Nelson Tucci
A
situação calamitosa da pandemia levou as montadoras de automóveis a promover
paralisação das atividades. Além dos riscos de contaminação de seus empregados
e colaboradores, o segmento enfrenta o desabastecimento de componentes (leia reportagem especial na edição de março do jornal Perspectiva, em www.jornalperspectiva.com.br).
Enfim, tudo convergiu para esta tomada de decisão, puxada pela Volkswagen e que
ganha outros adeptos, sendo a Honda a mais recente.
A japonesa Honda anunciou na última sexta-feira a parada de suas linhas de produção nas unidades de Sumaré e Itirapina, no interior de São Paulo, até 11 de abril. A retomada está prevista para 12, quando termina a fase de prorrogação das atividades não essenciais, decretada pelo governo do estado.
Juntamente com esta, a Toyota e a Renault também anunciaram, na semana que passou, a parada de suas linhas a partir desta semana. Consequentemente, algumas fábricas de autopeças deverão segui-las. A Volkswagen Caminhões e Ônibus também vai parar a unidade de Resende/RJ, entre 29 de março e 4 de abril. Nissan também já tinha anunciado a suspensão temporária, até 12 de abril, assim como a Mercedes-Benz – em suas fábricas de São Bernardo do Campo/SP e Juiz de Fora/MG. Anteriormente o anúncio já fora feito por Volkswagen e Scania e a Volvo disse que reduziria em 70% o ritmo de produção.
DESCIDA – A secretaria de
estado de Logística e Transportes prorrogou a suspensão da Operação Descida no
Sistema Anchieta-Imigrantes, quando mais faixas das rodovias ficam disponíveis
ao tráfego de veículos em direção à Baixada Santista. Tal medida visa
desestimular o fluxo de veículos rumo às praias durante a fase emergencial e o
feriado prolongado decretado na capital paulista.
Esta
iniciativa atende ao pedido dos prefeitos das cidades do litoral para conter o
excesso de visitantes e foi adotada após avaliações técnicas e de segurança
viária para os usuários do sistema. Não custa lembrar que o feriadão tem por
objetivo salvar vidas e não promover turismo em meio a um altíssimo nível de
contaminação registrado nos últimos dias/semanas.
FRETAMENTO – Se de um lado
o segmento de rodoviários registra queda no volume de vendas, por conta da
pandemia do novo coronavírus, o setor de fretamento segue aquecido neste ano. A
Marcopolo, líder no setor de carrocerias de ônibus, com 52,7% de participação
de mercado, já mostra aquecimento nas vendas de veículos destinados para este
fim. Até abril, a companhia informa que entregará mais de 200 unidades
destinadas ao transporte de trabalhadores em áreas urbanas e nos setores de
mineração e agronegócios, em diversos estados.
"A
necessidade das empresas se adequarem às determinações de distanciamento
impostas pela pandemia gerou a demanda por mais veículos disponíveis. O que
representou uma parte importante dos resultados da Marcopolo em 2020, sobretudo
nos setores agro e mineração, pois estes segmentos seguiram aquecidas mesmo
durante a pandemia”, comentou Leandro Sodré, gerente nacional de Vendas da
Marcopolo.
Jaime
Silva, presidente da Associação Nacional dos Transportadores de Turismo e
Fretamento (Anttur), comenta que o fretamento eventual, feito para eventos ou
atividades turísticas, foi fortemente afetado pela pandemia no ano passado:
"Em contrapartida, o fretamento contínuo, como os serviços de transporte
de funcionários, saiu fortalecido. Em 2021, já houve recuperação nesses
primeiros dois meses e a expectativa para o ano é de retomada".
Lançamento – Anunciando
como foco a eletrificação de sua frota, a BMW do Brasil lança mais uma novidade
na linha de modelos plug-in híbridos. É o BMW 530e M Sport que chega ao mercado
brasileiro na versão Dark Edition, com preço sugerido de R$ R$ 425.950. A nova
proposta do sedã executivo esportivo vem com o design das rodas, acabamento
externo, grades frontais, faróis e lanternas em preto, dando um apelo ainda
mais ousado e esportivo ao modelo, combinado com faróis e lanternas que já
possuíam acabamento escurecido. O novo modelo chegará ao país no início de
junho.
"Ampliar
a frota de veículos híbridos e elétricos com mais opções de design para o
cliente que busca diferenciação, é um dos nossos objetivos para os próximos
anos. Por isso, investimos em novas versões de modelos, que já são bastante
desejadas pelo nosso público, como forma de manter firme nossa atuação no
mercado no âmbito da mobilidade sustentável", conta Rodrigo Andrade,
gerente de Vendas da BMW do Brasil.
BARCOS – A segunda
edição do Virtual Bombarco Show está confirmada para o período de 16 a 19 de
abril. Maior feira virtual de barcos do Brasil tem expectativa de gerar mais de
R$ 60 milhões em negócios. Durante os quatro dias de eventos, os visitantes
poderão conhecer mais de 150 embarcações, de estaleiros nacionais e
internacionais.
“Nosso
objetivo é democratizar o acesso ao mercado náutico com opções para os mais
variados gostos e classes sociais. Por isso, oferecemos uma feira que pode ser
visitada de qualquer lugar do mundo – inclusive do sofá de casa – com preços
para todos os bolsos. Trata-se de um formato inovador para o mercado náutico,
acostumado com feiras em formato presencial que têm alto custo para o expositor
tanto em termos de transporte da embarcação, como com a locação do espaço e
estruturação do estande. A feira virtual contribui para popularizar esse
universo, uma vez que os fabricantes de embarcações conseguem expor seus
modelos a baixo custo, o que reflete em negociações com mais margem”, explica o
idealizador da feira Marcio Ishihara.
