domingo, 14 de junho de 2020

Gincana prioriza saúde


Divulgação         Durante 10 meses os caminhoneiros terão atendimento

Nelson Tucci

Será dada a largada para a 29ª edição da Gincana do Caminhoneiro nesta terça-feira, 16. Diante de um novo quadro social vivido pelo país, o tradicional evento das estradas chega este ano renovado, levando aos profissionais do volante uma carga de esperança e transformando hábitos por meio de atendimentos de saúde durante as 90 etapas, que acontecerão em diversas regiões do país.
A exemplo de uma verdadeira rede itinerante de saúde, o evento – criado especialmente para valorizar o profissional das estradas – chega no momento em que o transportador rodoviário de cargas, um dos serviços essenciais que não pararam durante a chegada da pandemia no Brasil, precisa de apoio para enfrentar o dia a dia e preservar seu bem estar e de todos com os quais convive.
Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, que apresentará o "Cinema Rodoviário", oferecendo orientações de trânsito para prevenção de acidentes, e do Sest/Senat (Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte), disponibilizando atendimentos de saúde – bem como da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), do Ministério da Infraestrutura, a 29ª Gincana do Caminhoneiro reafirma sua parceria de anos com esse trabalhador e, durante os próximos 10 meses, percorrerá mais de 27 mil km, com duas equipes rodando simultaneamente para chegar mais próximo de profissionais das estradas de todo o país. Serão 90 etapas nas cinco regiões do Brasil, realizadas nos postos Petrobras da Rede Siga Bem, ou seja, 90 oportunidades para o caminhoneiro contar com um ponto de apoio nesse momento e cuidar da saúde.

Divulgação             Haverá medição de pressão arterial e vacinação

LARGADA – A primeira etapa da Gincana do Caminhoneiro acontece durante os dias 16 e 17 (nesta terça e quarta), no Posto Décio Uberlândia – integrante da Rede Siga Bem –, localizado no km 85,8 da BR 050, em Uberlândia/MG, onde os caminhoneiros poderão contar com atendimentos rápidos de saúde, tais como testes de glicemia, hipertensão, obesidade, aferição de pressão arterial, vacinas contra diversas doenças, de acordo com a disponibilidade da Secretaria de Saúde de cada município. Além disso, receberão orientações quanto aos procedimentos de higienização pessoal, utilização de equipamento para proteção individual (como máscaras) para minimizar a disseminação do vírus, além de regras de convívio social. Os atendimentos serão limitados a três pessoas por tenda.
E diante das dificuldades socioeconômicas atuais, a Gincana do Caminhoneiro levará ainda a eles conteúdos técnicos sobre qualidade de produtos, combustíveis, frete, peças, por exemplo, que auxiliem a estarem mais capacitados, além de informações e atendimento de saúde para que enfrentem as adversidades deste momento.
Em cada etapa o caminhoneiro terá também a oportunidade de testar suas habilidades no volante e, assim, ficar mais perto de ganhar um caminhão Iveco Tector zero km. Para isso, dará uma volta num trajeto demarcado entre cones, em zigue-zague, no menor tempo possível e sem derrubar nenhum obstáculo. "É mais um desafio para ele, que já tem feito de tudo para seguir seu trabalho e driblar o impacto deste novo momento para a sociedade", ressalta Saulo Furtado, idealizador do evento. Ao todo serão 90 etapas, de junho/20 a março/21, cinco semifinais e uma grande final. Em cada etapa é classificado um semifinalista.

LÍDER – O modelo Onix, da GM, foi o carro mais procurado pelos consumidores nos meses de abril e maio, segundo pesquisa feita pela plataforma Digicarro, que permite comparação de preços e negociação de carros zero km com concessionárias autorizadas.
Refletindo seu desempenho em vendas no país, sendo o líder de vendas nos últimos cinco anos, o Onix teve participação de 18,76% no total de procura, quando somadas as buscas dos modelos simples com o Plus. Depois, vieram o Ford Ka, com 6,26%; T-Cross, com 6%; Mobi, com 4,5%
Ainda por este levantamento, as três cores mais procuradas são a preta, com 41,5% das buscas; branca, com 19,7%; e cinza, com 12,8%. O tíquete médio dos veículos é de R$ 81 mil.

