Nelson Tucci
A
Amazônia precisa ser levada a sério. A Associação Brasileira de Empresas de
Reciclagem de Pneus Inservíveis (Abrerpi) em parceria com a Associação
Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip) decidiram botar a
mão na massa e retirar de Manaus/AM nada menos que 60 toneladas de pneus
inservíveis, em operação exemplar a outros setores.
A
carga rodou mais de 4 mil km e chegou para reciclagem na quinta-feira passada,
em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba. Trata-se da segunda carga de
pneus velhos retirados de Manaus para reciclagem no Paraná.
Em
julho deste ano, três contêineres com 45 toneladas de pneus foram reciclados.
Agora com mais quatro contêineres (60 toneladas) são 105 toneladas de pneus que
estavam jogados nas ruas de Manaus e na periferia (área de Floresta Amazônica,
é bom que se diga) que têm uma destinação adequada. Tudo viabilizado pelo
programa “Brasil Rodando Limpo”, da Abrerpi. A iniciativa, ousada, pretende
varrer o país de ponta a ponta recolhendo e destinando pneus usados.
Esse
programa iniciado em Manaus procura mobilizar Poder Público e sociedade para
ajudar a encontrar uma solução definitiva para as regiões que ainda não dispõem
de uma indústria de reciclagem nas proximidades, como a Amazônica.
De
acordo com a Abrerpi, a reciclagem de pneumáticos é uma atividade de alto
custo, de forma que longas distâncias entre os pontos de coleta e de destinação
final inviabilizam a operação. Em regiões onde não existem cimenteiras que
consomem a maior parte da produção das recicladoras, segundo a Abrerpi, a
alternativa é criar incentivos fiscais para a atividade e leis que obriguem a
utilização do asfalto-borracha em obras públicas.
Esta
segunda fase da operação em Manaus foi subsidiada pelas empresas GF Pneus, GP
Imports, Yaro Pneus e Grupo Cantu Store, todas associadas à Abidip, que já
cumprem suas obrigações legais junto ao Ibama e ainda mantém programas
permanentes de responsabilidade ambiental.
MOTOS – Fabricantes de motocicletas estão nadando de braçada. A demanda hoje no Brasil é pouco maior que a oferta. E para aproveitar o momento favorável, o Grupo BMW anuncia investimentos de R$ 50 milhões para aumento de capacidade e também do porftólio destinado ao mercado brasileiro em sua unidade de motos, no Amazonas. Com o aporte a ser aplicado de 22 a 25, a produção será ampliada em 25%, passando das atuais 15 mil unidades/ano para 19 mil.
O
projeto contempla ainda a expansão de 20% da mão de obra direta e de 50% da
área útil da planta, além do lançamento de sete modelos até o final de 2025.
Atualmente são produzidos na capital amazonense os modelos R 1250 GS Adventure,
R 1250 GS, S 1000 RR, G 310 GS, G 310 R,
F 750 GS, F 850 GS Adventure e F 850 GS.
“O
investimento de R$ 50 milhões ratifica a nossa aposta no Brasil”, destaca a
montadora alemã, que tem em Manaus a primeira planta fora do país de origem
destinada à produção de motos.
ACELERA – A GM do Brasil deu uma bela acelerada com o Chevrolet Tracker, SUV já avaliado por este Blog. O modelo fechou a primeira quinzena deste mês na liderança, com 3,8 mil emplacamentos. Colado no espelho retrovisor está a caminhonete Fiat Strada (3,5 mil, em números redondos) e no terceiro lugar o tradicional Onix (3 mil licenciamentos), um clássico da GM que marca território.
A
coreana Hyndai aparece na foto entre os cinco primeiros, no período (quinzena),
com os modelos HB20 (2,4 mil) e o Creta (arredondando para 2,3 mil). Cabe
destacar que estes também foram avaliados por este Blog. Consulte a página Veículos
& Negócios de edições anteriores, on-line.
No
acumulado do ano (1º de janeiro a 15 de outubro), a liderança permanece com a Strada
(que recentemente ganhou o Selo Maior Valor de Revenda), tendo emplacado 89,5
mil unidades. No grid de largada das vendas domésticas aparecem o HB20, Onix,
VW Gol (que deverá sair de linha na virada do ano) e Onix Plus.
NIVER – Neste mês de outubro, a Nissan completa 22 anos de operações no Brasil. Aproveitando a data, a montadora japonesa anuncia a criação do Espaço Memória Nissan, localizado no Complexo Industrial de Resende/RJ.
ÓLEO
–
A Motul, detentora de marcas de óleos automotivos, anuncia o lançamento do
X-Tech Clean 5W-30 com fabricação no Brasil. Este é o segundo óleo para motores
de carros da linha X-Tech.
Proposta
da linha Motul é atender às exigências de uma fatia de mercado que demanda um
lubrificante mais específico, compatível com motores que utilizam o diesel como
combustível e, em especial, possuem sistema de pós-tratamento de gases exigindo
a norma ACEA C3.
Destaca
a fabricante que, além de ser aplicável em veículos a diesel, o X-Tech Clean
5W-30 pode ser usado em motores a gasolina ou flex modernos com Catalisadores
de Três Vias (TWC).
NÁUTICA
–
Apesar do acentuado lado pobre do Brasil, existe uma classe média e uma alta
que propulsionam os produtos de luxo em boa escala. Exemplo: de acordo com a
Associação Brasileira dos Construtores de Barcos e seus Implementos (Acobar),
já são mais de 1 milhão os barcos de lazer que se deleitam nas costas do país.
Nesse
fantástico mundo de sofisticação está o estaleiro nacional Triton Yachts, que
enxerga o crescimento de demanda por novas embarcações, no Brasil,
especialmente nos últimos dois anos. “A alta procura do consumidor pelo
universo da navegação é percebida tanto pelas pessoas que querem entrar nesse
mercado quanto para o público que quer trocar a sua embarcação por um modelo
maior. Prova disso foi a alta aceitação do maior modelo da Triton Yachts, de 52
pés, durante o São Paulo Boat Show, encerrado no final de setembro”, pontua
Allan Cechelero, diretor de marketing da Triton Yachts.
A
sofisticada embarcação promete o conforto de uma casa com espaços amplos de
convivência para lazer, relaxamento e pernoite. De acordo com a Triton Yachts,
o iate permite customização de vários itens e é encontrado a partir de R$ 4,5
milhões.
Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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