Divulgação Durante 10 meses os
caminhoneiros terão atendimento
Nelson Tucci
Será
dada a largada para a 29ª edição da Gincana do Caminhoneiro nesta terça-feira,
16. Diante de um novo quadro social vivido pelo país, o tradicional evento das
estradas chega este ano renovado, levando aos profissionais do volante uma
carga de esperança e transformando hábitos por meio de atendimentos de saúde
durante as 90 etapas, que acontecerão em diversas regiões do país.
A
exemplo de uma verdadeira rede itinerante de saúde, o evento – criado
especialmente para valorizar o profissional das estradas – chega no momento em
que o transportador rodoviário de cargas, um dos serviços essenciais que não
pararam durante a chegada da pandemia no Brasil, precisa de apoio para
enfrentar o dia a dia e preservar seu bem estar e de todos com os quais
convive.
Com
o apoio da Polícia Rodoviária Federal, que apresentará o "Cinema
Rodoviário", oferecendo orientações de trânsito para prevenção de
acidentes, e do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional
de Aprendizagem do Transporte), disponibilizando atendimentos de saúde – bem
como da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Ministério da
Infraestrutura, a 29ª Gincana do Caminhoneiro reafirma sua parceria de anos com
esse trabalhador e, durante os próximos 10 meses, percorrerá mais de 27 mil km,
com duas equipes rodando simultaneamente para chegar mais próximo de
profissionais das estradas de todo o país. Serão 90 etapas nas cinco regiões do
Brasil, realizadas nos postos Petrobras da Rede Siga Bem, ou seja, 90
oportunidades para o caminhoneiro contar com um ponto de apoio nesse momento e
cuidar da saúde.
Divulgação Haverá medição de pressão arterial e vacinação
LARGADA
–
A primeira etapa da Gincana do Caminhoneiro acontece durante os dias 16 e 17
(nesta terça e quarta), no Posto Décio Uberlândia – integrante da Rede Siga Bem
–, localizado no km 85,8 da BR 050, em Uberlândia/MG, onde os caminhoneiros
poderão contar com atendimentos rápidos de saúde, tais como testes de glicemia,
hipertensão, obesidade, aferição de pressão arterial, vacinas contra diversas
doenças, de acordo com a disponibilidade da Secretaria de Saúde de cada município.
Além disso, receberão orientações quanto aos procedimentos de higienização
pessoal, utilização de equipamento para proteção individual (como máscaras)
para minimizar a disseminação do vírus, além de regras de convívio social. Os
atendimentos serão limitados a três pessoas por tenda.
E
diante das dificuldades socioeconômicas atuais, a Gincana do Caminhoneiro
levará ainda a eles conteúdos técnicos sobre qualidade de produtos,
combustíveis, frete, peças, por exemplo, que auxiliem a estarem mais capacitados,
além de informações e atendimento de saúde para que enfrentem as adversidades
deste momento.
Em
cada etapa o caminhoneiro terá também a oportunidade de testar suas habilidades
no volante e, assim, ficar mais perto de ganhar um caminhão Iveco Tector zero km.
Para isso, dará uma volta num trajeto demarcado entre cones, em zigue-zague, no
menor tempo possível e sem derrubar nenhum obstáculo. "É mais um desafio
para ele, que já tem feito de tudo para seguir seu trabalho e driblar o impacto
deste novo momento para a sociedade", ressalta Saulo Furtado, idealizador
do evento. Ao todo serão 90 etapas, de junho/20 a março/21, cinco semifinais e
uma grande final. Em cada etapa é classificado um semifinalista.
LÍDER
–
O modelo Onix, da GM, foi o carro mais procurado pelos consumidores nos meses
de abril e maio, segundo pesquisa feita pela plataforma Digicarro, que permite
comparação de preços e negociação de carros zero km com concessionárias
autorizadas.
Refletindo
seu desempenho em vendas no país, sendo o líder de vendas nos últimos cinco
anos, o Onix teve participação de 18,76% no total de procura, quando somadas as
buscas dos modelos simples com o Plus. Depois, vieram o Ford Ka, com 6,26%;
T-Cross, com 6%; Mobi, com 4,5%
Ainda
por este levantamento, as três cores mais procuradas são a preta, com 41,5% das
buscas; branca, com 19,7%; e cinza, com 12,8%. O tíquete médio dos veículos é
de R$ 81 mil.
Divulgação Marca coreana vende bem: no
Brasil desde 1999
HISTÓRICO
–
A CAOA comemora o marco de um milhão de veículos Hyundai vendidos em suas lojas
no Brasil desde 1999, início da parceria entre as duas empresas.
