segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Inspeção de veículos diesel melhora o ar

Divulgação          Operação reduz emissão de poluentes tóxicos

Nelson Tucci

A implantação da inspeção ambiental para veículos diesel em todo o Estado de São Paulo é um avanço importante para a melhoria da qualidade do ar. “Sem dúvida, este trabalho é positivo sob o aspecto ambiental e como tem âmbito estadual terá efeito bem significativo. A inspeção na cidade de São Paulo comprovou os benefícios da medida para redução de poluentes e não poderia ter sido interrompida, uma vez que a legislação determinava”, comenta Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP e Sindirepa Nacional.
Durante o período de inspeção na cidade de São Paulo, levantamento mostra que houve redução na emissão de poluentes tóxicos pela melhoria da manutenção da frota que equivaleria à retirada de circulação de 1,4 milhão de automóveis e motos para monóxido de carbono, 850 mil automóveis e motos para hidrocarbonetos e 36 mil veículos diesel (caminhões, ônibus, vans, picapes etc.) para material particulado (base ano 2012).
Segundo estudos da Faculdade de Medicina da USP, a redução dos poluentes reduziu a mortalidade na Capital (559 mortes prematuras) e a morbidade (1515 internações foram evitadas anualmente). Dividindo o custo das inspeções pelo número de mortes evitadas, chega-se a R$ 10 mil por vida salva, o que caracteriza este programa como o de maior custo-efetividade para a saúde pública, gerando uma economia para os cofres públicos de cerca de US$ 79 milhões por ano.

Divulgação               Ducato tem R$ 24,7 milhões em multas

APREENSÃO – Policiais do Comando de Policiamento de Trânsito da Capital (CPTran) que atuam na equipe de Busca e Apreensão do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) apreenderam sexta-feira passada um veículo Fiat Ducato com R$ 24.741.177,28 em débitos, entre multas e impostos. Com a apreensão, o Fiat Ducato deve ser relacionado para leilão. O valor arrecadado será descontado do total de débitos, ficando o restante da dívida em nome do proprietário.
O Fiat Ducato, de modelo 1998, está registrado em Osasco e pertence a uma empresa. No total, o carro tem R$ 24.738.093,41 só em infrações de trânsito. São 1.965 multas municipais, a maioria delas referentes a desrespeito ao rodízio e por deixar de transitar à direita, como determina a legislação para veículos de carga.
Boa parte das multas ocorre porque a pessoa jurídica proprietária do veículo não indicou o condutor que cometeu as infrações. Nesse caso, a legislação federal de trânsito prevê que uma multa com o valor multiplicado pelo número de vezes que aquela mesma infração se repetiu nos últimos 12 meses. Ou seja, se o veículo foi multado por avançar o sinal vermelho 10 vezes no último ano, será aplicada uma multa por não indicação de condutor no valor de R$ 2.934,70 — o valor original de R$ 293,47 multiplicado por 10.

INFLAÇÂO – O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) apresentou variação de -0,15%, no segundo decêndio de fevereiro. No mesmo período do mês anterior, a taxa foi de 0,91%. A taxa de variação dos Bens Finais passou de 0,56% para -0,73%. A maior contribuição para este movimento teve origem no subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 0,90% para -1,75%. Isto significa a queda da taxa de inflação e a melhoria no quadro.
O índice referente a Matérias-Primas Brutas registrou variação de -0,80%. No mês anterior, a taxa foi de 1,40%. Os itens que mais contribuíram para este movimento foram: minério de ferro (14,60% para -1,38%), aves (-1,43% para -7,52%) e milho (em grão) (-2,31% para -5,55%). Em sentido oposto, destacam-se: mandioca (aipim) (-0,47% para 11,01%), laranja (-1,40% para 14,88%) e café (em grão) (-5,36% para 2,63%).
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,92% para 0,51%), Despesas Diversas (0,66% para 0,25%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,47%) e Comunicação (0,33% para 0,27%).

