Nelson Tucci
Anote:
94,7% de todos os veículos produzidos no mundo são emissores de gases de efeito
estufa, enquanto apenas 4,9% são veículos híbridos com baixo nível de emissões
e 0,4% são veículos elétricos, isto é, zero emissão.
Os
dados foram apresentados pelo presidente da Associação Brasileira do Veículo
Elétrico (ABVE), Ricardo Guggisberg, durante o Workshop Plano Nacional de
Energias Renováveis, realizado na última semana, na Câmara dos Deputados.
Entre
2010 e 2015, foram emplacados no Brasil 2.137 veículos leves híbridos e movidos
a eletricidade, o que representa menos de 1% da frota nacional. A projeção da
Empresa de Pesquisas Energéticas é de que até 2025, esses veículos representem
1,5%, saltando para 60% a partir de 2050.
Para
a ABVE, é preciso que haja uma política pública de incentivo às tecnologias.
Entre os pleitos da associação estão a regulação da venda do combustível
energia, a aprovação de infraestrutura para recarga para elétricos e a redução
de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
“A
redução de IPI possibilitaria a popularização dos produtos e o crescimento do
consumo, ou seja, é uma forma de estimular o mercado do veículo elétrico”,
explicou Guggisberg.
ESPORTE – A Toyota
patrocina pelo 19º ano consecutivo o mais importante campeonato de futebol da
América Latina: a Copa Libertadores da América. As semifinais da edição 2016
terão início na última quarta-feira, 06, envolvendo quatro países que detêm
distribuidores da marca: Argentina, Brasil, Colômbia e Equador.
Nesses
19 anos de patrocínio, os clubes brasileiros sagraram-se campeões em nove
oportunidades, os argentinos levaram a taça sete vezes e os colombianos e
equatorianos uma vez cada.
Pela
nona vez consecutiva, a Toyota premiará o técnico vencedor da decisão da
competição sul-americana com um veículo zero-quilômetro. De 1999 a 2007 a
premiação foi oferecida ao melhor jogador das duas partidas finais.
RECALL – A Toyota do
Brasil e a Lexus do Brasil veiculam comunicados sobre a abertura da Campanha de
Chamamento Preventiva dos veículos Corolla (produzido entre outubro de 2007 e
dezembro de 2009), Prius (produzido entre julho de 2012 e fevereiro de 2015) e
CT 200h (produzido entre julho de 2012 e janeiro de 2015).
Foi
constatada a possibilidade de haver uma trinca no canal por onde passa o fluxo
de gás do tanque de combustível que, quando cheio, poderá apresentar algum
vazamento. Caso ocorra a falha mencionada, há risco de incêndio, que poderá
causar danos materiais e lesões físicas graves aos ocupantes do veículo.
A
partir de 25/07, a Toyota promoverá a substituição do conjunto da bomba de
combustível e do controle de emissões evaporativas, gratuitamente. Os
proprietários deverão entrar em contato com a Rede de Concessionárias Autorizadas
Lexus e/ou Toyota, para agendamento prévio. A relação de concessionárias
autorizadas está disponível nos sites www.toyota.com.br e www.lexus.com.br
RECALL 2 – Também entraram
com recall as fabricantes Jaguar, com os modelos XF e XJ por problema na polia
do motor e a Mercedes-Benz, com os caminhões Atego por problema na caixa de
transferência. Os proprietários deverão buscar as respectivas concessionárias
para sanar os problemas.
Divulgação Criar soluções voltadas à condução totalmente autônoma
AUTÔNOMOS – O BMW Group, a
Intel e a Mobileye uniram forças para desenvolver veículos totalmente autônomos
e transformar em realidade conceitos de mobilidade para o futuro. As empresas
estão cooperando para criar soluções voltadas à condução totalmente autônoma, e
que devem chegar às linhas de produção de automóveis em 2021.
A
parceria foi anunciada na semana que passou, na sede do BMW Group, em Munique,
na Alemanha. O evento selou cooperação e o compromisso de buscar um padrão para
a indústria e definir uma plataforma aberta e comum para a condução autônoma.
