segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024

Montadoras preveem R$ 100 BI de investimentos

Divulgação   Alckmin participou da coletiva com a imprensa especializada

Nelson Tucci

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) vive uma verdadeira lua de mel com o governo. Tanto que o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou da coletiva com a imprensa especializada, organizada pela associação das montadoras na véspera da folia momesca deste ano.

Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, entre investimentos das montadoras e de fornecedores de peças, estão previstos mais de R$ 100 bilhões até 2028/29. Na apresentação mensal dos resultados, ele comentou que os investimentos começaram a se materializar após o lançamento do programa desenvolvido para o setor, o Mover, que tem incentivos fiscais de R$ 19,3 bilhões até 2028 para a produção de automóveis mais seguros e menos poluentes.

Sobre números tão superlativos, Alckmin enfatizou: “Temos tudo para crescer ainda mais, por isso contamos com a longa cadeia automotiva para bater essa marca de R$ 100 bilhões de investimentos em fábricas, produtos, tecnologia e P&D até o fim da década, gerando empregos e renda para o país”. O VP ainda aproveitou para cutucar a indústria e sugeriu um novo evento automotivo em substituição ao Salão do Automóvel. Lima Leite prometeu fazer “o que estiver ao alcance” para a materialização dos investimentos anunciados, bem como para o “novo Salão do Automóvel”.


ESTÁVEL – O mês de janeiro último encerrou com o mercado automotivo em alta e produção estável. O número oficial é de crescimento de 13,1% nas vendas, na comparação com janeiro de 23. Os emplacamentos registraram 162 mil unidades, representando média de 7,6 mil unidades diárias, contra 6,5 mil de igual período do ano passado.

Destaque ficou com os automóveis e comerciais leves, assinalando 19,5% de participação, a maior em 10 anos. Os modelos híbridos e elétricos responderam por 7,9% de todos os autoveículos licenciados em janeiro. Já os pesados apresentaram queda de 21,4% para caminhões e de 32,1% para ônibus. A justificativa é que tais veículos mostraram forte ritmo de emplacamento em janeiro de 23, em função dos estoques de modelos produzidos em 22, ainda com tecnologia anterior e, assim, com preços mais acessíveis.


Divulgação                          Vendas começam bem o ano

CRESCE – O Novo Citroën C3 começa este ano com crescimento de 28% nas vendas (sobre janeiro de 23). Neste janeiro, o hatch ganhou novo pacote Live Plus, que adiciona lavador e limpador do vidro traseiro, desembaçador elétrico e sistema de som Mopar com conexão Bluetooth e entrada USB. Na versão Live 1.0, o modelo está com preço de R$ 67.990.

A marca também registrou crescimento em janeiro no segmento de vans intermediárias, com uma participação no segmento de 16% estando entre os três modelos mais vendidos na categoria. A Stellantis revela que o modelo Jumpy traz de série itens de segurança essenciais (ufa, que bom!) como limitador e regulador de velocidade, indicador de fadiga, controle de estabilidade e tração e assistente de partidas em rampas.

A capacidade de carga é de 1.500 kg e 6,1 m³ de volume útil dão versatilidade para quem busca rentabilidade. O peso bruto total é inferior a 3.500 kg, conferindo flexibilidade na circulação.


Divulgação                         Setor investe firme em tecnologia

AÉREO – O relatório Transporte Aéreo - Insights em TI - 2023 (2023 Air Transport IT Insights, em inglês) da SITA, publicado na semana que passou, mostra que tanto os aeroportos quanto as companhias aéreas registram aumento dos gastos com tecnologia da informação (TI) em 2023, atingindo um valor estimado de US$ 10,8 bilhões e US$ 34,5 bilhões, respectivamente.

Os CIOs (Chief Information Officer) do setor esperam que o crescimento continue neste ano de 2024. As prioridades de investimento dos CIOs da aviação incluem uma jornada de passageiros habilitada biometricamente, aproveitando os dados para liberar eficiências operacionais e soluções ecológicas para otimizar o consumo de energia e as emissões.

"À medida que nos aproximamos de uma recuperação total da demanda de passageiros por viagens aéreas, com os voos domésticos superando até mesmo os níveis pré-pandêmicos, em algumas áreas, as companhias aéreas e os aeroportos aprenderam com o congestionamento e as interrupções observadas nos últimos dois anos. O compartilhamento avançado de dados e ferramentas analíticas permitirão que o setor una os stakeholders e identifiquem oportunidades de maior eficiência e operações otimizadas”, ressalta David Lavorel, CEO da SITA.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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