Entre
as novidades deste ano está o ingresso gratuito para a visitação de barcos. Já
está confirmada a participação de estaleiros de diferentes estados brasileiros,
promovendo visitas guiadas por consultores através dos estandes virtuais, com
apresentação de lançamentos, promoções exclusivas ao evento e condições de
pagamento diferenciadas. Destaque para as mais de 40 apresentações ao vivo, com
os fabricantes e convidados do mundo náutico. Cada uma terá um tema específico
voltado para negócios e estilo de vida, incluindo dicas para quem quer comprar
um barco e benefícios de ter uma embarcação.
SEGURO – “Cada vez mais pessoas vêm buscando a náutica como forma de lazer seguro. Sabemos que a demanda de barcos está muito aquecida e nossa intenção neste ano é justamente contribuir para que o consumidor consiga ingressar neste mercado ou trocar de modelo em 2021 ao adquirir uma embarcação na feira. Isso porque o cliente poderá programar a entrega para o segundo semestre e, dessa forma, garantir que irá usufruir do barco na próxima temporada de verão 2021/2022. Sintetizando, a hora de comprar barcos é agora”, explica Ishihara.
A
pandemia aqueceu o mercado náutico brasileiro que registrou um aumento de 20%
em venda de barcos no último ano, segundo a Associação Brasileira de Barcos
(Acobar). Um desempenho que, afinal, acabou por afetar o prazo de entrega de
fabricantes. Hoje há filas de espera que superam 120 dias para os barcos acima
de 30 pés, comenta Ishihara, que também é diretor de um dos principais canais
de negócios náuticos do Brasil, o Bombarco.
No
ano passado a feira teve 33 mil visitantes e gerou negócios na casa dos R$ 49
milhões. Para este ano a organização espera 60 mil visitantes virtuais (www.bombarcoshow.com.br) e negócios
na ordem de R$ 60 milhões.
ARTERIS – A Arteris, especializada em gestão de rodovias, anunciou ao mercado o executivo Sergio Garcia como seu novo diretor presidente. Ele substituirá Andre Dorf, que fica no cargo até o dia 12 próximo.
Garcia
é formado em engenharia naval pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e
mestre em Engenharia de Produção de Logística e Estratégia Empresarial. Está na
Arteris desde 2018, já tendo exercido as funções de diretor presidente de
concessões federais antes de ocupar a posição atual. Trabalhou no grupo Wilson
Sons por 13 anos, exercendo diversas posições de liderança, o que lhe deu vasta
experiência na área de logística. Também foi diretor comercial na MRS Logística
por três anos e, entre 2014 e 2018, atuou como sócio e diretor executivo da
Liga Logística, Oil & Gas.
CUMMINS – A Cummins, líder global em tecnologia, anunciou o engenheiro Adriano Rishi como novo presidente da Cummins Brasil e líder da Unidade de Motores Brasil, cargos que ocupará a partir de 1º de maio. Rishi substituirá a Luis Pasquotto, atual vice-presidente da Cummins Inc., presidente da Cummins Brasil e líder da Unidade de Motores América Latina, que se aposenta após 29 anos de dedicação à empresa.
Nesta
nova posição, Rishi será responsável por impulsionar o crescimento da companhia
e buscar novos negócios, além de trazer uma agenda de fomento à diversidade e
impactos positivos na comunidade.
ÁGUA – Como usuária
da água potável em inúmeras de suas atividades, a VLI, de soluções logísticas
que opera terminais, ferrovias e portos, trabalha na conservação deste recurso
natural e incentiva práticas de reutilização, bem como de uso mais adequado.
Entre as ações da empresa estão campanhas de conscientização dos empregados e
da população da área de influência da VLI. D e 2012 até agora, mais de 45 mil
pessoas participaram de atividades e capacitações promovidas pelo Programa
Atitude Ambiental.
Conforme
o especialista de Educação Ambiental da companhia, Itamar Lucas Magalhães, o
programa auxilia na compreensão das questões socioambientais, permitindo que as
pessoas atuem para a melhoria de suas condições de vida, por meio da
modificação das suas atitudes: “O objetivo é conscientizar para a importância
da preservação ambiental e o desenvolvimento de atitudes sustentáveis. Para
isso, firmamos parcerias com escolas, poder público, lideranças comunitárias,
conselhos, organizações não governamentais e a comunidade em geral. Atualmente
atuamos em 31 municípios espalhados por 12 estados”.
Em
2020, o sistema de reuso na estação de tratamento localizada em Divinópolis
(MG), por exemplo, foi ampliado, gerando economia de 220 m³ por mês. Segundo a
especialista em água da VLI, Belisa Mara Dias dos Santos, existem outras
estações de tratamento em diversas unidades espalhadas pelo país, como em
Imperatriz/MA e no Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB), no Sergipe. Nesses
locais, os efluentes tratados são reutilizados em processos operacionais, como
lavagens de vagões, pátios, peças e outros equipamentos. Todo esse processo de
tratamento dos efluentes segue as diretrizes estabelecidas pela legislação e
normas técnicas.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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