Divulgação Números mostram que o mercado, como um todo, voltou a andar
Nelson Tucci
No
terceiro trimestre do ano, o volume de financiamentos de veículos novos e
usados somou 1.309.628 unidades, registrando aumento de 12,2% em relação ao
mesmo período do ano passado. Os dados consideram automóveis leves, motos e
pesados. É o maior crescimento verificado para o período desde 2010.
Considerando
apenas setembro, os financiamentos de veículos avançaram 13,8% em relação ao
mesmo mês do ano passado, ao somarem 419.996 unidades negociadas, apresentando
o segundo melhor crescimento do ano. O levantamento é da B3, empresa resultante
da combinação de atividades da BM&FBovespa e da Cetip, maior depositária de
títulos privados da América Latina.
No
período, os financiamentos de automóveis leves (isoladamente) aumentaram 14%,
na comparação com o mesmo período de 2016, ao atingirem 1.073.967 unidades
negociadas.
CONSÓRCIOS – O sistema de consórcios
voltou a bater recorde de vendas de novas cotas no ano. Com o total de 216,5
mil adesões, a modalidade sustentou em agosto o ritmo de crescimento registrado
nos sete meses anteriores. O acumulado dos oito primeiros meses atingiu 1,520
milhão de unidades com 7,1% de alta sobre 1,419 milhão registrado no mesmo
período em 2016.
Novamente,
os maiores volumes de venda mensal por setor foram: veículos leves com 105 mil;
imóveis com 28,5 mil; veículos pesados com 6,15 mil, serviços com 3,5 mil e
eletroeletrônicos com 2,35 mil cotas, que representaram no aumento total do mecanismo.
Os
créditos comercializados relativos às adesões atingiram R$ 63,47 bilhões
(jan-ago/2017), 26,2% maior que os R$ 50,29 bilhões apurados no mesmo período
de 2016. O tíquete médio de R$ 46,8 mil de agosto, também recorde do ano, foi
33,7% superior que os R$ 35,0 mil do mesmo mês no ano passado. “O aumento das
adesões, anotado mês após mês desde janeiro, aliado às altas dos créditos
comercializados e do tíquete mensal, ratificam a grande procura pelo mecanismo
em 2017, sinalizando comportamento consciente do consumidor”, esclarece Paulo
Roberto Rossi, presidente executivo da Associação Brasileira de Administradoras
de Consórcios (ABAC).
PARCERIA – Em
alinhamento à nova estratégia da Disal Consórcio, de trabalhar com
concessionárias de veículos de todas as marcas, foi assinado acordo com a
Associação Brasileira dos Concessionários Hyundai (Abrahy), estabelecendo
parceria para a venda de cotas de consórcio em todo o país.
Com
isto, a expectativa da Disal é chegar ao fim do ano com adesão de 25% das concessionárias
da rede Hyundai e cerca de mil cotas vendidas, mantendo, segundo a diretora de
Vendas e Marketing da administradora, Luciana Precaro, “o compromisso com a
satisfação dos clientes e com a oferta de mais oportunidades de negócios aos
parceiros”.
“Nosso
objetivo é estruturar o processo de vendas junto às concessionárias Hyundai,
tornando o consórcio uma opção rentável e duradoura para o portfólio de
serviços das associadas e possibilitando a criação de carteira de negócios
futuros para aumentar a rentabilidade na comercialização de veículos novos e
seminovos”, enfatiza a executiva.
Divulgação Ka 2018 Tecno: com o motor 1.0 TiVCT
FORD – A Ford amplia
a faixa de competitividade das linhas Ka e Ka+ 2018 com o lançamento de novas
opções: o hatch ganhou as versões S e Tecno, enquanto o sedã recebeu a série
Advanced. Figurando entre os veículos mais vendidos do País, a nova oferta cria
novas escolhas de equipamentos e preços no segmento de compactos.
As
versões S e Tecno estão disponíveis exclusivamente com o motor 1.0 TiVCT. As
demais versões já existentes – SE, SE Plus, SEL e Trail – continuam a oferecer
as opções 1.0 e 1.5 e também tiveram aprimoramentos, como banco do motorista
com ajuste de altura de série. A SEL ganhou bancos de couro.
