Vacinação para motoristas e portuários

Reprodução     Grupos antecipados na Campanha Nacional Contra a Gripe

Nelson Tucci

Caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários poderão se vacinar a partir desta quinta-feira, 16, informou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao anunciar os novos grupos prioritários inclusos no calendário da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Ele explica que a mudança foi possível porque as escolas estão fechadas devido à pandemia do novo coronavírus.

Nesta segunda etapa, portanto, membros das forças de segurança e salvamento, doentes crônicos, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários serão o público-alvo. O cronograma inicial previa que professores das redes pública e privada seriam vacinados no mesmo período. Agora, os educadores compõem os grupos prioritários na terceira fase, que começa em 9 de maio.

Divulgação   Ação foca caminhoneiros e condutores de autos para serviços essenciais

As concessionárias de rodovias CCR ViaOeste e CCR RodoAnel oferecem ajuda aos caminhoneiros para garantir que estes e os condutores que trabalham nos serviços essenciais possam se manter devidamente preparados para as atividades de trabalho.

Desde o final de março, mais de 3.000 vales refeição foram entregues a caminhoneiros no Sistema Castello-Raposo e Rodoanel Oeste. Os vales dão direito a uma marmita, produzida em restaurantes conveniados com as duas concessionárias.

Outra importante contribuição para esses motoristas é a distribuição de kits de higiene e alimentação, composto por garrafas d’água e sucos, barras de cereal, leite em pó, biscoitos, torradas, paçocas, doce de banana e amendoim. No total, já foram disponibilizados mais de 4.400 kits. E desde o último dia 10 as concessionárias também entregam um frasco de álcool 70% disponibilizado através de parceria com a Trizy, plataforma logística de relacionamento entre motoristas e empresas.

Confira os locais de entrega:

Kits de higiene e alimentação

. Km 73 da rodovia Raposo Tavares (Alumínio) – das 7h30 às 9h30

. Km 41 da rodovia Castello Branco (Santana de Parnaíba) das 7h30 às 9h30

. Km 16 do trecho Oeste do Rodoanel (Osasco) – das 7h às 9h

Vale refeição (marmita)

. Km 41 da rodovia Castello Branco – (Santana de Parnaíba) – a partir das 12 horas

. Km 16 do trecho Oeste do Rodoanel (Barueri) – a partir 11h30

Divulgação    Colaboradores da Honda e parceiros envolveram-se no projeto

RESPIRADORES – Engajada no combate aos efeitos da pandemia de Covid-19, a Honda Automóveis iniciou, dia 8 último, a entrega de respiradores artificiais consertados para as unidades hospitalares.

O primeiro equipamento foi entregue ao Pronto Socorro Municipal Santa Cruz, em Iracemápolis, distante 50 km da fábrica da Honda em Sumaré, no interior de São Paulo. O reparo levou cerca de uma semana, incluindo 48 horas de calibração e testes, após a solução do defeito.

Integrante da força-tarefa criada pelo Ministério da Economia para aumentar o número de aparelhos disponíveis para o atendimento aos pacientes infectados pelo novo vírus, a Honda envolveu cerca de 30 profissionais e parceiros externos no projeto.

"Esse é um dos grandes desafios que o mundo está enfrentado. Somente agindo em conjunto, poderemos superá-lo. A Honda Automóveis está contribuindo com a sociedade e com todos aqueles que seguem na linha de frente da luta contra esse vírus", afirma Otávio Mizikami, vice-presidente Industrial da Honda Automóveis do Brasil. A empresa já recebeu cerca de 50 equipamentos e novas cinco entregas estão previstas para os próximos dias.

VW – A Volkswagen do Brasil também integra a rede voluntária para manutenção de ventiladores pulmonares em prol do combate à Covid-19, com apoio e coordenação do Senai Cimatec. Da unidade Anchieta, localizada em São Bernardo do Campo/SP, empregados voluntários da empresa – que concluíram a capacitação técnica – iniciarão as atividades de manutenção a partir desta semana.

Os ventiladores pulmonares são essenciais no tratamento de pacientes que apresentam sintomas graves do novo coronavírus, pois a Síndrome Respiratória Aguda Grave é um dos efeitos mais sérios da doença. A estimativa é que cada equipamento recuperado possa atender até 10 pessoas em um período de cinco meses. Estima-se que atualmente mais de 3,6 mil unidades precisam de reparo no Brasil.

MÁSCARAS – A fabricante de baterias Moura adaptou parte de sua fábrica para produzir máscaras à base de polipropileno, elástico e polietileno (PET). As primeiras 50 mil máscaras serão doadas a órgãos responsáveis pelo sistema de saúde pública.

A planta localiza-se em Belo Jardim/PE e a fabricação de máscaras será do tipo face shield (escudo facial) para profissionais de saúde. Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são à base de polipropileno, elástico e PET.

“A empresa tomou a decisão de concentrar todos os esforços para desenvolver soluções que contribuíssem de maneira estruturadora nessa batalha contra a pandemia. Reunimos um time de engenheiros e operadores, realizamos todas as pesquisas de disponibilidade de matérias-primas e capacidade de produção e, em duas semanas, iniciamos a produção dos escudos faciais. Isso enquanto outras ações dentro e fora da organização seguem acontecendo”, destacou Reginaldo Agra, engenheiro líder do projeto.

