Nelson Tucci
Em
um raciocínio simplista, os motores a combustão já poderiam estar aposentados,
mas, por motivos nem sempre revelados, ainda resistem aos avanços da tecnologia
e, sobretudo, à necessidade de contribuir com a descarbonização do planeta. Apesar
da sobrevida, a contagem para a descontinuidade desses papa-dinossauros já
começou.
Joseph
Robinette Biden Jr., o Joe, atual
presidente dos EUA, é nascido na Pensilvânia, não no Texas. Só isto já pode
significar algo mais palpável em relação ao futuro do planeta do ponto de vista
ambiental. Um dos primeiros atos que assinou foi reconduzir o seu país ao
Acordo de Paris. E depois de afirmar que pretende zerar as emissões de gases do
efeito estuda até 2050, assinou decreto induzindo a que pelo menos 50% dos
veículos produzidos, até 2030, saiam com motor elétrico das fábricas. A decisão
tem a concordância das montadoras instaladas por lá.
Já
a rede CNN de televisão informou que estudos da consultoria EY apontam para o
seguinte quadro em 2045: apenas 1% de todos os veículos comercializados no
mundo terão motor a combustão. A virada ocorrerá em 2033, com os elétricos já
sendo majoritários nas vendas. A Europa talvez alcance um pouco antes essa
tendência.
RECUO – Em live com os jornalistas da imprensa especializada na sexta-feira última, o presidente da Anfavea (associação das montadoras) afirmou que pelo segundo mês consecutivo a produção de autoveículos recuou no Brasil, referindo-lhe a julho. Segundo o representante da indústria automotiva, Luiz Carlos Moraes, a queda pode ser creditada às paralisações de algumas unidades em função da falta de semicondutores.
Em
julho, a produção total foi de 163,6 mil unidades, 2% a menos do que no mês de
junho e 4,2% abaixo de julho de 2020. O desempenho é considerado o pior para um
mês de julho desde 2003. Ainda de acordo com a Anfavea, existe maior demanda interna
e externa por veículos, “mas infelizmente a falta de semicondutores e outros
insumos tem impedido a indústria de produzir tudo o que vem sendo demandado,
apesar dos esforços logísticos empenhados pelas empresas", acentuou
Moraes, finalizando: "Os estoques de 85 mil unidades nas fábricas e nas
concessionárias são os menores das últimas duas décadas, o que comprova a
gravidade da situação".
Com
demanda reprimida, os preços sobem, diz a “lei do mercado”. Feitas as contas,
nesses últimos meses de pandemia, o preço dos veículos leves (carros e camionetas)
subiu, em média, 8,3%.
ESTREIA – Prometendo
autonomia de 420 km, estreia no mercado brasileiro o JAC E-JS4. Do novo
segmento médio/grande, o SUV da JAC aposta firmemente no trinômio design
contemporâneo, alta tecnologia e custo/benefício.
“Este
é um produto muito moderno, com um design insinuante, traz recursos
tecnológicos high-end, e é vendido
por um valor extremamente agressivo. Para se ter uma ideia, o SUV 100% elétrico
de seu porte mais acessível do país custa mais de R$ 420 mil, ou seja, R$ 170
mil a mais do que o E-JS4. Estamos entusiasmados com o potencial de vendas
desse modelo”, define Sergio Habib, presidente do Grupo SHC e da JAC Motors
Brasil.
Capaz
de rodar 420 km com a carga completa, o que dá, em média, um consumo de 13 kWh
por 100 km, o E-JS4 é um dos modelos elétricos mais eficientes e econômicos
fabricados até aqui. Para recarregá-lo por completo, considerando o custo médio
de tarifas de R$ 0,60 por kWh, o proprietário do modelo vai desembolsar R$ 7,80
a cada 100 km (equivalente a 1,3 litro de gasolina por 100 km).
