segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

VWCO comemora 40 anos

Divulgação        Modelos 11.130 e 13.130 foram os primeiros caminhões

Nelson Tucci

A Volkswagen Caminhões e Ônibus abre as festividades de celebração pelos seus 40 anos de existência. Em fevereiro de 1981, o Brasil e o mundo conheceram a até então inédita Volkswagen Caminhões, marca que vem fazendo história com a produção de caminhões e ônibus sob medida para os clientes. Para seguir nessa trajetória, a empresa, em seu 40º aniversário, inicia um ciclo de investimentos de R$ 2 bilhões entre os anos de 2021 e 2025, o sexto e maior período consecutivo de aportes no país. Em outubro do ano passado, a marca chegou ao número histórico de 1 milhão de veículos produzidos.

A montadora iniciou suas atividades com apenas dois modelos de caminhões: o VW 11.130 e o VW 13.130, ambos fabricados em São Bernardo do Campo/SP. Hoje a linha para o transporte de cargas vai de caminhões de 3,5 a 125 toneladas de peso bruto total, com três famílias VW – Delivery, Constellation e Meteor –, além dos MAN TGX. Também foi desenvolvida uma linha completa para o transporte de passageiros, com chassis Volksbus para os mercados de ônibus rural, urbano, fretamento, rodoviário e escolar. Os produtos são montados na moderna fábrica de Resende/RJ, e parte deles também na filial da empresa em Querétaro, no México.

Viabilizar a mobilidade elétrica para a produção dos primeiros caminhões é outro passo importante da marca. Recentemente, a Ambev e a VW Caminhões e Ônibus oficializaram acordo para entrega dos 100 primeiros caminhões elétricos e-Delivery. A partir do segundo semestre deste ano, os veículos distribuirão as bebidas da Ambev utilizando energia totalmente limpa pelas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro. O acordo faz parte do compromisso da companhia de ter 1.600 caminhões Volkswagen elétricos na sua frota parceira até 2023.


EXPANSÃO – O impacto da pandemia do novo coronavírus na operação de caminhões da Volvo no Brasil e na América Latina poderia ter sido de “uma gripezinha”, não fosse a paralisação da produção na fábrica de Curitiba/PR por mais de um mês e a consequente desorganização provocada na cadeia de suprimentos, restringindo as entregas diante de retomada do mercado muito rápida. Com uma extensa fila de clientes (espera pode durar até cinco meses), expectativa de crescimento econômico e a vacinação no horizonte, a Volvo projeta um ano de forte expansão, com alta em torno de 40% na venda de modelos pesados e semipesados.

Em 2020 as vendas de caminhões da tradicional montadora sueca, hoje controlada por uma chinesa, caíram 13% na comparação com 2019, na América Latina. O Brasil, maior mercado da região e segundo maior do grupo no mundo, reduziu a intensidade do tombo com a menor queda regional, de 11%, com quase 15 mil unidades vendidas, enquanto outros países como Peru (-29%), Argentina (-25%) e Chile (-14%) registraram desempenhos piores, entre 800 e mil veículos em cada mercado no ano.

O Brasil aumentou para 80% sua participação nas vendas da Volvo na América Latina. “O resultado de 2020 pode ser considerado bom diante da situação que vivemos. O mercado brasileiro (de caminhões) foi o que menos sofreu na região e estamos otimistas, vemos condições que sustentam o crescimento no país, como juros baixos e expansão do agronegócio, construção civil, mineração e obras de infraestrutura. Mas ainda continuamos a enfrentar os efeitos da pandemia, por isso o momento é de volatilidade e exige atenção”, pondera Wilson Lirmann, presidente do grupo.


IMPLEMENTOS – A venda de implementos rodoviários em janeiro somou 11,3 mil unidades, registrando forte alta de 30,9% sobre o mesmo mês de 2020. E isto é ainda mais expressivo quando se considera que há um ano o mercado não sofria, ainda, o impacto da pandemia. O número também foi o melhor para o mês em seis anos, desde janeiro de 2015, quando os fabricantes do setor tiveram 8,3 mil implementos vendidos.

Os dados são Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) e mostram também que os reboques e semirreboques (carretas) tiveram 6,7 mil unidades emplacadas em janeiro último, representando alta de 44,8% contra igual período do ano passado.

Considerando o ano inteiro de 2020, as associadas Anfir negociaram 122 mil unidades, o que representa crescimento de 0,7% sobre o ano anterior.


LOGÍSTICA – Apesar dos desafios enfrentados no ano da pandemia, alguns setores se sobressaíram e seguem em projeção de crescimento. O e-commerce é um desses e, segundo pesquisa realizada pela DHL, o segmento no Brasil deverá crescer 17% neste ano.

É importante destacar que algumas questões relacionadas à sustentabilidade precisam ser equalizadas ainda em 2021. Empresas de logística precisam repensar seus impactos e modelos de atuação, a fim de chegar a operações mais acessíveis e sustentáveis.

