segunda-feira, 13 de março de 2017

Mulheres marcam Encontro de Autos Antigos

Divulgação                             Viviane Muran é um dos destaques da edição

Nelson Tucci

A presença das mulheres é cada vez mais frequente nas atividades até então consideradas masculinas. E não foi diferente no IV Encontro Brasileiro de Autos Antigos de Águas de Lindoia (EBAA), realizado na Semana da Mulher. Se no passado era mais comum que elas somente acompanhassem os maridos nos eventos de antigomobilismo, atualmente elas se profissionalizaram na área e assumiram papéis de destaque.

Divulgação             Carla Prado: referência em detalhamento automotivo

É o caso da detalier Carla Prado, que comandou o workshop “Cuidando da estética do seu carro antigo”. Carla, que reside em Jaguariúna/SP, é referência em detalhamento automotivo (detailing), especializada em carros antigos e de luxo. Ela já tinha participado do EBAA como visitante e também expondo seus carros: um Mercury 53 e um Impala 67.
Expositora frequente da Feira de Peças e Antiguidades do EBAA, a paranaense Viviane Muran, trabalha há cerca de 11 anos com compra e venda de peças para autos antigos na empresa do marido. Viviane conta que nem sempre foi fácil trabalhar nesse ramo dominado por homens. “Amo o que faço e acho maravilhoso poder trabalhar com o que gosto. O mais curioso é viver na estrada, ficar contando os dias para chegar o próximo evento. Ver o brilho nos olhos das pessoas que procuram uma peça por meses pra completar seu carro e acharem comigo é muito gratificante”, disse.

SÃO CAETANO – O Park Shopping São Caetano receberá amanhã a partir das 19 horas, o Encontro de Carros Antigos. A exposição gratuita receberá o “Clube Volksporsche”, focado em modelos da Volkswagen customizados, sendo organizada pelo Automóvel Clube de São Caetano do Sul.
Os participantes poderão expor suas raridades e conhecer outros colecionadores para compartilhar histórias.
Interessados em participar devem se inscrever no Automóvel Clube de São Caetano do Sul por e-mail (balbosantarelli@gmail.com) e contribuir com um quilo de alimento não perecível, que será doado para o Fundo Social de Solidariedade de São Caetano do Sul.

Divulgação             Melhorar a segurança nas estradas

CAMINHÃO – O Programa Caminhão 100%, desenvolvido pelo Grupo de Manutenção Automotiva (GMA), em parceria com o Grupo CCR, avaliará, gratuitamente, diversos componentes da parte mecânica, de segurança e de emissões de caminhões, na quarta e quinta-feira, das 10 h às 17 horas, na Rodovia Castello Branco, km 57 (sentido São Paulo), estrada administrada pela concessionária ViaOeste, do Grupo CCR.
A iniciativa, que tem como objetivo conscientizar motoristas de caminhões sobre a manutenção preventiva, como forma de melhorar a segurança no trânsito, teve início, em 2010.
Serão avaliados, gratuitamente, componentes da parte mecânica, itens de segurança e de emissões dos caminhões, buscando, assim, promover mais segurança nas rodovias.

MODELOS – Em São Paulo, maior estado da Federação, é movimentada 1,2 bilhão de toneladas/ano de cargas diversas, 25% das quais somente na Região Metropolitana. Do total estadual, 80,8% ocorrem por rodovias e 12,8% por ferrovias (produtos de baixo valor, como areia e grãos-commodities). De acordo com a área de Planejamento da Secretaria de Logística e Transportes do Estado, até 2030 todas as vias urbanas e interligações com estradas estaduais (Anchieta, Anhanguera, Bandeirantes, Castelo Branco, Raposo Tavares e Ayrton Senna) e federais (Dutra, Fernão Dias e Régis Bittencourt) estarão totalmente saturadas. Então, o que fazer? Um projeto de novos modais, no valor de R$ 22 bilhões pode resolver. Mas é preciso engajamento de governo e iniciativa privada.
A questão foi colocada durante encontro promovido pela Associação ECR Brasil (sigla em inglês de Efficient Consumer Response – Resposta Eficiente ao Consumidor), do qual participaram vários atores do segmento de logística, como Brian Harris, presidente da consultoria norte-americana The Partnering Group e criador do GC (Gerenciamento por Categorias) e Shopper Marketing; Milton Xavier, responsável pelo Planejamento de Transportes da Secretaria de Logística e Transportes do estado de São Paulo; Fatima Merlin, da Connect Shopper; Rosana Carvalho, da Advantage Group International; Ricardo Coqueiro, da Hyper Consultoria e Miguel Benedetto, da Diagma Brasil.
De acordo com Milton Xavier, estudo da Secretaria de Transportes mostra que haverá truncamento na movimentação de cargas na Região Metropolitana, dentro de 13 anos se nada for feito agora. Ele mostrou estudos e projeções, apontando os pontos já estrangulados (incluso aqui o rodoanel). A frota de veículos no estado é de 26 milhões atualmente, dos quais 19 MI se situam na RM. A saída é reorganizar o que ele chama de Macrometrópole, o desenho entre as cidades de Sorocaba, Campinas, São José dos Campos, Santos e São Paulo. Neste processo haveriam 8 plataformas logísticas regionais, com o trem Double Stack (de dois andares mesmo), cujo sistema exigirá investimentos de R$ 14 bilhões, mais R$ 8 bilhões em desapropriações. “É preciso uma regulação forte”, defendeu ele, no evento realizado na Fecomércio-SP, argumentando que a questão não é apenas de governo, mas da iniciativa privada também, em busca da eficiência.

