Nelson
Tucci
Se
você quer ser um (a) feliz proprietário (a) de automóvel e se misturar à frota
paulista de 19 milhões – ou mais especificamente à frota paulistana de 7 milhões
de veículos –, a hora é agora. Os juros para o financiamento ainda estão na
casa dos 30% (cada vez mais perto da Lua), mas o preço nominal dos carros
baixou, após o anúncio do pacote do governo de estímulo ao setor.
Há
muitas notícias de “ofertas”, como a Hyundai e Toyota anunciando queda de 14,9%
nos veículos até R$ 120 mil. Até a Peugeot, que em 4 de maio último cobrou da
Stellantis (a holding) solução definitiva para os problemas recorrentes de seus
veículos, já que a marca tem gerado grande insatisfação junto ao consumidor – a
exemplo da Citroen, do mesmo grupo – baixou o preço de seus carrinhos em 14,9%.
É
preciso um pouquinho de paciência e muita atenção, para se fazer o melhor
negócio. A GM, por exemplo, oferece “condições especiais” para as linhas Onix,
Tracker, Equinox e S10. Segundo Kleusner Lopes, diretor nacional de Vendas da
GM, os descontos podem chegar a R$ 10 mil na linha Ônix e a R$ 30 mil para a
S10. Já a VW disse que reduz os preços e ainda aplicará um bônus de R$ 5 mil.
VERMELHO – Após enfrentar o seu “abril vermelho”, com recorde negativo de produção, as montadoras suspiraram com o desempenho de maio, anunciado pela Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), dando conta que o volume nesse “mês das mães” foi de 227,9 mil unidades, mostrando alta de 27,4% sobre abril último e de 10,7% sobre igual período de 2022.
A
volta de fábricas paradas, mais 4 dias úteis para vender no mês, deixou maio em
posição melhor: assim, no acumulado do ano o volume produzido é de 942,8 mil
unidades, representando 6,2% a mais que igual período do ano passado.
Cabe
lembrar ainda que após anunciar os subsídios para diminuir os impostos dos
“carros populares” no Brasil, o governo antecipou a reoneração do diesel em 90
dias. As duas medidas impactam negativamente a mobilidade urbana, para Fabio
Ferreira, CEO da Empresa 1, centro de inovação em mobilidade urbana. “Com mais
carros na rua, há diminuição do uso do transporte público e, consequentemente,
trânsitos intensos, baixa qualidade de vida da população, mais acidentes e
aumento das emissões de poluição na atmosfera”, diz ele, acrescentando que ”o
combustível mais caro desfavorece a operação dos ônibus e é o passageiro que
sente a diferença direto no bolso, já que dos mais de 688,8 mil ônibus no
Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pouco mais
de 380 veículos são elétricos (dados do E-BUS Radar)”.
INTERIOR
–
A Arteris, empresa de gestão de rodovias no Brasil, substituiu dois veículos
movidos à combustão de sua frota por dois carros elétricos. O objetivo é testar
o rendimento dos novos veículos e observar se a tecnologia pode trazer mais
eficiência e sustentabilidade para a operação nas rodovias, como a redução de
emissão de gases de efeito estufa.
Para
suportar o projeto piloto, foram instalados três pontos de carga para os
veículos, que também foram pensados para que haja uma adaptação à tecnologia,
cada vez mais presente nas rodovias brasileiras. A iniciativa faz parte da agenda
ESG da companhia, composta por objetivos e metas definidos, dentre eles a
redução da pegada de carbono e o aumento da eficiência energética em suas
atividades.
O
projeto piloto está sendo realizado na concessionária Arteris ViaPaulista, que
instalou pontos de recarga em sua sede em Ribeirão Preto, na subsede em Barra
Bonita e na praça de pedágio de Itaí na SP-255. Os dois carros elétricos,
quando totalmente carregados, possuem autonomia de trafegar 380 quilômetros.
Juntos, os novos modelos poderão economizar até seis mil litros de gasolina por
ano, reduzindo em até 100% a emissão de CO2 dos automóveis substituídos, já que
os carregadores foram instalados em locais que estão sendo equipados com
painéis de energia solar.
MOTOS – A Yamaha, primeira indústria a fabricar motocicleta no Brasil, segue seu compromisso com a sustentabilidade. A empresa japonesa, em parceria com a Moss, climatech brasileira pioneira e líder na comercialização de crédito de carbono e de soluções ambientais através do uso de tecnologia de ponta, compensou a emissão de 126 toneladas de CO2eq, provenientes de duas equipes da Yamaha Racing e do Yamaha Day, evento anual de aniversário da marca. A iniciativa tem como objetivo minimizar o impacto ambiental das atividades da empresa, reforçando a importância da conservação do meio ambiente e a adoção de práticas mais sustentáveis.
O
Yamaha Day ocorreu no início em junho de 2022, quando se reuniram milhares de
motociclistas em eventos em diversas concessionárias espalhadas pelo Brasil.
Ali tiveram início as ações de compensação de carbono em eventos sociais. Ao
todo foram compensadas 64 toneladas de gases de efeito estufa, que correspondem
aos 327 mil km rodados no dia do passeio pelas 6.000 motos participantes. O
valor equivale a 9.176 de árvores preservadas em um ano.
AMBIENTAL – Em linha com o Nissan Green Program (NGP), plano ambiental da marca para acelerar os esforços para as questões ambientais relacionadas às mudanças climáticas, dependência de recursos, qualidade do ar e escassez de água, a fabricante japonesa está buscando oportunidades para empregar novas práticas de respeito ao meio ambiente no Complexo Industrial de Resende, no Sul do estado do Rio de Janeiro. No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, a Nissan destacou dois novos projetos adotados em sua unidade de produção no Brasil que têm permitido a conservação anual de mais de 26 milhões de litros de água – volume suficiente para abastecer 655 casas durante um ano no estado de São Paulo, segundo dados da Sabesp.
Implementado
no final de 2020, o projeto "Reuso do Rejeito da Osmose Reversa"
consiste em reaproveitar a água do rejeito proveniente do processo de
tratamento da osmose para utilização em outros processos na fábrica. "A
osmose reversa é um método de purificação da água que elimina salinidade, porém,
descarta uma porcentagem do volume inicial. Com a implantação do reuso, o
rejeito anteriormente descartado passou a ser reaproveitado, reduzindo assim o
consumo de água e o descarte de efluentes. A iniciativa possibilitou uma
redução de 12% no consumo total da fábrica no ano", explica Marcelo
Felsemburgh, engenheiro de Meio Ambiente do Complexo Industrial da Nissan.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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