“Encher
o tanque” por esse valor e rodar 420 km significa, em linhas gerais, um custo
por km rodado seis vezes menor do que um modelo com motor térmico”, destaca a
JAC Motors.
SPECIAL – Com mais de
10 mil unidades vendidas no mercado brasileiro desde o lançamento, em março
último, a Toyota do Brasil celebra o sucesso de seu mais novo SUV com edição
limitada da versão Special Edition do Corolla Cross. O modelo pode ser
encontrado nas concessionárias Toyota com preço sugerido de R$ 192.690.
Baseado
na versão topo de linha, XRX Hybrid, o SUV da marca traz equipamentos
exclusivos como carregador por indução para celular (wireless charger) e alguns acessórios, tais como estribo lateral,
soleira nas portas e bandeja do porta-malas. A edição especial do SUV incorpora
ainda uma lista de itens visando o conforto, conveniência e segurança do
proprietário.
O
modelo vem equipado com computador de bordo, carregando tela TFT de 4,2” de
alta resolução, sistema de áudio central multimídia Toyota Play com tela sensível
ao toque de 8”, bluetooth e conexão para smartphones e tablets compatíveis com
Android Auto e Apple CarPlay.
ROVER – A Range
Rover, linha de maior sofisticação da Land Rover no país, adiciona ao mercado
brasileiro a nova versão exclusiva SVR Carbon Edition, com unidades limitadas.
Produzida na Inglaterra pela unidade Special
Vehicles Operation (SVO), reúne “o que há de mais avançado em termos de
luxo, tecnologia embarcada e motorização de alta performance”, destaca a
montadora. A pré-venda já foi iniciada e estará disponível apenas em
concessionárias da marca para vender os produtos SVO da Land Rover no país.
Seu
motor é um V8 de 575 cv com potência bruta e visceral. Desenvolvido com a tecnologia
de carroceria monobloco 100% de alumínio da Land Rover, foi construído sobre
uma estrutura robusta, porém de arquitetura leve. O veículo alcança de 0 a 100
km/h em 4,5 segundos, tendo sua velocidade máxima em 283 km/h.
KIA – A Kia Motors
do Brasil confirma a chegada da 4ª geração da Carnival, com lançamento oficial
à imprensa e início de comercialização prevista para a última semana deste mês.
Inspirada em SUVs, o modelo inaugura um novo patamar para a marca em termos de
conectividade, tecnologia embarcada e sistemas de segurança, anuncia a
montadora coreana. Este GUV (Grand
Utility Vehicle) estará disponível no mercado brasileiro em versão única,
com motor MPi V6 à gasolina de 3,5 litros, que gera até 272 cv e 332 Nm de
torque, acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades, ao preço de
R$ 479.990.
Os
recursos de conectividade e de tecnologia embarcada destacam a 4ª geração da
Carnival, com uma gama de equipamentos high-tech projetados para tornar a vida
com o veículo o mais fácil e conveniente possível. O centro de conectividade do
carro é o display digital duplo, acionando o novo painel de instrumentos
digitais de 12,3” e o sistema de infoentretenimento com tela sensível ao toque
também de 12.3” sob uma única peça de vidro.
EQUINOX – A Chevrolet
prepara quatro lançamentos de setembro até o fim do ano. As novidades estão
sendo anunciadas uma a uma desde a semana passada. Depois de confirmar a
chegada do Novo Bolt EV, agora é a vez do Novo Equinox.
O
Equinox é o modelo mais vendido da Chevrolet no mundo e, no Brasil, na faixa
premium. Destaca-se na categoria pelo maior porte, além do conteúdo tecnológico
e dinâmico. "O Novo Equinox será lançado no último trimestre do ano, e a
expectativa tem sido grande por parte dos clientes. O SUV médio da Chevrolet
chegará ainda mais equipado e com personalidade inédita, em linha com uma
característica muito singular do produto: a excelente dirigibilidade", diz
Rodrigo Fioco, diretor de Marketing da GM América do Sul.