Antes
dessa, a Hyundai já tinha feito duas tentativas, mas o desempenho foi pequeno.
Esta aliança no mercado brasileiro levou a parceria a um nível ainda mais alto
em 2007: com investimentos de mais de R$ 1 bilhão, da CAOA, foi inaugurada a
fábrica de Anápolis/GO, para produção dos modelos Tucson e HR. Mais tarde
passaram a sair das linhas de montagem o iX35, o New Tucson e o HD78. Naquele
mesmo ano a distribuidora passou a trabalhar com os modelos Hyundai produzidos
na fábrica de Piracicaba/SP.
Atualmente
ela é a maior distribuidora Hyundai do Brasil e a única a comercializar no país
a linha completa de modelos Hyundai, desde a família HB20 Nova Geração até os
importados New Azera, All New Santa Fe, New Tucson e New ix35.
PNEUS
–
Em maio, a indústria nacional de pneumáticos registrou queda de 50,5% em
comparação ao mesmo período de 2019. O resultado é consequência da
significativa retração nas vendas para as montadoras (- 81,1%) e para o mercado
de reposição (- 37,6%). Assim, o mês fechou com um total de 2,5 milhões de
unidades comercializadas. Os dados fazem parte do levantamento setorial
divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
"Mesmo
com o retorno das montadoras e a abertura progressiva do comércio, teremos um
avanço restrito dos mercados até o final do ano, sinalizando uma retração
histórica do setor", afirma Klaus Curt Müller, presidente executivo da
ANIP.
DEMISSÕES
–
A fabricante de carrocerias para ônibus Caio parece ser mais uma empresa
atingida em cheio pela retração do mercado. A tradicional companhia demitiu 320
pessoas na planta de Botucatu/SP. Isto equivale a 10% de sua força de trabalho.
Simultaneamente, a empresa também anunciou a suspensão dos contratos de
trabalho, conforme as regras de flexibilização da Medida Provisória 936. De
forma escalonada, 50% dos funcionários terão os contratos suspensos em junho e
o restante em julho.
Após
um período de férias coletivas em março, a Caio aproveitou o acordo coletivo de
dois meses, flexibilizando a jornada e antecipando férias. Este acordo terminou
em 31 de maio e os cortes ocorreram dias depois. O segmento ônibus é um dos
fortemente atingidos pela crise e o mercado projeta recuo superior a 50% nas
vendas deste ano.
FECHA
–
A exemplo das montadoras, a indústria de autopeças também sente o baque da
retração nas vendas. Em comunicado, pelas redes sociais, a Kostal anunciou o fechamento
das fábricas de São Bernardo do Campo/SP e de Manaus/AM. A empresa diz ainda
que como “decisão estratégica, manterá suas operações no Brasil através de suas
plantas de Cravinhos/SP”. A Kostal faz componentes eletromecânicos e
eletrônicos para automóveis e motocicletas.
Houve
uma conversa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com a empresa, no último dia
9, mas esta manteve a posição da matriz de fechar a unidade na região.
PROTEÇÃO
–
A Kia Motors do Brasil lançou o que chama de nova ação contributiva para a
prevenção e combate ao avanço da pandemia da Covid-19. A campanha, denominada
“Kia Protect”, tem dois focos: internamente, o programa aplicará protocolos
mais rígidos de limpeza em todas as concessionárias; para os clientes, será
oferecido um serviço gratuito de higienização interna e substituição do filtro
de ar-condicionado dos automóveis dividido em três etapas – higienização,
inspeção do veículo e finalização.
Para
ter o veículo higienizado, basta agendar o serviço e levar o carro até a concessionária
mais próxima. O procedimento tem duração média de 60 minutos.
CERTIFICAÇÃO
–
A Troller introduziu uma nova certificação com padrões de higiene e atendimento
nas suas concessionárias em todo o Brasil, preparando a rede para receber os
clientes que precisarem se deslocar até elas com os devidos cuidados de
segurança e proteção.
As
18 concessionárias da marca já estão operando normalmente nas áreas de vendas e
serviços, respeitando o período de isolamento adotado por cada região, e agora
oferecem também um novo serviço de desinfecção de veículos, feito com produto
exclusivo de uso hospitalar.
Este
novo padrão de higiene e atendimento da Rede Troller segue os mesmos protocolos
introduzidos de forma pioneira pela Ford, grupo do qual a marca faz parte.
