Tony Borges/PMF Alternativa sustentável aos quadriciclos em Florianópolis
Nelson Tucci
Nos
dias 5 e 6 deste mês a frota da Guarda Municipal de Florianópolis (GMF) ganhou
um importante reforço para a ronda na região da Praça XV de Novembro, no centro
da capital catarinense. Silencioso e com zero emissão de gases poluentes, o
veículo elétrico Li DR, fabricado pela startup Mobilis, atraiu olhares e se mostrou
eficaz durante o período em que foi integrado à frota da corporação.
O
teste, alinhado com apoio do programa “Living Lab” mostrou na prática que os
veículos elétricos são uma alternativa sustentável aos quadriciclos movidos a
combustível – atualmente usados nas rotinas operacionais da Guarda. Erico dos
Reis, diretor comercial da Mobilis, falou sobre a experiência: “O teste deixou
claro que veículos elétricos podem desempenhar com eficiência as atividades que
envolvem a mobilidade dos agentes da GMF, com autonomia, baixíssimos ruídos e
impactos reduzidos ao meio ambiente”.
A
Mobilis fez um estudo para estimar os benefícios caso a Guarda Municipal de
Florianópolis substituísse totalmente os quadriciclos pelos veículos elétricos,
de 450 kg e com motor de 10 cv, podendo atingir autonomia de 100 km com bateria
de 6,1 kWh. Os índices, abaixo, referem-se ao comparativo de uso dos veículos
durante 30 dias.
.
95% de redução nas emissões de ruído;
.
100% de redução nas emissões diretas de poluentes;
.
98% de redução nas emissões indiretas (eletricidade versus combustível);
.
80% de redução no gasto de combustível (gasolina versus eletricidade);
.
70% de redução nas manutenções.
Divulgação Porsche reabriu a fábrica
para honrar encomendas
FUNDO
DO MAR –
Reabrir uma linha de montagem com o intuito de fabricar um modelo cuja produção
foi encerrada é algo raro, raríssimo na indústria automobilística. Ainda mais
se isso for feito para produzir apenas quatro unidades. Mas foi o que a Porsche
realizou neste ano, com o objetivo de repor quatro 911 GT2 RS que foram parar
no fundo do mar, após o naufrágio do navio que os trazia para o Brasil, informa
o jornalista Luiz Alberto Pandini.
No
dia 12 de março, o cargueiro Grande America teve um incêndio quando navegava no
Oceano Atlântico, a 330 quilômetros da costa francesa. As 27 pessoas a bordo
foram resgatadas; o navio, entretanto, afundou e levou para as profundezas toda
a sua carga − incluindo cerca de 3.000 automóveis de diversas marcas, entre eles
37 Porsches.
Comunicada
do ocorrido pela Porsche brasileira, a matriz na Alemanha decidiu reabrir a
linha de produção do 911 GT2 RS em Zuffenhausen e fabricar quatro novas
unidades para serem entregues aos clientes brasileiros em substituição às
perdidas no naufrágio. Isso foi possível porque a adequação da fábrica para
iniciar a produção em série dos 911 da nova geração, denominada internamente
como “992”, ainda não havia sido iniciada – estava marcada para dois dias
depois. Se esse processo já estivesse em andamento, a reposição dos quatro 911
GT2 RS (última versão da geração "991") seria impossível.
Tão
logo recebeu a resposta positiva da Porsche AG, a filial Brasil enviou aos
proprietários dos quatro 911 GT2 RS uma carta informando-os do naufrágio e mencionando
que, em uma situação normal, não seria possível repor o veículo. “Porém, devido
à natureza da situação e por considerá-lo um cliente altamente valioso para a
marca, a Porsche decidiu reativar a produção deste modelo em sua fábrica e
produzir o seu veículo em abril”. No dia 8 de junho, o navio Grande Nigéria
chegou ao porto de Vitória, no Espírito Santo, com os quatro 911 GT2 RS. De lá,
foram enviados para os Porsche Centers nos quais foram encomendados. Três
carros (de cores branco, preto e violeta) foram entregues a seus compradores
pela Stuttgart (dois em São Paulo e um em Curitiba) e um outro, preto, foi
enviado ao Porsche Center BH, em Belo Horizonte.
