Reprodução Modelos A4 e Q7 exibem “Informação de Luzes de Tráfego”
Nelson Tucci
Saber
de antemão quando um semáforo mudará de vermelho para verde possibilita que a
condução se torne mais eficiente. A Audi é a primeira marca automotiva a
conectar o carro com a infraestrutura da cidade, o que é um passo importante
para a condução autônoma. A partir de agora, em Las Vegas, nos Estados Unidos,
os modelos A4 e Q7 podem exibir as fases da luz de tráfego diretamente no
carro. Mais cidades naquele país possuirão esse sistema e há planos também para
introduzir o sistema na Europa. A “Informação de Luzes de Tráfego” aperfeiçoa o
fluxo do trânsito, economiza tempo e reduz o impacto ambiental.
"Pela
primeira vez, nossos carros estão trocando dados em tempo real com a
infraestrutura de tráfego. Os motoristas podem adaptar o seu comportamento à
situação e conduzir o veículo de uma forma muito mais relaxada e
controlada", diz Andreas Reich, diretor de Pré-Desenvolvimento de
Eletrônicos da Audi AG.
"Aumentamos
a eficiência energética quando conectamos nossos modelos em cidades
inteligentes. Outros serviços V2I serão introduzidos, tornando o carro um
dispositivo móvel interativo. No fim desse desenvolvimento, teremos como
resultado a condução autônoma", completa. No futuro, a ‘Informação de
Luzes de Tráfego’ poderá ser conectada à navegação inteligente e utilizada para
novos conceitos de alimentação. Por exemplo, "ondas verdes" em
sequências de luzes de tráfego poderão ser incorporadas no planejamento da
rota.
PARA MULHERES – Um aplicativo
brasileiro começa a operar novos serviços de transporte exclusivo para
mulheres. A “Venuxx” conectará motoristas do sexo feminino com passageiras e
terá como objetivo, além de proporcionar conforto e segurança, ampliar a
participação das mulheres no mundo dos negócios e desenvolvê-las
profissionalmente.
As
usuárias contarão com um atendimento diferenciado e receberão alguns mimos
personalizados durante a viagem. De acordo com futuras parcerias, a empresa
planeja disponibilizar kits maquiagem, esmalteria e demais acessórios
indispensáveis durante o dia a dia.
Além
disso, poderão marcar suas motoristas preferidas e contarão com um botão SOS,
via app, para relatar qualquer tipo de emergência que possa surgir. Para a
motorista, que já pode se cadastrar para iniciar o trabalho, o app ainda
construirá parcerias que ajudam no desenvolvimento pessoal e profissional,
gerando maior autonomia de trabalho, independência e conforto.
PRÊMIOS – Para a Nissan,
o ano está bom pois há lançamentos e prêmios na pauta. A marca japonesa recebeu
dois troféus no prêmio "AMAUTA 2016", organizado pela Federação das
Associações de Marketing Direto e Interativo de América Latina (Almadi), a mais
importante desses segmentos no continente, pelos cases "Quarta
Atrevida" e "March Nupcial". A Nissan concorreu com campanhas de
10 países da região, entre eles, Argentina, Chile, México, Peru, Venezuela e
Colômbia.
Vencedora
do prêmio "Ouro", a "Quarta Atrevida" foi uma ação de
varejo da Nissan que refletia toda a sua inovação e ousadia. Nela, o cliente
deveria se cadastrar em um site para gerar um voucher de R$ 2 mil que daria
desconto para a compra de um dos modelos da linha, apresentando-o em uma
concessionária Nissan. Já a ideia para ação "March Nupcial", que
ficou com o prêmio "Prata", nasceu do conceito do hatch compacto
Nissan March ("Quanto mais ágil, melhor") para mostrar como a
agilidade de um carro poderia mudar a vida de uma pessoa, inclusive no dia mais
importante da sua vida.
Vamos
esperar agora que a marca ganhe estímulo para aumentar sua frota imprensa, em
2017, a fim de atender as demandas dos jornalistas brasileiros.
FÉRIAS – A todos que
nos prestigiaram durante este ano, o muito obrigado da Coluna. Esperamos que
2017 seja um ano mais promissor e realizador a todos. Entraremos em recesso na
próxima semana. Voltaremos logo, logo, em janeiro, e vamos nos despedindo desde
já. Ótimas Festas!
Divulgação
Mauro: “O ponto exato é a diversidade”
ARTIGO
A mulher e a engenharia
Por Mauro Andreassa (*)
De
acordo com o Censo 2011 do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira) as mulheres representam quase 30% do total de
matrículas em cursos de Engenharia. Contudo, o número não se reflete na
sociedade. Uma rápida observação nos leva ao fato de que não temos 30% de
engenheiras na indústria.
A
questão vai muito mais longe que a discussão de gênero. O ponto exato é a
diversidade. Se quisermos vitalidade no processo de inovação devemos ser
capazes de ouvir uma vasta variedade de pensamentos. E, por mais impensável que
possa parecer, a sociedade ainda resiste em ouvir a mulher.
Isso
é apenas o começo. Há muitos mais a quem ouvir. A diversidade de perspectivas
passa por raça, religião, idioma e culturas, capazes de oxigenar nossos padrões
atuais de comportamento e de permitir que a engenharia contribua de forma muito
mais efetiva para a qualidade de vida da sociedade.
O
problema é abordado no Efeito Pigmaleão, nome dado em psicologia ao fenômeno em
que quanto melhores forem as expectativas sobre alguém melhor será o seu
desempenho, o qual pautou estudo atribuído aos psicólogos americanos Robert
Rosenthal e Lenore Jacobson sobre o efeito das expectativas de professores
sobre seus alunos. Segundo estudo, professores que têm uma visão positiva dos
alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes provavelmente vão
obter melhores resultados; inversamente, a postura negativa acaba por
prejudicar negativamente o desempenho dos alunos.
Mais
amplo que apenas a relação aluno-professor, o Efeito Pigmaleão permeia
famílias, amigos, e, por fim, a sociedade. Comentários a respeito de que
“matemática é coisa para homem” ou que o ambiente que espera meninas engenheiras
pode ser impróprio para elas são exemplos que ilustram claramente este
intrincado mecanismo de propagação do preconceito. E então a profecia se
concretiza: a mulher não segue as carreiras de engenharia.
Exemplos
de mulheres que viveram e venceram nesse ambiente masculino certamente são
inspiradores para as próximas engenheiras, que vão ajudar a construir com os
colegas engenheiros o desejável ambiente integrador e inclusivo.
Integrar
e incluir. Integrar significa ter empresas contratando engenheiras. Já incluir,
um termo mais forte, é causar a ruptura. Assim, admitir engenheiras é
integrá-las e tê-las no escritório. Daí para ela opinar e ser ouvida, gerar
diversidade de pensamento e contribuindo na inovação é uma outra história.
Para
fomentar essa importante discussão a SAE Brasil promove ciclo de palestras com
engenheiras que têm histórias para contar. Histórias do mundo da tecnologia, e
do universo profissional da mulher esposa e mãe. Tudo junto e muito bem
misturado, exatamente como é na vida. Ninguém é só engenheiro ou engenheira.
Antes de tudo, transpiramos e respiramos como todos os seres vivos.
(*) Mauro Andreassa coordena do
Comitê Educação de Engenharia, é membro do Comitê Associação da SAE Brasil,
gerente sênior na Ford South America e professor no Instituto Mauá de
Tecnologia.
Nelson Tucci é editor de
Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
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