Nelson Tucci
As vendas de automóveis no primeiro semestre do ano
apresentaram crescimento de 4,9%, quando comparadas a
igual período do ano passado. Carros e comerciais leves somados tiveram
1,12 milhão de unidades comercializadas. Para a consultoria Bright, isto é
reflexo das vendas diretas (frotistas e locadoras) já que o mês de junho,
isolado, a performance do setor é negativa (-0,2%), comparado com o mesmo
período de 2024.
Quando se analisam os eletrificados, porém, a coisa muda. No
primeiro semestre de 2025 comparado a igual período de 24, houve crescimento de
41,9% (111 mil unidades), subindo a participação destes para 9,8% na frota
total comercializada.
A Fiat continua na liderança, com 20,5% de market share no
Brasil, seguida da VW (15,6%) e da GM (13,1%). Diferente da Bright, a marca
italiana, no entanto, diz que tem 21,3% de participação. Enfim, de qualquer
forma é líder nacional de vendas há 5 anos (com destaque para a caminhonete
Strada).
REVENDAS – Quando consideramos o mercado varejista – isto é,
as vendas diretas pelas concessionárias, excetuadas as frotas e locadoras,
portanto – quem aparece na liderança é o Creta, SUV da Hyundai que teve 26.651
unidades emplacadas no acumulado do ano (Jan/Jun), informa a Federação Nacional
da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
E com certa relevância no cenário interno surge a chinesa
GWM, fechando o primeiro semestre com 15.261 veículos emplacados, o que dá um
aumento de 19,9% para a montadora, em relação ao mesmo período de 2024 (com
12.730 unidades vendidas). Destaque é o Haval H6, SUV híbrido.
COLORIDOS – Não é raro a cor do veículo ser fator de compra, quando se trata de um carro novo, ou usado. As cores mais neutras (e aceitas) têm valor de revenda maior que as mais singulares, digamos.
Mas isto pode estar mudando, diz levantamento da Auto
Avaliar, que atende 4.200 concessionárias e mais de 38.000 lojas independentes
e realiza US$ 1,4 bilhão de vendas anualmente. A autotech concluiu que os
carros coloridos representam um percentual menor do mercado B2C, mas vendem tão
rápido quanto os demais e ainda têm um preço médio de mercado maior.
Atualmente, o giro médio do estoque se encontra em 37 dias, de acordo com o
Estudo Megadealer de Performance de Veículos Usados powered by Auto Avaliar
(PVU) de maio.
Segundo os dados, extraídos da plataforma Car Invest, criada
pela Auto Avaliar, os carros coloridos são vendidos a um tíquete médio de R$
89.452,50, cerca de 14% a mais que valor médio de negociação dos básicos
(branco, preto, cinza e prata): R$ 78.380,80. A dificuldade, entretanto, está
em obter a cor desejada. Os básicos representam 75,52% das vendas da
plataforma. A cor mais comum é a branca (28,55%), seguida pela prata (18,42%),
preta (14,77%) e cinza (13,78%). Nos coloridos, o vermelho, responsável por
5,38%, é destaque, seguido pelo azul, que responde por 3,56% do total.
AVIÕES – A Embraer, uma das líderes globais na indústria aeroespacial, entregou 61 aeronaves no segundo trimestre de 2025, na soma de todas as suas unidades de negócio. O resultado foi 30% superior ao registrado no 2T24, quando 47 aviões foram entregues, e mais que o dobro (103%) do resultado do primeiro trimestre de 2025.
O número de entregas da Aviação Comercial alcançou o mesmo
volume do 2T24, somando 19 aeronaves. Em relação ao 1T25, o total de entregas
foi 171% maior. Na Aviação Executiva, foram 38 aeronaves entregues, superando
em 41% o resultado no mesmo período do ano passado. No comparativo com o 1T25,
o crescimento foi de 65%. Também foram entregues quatro aeronaves A-29 Super
Tucano no segmento de Defesa & Segurança, que completam o total de 61
aviões no trimestre.
Em 2025, o total estimado de entregas é de 77 a 85 aeronaves
na Aviação Comercial (ponto médio 10% acima no comparativo anual), e de 145 a
155 aeronaves na Aviação Executiva (ponto médio 15% acima ano sobre ano).
GRANA – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) aprovou financiamento no valor de R$ 445,2 milhões (US$ 80 milhões) para a Marcopolo produzir veículos de transporte de passageiros e carrocerias para a exportação. Por meio da linha Bndes Exim Pré-Embarque, os recursos permitirão maior participação da empresa brasileira no mercado internacional. Entre os países clientes da Marcopolo estão Chile, Peru, Argentina, no Continente, além de países africanos.
A Marcopolo conta com apoio do Bndes há mais de 30 anos na
área de comércio exterior. A empresa já contratou cerca de 248 operações
correspondentes a um volume de mais de R$ 5 bilhões.
ACESSÓRIOS – A GWM acaba de divulgar sua linha oficial de acessórios para o Tank 300 no Brasil, veículos modelo jipe. Com mais de 25 itens já disponíveis, a oferta traz opções que unem estilo e funcionalidade aos consumidores que desejam personalizar mais seu SUV off-road (de custo superior a R$ 300 mil). A nova linha de acessórios do Tank 300 já está disponível nas concessionárias da GWM.
“Nossa proposta é oferecer uma linha de acessórios que
combine com o espírito do Tank 300: versátil, aventureiro e exclusivo”, diz
Daniel Conte, diretor de Pós-Venda da GWM Brasil.
ESCOLA – A Aviate, escola de aviação focada
em formar a nova geração de pilotos, ultrapassou os portões do Campo de Marte,
na capital paulista, e aterrissou em Ribeirão Preto, no interior do estado.
Instalada no hangar da Aerotrading, a expansão tem como objetivo aproximar a
formação aeronáutica de um público em crescimento no interior e interessados em
um ensino de tecnológico, pautado na inovação e alinhado a padrões de
qualidade.
“Levar a Aviate para Ribeirão Preto é mais do que uma
expansão física. É oferecer o mesmo padrão de ensino que já consolidamos na
capital, com estrutura moderna, equipamentos tecnológicos, inovação e alto
nível de exigência técnica. A nova base nasce para atender um público que
valoriza qualidade, tem pressa e busca soluções completas mais perto de casa”,
afirma Guilherme Barnabé, piloto de linha aérea, cofundador e CEO da Aviate.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
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