Esta
plataforma irá contemplar a direção automatizada de níveis 3 a 5, sendo esta
última 100% isenta de intervenção humana. Posteriormente, ela será
disponibilizada a fabricantes de automóveis e outras empresas que podem se
beneficiar de máquinas autônomas ou de inteligência artificial.
Divulgação Range Rover Evoque: cinco anos de produção em Halewood
SUV – O famoso SUV
compacto de luxo Range Rover Evoque comemora este mês cinco anos de produção na
fábrica da Jaguar Land Rover de Halewood, na região de Liverpool, no Reino
Unido. Com mais de meio milhão de unidades vendidas em mais de 180 países desde
2011, o Range Rover Evoque é o modelo de maior sucesso na história da Land
Rover.
Sua
produção no Reino Unido exige três turnos e 24 horas de trabalho sem
interrupção. A cada 170 segundos uma versão atual do modelo sai das linhas de
montagem. Tamanha velocidade se deve ao incrível sucesso em vendas do modelo,
que teve suas vendas quintuplicadas desde 2011. Naquele ano, foram
comercializadas cerca de 22 mil unidades do veículo. Já em 2015, mais de 108
mil Evoques foram vendidos em mais de 180 países.
CONSÓRCIOS – A Mapfre
Consórcios obteve um crescimento de 64% em cotas vendidas e 73% em créditos
entre os meses de janeiro e abril, ultrapassando o valor de 1 bilhão em cartas
de créditos comercializadas. O crescimento mostra que o consórcio tem se
tornado alternativa para o planejamento na aquisição de bens, como carros e
imóveis.
O
desempenho da atividade da Mapfre Consórcios no período foi superior ao volume
de negócios do segmento. Segundo a ABAC (Associação Brasileira de
Administradoras de Consórcios) de janeiro a abril 2016, comparado a 2015, o
mercado de consórcios teve uma retração de 12,8% em cotas vendidas e 17,1% em
créditos comercializados.
MIRIM – A “Patrulha
Mirim Unidos pela Segurança”, campanha sobre segurança veicular voltada para
crianças, está nas estradas desde o último fim de semana. Nesses dias 9 e 10
esteve no posto de parada da rede Frango Assado do Km 94 da Rodovia Carvalho
Pinto. A ação é uma iniciativa da Anfavea.
A
entidade promove a ação durante as férias escolares com o objetivo de
conscientizar as crianças sobre os riscos da utilização do celular ao volante e
da importância do uso do cinto de segurança nos bancos traseiros. O presidente
da Anfavea, Antonio Megale, diz: “Precisamos educar desde já os nossos futuros
motoristas e mais, é preciso conscientizar todos os adultos sobre o risco de
usar o celular enquanto dirige, algo muito comum hoje em dia. É um costume
perigoso que precisa mudar. A experiência do primeiro fim de semana teve
retorno muito positivo”.
Há
também um hotsite exclusivo da campanha, onde é possível assistir ao vídeo
educativo, acompanhar o local das próximas ações, criar imagem personalizada da
patrulha mirim e imprimir seu próprio talão de multas. O endereço é www.patrulhamirim.com.br
Divulgação Atenção ao desgaste da vela de ignição!
VELAS – Férias
escolares pedem atenção especial com a manutenção do carro. Quem pensa em pegar
a estrada deve ficar atento ao desgaste da vela de ignição, já que o componente
está relacionado diretamente ao desempenho do motor. A dica é da NGK, empresa
especialista em sistema de ignição. “Velas com desgaste excessivo ou
funcionamento irregular podem causar falhas no motor, dificuldades na partida
do automóvel, aumento do consumo de combustível e dos níveis de emissões
poluentes”, explica o consultor de Assistência Técnica da NGK, Hiromori Mori.
De
acordo com o especialista, o funcionamento irregular da vela de ignição nem
sempre é percebido pelo motorista, o que torna as revisões periódicas muito
importantes. “Por conta da evolução tecnológica, os motores estão condicionados
a trabalhar em situações adversas e, principalmente, quando há início de falha.
