terça-feira, 24 de setembro de 2019

Rota 2030 terá mais de R$ 1 bi


Divulgação                              Bndes e Finep participam do projeto

Nelson Tucci

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) assinou protocolo de lançamento dos Programas Prioritários do Rota 2030 – Mobilidade e Logística, que estabelece a destinação dos recursos provenientes dos 2% do Imposto de Importação de autopeças sem similares nacionais.
Participaram da solenidade, ocorrida na última sexta-feira, 20, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa; o diretor do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação, Jorge Campagnolo; o presidente do Comitê Gestor do Rota 2030, Gustavo Ene; o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, e o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), Dan Ioschpe.
Além da assinatura do protocolo, foram anunciadas e formalizadas as instituições escolhidas pelo Conselho Gestor para administrar a aplicação dos recursos previstos pelo Regime de Autopeças Não Produzidas. A estimativa é de um montante de R$ 200 milhões por ano, ou de R$ 1 bilhão para o primeiro ciclo de cinco anos do Rota 2030, regime automotivo que entrou em vigor oficialmente em dezembro de 2018.

PROGRAMAS – Seis programas prioritários foram credenciados pelo Conselho Gestor, composto por membros do governo federal, da academia, de sindicatos e também por representantes da iniciativa privada (Anfavea e Sindipeças). Eles têm como objetivo promover pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de soluções para questões de produtividade e competitividade. A fonte de custeio é a contrapartida ao Regime de Autopeças Não Produzidas (capítulo III, da Lei 13.755/2018).
Os fabricantes de automóveis ou de autopeças recolhem de 16% a 18% de alíquota de importação quando precisam trazer componentes de outros países, uma proteção tarifária à indústria local. Mas se não houver componentes similares sendo feitos no Brasil, o sistema ex-tarifário reduz essa alíquota de importação para 2%. O que mudou com o Rota 2030 é que o governo federal preferiu zerar essa alíquota, com a contrapartida de que os mesmos recursos (2% do valor dos componentes importados) serão obrigatoriamente aplicados nos seis projetos prioritários definidos pelo Conselho Gestor, e credenciados por lei pela Secretária Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.
Os recursos não passam pelo governo federal. Nessa primeira etapa, eles serão depositados diretamente pelas montadoras e fabricantes de autopeças nas contas das cinco instituições hoje anunciadas. O presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, comemorou essa solução encontrada pelo Rota 2030 para fomentar Pesquisa & Desenvolvimento na cadeia automotiva. “Num momento em que as inovações e os ganhos de competitividade se fazem urgentes, e em que os recursos financeiros são escassos, é muito importante poder direcionar mais de R$ 1 bilhão a quem sabe e quer investir”.

CNC – A Mitsubishi Electric, tradicional companhia de automação industrial, acredita que a aprovação do Rota 2030 deverá privilegiar as novas tecnologias para o ambiente industrial. O projeto, aprovado em novembro último, permitirá abater de 10% a 12% do imposto de renda devido ou na contribuição social sobre o lucro líquido do valor investido pelas montadoras em inovação.
A companhia acredita que os novos investimentos terão um forte viés de tecnologia e devem trazer uma grande oportunidade de crescimento nos próximos anos. Com 105% da meta de faturamento atingida em 2017, a empresa espera ter resultados ainda melhores nos próximos anos, com contribuição significativa de vendas do setor automotivo. “Estamos bastante otimistas com o mercado brasileiro e queremos continuar fornecendo serviços de qualidade no País, além de au mentar a gama de produtos com o padrão de excelência que a Mitsubishi Electric impõe no Brasil”, destaca Denis Carvalho, gerente geral da unidade de CNC da companhia.
Os principais produtos que devem puxar esse crescimento são os CNCs (comandos numéricos computadorizados) da linha M8 (M80 / M800), que geram benefícios importantes como a alta produtividade, confiabilidade, interatividade e conectividade (soluções para a Indústria 4.0), itens importantes para assegurar a produtividade do setor.

Divulgação                             Motor 3.0 TFSI desenvolve 340 cv de potência

LANÇAMENTO – A Audi do Brasil participa do São Paulo Boat Show, evento de barcos que termina na próxima terça, 24. Nele, estão sendo lançados o A7 Sportback, modelo que alia elegância, e o SUV Q8, uma das estrelas da marca na exposição.
O A7 Sportback é uma expressão da nova linguagem de design da Audi. Ele oferece o desenho de um coupé, o espaço de um sedan e muita versatilidade. Equipado com motor 3.0 TFSI, que desenvolve 340 cv de potência e torque de 500 Nm, tem transmissão S tronic de sete velocidades, com trocas de marcha rápidas e suaves. O A7 faz de 0 a 100km/h em 5,3 segundos.
O lançamento é oferecido em versão única, Performance, e está disponível a partir de R$ 456.990.