Divulgação            Marca coreana vende bem: no Brasil desde 1999

HISTÓRICO – A CAOA comemora o marco de um milhão de veículos Hyundai vendidos em suas lojas no Brasil desde 1999, início da parceria entre as duas empresas.
Antes dessa, a Hyundai já tinha feito duas tentativas, mas o desempenho foi pequeno. Esta aliança no mercado brasileiro levou a parceria a um nível ainda mais alto em 2007: com investimentos de mais de R$ 1 bilhão, da CAOA, foi inaugurada a fábrica de Anápolis/GO, para produção dos modelos Tucson e HR. Mais tarde passaram a sair das linhas de montagem o iX35, o New Tucson e o HD78. Naquele mesmo ano a distribuidora passou a trabalhar com os modelos Hyundai produzidos na fábrica de Piracicaba/SP.
Atualmente ela é a maior distribuidora Hyundai do Brasil e a única a comercializar no país a linha completa de modelos Hyundai, desde a família HB20 Nova Geração até os importados New Azera, All New Santa Fe, New Tucson e New ix35.

PNEUS – Em maio, a indústria nacional de pneumáticos registrou queda de 50,5% em comparação ao mesmo período de 2019. O resultado é consequência da significativa retração nas vendas para as montadoras (- 81,1%) e para o mercado de reposição (- 37,6%). Assim, o mês fechou com um total de 2,5 milhões de unidades comercializadas. Os dados fazem parte do levantamento setorial divulgado pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP).
"Mesmo com o retorno das montadoras e a abertura progressiva do comércio, teremos um avanço restrito dos mercados até o final do ano, sinalizando uma retração histórica do setor", afirma Klaus Curt Müller, presidente executivo da ANIP.

DEMISSÕES – A fabricante de carrocerias para ônibus Caio parece ser mais uma empresa atingida em cheio pela retração do mercado. A tradicional companhia demitiu 320 pessoas na planta de Botucatu/SP. Isto equivale a 10% de sua força de trabalho. Simultaneamente, a empresa também anunciou a suspensão dos contratos de trabalho, conforme as regras de flexibilização da Medida Provisória 936. De forma escalonada, 50% dos funcionários terão os contratos suspensos em junho e o restante em julho.
Após um período de férias coletivas em março, a Caio aproveitou o acordo coletivo de dois meses, flexibilizando a jornada e antecipando férias. Este acordo terminou em 31 de maio e os cortes ocorreram dias depois. O segmento ônibus é um dos fortemente atingidos pela crise e o mercado projeta recuo superior a 50% nas vendas deste ano.

FECHA – A exemplo das montadoras, a indústria de autopeças também sente o baque da retração nas vendas. Em comunicado, pelas redes sociais, a Kostal anunciou o fechamento das fábricas de São Bernardo do Campo/SP e de Manaus/AM. A empresa diz ainda que como “decisão estratégica, manterá suas operações no Brasil através de suas plantas de Cravinhos/SP”. A Kostal faz componentes eletromecânicos e eletrônicos para automóveis e motocicletas.
Houve uma conversa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC com a empresa, no último dia 9, mas esta manteve a posição da matriz de fechar a unidade na região.

PROTEÇÃO – A Kia Motors do Brasil lançou o que chama de nova ação contributiva para a prevenção e combate ao avanço da pandemia da Covid-19. A campanha, denominada “Kia Protect”, tem dois focos: internamente, o programa aplicará protocolos mais rígidos de limpeza em todas as concessionárias; para os clientes, será oferecido um serviço gratuito de higienização interna e substituição do filtro de ar-condicionado dos automóveis dividido em três etapas – higienização, inspeção do veículo e finalização.
Para ter o veículo higienizado, basta agendar o serviço e levar o carro até a concessionária mais próxima. O procedimento tem duração média de 60 minutos.

CERTIFICAÇÃO – A Troller introduziu uma nova certificação com padrões de higiene e atendimento nas suas concessionárias em todo o Brasil, preparando a rede para receber os clientes que precisarem se deslocar até elas com os devidos cuidados de segurança e proteção.
As 18 concessionárias da marca já estão operando normalmente nas áreas de vendas e serviços, respeitando o período de isolamento adotado por cada região, e agora oferecem também um novo serviço de desinfecção de veículos, feito com produto exclusivo de uso hospitalar.
Este novo padrão de higiene e atendimento da Rede Troller segue os mesmos protocolos introduzidos de forma pioneira pela Ford, grupo do qual a marca faz parte.