Bráulio Santos Tubarão-lixa: um dos que
vive nas embarcações naufragadas
NAUFRAGADOS
–
Embarcações naufragadas serão protegidas por Unidade de Conservação. Com o
objetivo de ampliar o território marinho preservado na Paraíba e garantir a
proteção de ecossistemas costeiros e oceânicos, a Área de Proteção Ambiental
(APA) Naufrágio Queimado está sendo implementada no estado, ocupando o litoral
de João Pessoa e de Cabedelo. A APA – considerada hoje a maior da Paraíba – foi
idealizada por professores e alunos da Universidade Federal da Paraíba (UFPB),
que identificaram uma carência em propostas de preservação da biodiversidade no
estado. Antes da criação da APA, apenas 0,5% da costa paraibana era protegida;
com este projeto duplica.
Financiada
pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, a iniciativa tem como
principais objetivos proteger a diversidade biológica marinha; disciplinar o
turismo ecológico, científico e cultural; fortalecer e estimular atividades
econômicas sustentáveis no local; proteger o patrimônio arqueológico marinho; e
assegurar o uso responsável dos recursos naturais. Além dos recifes, peixes,
crustáceos e outros animais – inclusive espécies ameaçadas, como tubarão-lixa,
toninha e peixe-boi-marinho –, três embarcações naufragadas na região também serão
protegidas pela APA.
“Incentivamos
projetos que tenham ações práticas de conservação e a iniciativa que resultou
na criação da APA do Naufrágio Queimado é um grande exemplo disso. A equipe fez
todo o levantamento de dados, pesquisa científica e colocou essa informação em
uma linguagem mais acessível para conversar com o governo. São pesquisadores,
governo e sociedade civil caminhando juntos para conquistar um bem importante
tanto para a Paraíba, quanto para o Brasil como um todo, que é a conservação dos
mares”, ressalta a bióloga e analista de projetos ambientais da Fundação,
Janaina Bumbeer.
No
total, a APA do Naufrágio Queimado cobre uma área de aproximadamente 420 km²
(cerca de 42 mil hectares) e ficará sob responsabilidade da Superintendência de
Administração do Meio Ambiente (Sudema) do governo da Paraíba, com articulação
de órgãos federais, estaduais e municipais.
DESAFIO
–
O setor de transporte público por ônibus urbano lançou mais uma etapa do Coeltivo
– Programa de Inovação em Mobilidade Urbana – na busca pela inovação, renovação
e reinvenção do serviço no país. Lançado em maio deste ano, o programa de
inovação da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU)
inaugura sua fase executiva com o Desafio do Coletivo, competição para soluções
criativas que ajudem a melhorar a qualidade do serviço de transporte público
coletivo no Brasil e, consequentemente, melhorar a vida de passageiros e
combater o caos do trânsito nas cidades.
Startups,
empresas inovadoras e empreendedores dedicados a desenvolver soluções criativas
para a área de mobilidade com foco em transporte coletivo urbano podem se
inscrever no Desafio do Coletivo, apresentando projeto ou ideia para solucionar
os vários problemas que afetam hoje o transporte público. As contribuições
podem se concentrar em várias áreas do serviço, de novos modelos de negócio a
tecnologias voltadas para sistemas de informação aos usuários, meios de
pagamento, bilhetagem eletrônica, telemetria ou monitoramento de frota, entre
outras, ou mesmo inovações disruptivas capazes de moldar o transporte público
do futuro.
De
acordo com a NTU, o objetivo do programa é reunir soluções que atendam à
sociedade. “É a primeira vez que o setor assume um desafio desse porte, com o
objetivo de atender ao apelo social por um transporte coletivo de qualidade
para a melhoria da vida das pessoas nas cidades”, esclarece o presidente
executivo da NTU, Otávio Cunha. Para participar, os interessados devem
consultar o edital e conhecer as regras do processo seletivo, disponíveis em www.coletivo.org.br
Divulgação Sensores podem ler sinais de
trânsito e alertar o motorista
TECNOLOGIA
–
A Ford Ranger 2020 traz uma tecnologia de segurança inédita em picapes no
Brasil, que é capaz de identificar os sinais de trânsito e alerta o motorista
quando ele excede o limite de velocidade. Por acompanhar as variações de
velocidade em cada trecho da via, o sistema garante uma precisão maior que os
aplicativos de navegação baseados em mapas.
O
sistema de reconhecimento de sinais de trânsito funciona com duas câmeras de
alta resolução instaladas no para-brisa, uma voltada para o horizonte e outra
para o terreno. Elas rastreiam o ambiente e interpretam as imagens por meio de
algoritmos para a identificação de sinais. O último limite de velocidade
visualizado é exibido como um ícone no painel e fica disponível para o
motorista consultar quando precisar.
Desenvolvido
para operar com os padrões internacionais de trânsito da Convenção de Viena, à
qual o Brasil aderiu em 1980, ele foi intensamente testado em diferentes
regiões do país e apresentou um alto índice de confiabilidade, garante a assessoria
da Ford.
