem exibir as fases da luz de tráfego diretamente no carro. Mais cidades naquele país possuirão esse sistema e há planos também para introduzir o sistema na Europa. A “Informação de Luzes de Tráfego” aperfeiçoa o fluxo do trânsito, economiza tempo e reduz o impacto ambiental.
"Pela primeira vez, nossos carros estão trocando dados em tempo real com a infraestrutura de tráfego. Os motoristas podem adaptar o seu comportamento à situação e conduzir o veículo de uma forma muito mais relaxada e controlada", diz Andreas Reich, diretor de Pré-Desenvolvimento de Eletrônicos da Audi AG.
"Aumentamos a eficiência energética quando conectamos nossos modelos em cidades inteligentes. Outros serviços V2I serão introduzidos, tornando o carro um dispositivo móvel interativo. No fim desse desenvolvimento, teremos como resultado a condução autônoma", completa. No futuro, a ‘Informação de Luzes de Tráfego’ poderá ser conectada à navegação inteligente e utilizada para novos conceitos de alimentação. Por exemplo, "ondas verdes" em sequências de luzes de tráfego poderão ser incorporadas no planejamento da rota.

PARA MULHERES – Um aplicativo brasileiro começa a operar novos serviços de transporte exclusivo para mulheres. A “Venuxx” conectará motoristas do sexo feminino com passageiras e terá como objetivo, além de proporcionar conforto e segurança, ampliar a participação das mulheres no mundo dos negócios e desenvolvê-las profissionalmente.
As usuárias contarão com um atendimento diferenciado e receberão alguns mimos personalizados durante a viagem. De acordo com futuras parcerias, a empresa planeja disponibilizar kits maquiagem, esmalteria e demais acessórios indispensáveis durante o dia a dia.
Além disso, poderão marcar suas motoristas preferidas e contarão com um botão SOS, via app, para relatar qualquer tipo de emergência que possa surgir. Para a motorista, que já pode se cadastrar para iniciar o trabalho, o app ainda construirá parcerias que ajudam no desenvolvimento pessoal e profissional, gerando maior autonomia de trabalho, independência e conforto.

PRÊMIOS – Para a Nissan, o ano está bom pois há lançamentos e prêmios na pauta. A marca japonesa recebeu dois troféus no prêmio "AMAUTA 2016", organizado pela Federação das Associações de Marketing Direto e Interativo de América Latina (Almadi), a mais importante desses segmentos no continente, pelos cases "Quarta Atrevida" e "March Nupcial". A Nissan concorreu com campanhas de 10 países da região, entre eles, Argentina, Chile, México, Peru, Venezuela e Colômbia.
Vencedora do prêmio "Ouro", a "Quarta Atrevida" foi uma ação de varejo da Nissan que refletia toda a sua inovação e ousadia. Nela, o cliente deveria se cadastrar em um site para gerar um voucher de R$ 2 mil que daria desconto para a compra de um dos modelos da linha, apresentando-o em uma concessionária Nissan. Já a ideia para ação "March Nupcial", que ficou com o prêmio "Prata", nasceu do conceito do hatch compacto Nissan March ("Quanto mais ágil, melhor") para mostrar como a agilidade de um carro poderia mudar a vida de uma pessoa, inclusive no dia mais importante da sua vida.
Vamos esperar agora que a marca ganhe estímulo para aumentar sua frota imprensa, em 2017, a fim de atender as demandas dos jornalistas brasileiros.

FÉRIAS – A todos que nos prestigiaram durante este ano, o muito obrigado da Coluna. Esperamos que 2017 seja um ano mais promissor e realizador a todos. Entraremos em recesso na próxima semana. Voltaremos logo, logo, em janeiro, e vamos nos despedindo desde já. Ótimas Festas!

Divulgação Mauro: “O ponto exato é a diversidade”

ARTIGO
A mulher e a engenharia                  

Por Mauro Andreassa (*)

De acordo com o Censo 2011 do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) as mulheres representam quase 30% do total de matrículas em cursos de Engenharia. Contudo, o número não se reflete na sociedade. Uma rápida observação nos leva ao fato de que não temos 30% de engenheiras na indústria.
A questão vai muito mais longe que a discussão de gênero. O ponto exato é a diversidade. Se quisermos vitalidade no processo de inovação devemos ser capazes de ouvir uma vasta variedade de pensamentos. E, por mais impensável que possa parecer, a sociedade ainda resiste em ouvir a mulher.
Isso é apenas o começo. Há muitos mais a quem ouvir. A diversidade de perspectivas passa por raça, religião, idioma e culturas, capazes de oxigenar nossos padrões atuais de comportamento e de permitir que a engenharia contribua de forma muito mais efetiva para a qualidade de vida da sociedade.
O problema é abordado no Efeito Pigmaleão, nome dado em psicologia ao fenômeno em que quanto melhores forem as expectativas sobre alguém melhor será o seu desempenho, o qual pautou estudo atribuído aos psicólogos americanos Robert Rosenthal e Lenore Jacobson sobre o efeito das expectativas de professores sobre seus alunos. Segundo estudo, professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes provavelmente vão obter melhores resultados; inversamente, a postura negativa acaba por prejudicar negativamente o desempenho dos alunos.
Mais amplo que apenas a relação aluno-professor, o Efeito Pigmaleão permeia famílias, amigos, e, por fim, a sociedade. Comentários a respeito de que “matemática é coisa para homem” ou que o ambiente que espera meninas engenheiras pode ser impróprio para elas são exemplos que ilustram claramente este intrincado mecanismo de propagação do preconceito. E então a profecia se concretiza: a mulher não segue as carreiras de engenharia.
Exemplos de mulheres que viveram e venceram nesse ambiente masculino certamente são inspiradores para as próximas engenheiras, que vão ajudar a construir com os colegas engenheiros o desejável ambiente integrador e inclusivo.
Integrar e incluir. Integrar significa ter empresas contratando engenheiras. Já incluir, um termo mais forte, é causar a ruptura. Assim, admitir engenheiras é integrá-las e tê-las no escritório. Daí para ela opinar e ser ouvida, gerar diversidade de pensamento e contribuindo na inovação é uma outra história.
Para fomentar essa importante discussão a SAE Brasil promove ciclo de palestras com engenheiras que têm histórias para contar. Histórias do mundo da tecnologia, e do universo profissional da mulher esposa e mãe. Tudo junto e muito bem misturado, exatamente como é na vida. Ninguém é só engenheiro ou engenheira. Antes de tudo, transpiramos e respiramos como todos os seres vivos.
(*) Mauro Andreassa coordena do Comitê Educação de Engenharia, é membro do Comitê Associação da SAE Brasil, gerente sênior na Ford South America e professor no Instituto Mauá de Tecnologia.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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