INJEÇÃO – A marca
italiana, que oscilou nos últimos anos no mercado brasileiro, ganhou uma
injeção de ânimo e reage bem após a fusão de operações com a francesa Peugeot.
Em julho, pelo sétimo mês consecutivo, a Fiat fechou o mês na liderança do
mercado nacional de automóveis e comerciais leves com 26,8% de participação
(43.684 emplacamentos), sendo este o melhor resultado desde agosto de 2007.
Os
destaques do mês ficaram com o hatcback Argo, carro mais vendido do país com
10.873 unidades (6,7% de market share), o melhor desempenho comercial desde o
seu lançamento. A Nova Strada vem em seguida com 9.439 unidades (5,8% de
participação), e o Mobi em 3ª lugar com 8.059 unidades emplacadas (4,9% de
market share), atingindo seu recorde de vendas desde o seu lançamento, em 2016.
A picape Toro foi o 5° veículo em vendas nacionais com 7.031 unidades (4,3% de
participação), atingindo seu melhor mês também desde o lançamento.
Com
isto, a Fiat amplia sua liderança no mercado brasileiro no acumulado do ano,
chega a 267.457 mil unidades vendidas desde janeiro (com participação de
mercado de 22,8%) e se consolida como a marca que mais cresceu no país: 8,3
pontos comparado ao mesmo período de 2020. Destaque mais uma vez para a Nova
Strada, veículo mais vendido do Brasil em 2021, com 70.505 mil emplacamentos e
6% de participação nas vendas totais do semestre.
SCOOTER – No mês de
julho, o segmento de scooters registrou um recorde histórico no volume de
emplacamentos: foram 10.195 unidades. No ranking de marcas, a Honda Motos
lidera as vendas, com a comercialização de 6.589 unidades, melhor resultado da
série histórica, com participação de mercado de 64,6%.
Com
um line up diversificado de scooters, que atende aos diversos perfis de
clientes, a Honda possui modelos de entrada, como a Elite 125, que conta com
design arrojado, tecnologia de freios CBS, painel digital e farol em LED. Pelo
segundo mês consecutivo, o modelo lidera as vendas em sua categoria, ampliando
a sua vantagem em relação à concorrência, com 61,2% de participação de mercado.
Scooter
líder absoluta em vendas no país, a PCX é a opção completa para a mobilidade
urbana, entregando um grande pacote de praticidade e funcionalidade de
equipamentos, proporcionando uma pilotagem confortável e segura.
MERITOR – A unidade de aftermarket da Meritor tem bons motivos para comemorar os 65 anos da empresa no Brasil. Suas vendas estão em alta nos últimos cinco anos, movimento mantido inclusive em 2020 apesar das dificuldades com a pandemia da Covid-19 no país e no mundo. Os negócios da empresa no mercado de reposição cresceram mais de 160% entre 2015 e 2020. No comparativo de 2020 com 2019 houve expansão de 34% e no primeiro semestre deste ano o crescimento chega a 63%, conforme revela Gerson Backrany, gerente nacional de vendas do mercado de reposição da Meritor América do Sul.
O
executivo lembra que o índice de expansão no acumulado até junho reflete um
volume reduzido de vendas na primeira metade de 2020, quando o setor automotivo
foi fortemente afetado, principalmente nos meses de abril e maio pelas medidas
de isolamento social impostas pela pandemia.
Mas
as projeções são positivas para o segundo semestre e, consequentemente, para o
ano como um todo. “Acreditamos que o mercado se manterá em alta e prevemos
crescer entre 25% e 30%”, comenta. O mercado de reposição, segundo ele, vem
sendo indiretamente favorecido pela pandemia e a consequente escassez de
componentes que tem afetado o setor automotivo no Brasil e no mundo: “Como há
receio de faltar peças, os distribuidores estão preferindo reforçar os estoques
e, assim, garantir o abastecimento futuro do mercado”.
