segunda-feira, 3 de abril de 2023

Proteção no trânsito de pets

Divulgação  Transporte em veículos tem regras a serem seguidas

Nelson Tucci

Os pets estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia. Por isso é necessário ampliar os cuidados, inclusive quando se transporta um deles. O Detran-SP reuniu algumas orientações para garantir uma viagem segura a todos, bem como evitar multas por transporte irregular.

A primeira é nunca transportar o pet solto no veículo. Cães e gatos, por exemplo, devem estar de peitoral, guia adaptada ou caixas específicas de transporte individuais para fixação ao veículo. Isso vai garantir que, em uma possível freada mais brusca, o animal não seja arremessado para fora ou contra as partes internas do veículo. Não é recomendado o uso de coleira simples.

Para os pets maiores, há o cinto de segurança especial e a grade de segurança, que é colocada entre os bancos traseiro e dianteiro, impedindo o animal de interagir e distrair o motorista. Já para os animais de pequeno e médio porte, principalmente os gatos, a caixa de transporte é a mais indicada. Há também a cadeirinha para pet que é presa ao banco do veículo, possibilitando que o animal viaje com mais liberdade.


INFRAÇÕES – O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) prevê em três artigos (169 235 e 252, inciso II) as regras para o transporte de animais em veículos. A/O motorista que conduzir animal solto dentro do veículo, ou de alguma forma que possibilite distração, comete infração leve, no valor de R$ 88,38, além de três pontos no prontuário de habilitação. Levar os animais à esquerda da/o motorista (perto do vidro, no colo) ou entre seus braços ou pernas é uma infração média, com quatro pontos na CNH e multa no valor de R$ 130,16.

A legislação determina também que o transporte de animais não pode ser feito na parte externa do veículo. Esta é uma infração grave e a/o motorista autuado recebe cinco pontos na habilitação e multa no valor e R$ 195,23. A infração é caracterizada mesmo que o animal esteja parcialmente nas partes externas do veículo.

Cabe destacar que não é permitido o transporte de animais em motocicletas, mesmo que estejam em caixas específicas para este fim.


AUTOMEC – A Arteb, uma das principais fabricantes de sistema de iluminação automotiva com mais de 89 anos de atuação, retomará a participação das feiras na Automec, maior geradora de negócios B2B do setor de autopeças da América Latina. O evento acontecerá de 25 a 29 de abril, no São Paulo Expo, em São Paulo/SP. “A participação da Arteb neste evento, que é a vitrine do setor de autopeças, vem não só para reforçar a notoriedade da marca nos mercados nacional e internacional e confirmar a importância do aftermarket para a companhia, mas também para consolidar a parceria com nossos distribuidores e clientes”, afirma Gustavo Souza, gerente comercial e de marketing da empresa.


Divulgação                       U51: à noite,160% de luz mais brilhante

LED – A Lumileds acaba de lançar uma linha de lâmpadas em LED da Philips para veículos leves e pesados no mercado brasileiro de reposição. O objetivo da líder global em iluminação e fabricante de produtos e acessórios automotivos Philips há mais de 100 anos é manter o segmento atualizado quando o assunto é inovação e tecnologia em iluminação automotiva. A nova Ultinon Pro5100 (U51) chega para substituir a atual U50 e traz vantagens significativas sobre a linha antecessora, como menor consumo de energia e novo sistema de resfriamento.

A nova LED Philips U51 aumenta a visibilidade de longo alcance para a condução noturna com até 160% de luz mais brilhante por meio da tecnologia SafeBean em comparação com o padrão mínimo legal para lâmpadas halógenas (convencionais). Mais luz nas vias permite com que o motorista enxergue melhor, ampliando seu tempo de reação em uma eventual emergência e, consequentemente eleva a segurança de todos que convivem no trânsito.

O amplo portfólio de sistemas de iluminação e acessórios estarão no estande da Philips, durante a Automec 2023, no São Paulo Expo, na capital paulista, dia 25 deste mês.


