segunda-feira, 17 de junho de 2024

Híbridos deverão ter isenção de IPVA

Divulgação                         Puramente elétricos estão fora dessa discussão

Nelson Tucci

Se o projeto de Lei nº 1510/23 for aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, proprietários de veículos híbridos (dotados de motor elétrico e a combustão – por etanol), bem como os movidos a hidrogênio, estarão isentos do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) a partir do próximo ano, até 2028.

Ônibus e caminhões movidos a hidrogênio ou gás natural (incluso o biometano) também se beneficiarão da medida, ora em debate pelos deputados paulistas. Para os pesados, a isenção ocorrerá em 2024 e 25 e o valor dos veículos não poderá ultrapassar os R$ 250 mil. 

Se de um lado a notícia agrada parcela de consumidores, de outro causa preocupação, uma vez que os puramente elétricos ficam de fora dessa discussão. A este propósito, a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, (Abeifa) emitiu nota aberta afirmando que não contemplar os elétricos com a isenção é “um grave equívoco, demonstrando falta de alinhamento com as tendências globais e compromissos assumidos pelo Brasil”.  Para a Abeifa, o projeto do Executivo paulista configura “retrocesso nas políticas ambientais e de mobilidade sustentável”.

Atualmente só a Toyota faz híbrido movido a motor elétrico e a etanol. Pela tendência verificada no mercado, outras montadoras também deverão ter este modelo de autoveículo pelos próximos meses.


Divulgação         Plug-in Haval terá autonomia de 115 km, segundo o Inmetro

NOVIDADE – A chinesa GWM acaba de lançar no Brasil o híbrido plug-in Haval H6 PHEV19, modelo 2025, que chega às concessionárias ainda em junho. De acordo com a montadora, o  preço “promocional” de R$ 229 mil vai até o dia 20 (quinta-feira desta semana) e a partir do dia 21 o preço será reajustado para R$ 239 mil.

O modelo traz como novidade o sistema V2L (Vehicle to Load), que permite o fornecimento de energia do carro para um aparelho elétrico externo. Mas para o funcionamento do sistema é preciso um cabo especial, que conta com três tomadas do padrão brasileiro dos benditos três pinos em uma das extremidades.

Ao plugar a outra extremidade no bocal de recarga do carro, o cabo fornecerá energia para até três equipamentos 220 V simultâneos, com limitação de corrente máxima de 13 A e potência máxima combinada de até 3.300 W – nesta condição de potência máxima de uso, a bateria fornece energia por até cinco horas “sem consumir uma gota de combustível”, garantem os chineses. O cabo especial será cobrado à parte, sendo oferecido como acessório homologado nas concessionárias GWM até o início de agosto – ainda sem preço divulgado.

Com este recurso, o modelo poderá fornecer energia mesmo quando a bateria do sistema híbrido estiver descarregada, já que o motor a combustão do Haval H6 pode ser acionado para se transformar em um gerador para recarregar tanto a bateria do próprio veículo quanto fornecer energia para qualquer equipamento elétrico de 220V.


Divulgação     Companhia triplicou movimentação no Porto de Santos

HIDROVIAS – A Hidrovias do Brasil (HBSA3), empresa de capital aberto, focada em soluções logísticas integradas, publicou a segunda edição do seu relatório de sustentabilidade (ano base 2023), contemplando os desempenhos econômico, ambiental e social ao longo do último ano. “Com isto, a companhia reafirma seu compromisso com a transparência, ética e o desenvolvimento local”, enfatiza no documento. 

A sustentabilidade está no centro do negócio e essa característica vem transformando todo o setor logístico. Por meio da eficiência operacional, no caso da Hidrovias, o transporte de maior volume de cargas em uma única viagem resulta na redução de emissão de gases de efeito estufa (GEE) por tonelada transportada, utilizando menos combustível. “Em 2023, o crescimento baseado em excelência operacional resultou numa redução da emissão de gases do efeito estufa de aproximadamente 5% para os escopos 1 e 2 combinados. O modal hidroviário, como parte de um sistema multimodal e integrado, traz novas possibilidades de crescimento para o setor logístico no país, sendo esse um dos objetivos da Hidrovias do Brasil”, destaca o relatório.

De acordo com um estudo feito pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o transporte hidroviário consome uma quantidade de combustível que equivale a 66% do necessário para o transporte ferroviário e a apenas 26% do necessário para o transporte rodoviário, quando se considera o mesmo volume de carga e distância percorrida.