PONTE – O secretário estadual de Logística e Transportes, João Octaviano Machado Neto, abriu segunda-feira, 23, às 9h30, o seminário sobre o projeto de construção da Ponte Santos-Guarujá. O evento aconteceu no auditório da Associação Comercial de Santos, à rua XV de Novembro, 137, Centro Histórico.

INDENIZAÇÕES – A Semana Nacional de Trânsito (18 a 25/09) é mais um momento de mobilização para a conscientização para um trânsito mais seguro. Levantamento especial produzido pela Seguradora Líder para marcar o período mostra que, apesar da diminuição nos números de acidentes, a situação no Brasil ainda é preocupante.
Em 2018, o país atingiu a quantidade de 18 indenizações pagas por morte, pelo Seguro DPVAT, a cada 100 mil habitantes. Como comparação, a taxa de mortalidade por crimes violentos, como homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, foi de 24,75.
As estatísticas indicam, portanto, que o trânsito ainda deixa milhares de vítimas fatais no país: nos últimos 10 anos, foram pagas mais de 485 mil indenizações do seguro obrigatório por este tipo de ocorrência, sendo as motocicletas as principais responsáveis. De 2009 para 2018, o veículo foi o único a apresentar aumento de sinistros pagos por morte, saltando de 16.974 para 18.955 benefícios. No ano passado, Tocantins (38), Piauí (34), Mato Grosso (33) e Rondônia (29) foram os estados que registraram as maiores taxas de mortalidade no trânsito. Já em 2009, as primeiras posições eram ocupadas por Acre (279), Mato Grosso, Santa Catarina e Paraná (41).

CLIMA – Na última sexta-feira, 20, as operações na sede da Scania, na Suécia, e nas unidades de produção e comerciais da empresa em todo o mundo, param por pelo menos uma hora. Durante este tempo, os colaboradores aprenderam mais sobre as mudanças climáticas e foram convidados a sugerir ideias sobre como a Scania pode melhorar seu trabalho em direção à sustentabilidade em todos os aspectos de suas operações.
Um pacote de treinamento em mais de 30 idiomas foi distribuído em todo o mundo. “Acreditamos que aumentar o conhecimento sobre as mudanças climáticas é crucial para podermos cumprir o Acordo de Paris”, diz o presidente e CEO Global da Scania, Henrik Henriksson.

RECALL – Atenção para chamada ao recall dos seguintes veículos: Porsche Panamera (970), Boxster (981), 718 Boxster (982), Cayman (981), 718 Cayman (982) e 911 (991), ano modelo 2016 e 2017, com números de chassis (iniciais) WPOAA29, WPOAB29, WPOAC29, WPOAF29, WPOCB29 e WPOCC29, com data de fabricação entre 23/6/15 e 16/6/16. A empresa deverá apresentar os esclarecimentos que se fizerem necessários, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, inclusive com informações claras e precisas sobre os riscos para o consumidor.
Em comunicado, a empresa informa ter constatado a possibilidade de que uma unidade de comando do airbag, com um condensador defeituoso para manter a alimentação elétrica do comando do airbag, tenha sido instalada nos veículos afetados. Um possível defeito no condensador pode não ser diagnosticado e não será indicado por uma mensagem de aviso no painel de instrumentos do produto. Este poderá acionar os airbags e/ou pré-tensores do cinto de segurança de modo inesperado ou pode deixar de acioná-los em caso de acidente. Este defeito, em caso de acidente envolvendo o consumidor, poderá acarretar lesões graves e até morte.
Os proprietários dos veículos envolvidos deverão agendar junto a uma concessionária da marca, a partir de 15 de outubro, a programação da unidade de comando do airbag com novo software que contém a função adicional para verificação da alimentação elétrica. Para agendamento e mais informações a empresa disponibiliza o e-mail infobrasil@porsche.com.br

COMERCIAL – A Volvo, que atualmente tem como maior acionista a chinesa Geely, promoveu seu gerente nacional de vendas no Brasil, Ricardo Ochiai, a diretor comercial da empresa.
Na companhia há mais de três anos e meio, o executivo terá o objetivo de manter o ritmo de crescimento da marca e de consolidar a chegada do sedã esportivo S60 no país.

Divulgação                Inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil

BRINCAR – O projeto Brincar – iniciativa da Fundação Volkswagen voltada à inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil e realizada em parceria com a organização social Mais Diferenças e a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SP) – é finalista do prêmio Zero Project, da instituição austríaca Essl Foundation. O objetivo é reconhecer globalmente soluções inovadoras voltadas aos direitos das pessoas com deficiência.
Além do Brincar, dois projetos do Instituto Rodrigo Mendes (outro parceiro da Fundação na causa da inclusão) também foram indicados. Um deles é a plataforma de boas práticas de educação inclusiva Diversa, que contém casos e materiais oriundos do Diversa Presencial, iniciativa do mesmo instituto que conta com apoio da FVW.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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