PROCURADOS
–
A Webmotors divulga um novo levantamento que indica preferências dos
consumidores na jornada online para compra e venda de veículos nos últimos seis
meses, considerando o total de mais de 1,4 milhão de veículos novos e usados
anunciados em suas páginas. A Volkswagen foi a marca de maior interesse, porém
o Honda Civic liderou entre os modelos mais pesquisados, com mais de 2 milhões
de buscas em todo o território nacional.
Pela
ordem, os modelos mais buscados são o Civic, Corolla, Fit, Gol e Golf. Sobre
cores, o estudo aponta, entre a média de 1,5 bilhão de buscas na plataforma
nesse período, as favoritas: preta (lidera o ranking, com quase 11 milhões
visualizações), seguindo-se a branca e a prata.
DESVALORIZAÇÃO
–
Liberada em 1990 pelo governo Collor, a importação de automóveis mudou hábitos
dos consumidores no país. Ainda assim, muitos modelos deixaram de ser
adquiridos do exterior e passaram a ser fabricados no Brasil. Para entender se
existe diferença na queda de preço, o site e precificação de carros novos e
usados KBB Brasil analisou a desvalorização de sete modelos importados e suas
respectivas versões nacionais, considerando características parecidas.
Modelos
fabricados fora do Brasil apresentaram menores taxas de desvalorização. Audi A3
Sedan Attraction e Land Rover Range Rover Evoque contaram com a maior e menor
diferença entre as versões, respectivamente. A alemã apresentou o delta de
9,17%, enquanto o automóvel da inglesa Land Rover diferenciou-se com 0,02%. Já
o importado Volkswagen Golf Hatchback 4P Highline 1.4 TSi DSG perdeu apenas
4,24% de seu valor, comparado ao índice de 10,30% da sua versão similar
nacional.
Encerrando
esta análise, a BMW foi a montadora que teve uma versão produzida no Brasil com
menor desvalorização quando comparada à importada. O Série 3 Sedã 4P 320i Sport
2.0 TB Flex apresentou o número mais baixo, de 6,65%, enquanto sua versão
importada atinge uma taxa de 7,18%.
SEGUROS
–
Antes de comprar um carro é importante levar em consideração outros fatores
além do valor nominal do veículo: IPVA, combustível e o seguro. Nem sempre o
carro mais barato terá o seguro mais em conta e isso pode fazer diferença no
orçamento mensal. A fim de esclarecer algumas questões, a ComparaOnline,
marketplace de seguros e produtos financeiros, realizou o levantamento dos
valores cobrados pelas seguradoras para os carros mais baratos do Brasil em
2019.
"Carros
com menor preço tendem a ser mais populares, ou seja, podem ser alvo de
criminosos com a intenção de desmanchá-los e vender as peças no mercado
clandestino, onde a liquidez é bastante alta. Isso faz com que as seguradoras
sejam mais cautelosas na hora da precificação e os seguros fiquem mais caros do
que veículos de maior valor", explica Paulo Marchetti, CEO da
ComparaOnline.
Entre
os carros mais baratos no mercado brasileiro estão o Ônix, up!, Picanto, Mobi e
Kwid, sendo este último o veículo com o menor preço. Se levarmos em
consideração o seguro para um homem solteiro, fora da faixa de risco, ou seja,
acima de 25 anos, o valor chega a R$ 4.489,40 para o Ônix e R$ 3.089,69 para o up!.
Pensando no perfil feminino, também fora da faixa de risco e solteira, a
diferença entre os valores é ainda maior, chegando a R$ 5.739,03 para o Picanto
e R$ 3.516,21 para o Mobi. "Apesar da ocorrência de roubos e furtos, as
seguradoras também levam em consideração o valor do veículo, já que quanto mais
caro o carro, maior será o valor a ser indenizado pela seguradora na ocorrência
de um sinistro. A dica é sempre colocar na ponta do lápis todos os valores a
serem gastos, não apenas o da compra", finaliza Marchetti.
FORD+VW
–
A Ford Motor Company e o Grupo Volkswagen anunciaram a expansão da aliança
global para incluir veículos elétricos – e vão colaborar com a Argo AI para
introduzir a tecnologia de veículos autônomos nos Estados Unidos e Europa –
posicionando as duas empresas para melhor servir os clientes, ao mesmo tempo em
que melhora sua competitividade e eficiência de custos de capital. O CEO do
Grupo Volkswagen, Herbert Diess; o presidente e CEO da Ford, Jim Hackett, e o
CEO da Argo AI, Bryan Salesky, anunciaram que a Volkswagen está se unindo à
Ford para investir na Argo AI, empresa de plataformas de tecnologia de veículos
autônomos.
