Divulgação Unidade da Volkswagen retoma
produção no Paraná
Nelson Tucci
Aos
poucos, as montadoras de automóveis e autopeças vão retomando o trabalho, após
um período forçado de parada pela pandemia da Covid-19. Este é o caso da
Volkswagen, anunciando a retomada da produção em sua fábrica de São José dos
Pinhais/PR, nesta segunda-feira 18. Inaugurada em 1999, a unidade emprega 2,5
mil trabalhadores.
De
acordo com a assessoria da empresa, para a VW a saúde e segurança de seus
empregados é prioridade absoluta. As demais unidades fabris localizadas no
estado de São Paulo, nas cidades de São Bernardo do Campo, Taubaté e São Carlos,
têm previsão para retornarem à operação no final do mês.
As
medidas de higiene e segurança foram expandidas e baseadas nas experiências das
fábricas do Grupo VW na China e Alemanha, em conformidade com os protocolos
internacionais e alinhadas às determinações do governo. A unidade de São José
dos Pinhais começará o retorno às atividades de forma gradual. A primeira linha
de produção a ser retomada será a do SUV T-Cross.
Serão
dois turnos em ritmo mais lento, com os empregados respeitando o distanciamento
social recomendado, e com a curva de aceleração visando atender a demanda do
mercado. “Estamos levando as orientações aos nossos empregados de forma
didática e por meio de vídeos, porque será uma experiência inédita para todos e
o entendimento das regras será fundamental para nos acostumarmos rapidamente a
esta nova realidade", afirma Pablo Di Si, CEO e presidente da Volkswagen
para a América Latina.
PEUGEOT
–
A rede de concessionárias Peugeot reabre as portas de suas oficinas. E, para
assegurar a mobilidade e segurança de colaboradores e consumidores, adotou
medidas sanitárias reforçadas em toda a rede de concessionários, estabelecendo
protocolos globais de segurança e garantindo, assim, a saúde de todos.
As
medidas implementadas fazem parte dos compromissos estabelecidos pelo programa
“Peugeot Total Care” que, desde seu lançamento, em 2017, oferece serviços de excelência,
colocando o consumidor sempre em primeiro lugar, assegura a montadora francesa.
PARADA
–
A Moto Honda da Amazônia anunciou a extensão da suspensão das atividades
produtivas de sua unidade fabril em Manaus/AM, devido ao crescente avanço da pandemia
naquele estado e, particularmente, na capital. A decisão prioriza a saúde e
segurança das pessoas e está alinhada às iniciativas para conter a disseminação
do novo coronavírus no município, que enfrenta sobrecarga no sistema de saúde.
A
retomada da produção, anteriormente prevista para esta segunda-feira 18, foi
prorrogada para 25 próximo. A operação será reiniciada gradualmente com adoção
de novos protocolos que visam a garantir a saúde e segurança das pessoas.
A
maior parte dos colaboradores segue com contrato de trabalho temporariamente
suspenso, nos termos previstos na Medida Provisória 936/2020. A Moto Honda
informa, em nota, reconhecer a importância da retomada da produção para a
continuidade da operação e de sua ampla cadeia, composta por cerca de 130
fornecedores diretos, centenas de prestadores de serviços e mais de 1.200
pontos de vendas: “Nesse contexto, a empresa está, a cada momento, revisando as
suas ações visando a conciliar a segurança e saúde das pessoas com a
sustentabilidade dos negócios”.
SOCIAL
–
A Hidrovias do Brasil, por meio de sua organização de responsabilidade social,
o Instituto Hidrovias, realizou a doação de 3.000 cestas básicas, no valor de R$
300 mil, para a alimentação de jovens e adolescentes da rede pública de ensino
de Santos/SP. A entrega foi feita na Associação de Amor à Criança Arcanjo
Rafael (Asacar), Organização da Sociedade Civil, nos termos da lei nº 13.019/2014,
sem fins lucrativos e vinculada à Secretaria Municipal de Educação de Santos,
para ajudar no enfrentamento à pandemia.
Neste
período de isolamento social, grande parte das crianças e adolescentes tem suas
refeições regulares (cinco refeições diárias no período integral) dentro das
unidades municipais de ensino e a doação visa auxiliar a mitigar os problemas
alimentares desses jovens.
As
cestas básicas foram distribuídas a estudantes das Unidades Embaré, Marapé,
Chico de Paula, UMEs Colégio Santista, Prefeito Paulo Gomes Barbosa, Avelino da
Paz Vieira e para o Núcleo 2 – Cais Arena, Núcleo 3 – Sambódromo e Núcleo 4 – São
Judas, todas em Santos.