Mesmo diante destes desafios climáticos, a companhia transportou 18,1 milhões de toneladas em 2023, um aumento de quase 10% em relação ao ano anterior. Só no Corredor Norte, foram transportadas 7,4 milhões de toneladas e no Corredor Sul, 5,9 milhões de toneladas. Um resultado de investimentos e trabalho árduo focado em tecnologia e inovação.  Já no Porto de Santos/SP, após um período de investimentos em modernizações e reformas nos terminais do STS20, a Hidrovias do Brasil triplicou a movimentação de cargas em 2023. Houve um salto de 400 mil para 1,5 milhão de toneladas de fertilizantes movimentadas, na comparação com 2022.


Divulgação          Retomada do porto vai gerar mais receita

ITAJAÍ – A retomada das operações no Porto de Itajaí/SC está projetada para impulsionar significativamente a valorização dos galpões logísticos na região. Com a previsão de início das operações para o segundo semestre, a demanda por espaço logístico deve aumentar, elevando o valor do metro quadrado tanto para venda quanto para locação acima de 20% nos próximos anos. A assinatura do contrato da JBS para operar o porto marca um momento decisivo para o setor. A multinacional brasileira vai assumir a operação devido à compra de 70% da Mada Araújo, empresa que venceu a licitação temporária de dois anos. A expectativa é que as operações iniciem no segundo semestre.

Segundo a Wepayments, o Brasil é o país da América Latina que mais realiza compras em sites internacionais, com 75% dos brasileiros fazendo pelo menos uma compra on-line nos últimos 12 meses. Esse crescimento, com projeção de um salto de R$ 349 bilhões em 2023 para R$ 557 bilhões em 2027, aumenta a demanda por infraestrutura logística de alto padrão e bem localizada.

O porto de Itajaí está há quase dois anos inativo devido a questões políticas. Antes da paralisação, a média mensal de movimentação era superior a 100 mil TEUs, equivalente a 1 milhão de toneladas por mês. A reabertura ocorre em um momento estratégico, com a expectativa de restaurar e até superar esses números.


Divulgação              Objetivo é atingir emissão zero em 2050

GERADORES – Como parte da estratégia global de sustentabilidade “Destinoao Zero”, para acelerar a redução dos impactos de gases de efeito estufa (GEE) e atingir emissão zero até 2050, de modo a atender o mercado de geração de energia de forma cada vez mais sustentável, a Cummins Brasil anuncia nova linha de grupos geradores emissionada, integrando-se à transição energética imediata.  

A novidade atende aos níveis de emissões da cidade de São Paulo, conforme Decreto 60.233 e conta com nova motorização eletrônica, produzida na planta em Guarulhos (SP), QSF 4.5. Os grupos geradores Cummins Power Generation C90D6e, C110D6e e C130D6 têm aplicação nos setores agrícola, comerciais, indústrias, manufaturas, hospitais, entre outras, em regimes de Emergência (Standby).

“Com este lançamento, reforçamos o nosso compromisso em contribuir com as operações dos nossos clientes com a sustentabilidade, inovação e energia confiável por meio dos nossos produtos de classe premium”, afirma Cora Reis, gerente executiva de Vendas da Cummins Power Generation para a América do Sul.


TRAMPO – A indústria automotiva dos Estados Unidos deverá gerar mais de 500 mil novos empregos em 10 anos; engenheiros brasileiros são cotados para ocupar vagas. Isto porque a transição global para veículos elétricos (VEs) está se acelerando, com o mercado automotivo dos Estados Unidos pronto para um crescimento exponencial.

As previsões do setor apontam um aumento relevante de 300% no mercado de VEs na próxima década, sustentado por investimentos significativos de grandes empresas automotivas e forte apoio do governo federal dos EUA, incluindo incentivos e subsídios destinados a promover a inovação e a adoção de tecnologias verdes.

Com a indústria automotiva dos Estados Unidos experimentando um crescimento sem precedentes, os engenheiros brasileiros estão em uma posição única para alavancar suas habilidades em um contexto internacional, ganhando salários atraentes em uma moeda forte. O salário médio para engenheiros automotivos nos EUA é significativamente maior do que no Brasil, com engenheiros de nível médio ganhando entre US$ 80.000 e US$ 100.000 anualmente.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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