Divulgação                  Jaguar empresta veículos à Cruz Vermelha

CARROS – A Jaguar Land Rover, com o objetivo de auxiliar as pessoas com mais dificuldade no momento de surto do novo coronavírus no Brasil, anuncia apoio à Cruz Vermelha Brasileira, braço nacional da instituição de ajuda humanitária com atuação mundial. A montadora disponibilizou na última semana três unidades do Land Rover Discovery Sport, que serão utilizadas, principalmente, para o transporte de voluntários e profissionais da saúde.

Os veículos emprestados ajudarão também no carregamento de EPIs (equipamentos de proteção individual), kits de higiene e outros itens necessários, bem como para o alcance de locais e comunidades de difícil acesso, explorando a capacidade off road dos modelos da Land Rover.

“A nossa parceria com a Cruz Vermelha Internacional é global e de longa data. Colocar nossa frota à disposição foi uma maneira que encontramos para dar suporte a esse importante trabalho nesse momento”, destaca Frédéric Drouin, presidente da Jaguar Land Rover América Latina.

FROTA – A Volvo destaca, em nota, que “o momento que enfrentamos por conta da pandemia da Covid-19 exige solidariedade e medidas que possam colaborar para minimizar o impacto dessa situação tão delicada”.

Assim, emprestou os mais de 200 carros de sua frota corporativa para profissionais de saúde, voluntários e pequenos negócios locais através de parcerias com a Cruz Vermelha Brasileira, a Cufa (Central Única das Favelas) e o Instituto Dharma, com o objetivo de ajudá-los nas diversas frentes de combate à pandemia em que atuam e tornar o trabalho dos seus profissionais e voluntários mais ágil e seguro.

Camila Mateus, diretora de Marketing da empresa no Brasil, diz que a montadora avalia outras formar de ajuda também.

RETOMADA – Após 20 dias de férias coletivas, a Marcopolo anuncia a retomada das suas atividades produtivas, de forma parcial, nas unidades de Caxias do Sul/RS e do Rio de Janeiro/RJ, neste dia 13. De acordo com a assessoria, a companhia adotará medidas de prevenção e combate ao novo coronavírus. Já a data de retorno da unidade São Mateus/ES as atividades ainda estão em avaliação.

PARALISAÇÃO – A Hyundai Motor Brasil está prorrogando a parada de sua fábrica em Piracicaba/SP, bem como dos escritórios na capital paulista em resposta à continuidade das medidas de isolamento social e de restrição de movimentação de pessoas determinadas pelas autoridades para o estado de São Paulo.

As férias coletivas, iniciadas em 26 de março e previstas para terminar em 13 de abril, seguem agora para a fábrica de Piracicaba até 26 de abril, domingo, com retorno das operações na segunda-feira, 27. No caso dos escritórios de São Paulo, o retorno ocorrerá em 22 de abril.

PRORROGAÇÃO – A Moto Honda da Amazônia informa que está prorrogando o período de suspensão das atividades produtivas da fábrica de Manaus/AM devido ao impacto da pandemia. O retorno da produção, previsto para 13 de abril, foi postergado para o próximo dia 20.

Para essa decisão, a empresa destaca ter considerado “a saúde e segurança dos colaboradores, o agravamento na disseminação do novo coronavírus em Manaus e os impactos da pandemia no mercado de motocicletas”.

CONSÓRCIO – Desde que a Covid-19 se tornou uma contaminação comunitária, muitas operações estão funcionando no modelo home office. A BR Consórcios, empresa com mais de 60 mil clientes ativos pelo Brasil, não é diferente.

Para o caso de o cliente ser contemplado, neste período, a utilização do crédito continuará normalmente. O atendimento online é realizado em todo o processo. Segundo o diretor comercial, José Roberto Luppi, caso o cliente não queira utilizar o crédito agora (já que lojas e concessionárias estão fechadas), o benefício ficará disponível e aplicado em fundos de investimentos com rendimento diário, à disposição do consorciado para utilizar quando quiser: “O valor investido pode ficar até o encerramento do grupo, durante o período em que o grupo do contemplado está ativo”.

DEVOLUÇÃO – A empresa Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), responsável pela exploração dos serviços de transporte ferroviário de carga na Malha Centro-Oeste, iniciou o pagamento das parcelas do acordo celebrado com a Advocacia-Geral da União (AGU) e o Ministério Público Federal (MPF) para devolução de mais de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos.

No acordo, celebrado em novembro de 2019, a empresa assumiu o compromisso de arcar com os prejuízos causados durante o período da concessão do serviço. A conciliação prevê que o ressarcimento ao erário seja feito em 60 parcelas mensais de valores que variam de R$ 10 milhões a R$ 26 milhões, sendo que as três primeiras parcelas já foram quitadas.

Os recursos serão direcionados pela União para estudos, obras, recuperação, desenvolvimento ou implantação de infraestrutura do setor ferroviário, além de auxiliar no fomento ao atendimento mais econômico da demanda de transporte de cargas e pessoas. A resolução consensual do conflito pôs fim à discussão judicial iniciada em 2004, quando o MPF moveu a primeira ação na Justiça para apurar a responsabilidade pelas deficiências na prestação do serviço público de transporte ferroviário de carga e de passageiros e a degradação da malha ferroviária, já que durante a execução dos contratos a FCA não cumpriu com diversas obrigações, informa a AGU.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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