AUMENTO
–
O GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços da América Latina,
identificou aumento de 89% na procura por serviços automotivos durante a
pandemia no Brasil. Este é o maior pico registrado até agora – entre os dias 24
a 30 de maio, em comparação com os dias 8 a 14 de março, período em que a
Covid-19 não havia impactado diretamente o setor. O levantamento é baseado em
mais de 200 tipos de serviços oferecidos pelos 1,5 milhão de profissionais
cadastrados no aplicativo.
Pela
ordem, os serviços mais solicitados são os de auto elétrico (170,68%);
funilaria automotiva (111%); higienização e polimento (68,22%); mecânica geral
(23%); e insulfilm (6,67%).
Com
o novo rodízio de veículos na cidade de São Paulo, que começou no início de
maio, houve uma diminuição de 1,5 milhão de carros nas ruas por dia, de acordo
com a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) e, assim, muitas pessoas estão
aproveitando o veículo parado na garagem para realizar reparos e consertos que
não eram feitos por conta da correria do dia a dia.
RECALL
–
O Procon de São Paulo orienta os consumidores sobre seus direitos no que diz
respeito ao recall de veículos Toyota modelo RAV4, fabricados entre 25/9/19 e
25/10/19, com números de chassis JTMDW3FV* (código alfanumérico) de KD043110 a
LD526895 (últimos oito dígitos). A Toyota do Brasil deverá apresentar os
esclarecimentos que se fizerem necessários, conforme determina o Código de
Defesa do Consumidor, inclusive com informações claras e precisas sobre os riscos
para o consumidor.
No
comunicado, a empresa informa que a suspensão dianteira dos veículos envolvidos
nessa campanha é composta por braços inferiores que conectam as rodas ao
travessão dianteiro do veículo. Devido a certas condições de produção
inadequadas do aço com o qual os braços inferiores foram produzidos, esses
componentes poderão apresentar rachaduras que se alastrarão por toda a sua
superfície, a depender do modo de condução do mesmo com aceleração e
desaceleração súbitas. Caso este fato aconteça, os braços inferiores poderão se
separar das rodas dianteiras, o que causará a perda do controle do veículo e o
consequente risco de acidente, com danos materiais e lesões físicas graves ou
até mesmo fatais aos ocupantes do veículo.
Os
proprietários dos veículos envolvidos deverão agendar junto a uma
concessionária da marca a substituição dos braços inferiores da suspensão
dianteira (lado direito e esquerdo). Para mais informações a empresa
disponibiliza o telefone 0800 703 02 06 e o site www.toyota.com.br/servicos/recall
PÓS-PANDEMIA
–
Sant Clair de Castro Jr, CEO da Mobiauto, analisou o mercado automotivo e
avalia como será no período pós-pandemia: “A verdade é só uma: a pandemia do
coronavírus trouxe uma crise mundial para diversos setores da economia e, o
mercado automotivo, principalmente o brasileiro, está passando por uma instabilidade
que não dá indícios de previsão de melhora, principalmente por causa do alto
valor do dólar”.
Para
o especialista em mercado automotivo e dirigente da Mobiauto, plataforma de
compra e venda de veículos on-line, o problema existe antes da Covid-19: “Há
alguns anos o setor automotivo está sendo afetado economicamente e, agora com o
aumento do dólar, as montadoras precisam transferir o impacto cambial para o
preço final dos carros. Um exemplo é o aumento de 4% em toda a linha da General
Motors”.
Nos
últimos meses, o país sofreu uma queda de 62,5% nas vendas de veículos
seminovos e usados em abril, segundo levantamento realizado pela Auto Avaliar,
onde cerca de três mil concessionárias e 30 mil lojistas foram considerados. Já
em maio, o mercado voltou a respirar com uma alta de 17% em comparação a abril,
mas, mesmo assim as vendas foram 73% menores que em 2019. Ainda segundo Sant
Clair, “a economia brasileira precisa melhorar porque se a moeda permanecer
nesse nível, os preços irão aumentar mais ainda, já que a indústria automotiva
no país não é tão lucrativa quanto pensam”.
Felipe Carneiro/Divulgação Cargueiro Boeing
747-400F pesa quase 400 mil quilos
BOEING
–
O Aeroporto Internacional de Florianópolis, em Santa Catarina, recebeu na
última quinta-feira uma operação inédita: o voo de um Boeing
747-400F, um dos aviões mais apreciados do universo da aviação. O
cargueiro, que pesa quase 400 mil quilos (apenas como referência, um Boeing
para 300 passageiros pesa 23 mil quilos), fez uma viagem intercontinental,
entre a China e a capital catarinense, trazendo 700 metros cúbicos de
mercadoria de natureza hospitalar. São materiais de EPI, de um importador
privado.