Fotos Divulgação Projeto comunitário para higienização
das mãos
PIAS
–
Após identificar a necessidade de um local para higienizar as mãos na entrada
do Asilo Toca de Assis, em Macaé/RJ, em contribuição ao cenário de pandemia, os
colaboradores voluntários do Distribuidor Cummins Brasil (DCB), da filial
localizada nesta mesma cidade, desenvolveram o Projeto Pias Comunitárias.
Com
o uso de pallets a serem descartados, uma força tarefa organizada entre eles
arrecadou o restante dos materiais, como pia, canos, galão de água etc.; e os
colaboradores produziram o primeiro totem, já entregue e instalado no parceiro
comunitário, respeitando o distanciamento social e com utilização de máscara.
Durante
a instalação, na entrada do prédio do Asilo Toca de Assis, não houve contato
com as idosas que estão isoladas no interior do prédio. “Com o desenvolvimento
deste equipamento contribuímos para que as freiras que cuidam da instituição e
os visitantes essenciais protejam melhor os idosos residentes”, diz Glauber
Lindemberg dos Santos, do DCB.
Totem na entrada do prédio do Asilo Toca
de Assis
CAMPANHA
–
A Confederação Nacional do Transporte (CNT), com apoio de entidades do setor de
transportes em todo o Brasil, lançou na sexta-feira passada, 15, a campanha “O
Transporte Move o Brasil”.
A
ação, que terá início em plataformas digitais, tem o objetivo de chamar a
atenção para a importância do setor na garantia do abastecimento e dos
deslocamentos necessários, especialmente neste momento de crise de saúde em
razão da pandemia.
A
campanha ressalta que a atividade transportadora abastece, conecta e torna
possível o movimento que leva o Brasil para frente. Além disso, traz a mensagem
de que, quando se faz presente na vida de cada um, é capaz de mudar a realidade
do país inteiro.
LOGÍSTICA
–
Em meio a um cenário incerto causado pela pandemia, a multinacional de
logística ID Logistics Brasil, presente em 18 países, apurou os resultados
pós-Dia das Mães, apresentando expressiva alta de 20% no segmento e-commerce.
Inicialmente, a previsão era de que pela situação sanitária ocorreria uma queda.
A exceção ao cenário ocorreu no segmento B2C, com a mudança no comportamento do
consumidor para a compra online, planos foram revistos exigindo flexibilidade e
rapidez na atuação da operadora logística.
No
entanto, a empresa afirma que tal crescimento não foi suficiente para compensar
a baixa de volume dos demais canais. A operadora logística tem forte atuação no
varejo tradicional, consumo e indústria, cosmético e no e-commerce.
Divulgação Plataforma conecta empresas
de táxi aéreo direto com os clientes
VOOS
–
Já está no ar uma nova plataforma digital que vai conectar
empresas de táxi aéreo direto com os clientes para oferecer transporte de
passageiros, de carga e UTI aérea em voos não regulares. A iniciativa conta com
o apoio da Associação Brasileira de Aviação Geral (ABAG), a Confederação
Nacional de Transporte (CNT), o Sindicato Nacional das Empresas de Táxi Aéreo
(Sneta) e empreendedores do setor de tecnologia.
O
objetivo é descomplicar o fretamento aéreo para aumentar a conectividade em um
momento em que a oferta de voos regulares caiu drasticamente. Das 140
localidades atendidas pela malha aérea doméstica, hoje não chega a 50 o número
de cidades servidas.
O
aplicativo www.flyadam.com.br, disponível
nas versões Android e IOS, é fácil de ser usado. Basta inserir a origem,
destino, data desejada, número de passageiros e efetuar a pesquisa. O resultado
traz todas as possibilidades de aeronaves com os respectivos custos e o cliente
pode escolher aquela que melhor se adequar à necessidade.
A
redução dos voos comerciais neste período de pandemia prejudicou a circulação
de profissionais de saúde, pacientes e o transporte de cargas, em especial de
medicamentos e equipamentos médicos, ficou comprometido, já que o acesso a
centros urbanos mais distantes se tornou limitado.
“A
plataforma oferece competição e flexibilidade para que as pessoas possam
conhecer as possibilidades do transporte aéreo não regular e escolher a melhor
alternativa. Muitas vezes o preço não depende apenas do modelo da aeronave, mas
da sua localização naquela data e até de oportunidades, como um voo de retorno
em que voltaria vazio e pode oferecer ótimo custo”, explica Flávio Pires, CEO
da ABAG.
Divulgação Action 1.6: Creta da Hyundai tem nova versão
LANÇAMENTO
–
A Hyundai Motor Brasil reforça a relação custo-benefício do SUV compacto Creta
ao lançar a versão Action 1.6, com câmbio automático, e reposicionar a opção de
entrada, Attitude 1.6 com câmbio mecânico. A gama completa conta, agora, com
cinco diferentes configurações, com preços a partir de R$ 75.990.