"As
mudanças introduzidas no Ka e no Ka+ aumentam as opções e reforçam a
atratividade da linha, facilitando o acesso aos itens mais valorizados pelos
consumidores desse segmento”, diz Fernando Pfeiffer, gerente de Produto da
Ford.
Divulgação BMW X3: design renovado, interior luxuoso e altamente conectado
BMW – Apresentada
mundialmente há pouco mais de um mês, durante o Salão Internacional do
Automóvel de Frankfurt, na Alemanha, a terceira geração do BMW X3 desembarcará
no Brasil durante o primeiro semestre de 2018. O design renovado, interior
luxuoso e altamente conectado estão entre os destaques do novo BMW X3. Desde o
lançamento da primeira geração, no segmento de SAVs médios, em 2003, ele
acumula mais de 1,5 milhão de unidades vendidas no mundo até o momento.
Divulgação Ricardo: no Brasil,
ainda números modestos
ARTIGO
Agora é a vez da mobilidade
elétrica
Por
Ricardo Takahira (*)
Os
últimos anúncios internacionais, de países como Noruega, Alemanha e França,
assim como as expectativas pelo posicionamento da China exigem dos brasileiros
pelo menos uma reflexão. De pequenos países a grandes potências, que são sedes
de desenvolvimento das maiores marcas de automóveis do mundo, parece certa a
data para o fim da comercialização e – o mais importante e difícil de acreditar
– da circulação de automóveis a combustão nestes países.
Discute-se
no Brasil a política industrial do setor automotivo para os próximos 12 anos,
ficando restrita ao GT3 a vertical do que se fará ou não em relação aos
veículos elétricos e híbridos no País.
No
Brasil, tais veículos ainda possuem números modestos, embora tenham
recentemente alcançado aumento de oferta e consumo com a isenção dos impostos
de importação (de 35% para 0% no caso dos elétricos puros) e a redução dos mesmos
tributos para 4% ou 7% no caso dos híbridos, a depender da eficiência
energética.
Ainda
assim, os veículos elétricos e híbridos no País são dependentes do câmbio e não
somam 6 mil unidades computadas até setembro deste ano. Em sua maioria, são
híbridos não plug-ins, veículos que não usam e não dependem da infraestrutura
de recarga para circularem.
Para
os elétricos puros e híbridos plug-ins, que demandam eletropostos, não há
regulamentação para a comercialização de energia, restrita aos concessionários
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No caso de uma iniciativa
privada, a energia elétrica poderia ser gratuita, o que seria suportável pelo
baixo custo, somado ao reduzido consumo. No entanto, novas regras serão
exigidas para os modelos de negócios emergentes com as tendências de aumento no
número de veículos e, consequentemente, no consumo de KW.
Enquanto
isso, os superesportivos e os carros de luxo seguem a tendência de se tornarem
híbridos sem consulta ao consumidor. O apelo tecnológico, o perfil sustentável
das baixas emissões e, sobretudo, a resposta esportiva da tração elétrica tanto
na aceleração (grande torque) quanto na frenagem (regeneração), alinhados às
políticas públicas e industriais dos países de origem, estimulam no Brasil o
consumo e o contato com a nova geração de produtos.
Algumas
soluções poderiam levar em consideração o híbrido etanol, não como solução
definitiva, mas de transição para os híbridos. Da mesma forma, a pesquisa do
etanol como fonte de hidrogênio para os veículos FCV, servindo de justificativa
para a adaptação dos produtos com matrizes no País, com algum P&D
diferencial e apoio de fomentos e outros players importantes do agronegócio.
(*) Ricardo Takahira é
consultor proprietário da RTC2 Research & Technology Consulting,
chairperson do 6º Simpósio SAE Brasil de Veículos Elétricos e Híbridos e vice
coordenador da Comissão Técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil.
Nelson Tucci é editor de Veículos
& Negócios, do Jornal PERSPECTIVA.
Leia também no site www.jornalperspectiva.com.br
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