É
a primeira vez que o Aeroporto Internacional de Florianópolis recebe este
modelo de aeronave. Há 25 anos, um avião semelhante (porém menor e menos
pesado, um Boeing 747-200) já havia feito uma escala na cidade. A operação foi
realizada pela companhia aérea Terra Avia, da República da Moldávia (país
europeu vizinho a Ucrânia).
O
Floripa Airport Cargo é um novo player no cenário de logística aérea
internacional, o que, do ponto de vista nacional, diversifica as opções do
mercado e poderá trazer muitos frutos ao estado catarinense.
Divulgação Vinicius: tecnologia para
melhorar processos
ARTIGO
Como
alcançar maturidade digital no setor automotivo
Por
Vinicius Melo (*)
Poucos
setores são tão impactados pelo avanço da tecnologia do que o automotivo. Desde
que Henry Ford instituiu a linha de montagem no início do século 20, a
indústria não parou de se transformar e crescer. A mais recente fronteira para
as empresas desbravarem é a digital. Hoje, não só os automóveis são fabricados
com sensores e recursos conectados, como também os próprios processos das
organizações já migraram do ambiente offline para o online. Dessa forma, para
se destacar da concorrência e se consolidar no mercado, é necessário passar
pela transformação digital.
Expressão
da moda no ambiente corporativo atualmente, o conceito também chegou às
empresas automotivas. Praticamente metade dos executivos do setor (49%)
acredita que a conectividade e a digitalização são um dos caminhos mais importantes
para a área, de acordo com relatório conduzido pela consultoria KPMG. Foi o
segundo assunto mais lembrado, atrás apenas das baterias elétricas. Um cenário
totalmente diferente de dois anos atrás, quando o tema ficou apenas na décima
posição no ranking das principais tendências esperadas pelos empresários.
Os
números mostram que não se pode simplesmente subestimar a revolução
tecnológica. Ela é muito mais avassaladora do que qualquer resistência que as
empresas podem oferecer. Antigamente, até era possível encontrar alguma
oposição nas montadoras e concessionárias. Carros com muita tecnologia
embarcada costumavam ser rejeitados por mecânicos, motoristas e revendedores.
Mas a partir do momento em que essas soluções passaram a fazer parte de nossas
vidas, tudo mudou. Hoje, até para trocar um pneu a pessoa tem que ter cuidado
redobrado para não estragar o sensor que monitora a pressão, por exemplo.
Portanto,
mais do que desprezar, é preciso compreender que o processo de transformação
digital não tem fim e vai continuar acontecendo – esteja o setor preparado ou
não. A tecnologia é cada vez mais efêmera, ou seja, ela muda rapidamente a
partir de novos conhecimentos, observações e práticas das empresas e
profissionais. O que é novidade hoje torna-se commodity amanhã e as companhias
automotivas precisam ter isso em mente. Agora, o movimento primordial é
observar as tendências e colocar o consumidor no centro das decisões. A meta é
desenvolver produtos e serviços de qualidade, garantindo o sucesso e
crescimento do próprio negócio.
Dessa
forma, por mais que a tecnologia seja importante, é a essência da companhia que
será a base para a transformação digital. Não adianta ter as melhores soluções
se o mindset dos processos ainda for analógico e manual ao invés de
disruptivo e automatizado. Olhe o exemplo do setor financeiro: bancos e fintechs
esbanjam diferentes recursos digitais, mas são as pequenas startups que
realmente desenvolvem produtos que fazem a diferença na vida da população. O
segredo não está na tecnologia, mas em outro patamar, como a desburocratização,
agilidade e prestação de u m serviço com melhor qualidade a um preço bem mais
justo.
Em
um setor onde os carros elétricos já são uma realidade e os veículos autônomos
estão prestes a serem lançados por grandes multinacionais de tecnologia, chega
a ser irônico ver que ainda existem empresas que sequer utilizam a tecnologia
para melhorar seus processos e aumentar sua competitividade. O fato é que
aqueles que não estimulam a transformação digital em suas companhias acabam
ficando para trás. Na indústria automotiva, pensar em automação e agilidade não
é mais artigo de luxo; é questão de sobrevivência.
(*)
Vinicius Melo é CEO do Papa Recall, aplicativo que avisa o motorista se o
automóvel cadastrado teve algum chamado da fabricante para conserto ou troca de
peças.
Nelson Tucci é editor de Veículos &
Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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