“O
SUV compacto Creta sempre se destacou por reunir o pacote mais competitivo da
categoria, com grande espaço interno, tanto para passageiros como para bagagem,
condução agradável e motorização de alto desempenho. Atualizamos a gama de
versões, com a chegada da Action abaixo de R$ 80 mil, e tornamos a opção com
câmbio mecânico mais acessível para aqueles que querem ter seu primeiro SUV”,
conta Angel Martinez, vice-presidente comercial da Hyundai Motor Brasil.
Para
todas as versões, estão disponíveis seis cores: Preto Ônix, Branco Atlas, Prata
Sand, Prata Brisk, Cinza Silk e a novidade Azul Sapphire. Também inédita, a cor
Verde Amazon começa a ser oferecida sob encomenda.
Divulgação Audi R8: todas as unidades
disponíveis foram vendidas
PRÉ-VENDA
–
Após uma semana do início da pré-venda com personalização do Audi R8, todas as
unidades disponíveis foram vendidas. Um dos automóveis mais desejados do mundo,
o superesportivo Audi R8 chegará ao mercado brasileiro no segundo semestre deste
ano para todos os proprietários que já escolheram seu modelo. A produção será
iniciada nas próximas semanas e a previsão é que os veículos sejam entregues em
setembro, sempre de acordo com as orientações do Ministério da Saúde.
Para
Johannes Roscheck, CEO e presidente da Audi do Brasil, o sucesso na pré-venda
do Audi R8 é uma demonstração clara da paixão dos consumidores brasileiros pelo
mais icônico superesportivo da Audi.
Divulgação Kia: passeio de carro sem
sair de casa
VIRTUAL
–
Com o intuito de reforçar e respeitar as orientações de segurança e higiene da
OMS e dos demais órgãos oficiais de saúde, neste período de pandemia, a Kia
Motors do Brasil liberou uma série de ações para amparar todos os seus clientes
e seguidores por meio das redes sociais.
Essas
ações oferecem desde suportes técnicos (cuidados com seu KIA na quarentena,
garantias estendidas, vídeo atendimento, entre outros) até entretenimento: para
divertir os internautas que estão cumprindo o isolamento social, a montadora
lançou o filtro no Instagram “Kia Cerato 2.0”. O recurso coloca o internauta
para “passear” em um Cerato 2.0, que pode registrar fotos e vídeos do momento.
Para
utilizar o filtro, com um dispositivo móvel em mãos, basta visitar o perfil do
Instagram da Kia (@kiamotorsbrasil) e, no terceiro ícone abaixo da seção
“destaques”, acessar a guia de filtros da marca. É só clicar em “experimentar”
e se divertir com o passeio de carro sem sair de casa.
VICE
–
A Nissan anunciou a nomeação de Airton Cousseau como vice-chairman da Nissan
América Latina. Em seu novo cargo, o executivo vai liderar a estratégia da
companhia nos países da região incluindo, entre outras, Operações e Marketing e
Vendas.
NEGÓCIOS
–
Com os desafios impostos pela pandemia ao mundo corporativo, a necessidade de
se reinventar ganhou status de peça-chave para a travessia deste período. Se
antes a tecnologia era apontada como uma das principais responsáveis pelo
afastamento cotidiano, atualmente se tornou importante aliada para manter
atuantes e aquecidos diversos setores da economia.
Foi
com essa visão que a organização da Felinju 2020, principal evento do ramo da
moda íntima de Minas Gerais e um dos mais importantes do país, está inovando ao
anunciar sua 23ª edição 100% online, entre os dias 1 e 5 de junho. Mais
informações em www.felinjuonline.com.br
Divulgação Marcos e Regina: melhoria
contínua e com correções
ARTIGO
Continuidade
dos negócios e riscos em tempos de coronavírus
Marcos Assi e Regina Volpato (*)
Tendo
em vista as inúmeras incertezas relacionadas aos impactos e, principalmente,
aos desdobramentos da pandemia da Covid-19 em todo o mundo, as empresas,
independentemente do porte, precisam avaliar seus processos de gestão baseadas
em suas realidades, bem como seu apetite ao risco e objetivos estratégicos
originalmente desenhados. Portanto, para que o seu negócio ainda seja
sustentável neste imenso desafio, a gestão de riscos tem papel relevante para
manutenção de seus produtos e serviços, colaboradores e gestores, clientes, e
por que não, para seus fornecedores – afinal, todos fazem parte de sua cadeia
de valor.
Nesse
sentido, visando que esse gerenciamento aconteça de modo adequado, devemos
considerar os seguintes aspectos:
.
Caso ainda não tenha estabelecido um comitê de gestão de crises, reunindo os
principais executivos e gestores da organização diariamente (de preferência
pela manhã), para reavaliações tempestivas dos avanços da Covid-19 e seus
impactos no negócio, já está mais que na hora;
.