AEDES – A Unipar Carbocloro realizará amanhã, 21, às 9h30, em sua fábrica de Cubatão, a doação de 900 litros de hipoclorito de sódio para as nove Prefeituras da Baixada Santista: Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Cada Prefeitura terá 100 litros do produto concentrado para serem utilizados nas suas ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. O evento terá a presença de autoridades das cidades beneficiadas, de executivos da empresa e de André Ricardo Machi, mestre em ciências pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/USP) que, na ocasião, fará a apresentação de um estudo que atesta a utilização do hipoclorito de sódio no comba te ao mosquito.
Este estudo realizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), comprovou que o hipoclorito de sódio é 100% eficaz no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya. O derivado do hipoclorito de sódio mais conhecido é a água sanitária. Sua atuação é semelhante à dos inseticidas modernos chamados de IGRs, ou seja, inibidores do crescimento de insetos. Isso porque, o hipoclorito de sódio tem propriedade bactericida.
Essa doação faz parte da Campanha Cloro na Zika, promovida pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor) com o objetivo de disseminar a eficácia do cloro no combate ao Aedes aegypti.

VERÃO – A edição do Horário de Verão, encerrada à zero hora de ontem, 19, gerou uma economia de 28 GWh de energia nas 228 cidades atendidas pela Elektro nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Essa economia equivale ao consumo de energia elétrica do município de Guarujá, por 19 dias. No horário de pico, a redução foi de 4% na demanda de energia.
Tal diminuição é importante, pois, contribui para a melhoria na qualidade e maior segurança no fornecimento de energia elétrica, e isso é especialmente importante para as cidades litorâneas durante a alta temporada, quando há um aumento significativo no consumo de energia elétrica.
Outro benefício verificado com o horário de verão é a queda na demanda máxima do sistema elétrico no horário de pico, que compreende as primeiras horas do anoitecer (das 18 às 21 horas). Isso alivia o carregamento dos sistemas de transmissão e distribuição de energia, principalmente nas Regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, onde o consumo é mais elevado. Na área de concessão da Elektro, a redução da demanda foi, ao todo, de 108 MW, representando uma queda de 4,0%.

Divulgação      Sprinter chassi com cabina utilizado como salão de beleza

BUSINESS – A linha de veículos comerciais leves Sprinter da Mercedes-Benz se consolida como grande parceiro de negócios dos empreendedores. A partir dos modelos 313 CDI Street (PBT de 3.500 kg), 415 CDI (PBT de 3.880 kg) e 515 CDI (PBT de 5.000 kg), com 60 versões de configuração para uso no transporte de carga, distribuição de mercadorias e prestação de serviços. Em todas essas atividades, a Sprinter se destaca pelo custo operacional, capacidade de carga e fácil dirigibilidade, circulando com agilidade mesmo nas vias estreitas das regiões centrais das cidades, além de poder trafegar em zonas de restrição.
“O empreendedorismo continua gerando oportunidades a muitas pessoas no nosso País, dando impulso a essa atividade econômica que, mesmo num mercado retraído, não deixou de buscar soluções e alternativas, mantendo sua atratividade”, afirma Werner Schaal, gerente sênior de Marketing & Vendas Vans da Mercedes-Benz do Brasil. “Nesse contexto, a linha Sprinter é destaque por oferecer aos clientes ampla flexibilidade para as mais diversas configurações de carroçarias e implementos visando atender às demandas do setor”.
Uma dessas soluções oferecidas pela Mercedes-Benz – o chassi com cabina Sprinter 415 CDI com salão de beleza móvel – é atração da marca na Feira do Empreendedor 2017, o maior evento do setor no Brasil. Organizado pela unidade paulista do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), será realizada, até amanhã, 21, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, na cidade de São Paulo.