A
Volkswagen e a Ford vão integrar de forma independente o sistema SDS da Argo AI
no sentido de produzir veículos para apoiar iniciativas distintas de mobilidade
de pessoas e cargas de ambas as companhias. Ambas terão participação igual na
Argo AI e, combinadas, a Volkswagen e a Ford possuirão uma parte majoritária
substancial. O restante será de propriedade dos dois fundadores da Argo AI e de
um fundo de incentivos para empregados. A transação completa está sujeita a
aprovações regulatórias e condições para fechamento.
LOCAÇÃO
–
Estão abertas as inscrições para o XIV Fórum Internacional do Setor de Locação
de Veículos, marcado para os dias 1 e 2 de outubro, no Transamerica Expo
Center, em São Paulo/SP. Cada locadora associada da Associação Brasileira das
Locadoras de Automóveis (ABLA) tem direito a um ingresso gratuito para
participar do evento, que terá conferência internacional e exposição de
fornecedores de produtos e serviços.
A
exposição seguirá o modelo do maior evento do setor de locação de veículos dos
Estados Unidos, o Auto Rental Summit, dedicada ao networking e negócios entre
locadoras e fornecedores. E a conferência internacional prevê palestras,
debates, painéis e workshops sobre temas relevantes para este universo.
RECICLAGEM
–
A Jaguar Land Rover testa um novo processo de reciclagem que converte resíduo
plástico em um novo material de alta qualidade, que poderá fazer parte de
futuros modelos da montadora. Estima-se que a quantidade de resíduo plástico
irá ultrapassar, globalmente, 12 milhões de toneladas até 2050. Hoje, nem todo
este plástico pode ser reciclado para uso em aplicações automotivas –
especialmente em peças que precisam seguir os padrões de segurança e qualidade.
Trabalhando
em conjunto com a multinacional química BASF, a Jaguar Land Rover faz parte do
projeto piloto chamado ChemCycling, que recicla lixo plástico doméstico,
geralmente levados para aterros ou incineradoras, e os transforma em novos
materiais de alta qualidade. O plástico é transformado em óleo de pirólise
usando processos termoquímicos. Este segundo material bruto é, na sequência,
introduzido na linha de produção da BASF como um substituto do material fóssil;
criando, finalmente, uma liga de nível elevado que replica a performance e
qualidade de plásticos “virgens”. Finalmente, ele pode ser temperado e pintado,
se tornando uma solução ideal para o design de novos acabamentos internos e
painéis externos em modelos da Jaguar e da Land Rover.
Divulgação Politriz de 7": “up” no polimento
automotivo
FERRAMENTA
–
A fabricante de ferramentas Stanley apresenta sua nova Politriz de 7” (178 mm)
1300W. Ideal para trabalhos em madeiras e pinturas automotivas, é de grande
utilidade para marcenarias, fábricas de móveis e funilarias de autos em
polimentos e lixamentos.
A
nova Politriz de 7” (178mm) 1300W SP137K possui velocidade variável entre 500 e
3600 RPM e modo de velocidade constante, com arranque progressivo. Com potente
motor de 1300 W e costado de velcro para rápida troca do disco, garante
agilidade ao trabalho. Ela apresenta, ainda, empunhadura em formato D, para
melhor aplicação, gatilho de dois dedos e 3.2 kg, para maior conforto ao
profissional, durante a utilização.
IMPLEMENTOS
–
Passados três meses do anúncio da criação de uma nova empresa, a Randon S.A
Implementos e Participações constitui oficialmente, neste mês, a Randon
Triel-HT, fruto de uma joint-venture com o Grupo Triel-HT, de Erechim/RS, após
cumpridas todas as condições precedentes e aprovada pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (CADE).
A
nova unidade – que inicia operação em 1º de agosto no interior gaúcho – atuará
especificamente na área de implementos rodoviários, um dos segmentos de
atividade da Triel-HT, que também opera nos setores de veículos especiais e
logística agroindustrial.
O
empreendimento ocupará uma área total de 20.800 m², sendo 11.800 m² construídos,
e empregará 150 pessoas, tendo capacidade para produzir 800 produtos/ano na
linha pesada e 300 unidades na linha leve, com perspectiva de expansão
gradativa do portfólio.
Divulgação Cataratas em alta: destino amado pelos brasileiros
TURISMO
–
As Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu, lideram a lista dos
“pontos turísticos nacionais mais amados pelos brasileiros”, em pesquisa
divulgada pela empresa Booking na semana que passou.
