Nelson Tucci
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea) vive uma verdadeira lua de mel com o governo. Tanto que o
vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio
e Serviços, Geraldo Alckmin, participou da coletiva com
a imprensa especializada, organizada pela associação das montadoras na
véspera da folia momesca deste ano.
Segundo Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, entre
investimentos das montadoras e de fornecedores de peças, estão previstos mais
de R$ 100 bilhões até 2028/29. Na apresentação mensal dos resultados, ele
comentou que os investimentos começaram a se materializar após o lançamento do
programa desenvolvido para o setor, o Mover, que tem incentivos fiscais de R$
19,3 bilhões até 2028 para a produção de automóveis mais seguros e menos
poluentes.
Sobre números tão superlativos, Alckmin enfatizou: “Temos
tudo para crescer ainda mais, por isso contamos com a longa cadeia automotiva
para bater essa marca de R$ 100 bilhões de investimentos em fábricas, produtos,
tecnologia e P&D até o fim da década, gerando empregos e renda para o
país”. O VP ainda aproveitou para cutucar a indústria e sugeriu um novo evento
automotivo em substituição ao Salão do Automóvel. Lima Leite prometeu fazer “o
que estiver ao alcance” para a materialização dos investimentos anunciados, bem
como para o “novo Salão do Automóvel”.
ESTÁVEL – O mês de janeiro último encerrou com o mercado automotivo em alta e produção estável. O número oficial é de crescimento de 13,1% nas vendas, na comparação com janeiro de 23. Os emplacamentos registraram 162 mil unidades, representando média de 7,6 mil unidades diárias, contra 6,5 mil de igual período do ano passado.
Destaque ficou com os automóveis e comerciais leves,
assinalando 19,5% de participação, a maior em 10 anos. Os modelos híbridos e
elétricos responderam por 7,9% de todos os autoveículos licenciados em janeiro.
Já os pesados apresentaram queda de 21,4% para caminhões e de 32,1% para
ônibus. A justificativa é que tais veículos mostraram forte ritmo de
emplacamento em janeiro de 23, em função dos estoques de modelos produzidos em
22, ainda com tecnologia anterior e, assim, com preços mais acessíveis.
CRESCE – O Novo Citroën C3 começa este ano
com crescimento de 28% nas vendas (sobre janeiro de 23). Neste janeiro, o hatch
ganhou novo pacote Live Plus, que adiciona lavador e limpador do vidro
traseiro, desembaçador elétrico e sistema de som Mopar com conexão Bluetooth e
entrada USB. Na versão Live 1.0, o modelo está com preço de R$ 67.990.
A marca também registrou crescimento em janeiro no segmento
de vans intermediárias, com uma participação no segmento de 16% estando entre
os três modelos mais vendidos na categoria. A Stellantis revela que o modelo
Jumpy traz de série itens de segurança essenciais (ufa, que bom!) como
limitador e regulador de velocidade, indicador de fadiga, controle de
estabilidade e tração e assistente de partidas em rampas.
A capacidade de carga é de 1.500 kg e 6,1 m³ de volume útil
dão versatilidade para quem busca rentabilidade. O peso bruto total é inferior
a 3.500 kg, conferindo flexibilidade na circulação.
AÉREO – O relatório Transporte Aéreo -
Insights em TI - 2023 (2023 Air Transport IT Insights, em inglês) da SITA,
publicado na semana que passou, mostra que tanto os aeroportos quanto as
companhias aéreas registram aumento dos gastos com tecnologia da informação
(TI) em 2023, atingindo um valor estimado de US$ 10,8 bilhões e US$ 34,5
bilhões, respectivamente.
Os CIOs (Chief Information Officer) do setor esperam
que o crescimento continue neste ano de 2024. As prioridades de investimento
dos CIOs da aviação incluem uma jornada de passageiros habilitada
biometricamente, aproveitando os dados para liberar eficiências operacionais e
soluções ecológicas para otimizar o consumo de energia e as emissões.
"À medida que nos aproximamos de uma recuperação total
da demanda de passageiros por viagens aéreas, com os voos domésticos superando
até mesmo os níveis pré-pandêmicos, em algumas áreas, as companhias aéreas e os
aeroportos aprenderam com o congestionamento e as interrupções observadas nos
últimos dois anos. O compartilhamento avançado de dados e ferramentas
analíticas permitirão que o setor una os stakeholders e identifiquem
oportunidades de maior eficiência e operações otimizadas”, ressalta David
Lavorel, CEO da SITA.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
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