PASTILHAS – Seguindo a evolução do portfólio de suas linhas de produtos, a Jurid, fabricante de componentes de freio, anuncia pastilhas de freio com alarme para o modelo Corolla, da Toyota. O lançamento atende as versões mais recentes do modelo fabricados a partir de 2020.

Estas pastilhas possuem sensor mecânico que indica a hora exata para troca da peça antes que outros componentes do sistema de frenagem sejam prejudicados, como o disco de freio, e também garante segurança na condução do veículo, diz o fabricante.


Divulgação               Chassi de microônibus Volksbus 9.160: 10 para Doha

MINI BUS – A Volkswagen Caminhões e Ônibus trabalha este ano para fortalecer a sua presença internacional. Desta vez, a marca aporta em novo destino no Oriente Médio. Dez unidades do chassi de microônibus Volksbus 9.160 foram vendidas para o cliente Domasco – Doha Marketing Services, em Doha, capital do Catar. Com carroceria Volare W9, a venda foi realizada pela encarroçadora Marcopolo para o transporte escolar na cidade árabe.

“É um grande marco para nossas exportações desembarcar no Catar, rumo à globalização da marca VWCO. Em parceria com importadores e empresas como a Marcopolo, buscaremos novas oportunidades de negócios em quatro continentes”, comenta Leonardo Soloaga, diretor de Vendas Internacionais da montadora.


SOLIDÁRIO – A Concessionária SPMar deu prosseguimento a Campanha Lacre Solidário em Suzano, com a entrega da terceira cadeira de rodas do ano. Dessa vez, o projeto escolhido foi o MDDF (Movimento pelos Direitos dos Deficientes Físicos), uma organização social da cidade que promove a inclusão de pessoas com deficiência.

Para a coordenadora do MDDF, Maria Aparecida Botaro, a Tuca, a cadeira de rodas contribuirá nas ações de apoio às pessoas com deficiência em situações de emergência: “Às vezes a pessoa precisa da cadeira por pouco tempo, vai sair de um hospital, teve um AVC, por exemplo, nesses casos a gente empresta por alguns meses”.

A campanha Lacre Solidário recolhe o anel metálico das latinhas de alumínio e os troca por cadeira de rodas que são doadas nas cidades parceiras. Cada cadeira de rodas é fruto de, em média, 140 garrafas de 2 litros cheias de lacres, o equivalente a 90 quilos do material reciclável. Todos podem participar dessa corrente levando os lacres nas praças de pedágio ou bases dos SAUs (Serviço de Atendimento ao Usuário) no Rodoanel, em São Paulo.


ARTIGO

Brasil é primeiro mundo em descarbonização

Besaliel Botelho (*)

Orgulho-me em ter sido protagonista dessa história...

O sistema flexfuel que desenvolvemos de forma pioneira e inovadora no início dos anos 90 comemora esse mês 20 anos de mercado.

Vem à mente novamente aqueles anos desafiadores quando tínhamos um mercado fechado e a indústria automobilística local começava a ser desafiada a se modernizar. Uma ideia que surge na abertura do mercado brasileiro possibilitando a introdução da injeção eletrônica de motores e que começava a substituir o carburador dos veículos no Brasil...

Sim, para a época uma grande revolução disruptiva para nossa indústria de automóveis e de fornecedores locais. Desenhávamos com as quatro grandes montadoras as possíveis rotas tecnológicas para introdução da Injeção eletrônica nos motores.

Injeção monoponto, carburador eletrônico, injeção multiponto, injeção eletrônica por vazão de ar, ou por pressão de coletor, sistema close loop, novos coletores de admissão, novos sistemas de exaustão com catalisadores, tudo isso desafiado a cumprir a primeira fase do PROCONVE, uma nova legislação de emissões veiculares, com limites de CO (monóxido de carbono), HC (hidrocarbonetos) e NOx (óxidos de nitrogênio), limites esses bem maiores que os do PL7 de hoje.