“Nós somos uma empresa verde, economizamos, no mínimo, 12% de óleo diesel. Quando você roteiriza, busca as melhores formas. Evita passar por determinados lugares que não precisa e faz economia em consumo”, explica Antonio Wrobleski, presidente da Pathfind, empresa especializada em otimização e redução de custos logísticos.


FROTA – A Rodobens, especializada em varejo automotivo e serviços financeiros, reforçou sua parceria com o Grupo Botuverá, para ampliar a frota da transportadora em Rondonópolis/MT. A empresa fecha janeiro com a entrega de 30 unidades Mercedes-Benz Actros 2651 e oito Axor 2544.

Com o aquecimento da economia e o aumento da safra no país, a parceria da Rodobens com a Botuverá é parte de uma estratégia de vendas para atender a demanda do setor. O transporte rodoviário de cargas é responsável por 11% do PIB brasileiro e concentra 65% de toda a movimentação de cargas, segundo dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT).


ESTÁGIO – A Volkswagen do Brasil abriu inscrições para seu Programa de Estágio 2021. Esta é uma oportunidade para os jovens estudantes aplicarem para cerca de 130 vagas disponíveis para atuar nas unidades de São Bernardo do Campo, Vinhedo, Taubaté e São Carlos, em São Paulo, e São José dos Pinhais, no Paraná. As inscrições estão abertas até 28 de fevereiro. Acesse https://portal.ciee.org.br/processos-seletivos-especiais/estagio-volkswagen/


Divulgação                     Novas peças para 50 diferentes modelos

BRONZINAS – Marca 100% brasileira, com uma década de atuação no mercado nacional, a Takao acaba de anunciar o lançamento de novas peças para 14 marcas e 50 modelos diferentes de veículos. A lista inclui bronzinas de mancal, bombas d´água, bombas de óleo, cabeçotes, comandos de válvulas, kits de corrente, pistões, parafusos de cabeçote e válvulas.

Os novos componentes somam-se a um portfólio de mais de 20 mil itens e 1.300 motores diferentes. Uma das empresas mais lembradas pelos reparadores (de acordo com o Ibope, em recente pesquisa), a Takao, é a única marca do mercado que atende a todos os componentes internos do motor.

Neste mês, em novo catálogo, a marca lança peças de reposição para vários modelos de propulsores.


Divulgação  Babitonga: entre os cinco maiores complexos portuários do país

PORTO – A retomada da produção industrial, somada ao crescimento do consumo no último trimestre de 2020, trouxe números positivos para a movimentação portuária brasileira. Foram vários os portos brasileiros que registraram recordes de movimentação, especialmente em novembro e dezembro.

Neste contexto, o porto Itapoá/SC, que chegou a movimentar apenas 4 mil contêineres de importação no mês de junho, chegou a 12 mil unidades/mês, em novembro e dezembro. Como comparação, nos três últimos meses de 2020 o terminal recebeu 35 mil contêineres de importação, praticamente o dobro das movimentações do segundo e terceiro trimestre, representando crescimento de 10% em relação ao último trimestre de 2019.

Na exportação, contudo, houve estabilidade na movimentação, com média de pouco mais de 7 mil unidades movimentadas/mês. Desde o início das operações, em junho de 2011, o porto Itapoá sempre apresentou crescimento na movimentação ano a ano, finalizando 2020 entre os 5 maiores portos do país. Se considerada a análise dos números de tonelagem abrangendo os complexos portuários de Santa Catarina, a Baía da Babitonga (contempla os portos de São Francisco do Sul e Itapoá), registra a maior movimentação do estado. Babitonga representa 60% de todas as cargas (em tonelagem) movimentadas pelos portos catarinenses.


Divulgação             Startup tem várias parcerias: agora é com a Toyota

AUTÔNOMO – Aurora, a startup autônoma que adquiriu em dezembro último o negócio de veículos autônomos do Uber, anunciou uma nova parceria na semana passada. A empresa trabalhará com a Toyota e a fornecedora de autopeças Denso para desenvolver essa tecnologia nascente.

Há um trabalho em curso, em plataforma autônoma, com hardware e software central que permitem a autonomia de nível 4 ou 5, veículos que basicamente podem se dirigir em quase todas as situações. O plano é aperfeiçoar essa tecnologia e depois vendê-la para as montadoras. Até o final deste ano, a empresa pretende implantar uma frota inicial de veículos equipados com seu sistema autônomo Aurora Driver. A espaçosa e eficiente minivan Toyota Sienna é a plataforma preferida da empresa.


FIM – Depois da Mercedes e da Ford, agora é a Audi que anuncia o encerramento de produção no Brasil. Ao menos do modelo A3 Sedan, produzido em São José dos Pinhais/PR. Oficialmente, a montadora alemã permanecerá no país, aguardando decisão da matriz, na Alemanha, que por sua vez aguarda uma decisão do governo federal sobre um possível atraso em repasses acumulados como parte de um antigo programa de incentivo.