A
Meritor tem hoje um portfólio de 3 mil itens ativos no aftermarket, incluindo
componentes do diferencial automotivo, rolamentos, cruzetas e óleo para o
diferencial. O gerente nacional de vendas lembra que a unidade ganhou uma nova
diretoria em 2015 e a partir de então implementou uma série de ações para
fortalecer os negócios na área.
ESTRADA – A Arteris
Régis Bittencourt dá sequência às obras de reconstrução do pavimento na BR-116,
trechos do Paraná e São Paulo. No dia 26/07 os serviços foram iniciados em dois
segmentos no município de Miracatu/SP – km 373,2 e km 372,1 – ambos em pista Norte
com interdição de faixa 2 e fluxo liberado pela faixa 1. Esse lote tem previsão
de conclusão dentro de 65 dias.
No
dia 1º deste mês, domingo, as intervenções foram em Campina Grande do Sul/PR,
no km 40,4 e no km 41,2 – com serviço na faixa 2, sentido Sul da rodovia, e
tráfego pela faixa 1. Prazo para conclusão de 65 dias. As obras nesses pontos
incluem remoção de todo o pavimento flexível e da base existente, uma camada de
77 cm, substituição e melhorias, com recomposição e reconstrução de toda a
estrutura.
Até
o mês de setembro a previsão é que novos pontos recebam obras de reconstrução
do pavimento na Régis Bittencourt. O cronograma poderá sofrer alterações em
caso de condições climáticas adversas. Mais informações podem ser obtidas pelo
perfil no Twitter @Arteris_ARB ou pelo telefone 0800 7090116.
IMPORTADORES – As 13 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) registraram licenciamento de 7.398 unidades, das quais 2.555 importadas e 4.843 veículos de produção nacional. Isto ocorreu no mês de julho último e representa alta em suas vendas de 6,3% ante junho de 2021, quando foram comercializadas 6.960 unidades. Comparado a julho de 2020, o aumento é de 33,2%: 7.398 unidades contra 5.556 veículos.
Somadas
as unidades importadas e as nacionais, com total de 41.887 veículos nos
primeiros sete meses de 2021, as associadas à Abeifa registram percentual
positivo de 45,2%. Em 2020, em igual período comparativo, o total de
licenciamentos foi de 28.851 unidades.
“As
empresas filiadas, também fabricantes locais, obtiveram resultados muito
expressivos em julho. Para as importadoras, porém, as vendas foram inibidas por
falta de vários modelos. O desabastecimento instável de peças e de componentes
ainda tem impactado a produção de nossas matrizes. Mas entendemos que o setor
consegue se recuperar nos próximos meses porque há uma demanda reprimida”,
esclarece João Henrique Oliveira, presidente da associação.
NÁUTICA – A Fishing
Raptor, marca internacionalmente conhecida pelos barcos de alta resistência,
acaba de lançar novo modelo de 42 pés: a Fishing 420 Raptor. A embarcação chega
para atender uma parcela crescente do mercado que busca diversão e esportes em
uma mesma embarcação, ou seja, é indicada tanto para navegação de lazer como
para a pesca oceânica, mergulho e outros esportes náuticos. É ideal para
navegações de longas distâncias e possui espaço para receber a família e os
amigos.
“As
embarcações da Fishing são seguras até para navegar em condições desfavoráveis
porque possuem potência e hidrodinâmica que permitem cortar ondas em mar aberto
com mais facilidade”, explica o diretor da empresa Fernando Assinato. Segundo
ele, a Fishing projeta fechar 2021 com crescimento de 40% em relação ao ano
anterior.
PORTOS – Os portos brasileiros, públicos e privados, movimentaram 280 milhões de toneladas nos três primeiros meses do ano, representando crescimento de 11,1% em relação a igual período do ano passado. Os públicos apresentaram crescimento de 9,71% enquanto os portos privados registraram + 11,75%.
Os
dados são do Boletim Informativo Aquaviário, editado pela Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq).
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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