Como restituir o Dpvat

Divulgação    Diferença paga é devolvida diretamente ao proprietário do veículo

Nelson Tucci

O seguro Dpvat (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), também conhecido como “seguro obrigatório”, transformou-se em um imbróglio neste ano, uma vez que existiu uma “briguinha” política envolvendo até o presidente da República e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ao final, o Judiciário decidiu pela redução do valor e quem pagou a maior deve pedir a restituição do valor.

De acordo com a seguradora Líder, responsável por administrar o seguro obrigatório, a restituição da diferença dos valores pagos é feita diretamente na conta corrente ou conta poupança do proprietário do veículo. Ao enviar a solicitação, o proprietário recebe um número para o acompanhamento da restituição, no mesmo site.

Após o cadastro, a restituição será processada pela seguradora em até dois dias úteis, dependendo, apenas, da compensação bancária para a sua finalização, informa a companhia, acrescentando ainda que até as 18 horas de sexta-feira 17 foram efetuadas mais de 421 mil restituições. O link para se fazer o processo é o http://restituicao.dpvatsegurodotransito.com.br/ Já os proprietários de frotas de veículos deverão enviar e-mail para restituicao.dpvat@seguradoralider.com.br

INVESTIMENTOS – Apesar de não ter sido resolvida a venda da fábrica de São Bernardo do Campo que a Ford fechou, os investimentos no setor automotivo no Estado de São Paulo, em 2019, obtiveram boa performance. De acordo com relatório da InvestSP, no período os aportes chegaram a R$ 13,5 bilhões e o segmento foi responsável por 44% dos R$ 30,5 bilhões dos novos subsídios anuncia dos durante o ano. Se considerar somente a indústria automobilística, o índice sobre para 59% no total do ranking dos setores que mais investiram no Estado no ano passado.

Na segunda posição está a indústria de papel e celulose, com investimento de R$ 7 bilhões e um total de 23% dos aportes. Alimentos e bebidas ocupou o terceiro lugar com R$ 4,1 bilhões, representando 13% dos aportes.

Divulgação     Hypermotard 950: um dos modelos lançados pela Ducati em 2019

VENDAS – A Ducati fechou 2019 com 53.183 motocicletas entregues a clientes em todo o mundo, elevando pouca coisa o número do ano anterior (53.004 motos). Dois novos modelos lançados em 2019 – Hypermotard 950 e Diavel 1260 – acumularam vendas de 4.472 e 3.129, respectivamente, dobrando os volumes totais alcançados em 2018 pelas versões anteriores. No Brasil, a campeã de vendas é a Honda CG 160, com 228.474 unidades vendidas nos primeiros nove meses do ano passado.

"O 2019 foi um ano difícil, mas também gratificante. Estamos trabalhando para tornar a Ducati a marca de motocicletas mais desejada do mundo", afirmou Claudio Domenicali, CEO da Ducati Motor Holding.

As vendas na Itália continuam a crescer, confirmando o país como o mercado número um da Ducati. Nos Estados Unidos, as entregas da Ducati totalizaram 7.682 motocicletas (queda de 2%) e no Brasil houve aumento de 20% nas vendas, mas a empresa não informou unidades.

VIZINHOS – Ao visitar uma loja da Fiat, talvez você veja por perto uma concessionária da GM. Isso é o que diz um estudo feito pela In Loco, especializada em geolocalização, que listou as marcas automotivas que escolheram abrir concessionárias próximas umas às outras – mais especificamente, dentro de um raio de 2 km. As duas montadoras citadas no exemplo acima lideram a lista.

Divulgação         Necessidade do rerrefino do óleo lubrificante descartado

ÓLEO – No Brasil, somente 24% do óleo lubrificante de automóveis, responsável por reduzir o atrito entre as peças e garantir a vida útil dos componentes e do motor, é reciclado. De acordo com ambientalistas, o índice ainda é pequeno, pois a quantidade de óleo descartado é grande em função da necessidade da troca contínua dos óleos do motor.