De acordo com a Audi, o envio de R$ 289 milhões em créditos de IPI está pendente como parte do programa Inovar Auto, iniciativa criada em 2012, sob a gestão Dilma Rousseff. Se a empresa parar de vez, a Volkswagen (do mesmo grupo) utilizará as instalações.


RESULTADO – A General Motors divulgou na semana que passou o resultado de 2020, apresentando lucro líquido de US$ 6,4 bilhões. Isto representa queda de 4,5% sobre o resultado apurado em 2019 e é considerada uma “pequena adversidade do ano”, demonstrando a capacidade da companhia de superar os efeitos negativos da pandemia, que derrubaram em 11% o faturamento líquido global (somando US$ 122,5 bilhões).

O volume de veículos vendidos pela GM no mundo somou 6,8 milhões de unidades, com uma retração de 11,7% no ano. Para 2021, a GM espera apurar lucro líquido entre 6,8 bilhões e US$ 7,6 bilhões, com Ebitda entre US$ 10 bilhões e US$ 11 bilhões. Segundo a companhia, o foco seguirá centrado em crescimento rentável e faturamento adicional com lançamentos de novos veículos elétricos – serão 30 deles até 2025 nos Estados Unidos e China.

Do investimento anunciado em 2020 de US$ 27 bilhões para desenvolver e lançar modelos elétricos e autônomos, US$ 7 bilhões já começam a ser aplicados este ano. A companhia avalia que pode ter mais um ano de superação diante de ventos contrários que trazem alta nos preços de matérias-primas.


Divulgação            Fiscalização focou Centros de Formação de Condutores

TRETA – O Departamento Estadual de Trânsito (Detran.SP) intensificou o trabalho de fiscalização em Centros de Formação de Condutores (CFCs) e vistoriou, na semana pré-Carnaval, unidades da capital, região metropolitana e interior paulista. Foram visitados 29 municípios e em sete casos os fragrantes resultaram em registros de boletins de ocorrência.

Em Hortolândia, por exemplo, dois CFCs foram identificados com aulas de direção abertas. Ou seja, que deveriam estar ocorrendo naquele momento, sem estarem realmente sendo realizadas. Outros quatro CFCs localizados nos municípios de Santa Bárbara do Oeste, Araçariguama, Itapevi e Promissão foram flagrados cometendo a mesma infração. Em Guarulhos, os agentes identificaram fraude nas aulas teóricas e também foi necessário levar o caso à delegacia.

Em todos os casos, os responsáveis responderão por inserção de dados falsos (artigo 313-A do Código Penal). A pena para esse crime varia de dois a 12 anos de detenção. Além disso, os CFCs deverão responder a processos administrativos junto ao Detran e estarão sujeitos a penalidades como bloqueio das atividades, suspensão e até descredenciamento. Como garante a Constituição Federal, o CFC terá direito a apresentar ampla defesa antes da conclusão do processo.


CLIMA – A Bridgestone Corporation anunciou sua inclusão na “A List” de ações contra as mudanças climáticas do CDP, organização ambiental global sem fins lucrativos. Este reconhecimento se deve às iniciativas da companhia em resposta às mudanças climáticas. A Bridgestone foi uma das 270 empresas selecionadas, entre as mais de 5.800 empresas avaliadas.

O CEO Global da Bridgestone Corporation, Shuichi Ishibashi, comentou o reconhecimento recebido: “O Grupo Bridgestone incluiu em sua visão a meta de proporcionar valor à sociedade e aos clientes como uma empresa de soluções de sustentabilidade de 2050 em diante. Atualmente, enfrentamos diversos desafios, como as mudanças climáticas, o esgotamento de recursos e a destruição do meio ambiente. Portanto, nossas responsabilidades como organização vão além do apoio a uma mobilidade segura e confiável por meio dos nossos negócios de pneus, borracha e soluções, desejamos ser uma empresa sustentável que contribua com a mobilidade, geração de uma economia circular e redução das emissões de CO2. Para isso, desejamos ampliar e promover a criação conjunta em toda a nossa cadeia de valor, que se estende do desenvolvimento, produção e vendas ao uso de pneus e condução de veículos pelos clientes, chegando, por último, à reciclagem e reutilização”.


Divulgação  Planta projetada para reciclar até 3.600 sistemas de baterias/ano

RECICLAGEM – A Divisão de Componentes do Grupo Volkswagen inaugurou em Salzgitter, na Alemanha, a primeira planta do Grupo VW para reciclagem de baterias de carros elétricos. Com o início da operação piloto, o Grupo VW dá mais um passo em seu compromisso com a responsabilidade sobre toda a cadeia de valor das baterias para veículos elétricos. O objetivo é a recuperação industrial de matérias-primas valiosas, como o lítio, níquel, manganês e cobalto, num ciclo fechado, juntamente com o alumínio, cobre e plásticos, atingindo uma proporção de mais de 90% de reciclagem no longo prazo. 

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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