Construa um plano de gestão de crises, associado a um plano de recuperação e
continuidade do negócio (incluindo possibilidades de desastres e/ou situações
externas, para isso, citamos como exemplo a greve dos caminhoneiros);
.
Se o plano já existe e a empresa o considera desatualizado, ou mesmo inapropriado
para a crise atual, não vale se ocupar com uma atualização; ações rápidas,
conscientes e coordenadas são a pedida do momento;
.
Depois de superados os problemas, um grupo de trabalho de sua empresa, criado
de modo multissetorial e liderado pelos membros da alta direção, deverá,
através do debate sobre os aprendizados obtidos com o enfrentamento da crise,
constatar as vulnerabilidades dos processos de gestão e controles internos,
reconstruindo um novo, coerente e efetivo plano de gestão de crises;
.
A mesma lógica deve ser adotada para a
avaliação dos riscos do negócio: se isto ainda não faz parte da cultura da sua
empresa, ou se a avaliação está há muito tempo desatualizada, agora não é o
momento de se ocupar dela. Os aspectos estratégicos, operacionais, financeiros
e regulatórios derivados da pandemia serão medidos apenas nas próximas semanas.
Logo, qualquer esforço agora implicará retrabalho logo à frente. Na atual
conjuntura, a organização deve se ocupar de “apagar incêndios” (sem deixar, é
claro, de fazê-lo de forma coordenada, estratégica e mediante a reunião dos
recursos humanos, financeiros e tecnológicos necessários), mas nada além disto.
Os detalhes, já que não priorizados até o momento, postergue para o período de
calmaria;
.
Quando se fala em riscos, automaticamente pensamos em impactos. Caso a empresa,
além de não ter avaliado previamente seus riscos inerentes, também não tenha
mapeado e calculado os impactos à sua recuperação e continuidade, uma
alternativa rápida e que pode servir para tentar salvar o negócio é a
renegociação com bancos, clientes e fornecedores (especialmente, prazos e
pagamentos), além da manutenção da execução dos serviços e realização de
entregas (pois, do contrário, isto pode “matar” o seu negócio);
.
Outra ferramenta rápida, que pode ser usada ainda que temporariamente para
ajustar seu apetite e tolerância a risco, é a construção de indicadores de performance
e riscos para monitoramento contínuo. Ele estabeleceria gatilhos para o
acionamento de medidas de contingência e continuidade de forma minimamente
estruturada;
.
Durante as reuniões diárias obrigatórias que mencionamos no início, o seu
comitê de gestão de crises deve discutir sobre o mapeamento de cenários (já
ouviu falar de stress testing?). Estes momentos são essenciais para
aprender com os problemas e desenvolver possíveis soluções, especialmente para
o caso de prolongamento da crise, avaliando o apetite de risco e, o principal,
qual a tolerância do negócio para essas situações;
.
Finalmente, implemente mecanismos internos de comunicação para todos os seus stakeholders,
realize o monitoramento dos avanços da pandemia, por meio de fontes seguras, e
avalie quais serão os impactos nos negócios e na vida das partes interessadas.
Esta comunicação deverá ser coesa e recorrente, realizada por porta-vozes
especialmente escolhidos para esta finalidade, de forma que todas partes
interessadas, dentro e fora da organização, tenham acesso ao mesmo conteúdo e
ao mesmo tempo. Isto certamente evitará vazamentos de dados descontextualizados
e, até mesmo, especulações promovidas por pessoas que não estão suficientemente
inteiradas do contexto e dos planos de ação adotados pela organização, além de
cenários de pânico e incerteza. Desta forma, todos estarão “na mesma página”,
sabendo apenas o que for realmente útil, verdadeiro e necessário para que
prossigam trabalhando de modo seguro e auxiliando a empresa no atingimento dos
objetivos de seu plano de gestão de crises e continuidade dos negócios.
É
provável que quando chegarmos ao fim da pandemia as organizações que
sobreviverem se deparem com algumas baixas e perdas, mas, esperamos que estes
dados, mesmo negativos, não tenham destaque maior do que os aprendizados
colhidos com o período.
E,
para que os aprendizados façam sentido de verdade, revisite os processos de
controles internos, compliance, gestão de riscos, gestão de crises e gestão da
continuidade de negócios, jamais negligenciando a importância de se preocupar
com a melhoria contínua e com correções que, se detectadas e implementadas
imediatamente, garantirão valor agregado e perenidade.
(*)
Marcos Assi é professor e consultor da Massi Consultoria e Treinamento e
Roberta Volpato Hanoff é advogada, professora, auditora de compliance e
presidente da Studio Estratégia – Governança, Riscos e Compliance.
Nelson Tucci é editor de Veículos &
Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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