FERROVIAS – A Frente Parlamentar Mista da Engenharia, Infraestrutura e Desenvolvimento realizou, dia 9 último, reunião na Câmara Federal, em Brasília, para discutir a situação das ferrovias brasileiras e riscos de perda do patrimônio ferroviário construído ao longo de 160 anos.
A iniciativa expôs a precarização da malha ferroviária, o abandono de uma mão de obra qualificada e especializada nesse modal e necessidade de uma discussão profunda sobre a Medida Provisória 752, que trata da prorrogação e relicitação de contratos de parcerias com a iniciativa privada nos segmentos ferroviário, rodoviário e aeroportuário.
A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) foi representada pela diretora Regional Sudeste, Clarice Soraggi, presidente da Federação das Associações dos Engenheiros Ferroviários (Faef). Ela chamou a atenção para a falta de investimentos: “Existe um corpo técnico muito forte de engenheiros, profissionais altamente qualificados. Com os desmandos dos governos em relação ao setor ferroviário, houve uma pulverização desse conhecimento. Daqui a pouco todo esse conhecimento será perdido e leva-se tempo para formar uma nova geração desses profissionais”, frisou.

Divulgação                                                                   Governo indiano apoia o evento

ARTESANATO – O Conselho de Promoção de Exportações de Artesanato (EPCH) promoverá nos dias 23 e 24 de março, no Espaço Hakka, em São Paulo, o Encontro de Negócios do Artesanato 2017 que reunirá 30 empresas indianas interessadas em fazer negócios com importadores brasileiros que buscam produtos com qualidade e o lifestyle indiano. O evento terá empresas dos seguintes segmentos: moda, bijuterias, decoração e design, utensílios e artigos para o lar.
O EPCHé uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de promover, apoiar, proteger, manter e aumentar as exportações de artesanato. Trata-se do apoio governamental para enaltecer a imagem da Índia no exterior como um fornecedor confiável de alta qualidade de produtos e serviços de artesanato, mantendo em vista os padrões internacionais e especificações. O EPCH foi montado pelo Ministério Têxtil do Governo Indiano.
A participação é gratuita e organizada em pré-agendamentos com reuniões de 30 minutos. O convite é restrito aos distribuidores varejistas e atacadistas e grandes empresas comerciais (tradings). Para participar o comprador deve se registrar previamente através do site www.hotmarketing.com.br/indiahandicrafts2017

CONFIANÇA – O Índice de Expectativas nos Negócios da Fecap (IFecap, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) registrou, em fevereiro, 109,33 pontos na série com ajuste sazonal, representando aumento de 8% na expectativa (favorável aos negócios) dos empresários.
“A expectativa de queda dos juros, além da ampliação do crédito (construída a partir da política de redução de juros do Banco Central) explicam, em parte, tal otimismo. Os resultados de alguns segmentos do comércio são fortemente influenciados pela disponibilidade de crédito”, segundo o professor Erivaldo Costa Vieira.

O IFecap é um indicador baseado em metodologia largamente utilizada por diversos países. Há mais de 12 anos, a FECAP coleta dados e calcula mensalmente o índice, que avalia a situação atual das empresas do comércio varejista, com informações sobre o desempenho atual das vendas e das encomendas.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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