AUMENTO – O GetNinjas, aplicativo de contratação de serviços da América Latina, identificou aumento de 89% na procura por serviços automotivos durante a pandemia no Brasil. Este é o maior pico registrado até agora – entre os dias 24 a 30 de maio, em comparação com os dias 8 a 14 de março, período em que a Covid-19 não havia impactado diretamente o setor. O levantamento é baseado em mais de 200 tipos de serviços oferecidos pelos 1,5 milhão de profissionais cadastrados no aplicativo.
Pela ordem, os serviços mais solicitados são os de auto elétrico (170,68%); funilaria automotiva (111%); higienização e polimento (68,22%); mecânica geral (23%); e insulfilm (6,67%).
Com o novo rodízio de veículos na cidade de São Paulo, que começou no início de maio, houve uma diminuição de 1,5 milhão de carros nas ruas por dia, de acordo com a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) e, assim, muitas pessoas estão aproveitando o veículo parado na garagem para realizar reparos e consertos que não eram feitos por conta da correria do dia a dia.

RECALL – O Procon de São Paulo orienta os consumidores sobre seus direitos no que diz respeito ao recall de veículos Toyota modelo RAV4, fabricados entre 25/9/19 e 25/10/19, com números de chassis JTMDW3FV* (código alfanumérico) de KD043110 a LD526895 (últimos oito dígitos). A Toyota do Brasil deverá apresentar os esclarecimentos que se fizerem necessários, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, inclusive com informações claras e precisas sobre os riscos para o consumidor.
No comunicado, a empresa informa que a suspensão dianteira dos veículos envolvidos nessa campanha é composta por braços inferiores que conectam as rodas ao travessão dianteiro do veículo. Devido a certas condições de produção inadequadas do aço com o qual os braços inferiores foram produzidos, esses componentes poderão apresentar rachaduras que se alastrarão por toda a sua superfície, a depender do modo de condução do mesmo com aceleração e desaceleração súbitas. Caso este fato aconteça, os braços inferiores poderão se separar das rodas dianteiras, o que causará a perda do controle do veículo e o consequente risco de acidente, com danos materiais e lesões físicas graves ou até mesmo fatais aos ocupantes do veículo.
Os proprietários dos veículos envolvidos deverão agendar junto a uma concessionária da marca a substituição dos braços inferiores da suspensão dianteira (lado direito e esquerdo). Para mais informações a empresa disponibiliza o telefone 0800 703 02 06 e o site www.toyota.com.br/servicos/recall

PÓS-PANDEMIA – Sant Clair de Castro Jr, CEO da Mobiauto, analisou o mercado automotivo e avalia como será no período pós-pandemia: “A verdade é só uma: a pandemia do coronavírus trouxe uma crise mundial para diversos setores da economia e, o mercado automotivo, principalmente o brasileiro, está passando por uma instabilidade que não dá indícios de previsão de melhora, principalmente por causa do alto valor do dólar”.
Para o especialista em mercado automotivo e dirigente da Mobiauto, plataforma de compra e venda de veículos on-line, o problema existe antes da Covid-19: “Há alguns anos o setor automotivo está sendo afetado economicamente e, agora com o aumento do dólar, as montadoras precisam transferir o impacto cambial para o preço final dos carros. Um exemplo é o aumento de 4% em toda a linha da General Motors”.
Nos últimos meses, o país sofreu uma queda de 62,5% nas vendas de veículos seminovos e usados em abril, segundo levantamento realizado pela Auto Avaliar, onde cerca de três mil concessionárias e 30 mil lojistas foram considerados. Já em maio, o mercado voltou a respirar com uma alta de 17% em comparação a abril, mas, mesmo assim as vendas foram 73% menores que em 2019. Ainda segundo Sant Clair, “a economia brasileira precisa melhorar porque se a moeda permanecer nesse nível, os preços irão aumentar mais ainda, já que a indústria automotiva no país não é tão lucrativa quanto pensam”.