Divulgação      Orikassa assume o segundo mandato

AEA – Para o biênio 2017/18, o presidente da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Edson Orikassa, apresentou a renovação parcial da nova diretoria que vai priorizar, entre outros temas, os debates sobre as novas políticas industriais, a última fase do Inovar-Auto, manufatura avançada (Indústria 4.0) e o Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veículos e Emissões (PCVE).
A nova diretoria da AEA tem Marcos Clemente (vice-presidente), Alfredo Castelli (Eventos), Anderson Suzuki (Comunicação), Carlos Sakuramoto (Manufatura), Eugenio Coelho (Marketing), Flavio Sakai (Conectividade), Gilmar Laigner (Novas Políticas Setoriais), Jefferson Oliveira (Pós-Venda), João Irineu Medeiros (Emissões e Consumo – Leves), Marcelo Massarani (Universidade), Marcello Depieri (Acreditação de Laboratório), Marcio Azuma (Emissões e Consumo – Motos) Marcos Vinicius Aguiar (Relações Institucionais e interino de Segurança Veicular), Nilton Monteiro (Diretor Adjunto), Paulo Jorge Antonio (Emissões e Consumo – Pesados), Rodrigo Giglio (Fora de Estrada e Estacionários), Rogério Gonçalves (Combustíveis), Sidney Oliveira (Administrativo e Finanças) e Simone Hashizume (Lubrificantes).

Divulgação      Ingo: hora de avaliação

ARTIGO
Uma dose de otimismo
Por Ingo Pelikan (*)

Criatividade se tornou palavra de ordem em 2016, um ano extremamente complicado para a indústria automotiva, marcado por uma queda brusca de volumes. Ao longo destes 366 dias, todos os segmentos do setor foram obrigados a serem criativos para sobreviver e, apesar de toda a dificuldade, conseguiram administrar bem o cenário.
Em função da incerteza de quando poderia haver uma retomada do crescimento, todos os elos jogaram um pouco na defensiva. Assim, fizeram uma série de ajustes para que realmente não houvesse impactos na qualidade dos processos produtivos. De fato, a princípio, não há indicadores que apontem para uma queda neste quesito, mas existe uma séria preocupação com a cadeia de fornecedores.
O que esperar deste novo ano? Embora ainda seja um pouco cedo para fazer alguma estimativa, seja para mais ou para menos, por conta do atual cenário político-econômico que ainda é incerto, previsões já apontam para uma pequena retomada, no sentido de, no mínimo, estabilizar no atual patamar e ter um pequeno crescimento.
Existe aí um pequeno otimismo, capaz de estimular o crescimento da indústria. Uma dose de otimismo é fundamental para que todos voltem a acreditar em nosso potencial enquanto Brasil e estejam preparados para um possível aumento de demanda.
Já em preparação para uma eventual retomada, as organizações precisam entender que este é um importante período para revisar todos os processos de manufatura enxuta, responsáveis por atacar fortemente os desperdícios. São quatro os pilares que geram excelência operacional: processos, produtos, serviços e pessoas.
Se os quatro pilares forem bem trabalhados com objetivo de aprimorar a qualidade da marca, certamente serão maiores as chances de aproveitar melhor as oportunidades com a retomada. Dentro desse conceito, é preciso oferecer qualidade com alto desempenho, que contemple todas as demandas do cliente e não gere dores de cabeça.
O setor também precisa estar cada vez mais próximo para debater as dificuldades, alinhar os conceitos e desenvolver trabalhos em conjunto. Todos os elos devem estar integrados para que no momento da retomada não haja a procura de culpados, mas se tenha a solução na mão, já debatida com antecedência.
Neste cenário, a qualidade made in Brazil deve ser aperfeiçoada constantemente pelo setor, afinal a expectativa de crescimento não é restrita ao mercado interno, mas envolve as exportações. O produto nacional precisa ser competitivo globalmente para que a qualidade made in Brazil seja reconhecida em todos os lugares.
O país lida com a forte concorrência de países emergentes, que certamente investem nos mesmos aspectos e talvez não sofram um abalo político-econômico tão forte como o Brasil nos últimos três anos. Países como Índia, Rússia e México tiveram período um pouco mais tranquilo para se preparar para o aumento dessa demanda global.
Agora é a hora de intensificar estes princípios e praticá-los definitivamente porque a velocidade da retomada é imprevisível. Ao longo dos processos de crescimento, muitas organizações acabam ficando para trás. É hora de cada empresa fazer uma autoavaliação sobre onde chegou e o que precisa fazer daqui em diante. Vamos em frente!
(*) Ingo Pelikan é presidente do IQA – Instituto da Qualidade Automotiva.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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