Senado votará o Mover

Divulgação  Expectativa que o programa seja votado nesta terça, 4

Nelson Tucci

O Programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) deveria ser votado no dia 29 último, mas o Senado “empurrou com a barriga” –, como se diz no universo político – causando enorme desconforto no setor, a ponto de a Anfavea (associação das montadoras) soltar nota à imprensa. Agora é esperar para ver, mas a expectativa é que o programa seja votado nesta terça, 4.

“Obviamente a expectativa da Anfavea era de que o projeto fosse aprovado ainda esta semana. Porém, dada a compreensão da sua importância, tanto pelo governo federal, como pelo Congresso, acreditamos que não haverá prejuízos nesse breve hiato entre o fim do prazo da MP e a aprovação do projeto logo no início de junho”, diz a nota da Anfavea.

Já aprovado na Câmara, o Mover prevê créditos às empresas para investir em descarbonização, com o governo dando mais uma generosa mãozinha para o setor. O montante dos incentivos está fixado em R$ 3,5 BI neste ano; R$ 3,8 BI em 2025; R$ 3,9 BI em 26; R$ 4 BI em 27 e R$ 4,1 BI em 28, totalizando R$ 19,3 bilhões.

Divulgação   Material reciclado pode reduzir em 95% as emissões de CO2

ALUMÍNIO – A Nissan anunciou a utilização de componentes de alumínio de baixas emissões de CO2, produzidos a partir de “alumínio verde” ou reciclado, nos modelos novos e atuais. A meta é concluir a transição total para esse material até 2030.

O alumínio corresponde a aproximadamente 10% do peso do veículo. Assim ao utilizar alumínio de baixas emissões de CO2, a montadora busca o objetivo de chegar à neutralidade de carbono. A empresa espera atingir esse estágio até 2050.

O alumínio verde é produzido com eletricidade limpa (não oriunda de combustíveis fósseis), podendo reduzir as emissões de CO2 durante a produção em até aproximadamente 50%. Além disso, o alumínio reciclado pode reduzir as emissões de CO2 em até 95%, calcula a montadora.

PLATAFORMAS – A Thyssenkrupp, empresa de engenharia e tecnologia industrial, anuncia investimento de R$ 120 milhões em suas operações automotivas no Brasil. Objetivo é aprimorar as capacidades das plantas locais para atender à crescente demanda das montadoras que operam no país.

Os recentes anúncios de investimentos, que somam cerca de R$ 100 bilhões, com foco principalmente no desenvolvimento de novas plataformas para veículos híbridos e elétricos, por parte as montadoras, incentiva o aporte da Thyssenkrupp. "Essa cifra possibilitará a expansão da nossa produtividade e capacidade, implementação de tecnologias avançadas de automação e aquisição de máquinas de última geração para fortalecer o conteúdo local dos produtos fabricados no Brasil", diz Paulo Alvarenga, CEO da Thyssenkrupp América do Sul.

ELÉTRICOS – Os elétricos ainda são polêmicos em várias rodas de conversa e análises. A infraestrutura – ou melhor, a falta dela – é um dos pontos sempre destacados. Discussões à parte, existe público para seu consumo. Segundo levantamento da Webmotors Autoinsights, buscas por veículos elétricos 0 km, com preços abaixo de R$ 300 mil, na plataforma, cresceram 357% em abril deste ano, ante o mesmo mês de 2023.

Os dados apurados na plataforma apontam ainda um aumento de 156% na procura por carros elétricos usados, considerando essa mesma faixa de preço, nos últimos 12 meses.

Entre os modelos elétricos novos com valor acima de R$ 300 mil, o levantamento indica alta nas buscas, mas em proporções muito menores: 13% em um ano; já entre os usados, a progressão foi de 4% em igual período.

Divulgação        Modelo entrega 600 cv e torque de 800 Nm

LANÇAMENTO – Primeiro veículo elétrico a bateria (BEV) da marca no mundo, o Jeep Wagoneer S Launch Edition, 2024, foi lançado inicialmente nos Estados Unidos e Canadá e no segundo semestre estará disponível em outros mercados.

Segundo o fabricante, o modelo Jeep Wagoneer S (exclusivamente como um BEV) possui autonomia superior a 480 km com um único carregamento e fornece 600 cv de potência e 800 Nm de torque. O tempo de aceleração de 0 a 96 km/h é de 3,4 segundos.

"O lançamento do Jeep Wagoneer S totalmente elétrico marca um novo capítulo na história da Jeep", afirmou Antonio Filosa, CEO da marca.

Divulgação   Adesão à 7ª edição do Programa Pró-Equidade de Gênero

GÊNERO – A Stellantis oficializou a adesão ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, coordenado pelo Ministério das Mulheres em parceria com o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério do Trabalho e Emprego, a ONU Mulheres e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A participação da empresa no programa foi formalizada com a assinatura oficial do Termo de Compromisso, durante cerimônia realizada em Brasília na semana que passou.

Após assumir o compromisso, a Stellantis terá um prazo de dois anos para implementar as iniciativas propostas no Plano de Ação do programa. Durante esse período, as ações serão monitoradas pelo Ministério das Mulheres e, em 2026, os resultados obtidos serão avaliados. As empresas que alcançarem um desempenho satisfatório no Plano de Ação serão premiadas com o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça.

AUXÍLIO – A Kia Brasil resolveu prestar auxílio aos clientes da marca que tiveram seus veículos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Serão custeadas as despesas de guincho para os veículos Kia até a concessionária mais próxima para avaliação técnica dos danos e a marca oferecerá um desconto de 60% no valor das peças de reposição afetadas, até 31 de agosto de 2024.

Esta iniciativa é uma maneira encontrada pela Kia para prestar apoio neste momento particularmente difícil, além de se engajar em frentes de arrecadações e doações que as concessionárias distribuídas pelo país estão promovendo internamente com seus colaboradores.

A Kia Brasil alerta os motoristas das cidades atingidas pelas enchentes para que não liguem seus veículos se estiverem alagados ou tenham sido atingidos pelas enchentes. Em caso de dúvidas, os clientes Kia podem entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente pelo telefone 0800 771 1011 ou e-mail contato@kia.com.br

LOGÍSTICA – Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (ABRE), o consumo de embalagens plásticas flexíveis per capita cresceu 2,5% no Brasil em 2023, em relação ao ano anterior. Isto representa alta de 2,6% da produção no ano passado, atingindo 2,2 milhões de toneladas.

Desenvolvido com tecnologia de ponta para garantir resistência, elasticidade e aderência superior, o filme stretch possui características essenciais para proteger os produtos durante o transporte e armazenamento. "A introdução do filme stretch para embalagens flexíveis responde à necessidade de nossos clientes por soluções que garantam a integridade dos produtos, mas também ofereçam benefícios logísticos e financeiros", afirma Kleber Ávila, CEO da Packseven.

A proteção dos produtos embalados minimiza danos, estabilizam e compactam cargas, viabilizando uma logística com menos veículos e mais quantidade de produtos. O produto também minimiza o risco de perfurações, tombamentos ou acidentes durante o transporte.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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