Quando o problema começa a ser percebido, é sinal de que ele já está ocorrendo
há algum tempo”, alerta Hiromori Mori.
Segundo
o Consultor de Assistência Técnica da NGK, outra vantagem da inspeção da vela
de ignição é que, por uma simples inspeção visual do componente, diversos
outros problemas no motor do veículo podem ser identificados. Caso da
infiltração de óleo e de fluido de arrefecimento na câmara de combustão, ou do
uso de combustível de má qualidade. “A aparência da vela diz muito sobre o
estado do motor. Por isso, ela deve ser priorizada em qualquer revisão”.
Divulgação Fernando Pinho: comunidade deve estar preparada
ARTIGO
O Brexit e o Brasil
Por
Fernando Pinho (*)
O
chamado Brexit (British Exit) já era esperado há muito tempo, apesar de ter
surpreendido a quase todos no mundo. Desde o início da formação da então
chamada CEE (Comunidade Econômica Europeia), já se desenhava a formação de um
bloco econômico com grandes assimetrias, que invariavelmente acabaria por
desembocar num processo de divórcio, iniciado pelo Reino Unido, podendo levar
também ao êxodo de outros países.
As
diferenças são muitas: idiomas; extensões territoriais; legislações
trabalhistas; desníveis acentuados com relação à qualidade dos sistemas de
ensino; disparidades gritantes em relação ao grau de competitividade das
empresas de cada país; diferentes graus de aptidão ou falta dela, no tocante ao
empreendedorismo; sistemas tributários mais ou menos hostis à acumulação de
patrimônio; distribuição da estrutura demográfica; solidez das Finanças
Públicas etc.
Já
antevendo a possibilidade desse desfecho, sabiamente, as autoridades britânicas
nunca permitiram que a secularmente confiável Libra Esterlina fosse trocada
pelo Euro, o que proporcionará ao Reino Unido uma grande vantagem, quando ao final
dos próximos dois anos, se desvincular definitivamente das onerosas obrigações
advindas de membro da União Europeia.
Muitos
fatos colaboraram para que os britânicos tomassem tal decisão: 1) Terrorismo,
agravado com a facilidade do fluxo de pessoas decorrente do livre trânsito
proporcionado pelo grande espaço europeu; 2)Fluxos migratórios incontroláveis,
causados pela necessidade de acolhimento de refugiados de países assolados por
guerras ou desastres naturais; 3) Sobrecarga do sistema de saúde causado pelo
fluxo migratório; 4) Concorrência aos postos de trabalho britânico, por pessoas
dispostas a trabalhar por qualquer remuneração, em função do estado de
miserabilidade em que se encontram (refugiados); 5) Como o Reino Unido sempre
enviou mais dinheiro para Bruxelas do que dela recebeu, naturalmente, convenceu
as autoridades fazendárias de que tal fato era nocivo às finanças domésticas,
já que Portugal, Espanha, Itália e Grécia são permanentes usuários dos
programas de socorro financeiro, pois não conseguem transformar suas
respectivas economias em entes competitivos.
São
os chamados "cinturões de ferrugem" da Europa. Problema crônico e
aparentemente insolúvel no curto prazo. Quanto ao Brasil, pouco deverá ser
afetado pelo fenômeno, já que o fluxo de comércio Brasil/Reino Unido é muito
pequeno, dado os valores transacionados. Porém, não há garantias de que em
função da atual fragilidade das Finanças Públicas, não sejamos afetados por
algum grau de volatilidade na economia mundial, no caso de haver outras defecções
de países na União Europeia.
O
mundo vive tempos de grandes incertezas, que parece tornar-se-ão permanentes.
Portanto, a análise e entendimento dos desdobramentos desse imbricado jogo de
variáveis controláveis e incontroláveis tornam-se de vital importância visando
preparar a comunidade para as ameaças e oportunidades que vierem a
apresentar-se.
(*) Fernando Pinho é economista
e consultor financeiro da Prospering Consultoria.
Nelson Tucci é editor de
Veículos & Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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