Isso tudo dentro de um cenário de combustível, no qual o Proálcool (programa do governo que incentivava o uso do combustível álcool) dominava a produção de motores no Brasil e o preço do petróleo internacional impactava fortemente as divisas do país.

Lembro-me bem dos desafios de nossa engenharia com o chamado E100 Etanol Hidratado...

Lutávamos para desenvolver produtos com materiais que suportassem o contato direto com o álcool hidratado, garantindo qualidade e durabilidade necessárias.

Nessa época, criávamos muito conhecimento de matérias e de processos produtivos para viabilizar o primeiro carro 100% a álcool com injeção eletrônica multiponto.

Um grande marco da nossa engenharia... Mas ali já vivenciávamos um grande drama do nosso consumidor da época, quando a distribuição do álcool ficava cada vez mais instável e o consumidor perdia sua mobilidade por falta de álcool nos postos de abastecimento.

. Vamos fazer um sistema de injeção que trabalhe com os dois combustíveis misturados para que o consumidor não perca sua mobilidade.

. Vamos dar esse livre arbítrio ao consumidor.

Ideia não tão fácil de se executar sem grandes pesquisas e desenvolvimentos realizados com nossa engenharia brasileira.

No banco da escola do primeiro grau aprendemos que água e óleo não se misturam.

Como você quer misturar os dois combustíveis sendo que álcool hidratado tem 7% de água...

Precisamos provar que isso é possível...

Um famoso estudo de miscibilidade feito por nossos pesquisadores em parceria com a Petrobras e a Unicamp pode comprovar essa possibilidade e abrir caminho para o desenvolvimento do sistema flexfuel.

Provamos que não haveria separação de fase dos combustíveis em qualquer proporção de mistura até o limite de -10º C, precisaríamos achar um bom compromisso de taxa de compressão dos motores e garantir em todas as composições de mistura pressão e temperatura que teríamos uma solução tecnicamente robusta e que atendesse às especificações de nossos clientes.

Esse foi apenas um dos inúmeros desafios que enfrentamos na década de 90 para iniciar o desenvolvimento de um sistema de injeção flexfuel...

Demorou? Sim, demorou... Foi preciso quase 10 anos, após termos apresentado ao mercado em 1992 o primeiro veículo protótipo flexfuel, para convencer nossas clientes montadoras, órgãos governamentais e os produtores de combustível, sobre a nossa ideia maluca que iria revolucionar nossa indústria.

Mas enfim conseguimos... Um teste de mercado no início de 2003 usando uma vantagem de IPI para carros a álcool ou flex, alavancou nossa ideia e criou um novo mercado.

O mercado dos bicombustíveis.

Não imaginávamos que tal ideia iria transformar tanto a nossa indústria como a fez nesses últimos 20 anos...

Hoje, graças a essa tecnologia, temos um Brasil de primeiro mundo em descarbonização.

O mundo corre atrás gastando trilhões de dólares na corrida de descarbonização para chegar um dia onde o Brasil está hoje.

Temos a matriz energética mais limpa do mundo e um mercado que pode acolher várias tecnologias novas de propulsão de motores sem grande disrupção e impactos socioeconômicos.

Temos espaço para várias rotas tecnológicas: veículos elétricos, veículos com motores a combustão a gás metano ou natural, a etanol, versão flex, versão híbrida plug-in, versão híbrida flex e soluções mais inovadoras como o uso de célula de combustível com hidrogênio verde.

Tudo isso com o desafio de fazer caber no bolso dos diferentes níveis econômicos do nosso consumidor, numa transição que garanta manter nossa liderança em descarbonização e equilíbrio socioeconômico.

Somos primeiro mundo neste quesito e o mundo corre atrás com investimentos bilionários e alto risco socioeconômico para chegar onde estamos...

Grande oportunidade para nossa indústria de ser a solução para a grande transição tecnológica que ocorre no mundo, exportando nossa capacidade de descarbonização. Orgulho de fazer parte desta História.

(*) Besaliel Botelho é membro do Conselho Consultivo da Bright Consulting.


Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br

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