Foram
183 milhões de avaliações colocando a fronteira do Brasil com a Argentina como
o destino que apaixona seus visitantes e tem o melhor índice de satisfação
entre os brasileiros. “Foz do Iguaçu evoluiu muito nos últimos anos e oferece
hoje a melhor experiência turística. Somos a Disney natural do planeta, com a
exuberância das águas, da fauna e da flora. As Cataratas do Iguaçu são um
atrativo inesquecível. E nossos serviços são imbatíveis na relação
custo-benefício. É amor à primeira vista”, afirma o secretário de Turismo,
Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla.
Os
sete destinos definidos como “os mais amados dos brasileiros” são, pela ordem:
Cataratas do Iguaçu, Foz do Iguaçu/PR; Arraial do Cabo/RJ; Aparecida/SP;
Búzios/RJ; Curitiba/PR; Gramado/RS) e Jericoacoara/CE.
Divulgação Marcos Lucas: incentivar e
destravar
ARTIGO
Turismo
Rodoviário precisa de desburocratização para crescer
Por
Marcos Lucas (*)
O
preço dos bilhetes aéreos disparou nos últimos meses. Um dos motivos é o fim
das operações da Avianca Brasil. Com uma concorrência menor e com menos oferta,
a tendência é mesmo termos tarifas mais altas. Isso, no entanto, reascendeu o
interesse do brasileiro por uma outra modalidade de viagem: o Turismo
Rodoviário. Entre janeiro e maio deste ano, segundo a Associação Brasileira das
Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (Abrati), a procura por viagens
interestaduais cresceu 12%. Como o número de viagens não aumentou tudo isso,
concluímos que os ônibus estão “roubando” passageiros dos aviões.
Há
um mercado muito grande a ser explorado por este nicho de viagens. Hoje, os
veículos são muito mais confortáveis, sem contar as estradas – que na sua
maioria contam com uma maior infraestrutura, malgrado pedágios elevados (!).
Nós, agentes de viagens do interior de São Paulo, conhecemos bem esta
modalidade, uma vez que há muitos clientes no nosso estado que fazem as suas
viagens de ônibus.
Porém,
precisamos dizer que há ainda muito a se avançar no que diz respeito à legislação.
Assim como em outros setores, algumas regras travam o desenvolvimento do setor.
Um exemplo é a exigência, com tanta antecedência, da lista de nomes e
documentos dos passageiros, especialmente pela Prefeitura de São Paulo, a
capital nacional de eventos, que insiste em dificultar sobremaneira o livre
acesso de ônibus de Turismo em seu centro expandido. Isso dificulta a formação
de grupos e por muitas vezes impede que se venda mais. Um prazo mais adequado
resolveria este gargalo. Um dos nossos maiores pleitos é a atualização das leis
nº 10.233/01 e nº 11.771/08 no tocante a este serviço, que é o meio necessário
para operação de excursões rodoviárias. Ele dificulta operação de circuitos
rodoviários em ônibus fretados. Mais uma vez, isso muitas vezes inviabiliza a
formação de grupos.
O
Brasil é um país continental. A logística, tanto de passageiros como de
mercadorias, depende sim do setor aéreo. No entanto, o modal rodoviário atua
tanto como um complemento, pois há uma série de cidades economicamente fortes,
mas que não contam com aeroporto, muito menos voos comerciais que atendam os
principais destinos domésticos, como por questões de custos, uma vez que há
aqueles que preferem viajar de ônibus. E, por fim, viagens mais curtas podem
ser mais vantajosas pela via terrestre.
O
mercado do Turismo está mudando. Todos os setores estão se modernizando,
ganhando legislações menos burocráticas e se abrindo à economia de mercado. O
rodoviário ajudou a moldar o nosso setor no Brasil. Basta lembrar que a maior
operadora do país, a CVC, começou fazendo viagens e excursões rodoviárias. A
Gol, companhia com maior participação no mercado nacional, nasceu após o
sucesso de uma empresa de transporte rodoviário de seus fundadores.
O
setor merece, portanto, muito mais atenção por parte do poder público. A
necessidade de atualizar a legislação que rege o setor é mais do que urgente.
Lembro que as cerca de 8 mil empresas de transporte rodoviário empregam
aproximadamente 200 mil pessoas. Incentivar e destravar o Turismo Rodoviário
pode também incentivar a economia e a geração de empregos.
(*)
Marcos Lucas é agente de viagens e presidente da Associação das Agências de
Viagens do Interior do Estado de São Paulo (Aviesp).
Nelson Tucci é editor de Veículos &
Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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