A técnica para a reciclagem é conhecida como “rerrefino” e permite que o óleo lubrificante usado ou contaminado, também conhecido como “oluc”, seja usado novamente como matéria-prima. Após sua utilização, se mal administrado o óleo torna-se um resíduo perigoso que pode causar danos à saúde e ao meio ambiente, por isso, a necessidade do rerrefino.

No estado de São Paulo, um exemplo de empresa responsável pelo resíduo é o Grupo Stéfani Ribeirão Diesel, presente em 10 cidades no interior. Desde 2010, os olucs de todas as unidades do grupo são armazenados em locais dentro do padrão Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e encaminhados para o rerrefino. Com a troca de óleo dos veículos comerciais, agrícolas e de passeio, o Grupo Stéfani Ribeirão Diesel encaminha para o rerrefino, por ano, 115 mil litros de óleo lubrificante, transformando-se em nova matéria-prima.

SOM – A Pioneer do Brasil, fabricante de som automotivo, amplia seu portfólio de produtos com o lançamento de dois modelos de câmeras filmadoras automotivas: a VREC-100CH e a VREC-200CH, ambas configuradas com uma série de recursos para entregar alta qualidade em som e imagem, contando ainda com o Sensor-G integrado: ao detectar um impacto, o dispositivo automaticamente inicia a gravação, protege e armazena o arquivo, para não ser reescrito.

A Dashcam da Pioneer inicia a gravação a partir do momento em que o veículo é ligado, embora o dispositivo também possa ser ligado e desligado manualmente. A gravação é contínua e, à medida que o cartão de memória da câmera (que possui capacidade para cartões-micro de até 128GB – não incluso) é preenchido, as imagens arquivadas são substituídas pelas novas. Em caso de emergências, o sistema de proteção automática interrompe a gravação e preserva os vídeos até então armazenados pela câmera.

Divulgação           Trans Model Air Express teve 60% da frota renovada

CRESCIMENTO – Adquirida em 2016 pela Ativa Logística, operadora logística de medicamentos e cosméticos, a Trans Model Air Express completou 30 anos em dezembro último. E comemora a data com resultados. A companhia, que fechou 2018 com um volume de 42% maior de carga transportada, totalizando 750 toneladas de produtos, e crescimento no faturamento da ordem de 58%, finalizou 2019 com crescimento de 50% sobre 2018.

Para o presidente Clóvis A.Gil, os números são consequência da reestruturação das políticas comerciais da empresa em 2018 e oportunidades no setor de transporte aéreo.

AÉREO – A Airbus SE entregou 863 aeronaves comerciais a 99 clientes em 2019, superando em 8% o recorde anterior de produção atingido em 2018. Em seu 17º aumento anual consecutivo de produção, a Airbus avançou na transição para todas as variantes NEO e, no final do ano, entregou 173 aeronaves de fuselagem larga, seu maior número em um único ano.

Segundo a própria companhia, a Airbus teve um forte ano em vendas, com um total de 1.131 novos pedidos e 768 pedidos líquidos, em comparação com 747 em 2018, destacando os endossos de clientes em todos os segmentos de mercado e levando os pedidos líquidos acumulados históricos gerais da Airbus para além da marca de 20 mil.

ELETRÔNICO – O comércio eletrônico de veículos seminovos e usados no Brasil atingiu a cifra de R$ 5,2 bilhões em negócios no ano de 2019. A movimentação financeira é 53% maior em relação ao período do exercício anterior, quando as vendas somaram R$ 3,4 bilhões.

Conforme a Auto Avaliar, plataforma de comercialização de veículos seminovos entre concessionárias e lojistas, as distribuidoras comercializaram no ano cerca de 180 mil automóveis pela plataforma da empresa, um crescimento de 41% em comparação com o ano anterior. O valor médio das vendas foi de R$ 28,8 mil por veículo em 2019.

Nelson Tucci é editor de Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.

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