Felipe Carneiro/Divulgação          Cargueiro Boeing 747-400F pesa quase 400 mil quilos

BOEING – O Aeroporto Internacional de Florianópolis, em Santa Catarina, recebeu na última quinta-feira uma operação inédita: o voo de um Boeing 747-400F, um dos aviões mais apreciados do universo da aviação. O cargueiro, que pesa quase 400 mil quilos (apenas como referência, um Boeing para 300 passageiros pesa 23 mil quilos), fez uma viagem intercontinental, entre a China e a capital catarinense, trazendo 700 metros cúbicos de mercadoria de natureza hospitalar. São materiais de EPI, de um importador privado.
É a primeira vez que o Aeroporto Internacional de Florianópolis recebe este modelo de aeronave. Há 25 anos, um avião semelhante (porém menor e menos pesado, um Boeing 747-200) já havia feito uma escala na cidade. A operação foi realizada pela companhia aérea Terra Avia, da República da Moldávia (país europeu vizinho a Ucrânia).
O Floripa Airport Cargo é um novo player no cenário de logística aérea internacional, o que, do ponto de vista nacional, diversifica as opções do mercado e poderá trazer muitos frutos ao estado catarinense.

Divulgação         Vinicius: tecnologia para melhorar processos

ARTIGO
Como alcançar maturidade digital no setor automotivo

Por Vinicius Melo (*)

Poucos setores são tão impactados pelo avanço da tecnologia do que o automotivo. Desde que Henry Ford instituiu a linha de montagem no início do século 20, a indústria não parou de se transformar e crescer. A mais recente fronteira para as empresas desbravarem é a digital. Hoje, não só os automóveis são fabricados com sensores e recursos conectados, como também os próprios processos das organizações já migraram do ambiente offline para o online. Dessa forma, para se destacar da concorrência e se consolidar no mercado, é necessário passar pela transformação digital.
Expressão da moda no ambiente corporativo atualmente, o conceito também chegou às empresas automotivas. Praticamente metade dos executivos do setor (49%) acredita que a conectividade e a digitalização são um dos caminhos mais importantes para a área, de acordo com relatório conduzido pela consultoria KPMG. Foi o segundo assunto mais lembrado, atrás apenas das baterias elétricas. Um cenário totalmente diferente de dois anos atrás, quando o tema ficou apenas na décima posição no ranking das principais tendências esperadas pelos empresários.
Os números mostram que não se pode simplesmente subestimar a revolução tecnológica. Ela é muito mais avassaladora do que qualquer resistência que as empresas podem oferecer. Antigamente, até era possível encontrar alguma oposição nas montadoras e concessionárias. Carros com muita tecnologia embarcada costumavam ser rejeitados por mecânicos, motoristas e revendedores. Mas a partir do momento em que essas soluções passaram a fazer parte de nossas vidas, tudo mudou. Hoje, até para trocar um pneu a pessoa tem que ter cuidado redobrado para não estragar o sensor que monitora a pressão, por exemplo.
Portanto, mais do que desprezar, é preciso compreender que o processo de transformação digital não tem fim e vai continuar acontecendo – esteja o setor preparado ou não. A tecnologia é cada vez mais efêmera, ou seja, ela muda rapidamente a partir de novos conhecimentos, observações e práticas das empresas e profissionais. O que é novidade hoje torna-se commodity amanhã e as companhias automotivas precisam ter isso em mente. Agora, o movimento primordial é observar as tendências e colocar o consumidor no centro das decisões. A meta é desenvolver produtos e serviços de qualidade, garantindo o sucesso e crescimento do próprio negócio.
Dessa forma, por mais que a tecnologia seja importante, é a essência da companhia que será a base para a transformação digital. Não adianta ter as melhores soluções se o mindset dos processos ainda for analógico e manual ao invés de disruptivo e automatizado. Olhe o exemplo do setor financeiro: bancos e fintechs esbanjam diferentes recursos digitais, mas são as pequenas startups que realmente desenvolvem produtos que fazem a diferença na vida da população. O segredo não está na tecnologia, mas em outro patamar, como a desburocratização, agilidade e prestação de u m serviço com melhor qualidade a um preço bem mais justo.
Em um setor onde os carros elétricos já são uma realidade e os veículos autônomos estão prestes a serem lançados por grandes multinacionais de tecnologia, chega a ser irônico ver que ainda existem empresas que sequer utilizam a tecnologia para melhorar seus processos e aumentar sua competitividade. O fato é que aqueles que não estimulam a transformação digital em suas companhias acabam ficando para trás. Na indústria automotiva, pensar em automação e agilidade não é mais artigo de luxo; é questão de sobrevivência.
(*) Vinicius Melo é CEO do Papa Recall, aplicativo que avisa o motorista se o automóvel cadastrado teve algum chamado da fabricante para conserto ou troca de peças.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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